Introdução: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, sua contaminação ocorre pela ingestão de alimentos e águas contaminadas por fezes de felinos, onde há presença do oocisto deste protozoário. Após a contaminação, o organismo produz resposta imunológica, levando a imunidade. Para as mulheres, a imunidade é importante para uma futura gestação, sendo que nesses casos não há risco de infectar o feto, diferentemente de mulheres que não possuem, podendo levar a uma transmissão vertical e consequências no desenvolvimento fetal. O diagnóstico da infecção é feito por meio de testes de pesquisas de anticorpo IgG e IgM contra o T. gondii. O anticorpo antitoxoplasma IgM está presente na fase aguda da doença, enquanto o anticorpo IgG é utilizado para indicar exposição prévia ao parasita. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico da infecção pelo T. gondii em gestantes em um laboratório localizado no município de Toledo, Paraná. Material e métodos: Foram analisados laudos de gestantes que realizaram exames de rotina pré-natal, em um laboratório de análises clínicas de Toledo/PR, no período de janeiro a julho de 2019, via Sistema de Gestão Esmeralda Virtual. Nesse sistema foram avaliados, o perfil sorológico para toxoplasmose e a idade gestacional. Resultados: Foram analisados 1130 laudos, porém somente 160 gestantes (menos de 15%) realizaram corretamente o acompanhamento nos três trimestres de gestação, enquanto 960 (cerca de 85%) não compareceram para realizar o acompanhamento trimestral corretamente. Observou-se que apenas 39,73% das gestantes se encontravam imunes, e 59,73% estavam susceptíveis a contrair a infecção. Relacionado a idade gestacional, 50% das gestantes com IgM reagente se encontravam no terceiro trimestre gestacional (29 a 42 semanas), representando elevada taxa de transmissão para o feto. Apenas 1 gestante apresentou sororeatividade no primeiro trimestre de gravidez (até 14 semanas), e apesar da taxa de transmissão nesse período ser menor, medidas preventivas devem ser iniciadas. Conclusão: Devido à alta prevalência de gestantes suscetíveis para toxoplasmose, destaca-se a importância da realização de medidas profiláticas e o acompanhamento pré-natal, com monitoramento trimestral correto.
{"title":"PERFIL SOROLÓGICO PARA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM LABORATÓRIO DE TOLEDO, PARANÁ","authors":"Mariana Dalmagro, Bruna Aparecida Soares Fávaro, Nathielle Miranda, Emerson Luiz Bothelho Lourenço, J. Hoscheid","doi":"10.51161/conbracif/59","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/59","url":null,"abstract":"Introdução: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, sua contaminação ocorre pela ingestão de alimentos e águas contaminadas por fezes de felinos, onde há presença do oocisto deste protozoário. Após a contaminação, o organismo produz resposta imunológica, levando a imunidade. Para as mulheres, a imunidade é importante para uma futura gestação, sendo que nesses casos não há risco de infectar o feto, diferentemente de mulheres que não possuem, podendo levar a uma transmissão vertical e consequências no desenvolvimento fetal. O diagnóstico da infecção é feito por meio de testes de pesquisas de anticorpo IgG e IgM contra o T. gondii. O anticorpo antitoxoplasma IgM está presente na fase aguda da doença, enquanto o anticorpo IgG é utilizado para indicar exposição prévia ao parasita. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico da infecção pelo T. gondii em gestantes em um laboratório localizado no município de Toledo, Paraná. Material e métodos: Foram analisados laudos de gestantes que realizaram exames de rotina pré-natal, em um laboratório de análises clínicas de Toledo/PR, no período de janeiro a julho de 2019, via Sistema de Gestão Esmeralda Virtual. Nesse sistema foram avaliados, o perfil sorológico para toxoplasmose e a idade gestacional. Resultados: Foram analisados 1130 laudos, porém somente 160 gestantes (menos de 15%) realizaram corretamente o acompanhamento nos três trimestres de gestação, enquanto 960 (cerca de 85%) não compareceram para realizar o acompanhamento trimestral corretamente. Observou-se que apenas 39,73% das gestantes se encontravam imunes, e 59,73% estavam susceptíveis a contrair a infecção. Relacionado a idade gestacional, 50% das gestantes com IgM reagente se encontravam no terceiro trimestre gestacional (29 a 42 semanas), representando elevada taxa de transmissão para o feto. Apenas 1 gestante apresentou sororeatividade no primeiro trimestre de gravidez (até 14 semanas), e apesar da taxa de transmissão nesse período ser menor, medidas preventivas devem ser iniciadas. Conclusão: Devido à alta prevalência de gestantes suscetíveis para toxoplasmose, destaca-se a importância da realização de medidas profiláticas e o acompanhamento pré-natal, com monitoramento trimestral correto.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"101 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75448501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Yasmin de Fátima Brito de Oliveira Moraes, Milean Joel Costa De Brito, Ney Pereira Carneiro dos Santos, Marianne Rodrigues Fernandes, Darlen Cardoso de Carvalho
Introdução: A mucosite oral (MO) consiste em uma reação inflamatória aguda na mucosa bucal sendo uma das complicações mais comuns do tratamento com o quimioterápico 5-Fluorouracil (5-FU), podendo levar a várias complicações incluindo dor intensa, diarreia e desnutrição. Essas complicações, além de comprometer a qualidade de vida do paciente oncológico, podem levar a interrupções no tratamento quimioterápico, o que pode reduzir sua sobrevida. Objetivos: Determinar a prevalência de MO em pacientes com diagnóstico de câncer gástrico e colorretal, tratados com o quimioterápico 5-FU, isolado ou em combinação, entre os anos de 2017 e 2018, em dois hospitais de referência no tratamento oncológico localizados na cidade de Belém- PA (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia-UNACON e Ophir Loyola-HOL). Material e Métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo e foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (protocolo 231.244/2013). Dados epidemiológicos e clínicos foram coletados dos prontuários médicos de 216 pacientes e posteriormente foram analisados no programa estatístico SPSS v.25. Resultados: Entre os pacientes incluídos no estudo, 92 (42,6%) tinha o diagnóstico de câncer gástrico e 124 (57,4%) de câncer colorretal, 112 (51,8%) pacientes eram do gênero masculino e 104 (48,2%) do feminino. A média de idade dos participantes foi de 54 anos. Todos os pacientes receberam 5-FU, isoladamente (7,4%) ou em associação com outros fármacos, sendo o esquema de tratamento mais frequente 5-FU combinado a leucovorin (41,2%), seguido por FOLFOX (5-FU, leucovorin, oxaliplatina) 40,3% e FOLFIRI (5-FU, irinotecano e leucovorin) 11,1%. A maioria dos pacientes analisados possuíam estadiamento tumoral avançado grau III (42, 6%) e IV (39, 8%). Durante o tratamento, 50 pacientes (23, 1%) apresentaram MO, a maior parte desses pacientes apresentavam câncer colorretal (66%) e eram gênero feminino (24%). A média de idade entre os pacientes com MO foi de 54,3 anos e a maioria recebeu o esquema terapêutico FOLFOX (40%). Conclusão: Foi observado no estudo uma alta prevalência de MO em pacientes portadores de câncer gastrointestinal tratado com 5-FU. Esses dados servem de alerta para elaboração de abordagens preventivas e terapêutica para a MO, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos.
{"title":"PREVALÊNCIA DE MUCOSITE ORAL EM PACIENTES PORTADORES DE CÂNCER GASTROINTESTINAL SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA COM 5-FLUOROURACIL, EM DOIS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL","authors":"Yasmin de Fátima Brito de Oliveira Moraes, Milean Joel Costa De Brito, Ney Pereira Carneiro dos Santos, Marianne Rodrigues Fernandes, Darlen Cardoso de Carvalho","doi":"10.51161/conbracif/33","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/33","url":null,"abstract":"Introdução: A mucosite oral (MO) consiste em uma reação inflamatória aguda na mucosa bucal sendo uma das complicações mais comuns do tratamento com o quimioterápico 5-Fluorouracil (5-FU), podendo levar a várias complicações incluindo dor intensa, diarreia e desnutrição. Essas complicações, além de comprometer a qualidade de vida do paciente oncológico, podem levar a interrupções no tratamento quimioterápico, o que pode reduzir sua sobrevida. Objetivos: Determinar a prevalência de MO em pacientes com diagnóstico de câncer gástrico e colorretal, tratados com o quimioterápico 5-FU, isolado ou em combinação, entre os anos de 2017 e 2018, em dois hospitais de referência no tratamento oncológico localizados na cidade de Belém- PA (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia-UNACON e Ophir Loyola-HOL). Material e Métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo e foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (protocolo 231.244/2013). Dados epidemiológicos e clínicos foram coletados dos prontuários médicos de 216 pacientes e posteriormente foram analisados no programa estatístico SPSS v.25. Resultados: Entre os pacientes incluídos no estudo, 92 (42,6%) tinha o diagnóstico de câncer gástrico e 124 (57,4%) de câncer colorretal, 112 (51,8%) pacientes eram do gênero masculino e 104 (48,2%) do feminino. A média de idade dos participantes foi de 54 anos. Todos os pacientes receberam 5-FU, isoladamente (7,4%) ou em associação com outros fármacos, sendo o esquema de tratamento mais frequente 5-FU combinado a leucovorin (41,2%), seguido por FOLFOX (5-FU, leucovorin, oxaliplatina) 40,3% e FOLFIRI (5-FU, irinotecano e leucovorin) 11,1%. A maioria dos pacientes analisados possuíam estadiamento tumoral avançado grau III (42, 6%) e IV (39, 8%). Durante o tratamento, 50 pacientes (23, 1%) apresentaram MO, a maior parte desses pacientes apresentavam câncer colorretal (66%) e eram gênero feminino (24%). A média de idade entre os pacientes com MO foi de 54,3 anos e a maioria recebeu o esquema terapêutico FOLFOX (40%). Conclusão: Foi observado no estudo uma alta prevalência de MO em pacientes portadores de câncer gastrointestinal tratado com 5-FU. Esses dados servem de alerta para elaboração de abordagens preventivas e terapêutica para a MO, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"74 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90047668","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria de Jesus Nascimento, Joaquim Alves Diniz, Márcia Pereira de Oliveira, Erandy De Freitas Cordeiro E Souza, Francisco Einstein Do Nascimento
Introdução: O leite humano atende às necessidades dos recém-nascidos e lactentes, devido sua ampla composição de nutrientes. Entretanto, é prática comum em unidades de internação neonatal o fornecimento de leite humano pasteurizado (LHP) em decorrência das várias situações na qual o recém-nascido não pode e/ou é incapaz de receber o aleitamento materno. Objetivo: padronizar a prescrição do LHP em unidades neonatais de um hospital de referência pediátrica em Fortaleza/CE, conforme o valor calórico e a necessidade do RN. Material e métodos: Trata-se de estudo exploratório e descritivo, que teve como método a pesquisa-ação. Optou-se por esta metodologia, por ser o adequado ao propósito de mudança na rotina da prescrição e distribuição do LHP em um hospital infantil de referência no estado do Ceará. Resultados: Avaliando o perfil dos pacientes das unidades neonatais do HIAS, a equipe de neonatologia e equipe do BLH propuseram padronização do LHP, classificando-os conforme o valor calórico e suas indicações especificas, na qual resultou em 4 categorias classificatórias: LHP1 (>800 kcal-RN’s menor que 1500g com estabilidade clínica em recuperação nutricional), LHP2 (700-800 kcal-RN’s em recuperação nutricional peso entre 1500 e 2000 g), LHP3 (500-699 kcal- RN’s com peso maior 2000 g, transição NPT e dieta enteral; RN’s com enterocolite); e LHP4 (<500 kcal- RN’s em dieta zero prolongada; RN’s que iniciarão dieta enteral mínima). Conclusão: A proposta de padronização é recente no serviço, sendo necessário um período maior para definir pontos positivos e negativos. Contudo, torna-se evidente a integração dos profissionais mais clara e objetiva após a proposta de padronização, consequência de um trabalho multiprofissional em prol de uma melhor assistência neonatal.
{"title":"PADRONIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO LEITE HUMANO PASTEURIZADO EM UNIDADES NEONATAIS DE UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM FORTALEZA-CE","authors":"Maria de Jesus Nascimento, Joaquim Alves Diniz, Márcia Pereira de Oliveira, Erandy De Freitas Cordeiro E Souza, Francisco Einstein Do Nascimento","doi":"10.51161/conbracif/46","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/46","url":null,"abstract":"Introdução: O leite humano atende às necessidades dos recém-nascidos e lactentes, devido sua ampla composição de nutrientes. Entretanto, é prática comum em unidades de internação neonatal o fornecimento de leite humano pasteurizado (LHP) em decorrência das várias situações na qual o recém-nascido não pode e/ou é incapaz de receber o aleitamento materno. Objetivo: padronizar a prescrição do LHP em unidades neonatais de um hospital de referência pediátrica em Fortaleza/CE, conforme o valor calórico e a necessidade do RN. Material e métodos: Trata-se de estudo exploratório e descritivo, que teve como método a pesquisa-ação. Optou-se por esta metodologia, por ser o adequado ao propósito de mudança na rotina da prescrição e distribuição do LHP em um hospital infantil de referência no estado do Ceará. Resultados: Avaliando o perfil dos pacientes das unidades neonatais do HIAS, a equipe de neonatologia e equipe do BLH propuseram padronização do LHP, classificando-os conforme o valor calórico e suas indicações especificas, na qual resultou em 4 categorias classificatórias: LHP1 (>800 kcal-RN’s menor que 1500g com estabilidade clínica em recuperação nutricional), LHP2 (700-800 kcal-RN’s em recuperação nutricional peso entre 1500 e 2000 g), LHP3 (500-699 kcal- RN’s com peso maior 2000 g, transição NPT e dieta enteral; RN’s com enterocolite); e LHP4 (<500 kcal- RN’s em dieta zero prolongada; RN’s que iniciarão dieta enteral mínima). Conclusão: A proposta de padronização é recente no serviço, sendo necessário um período maior para definir pontos positivos e negativos. Contudo, torna-se evidente a integração dos profissionais mais clara e objetiva após a proposta de padronização, consequência de um trabalho multiprofissional em prol de uma melhor assistência neonatal.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72957929","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A dor é uma condição multifatorial que quando tem seu tratamento de forma inadequada, resulta em sofrimento desnecessário e reduz de maneira significativa a qualidade de vida e desenvolvimento social dos indivíduos, além de gerar custos excessivos com a saúde. Fatores diversos podem influenciar no tratamento do paciente, dentre estes, aspectos sociais, culturais e comportamentais podem interferir diretamente no seu manejo clínico, todavia, isso não deveria influenciar negativamente no comportamento de prescritores como alguns estudos já tem trazido, demonstrando que grupos étnicos minoritários estão mais susceptíveis a receberem tratamento inadequado para o controle da dor. Objetivo: O objetivo é discutir estudos realizados em diversos países que trataram sobre as discrepâncias no manejo clínico da dor quando levado em consideração os fatores étnico-raciais. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura através de consulta nas bases de dados PubMed, Medline, LILACS e SciELO. Para essa pesquisa foram considerados todos os tipos de estudos sem haver delimitação de período. A predominância do tipo de desenho dos estudos encontrados foi o transversal, seguido de coortes retrospectivas. Grande parte dos estudos encontrados trouxe a avaliação da analgesia na dor aguda na emergência (13/41), acompanhado de analgesia no parto (8/41), e de dor peri e pós operatória (8/41). O maior volume de estudos abordando a temática foi realizado nos EUA (35/41) e o menor, no Brasil (3/41). A análise foi realizada observando aspectos de acesso ao tratamento, adequação do tratamento, quantidade de opioides prescritos, dose e tempo de tratamento. Resultados: Discrepância étnicas-raciais no manejo da dor foram observados em 78% dos estudos analisados. Destes, 31,7% dos estudos demonstraram que pessoas negras sofreram discriminação, 12,2% hispânicos e 29,3% ambos. Sugere-se que as diferenças étnicas no tratamento da dor envolvam fatores pertinentes ao próprio paciente e aos profissionais de saúde, englobando também à forma como estão organizados os sistemas de saúde. Como principais consequências resultantes desse cenário podemos citar os danos fisiológicos e psicológicos, além da diminuição da capacidade laboral desses grupos minoritários. Conclusão: Com base nos dados encontrados nessa pesquisa, é possível perceber que grupos étnicos minoritários são mais propensos a receberem tratamento inadequado para a dor.
{"title":"DISCRIMINAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO DA DOR: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DE TRATAMENTOS DESIGUAIS","authors":"Luís Júnior da Silva Marques","doi":"10.51161/conbracif/54","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/54","url":null,"abstract":"Introdução: A dor é uma condição multifatorial que quando tem seu tratamento de forma inadequada, resulta em sofrimento desnecessário e reduz de maneira significativa a qualidade de vida e desenvolvimento social dos indivíduos, além de gerar custos excessivos com a saúde. Fatores diversos podem influenciar no tratamento do paciente, dentre estes, aspectos sociais, culturais e comportamentais podem interferir diretamente no seu manejo clínico, todavia, isso não deveria influenciar negativamente no comportamento de prescritores como alguns estudos já tem trazido, demonstrando que grupos étnicos minoritários estão mais susceptíveis a receberem tratamento inadequado para o controle da dor. Objetivo: O objetivo é discutir estudos realizados em diversos países que trataram sobre as discrepâncias no manejo clínico da dor quando levado em consideração os fatores étnico-raciais. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura através de consulta nas bases de dados PubMed, Medline, LILACS e SciELO. Para essa pesquisa foram considerados todos os tipos de estudos sem haver delimitação de período. A predominância do tipo de desenho dos estudos encontrados foi o transversal, seguido de coortes retrospectivas. Grande parte dos estudos encontrados trouxe a avaliação da analgesia na dor aguda na emergência (13/41), acompanhado de analgesia no parto (8/41), e de dor peri e pós operatória (8/41). O maior volume de estudos abordando a temática foi realizado nos EUA (35/41) e o menor, no Brasil (3/41). A análise foi realizada observando aspectos de acesso ao tratamento, adequação do tratamento, quantidade de opioides prescritos, dose e tempo de tratamento. Resultados: Discrepância étnicas-raciais no manejo da dor foram observados em 78% dos estudos analisados. Destes, 31,7% dos estudos demonstraram que pessoas negras sofreram discriminação, 12,2% hispânicos e 29,3% ambos. Sugere-se que as diferenças étnicas no tratamento da dor envolvam fatores pertinentes ao próprio paciente e aos profissionais de saúde, englobando também à forma como estão organizados os sistemas de saúde. Como principais consequências resultantes desse cenário podemos citar os danos fisiológicos e psicológicos, além da diminuição da capacidade laboral desses grupos minoritários. Conclusão: Com base nos dados encontrados nessa pesquisa, é possível perceber que grupos étnicos minoritários são mais propensos a receberem tratamento inadequado para a dor.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85436513","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Júlia Naomí Costa Rodrigues, Lara Pepita de Souza Oliveira, Bruna Cristina Perticarrari da Silva
Introdução: A Leishmaniose Visceral ou Calazar é uma doença endêmica em várias regiões do mundo, podendo ser capaz de produzir surtos epidêmicos de alta gravidade. A transmissão da doença ocorre pela picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha” ou birigui. Possui como agente etiológico a Leishmania chagasi, sendo a Lutzomia longipalpis o principal vetor na sua transmissão e o cão (Canis familiares), principal reservatório natural. Objetivo: Dentro desse contexto, esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre conhecimento dos Agentes de Endemias, em relação às ações de controle e medidas preventivas relacionadas a essa zoonose. Material e métodos: Para pesquisa, foram consultadas as bases de dados eletrônicas: Scielo e Medline (via Pubmed). Utilizou-se como critérios de inclusão, estudos publicados entre os anos de 2015 a 2020, nos idiomas inglês e português. Resultados: Com base na literatura científica, foram identificados 20 resultados que contemplavam o assunto, sendo selecionadas 8 publicações que atendiam todos os critérios de inclusão estabelecidos. Ademais, foi analisado o conhecimento sobre a doença, a forma de transmissão, prevenção e controle, além das características sociodemográficas dos profissionais envolvidos. Através dos achados desse estudo, foi possível observar lacunas conceituais nos profissionais de saúde participantes da pesquisa e desconhecimento sobre a prevenção e controle. Conclusão: É importante avançar na compreensão da Leishmaniose, e contemplar a percepção de atores sociais diretamente envolvidos com o ciclo da doença. Sendo assim, é necessário incentivar ações preventivas da doença por parte do governo e da sociedade, numa perspectiva de troca de conhecimentos entre profissionais da saúde e a comunidade.
{"title":"O CONHECIMENTO DE AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA","authors":"Júlia Naomí Costa Rodrigues, Lara Pepita de Souza Oliveira, Bruna Cristina Perticarrari da Silva","doi":"10.51161/conbracif/67","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/67","url":null,"abstract":"Introdução: A Leishmaniose Visceral ou Calazar é uma doença endêmica em várias regiões do mundo, podendo ser capaz de produzir surtos epidêmicos de alta gravidade. A transmissão da doença ocorre pela picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha” ou birigui. Possui como agente etiológico a Leishmania chagasi, sendo a Lutzomia longipalpis o principal vetor na sua transmissão e o cão (Canis familiares), principal reservatório natural. Objetivo: Dentro desse contexto, esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre conhecimento dos Agentes de Endemias, em relação às ações de controle e medidas preventivas relacionadas a essa zoonose. Material e métodos: Para pesquisa, foram consultadas as bases de dados eletrônicas: Scielo e Medline (via Pubmed). Utilizou-se como critérios de inclusão, estudos publicados entre os anos de 2015 a 2020, nos idiomas inglês e português. Resultados: Com base na literatura científica, foram identificados 20 resultados que contemplavam o assunto, sendo selecionadas 8 publicações que atendiam todos os critérios de inclusão estabelecidos. Ademais, foi analisado o conhecimento sobre a doença, a forma de transmissão, prevenção e controle, além das características sociodemográficas dos profissionais envolvidos. Através dos achados desse estudo, foi possível observar lacunas conceituais nos profissionais de saúde participantes da pesquisa e desconhecimento sobre a prevenção e controle. Conclusão: É importante avançar na compreensão da Leishmaniose, e contemplar a percepção de atores sociais diretamente envolvidos com o ciclo da doença. Sendo assim, é necessário incentivar ações preventivas da doença por parte do governo e da sociedade, numa perspectiva de troca de conhecimentos entre profissionais da saúde e a comunidade.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89673183","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Victor da Silva Coutinho, Pietra Cristina Gomes Pessini
Introdução: A depressão é uma das principais doenças presentes no mundo, estima-se que 300 milhões de pessoas sofram com depressão no mundo, dentre as quais, 11,5 milhões são brasileiras. Diante de tal realidade, torna-se notório a gravidade desse problema de saúde pública, e a adoção de medidas estatisticamente redutoras passa ser algo imprescindível. Há uma grande relação entre deficiência de serotonina com a gêneses dessa doença, mesmo que os mecanismos etiológicos não sejam evidentes na atualidade. Objetivo: O foco desse estudo consiste em correlacionar a deficiência de piridoxina com os problemas na síntese de serotonina, afetando diretamente o comportamento humano, podendo gerar ou agravar a depressão. Material e métodos: A presente pesquisa consiste num estudo descritivo de caráter qualitativo, baseado em revisão bibliográfica oriunda de artigos derivados de bases de dados consolidadas como SciELO, PUBMED, BVS e demais bases de informação, mediante aos descritores "depressão"; "piridoxina"; "serotonina". após isso obteve-se 42 artigos, desses 9 possuíam maior relevância para o trabalho, sendo esses nos idiomas ingês e português. Resultados: Uma nutrição balanceada torna-se primordial para a regulação bioquímica do sistema nervoso central e dos demais sistemas biológicos que sofrem interferência direta do neurotransmissor serotonina, que é o responsável pelo balanço homeostático do organismo humano. Entretanto, há uma incapacidade de haver absorção desse oriunda de alimentos, sendo necessário a síntese de forma interna. Para que essa ocorra é necessário a presença de certos insumos metabólicos em quantidades ideais, como íons magnésio, o triptofano e sobretudo a coenzima piridoxina. Essa coenzima é fundamental para a regulação dessa síntese, e baixos níveis sistêmicos de piridoxina influenciarão diretamente nesse processo químico. Logo, evidencia-se que a redução no índice de síntese serotoninérgica está relacionada a gênese da patologia depressiva oriunda de fatores biológicos, além de poder agravar a depressão derivada de fatores físicos e genéticos. Conclusão: Diante disso é notório a primordialidade da piridoxina nos processos catalíticos envolvendo a serotonina, e que uma alimentação balanceada torna-se essencial para tratar e prevenir a depressão. Outrossim, há uma necessidade de componentes básicos para o funcionamento do organismo e a piridoxina inclui-se nesses.
{"title":"OS IMPACTOS NEUROQUÍMICOS DA DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXINA NA ETIOLOGIA DA DEPRESSÃO","authors":"João Victor da Silva Coutinho, Pietra Cristina Gomes Pessini","doi":"10.51161/conbracif/66","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/66","url":null,"abstract":"Introdução: A depressão é uma das principais doenças presentes no mundo, estima-se que 300 milhões de pessoas sofram com depressão no mundo, dentre as quais, 11,5 milhões são brasileiras. Diante de tal realidade, torna-se notório a gravidade desse problema de saúde pública, e a adoção de medidas estatisticamente redutoras passa ser algo imprescindível. Há uma grande relação entre deficiência de serotonina com a gêneses dessa doença, mesmo que os mecanismos etiológicos não sejam evidentes na atualidade. Objetivo: O foco desse estudo consiste em correlacionar a deficiência de piridoxina com os problemas na síntese de serotonina, afetando diretamente o comportamento humano, podendo gerar ou agravar a depressão. Material e métodos: A presente pesquisa consiste num estudo descritivo de caráter qualitativo, baseado em revisão bibliográfica oriunda de artigos derivados de bases de dados consolidadas como SciELO, PUBMED, BVS e demais bases de informação, mediante aos descritores \"depressão\"; \"piridoxina\"; \"serotonina\". após isso obteve-se 42 artigos, desses 9 possuíam maior relevância para o trabalho, sendo esses nos idiomas ingês e português. Resultados: Uma nutrição balanceada torna-se primordial para a regulação bioquímica do sistema nervoso central e dos demais sistemas biológicos que sofrem interferência direta do neurotransmissor serotonina, que é o responsável pelo balanço homeostático do organismo humano. Entretanto, há uma incapacidade de haver absorção desse oriunda de alimentos, sendo necessário a síntese de forma interna. Para que essa ocorra é necessário a presença de certos insumos metabólicos em quantidades ideais, como íons magnésio, o triptofano e sobretudo a coenzima piridoxina. Essa coenzima é fundamental para a regulação dessa síntese, e baixos níveis sistêmicos de piridoxina influenciarão diretamente nesse processo químico. Logo, evidencia-se que a redução no índice de síntese serotoninérgica está relacionada a gênese da patologia depressiva oriunda de fatores biológicos, além de poder agravar a depressão derivada de fatores físicos e genéticos. Conclusão: Diante disso é notório a primordialidade da piridoxina nos processos catalíticos envolvendo a serotonina, e que uma alimentação balanceada torna-se essencial para tratar e prevenir a depressão. Outrossim, há uma necessidade de componentes básicos para o funcionamento do organismo e a piridoxina inclui-se nesses.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89926061","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O Resveratrol (3,4’, 5-trihidroxiestilbene) é um polifenol abundante na casca e nas sementes da uva e inclusive no vinho, frutas e amendoim e está associado a uma melhora na saúde geral do indivíduo e sabe-se que ele está envolvido na redução de danos neuronais e apoptose e ainda possui uma variedade de bioatividades incluindo propriedades anti doenças cardiovasculares, anticancerígenas, antioxidantes e anti-inflamatórias. É encontrado em uvas vermelhas, vinho tinto, amendoim e outras fontes vegetais. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo revisar a literatura existente a respeito do poder do resveratrol no tratamento da depressão. Material e métodos: Para isto, utilizou-se da plataforma Pubmed a partir dos descritores: “polyphenols and depression”, encontrando 164 resultados referentes aos anos de 1996 a 2022 e selecionando 13 estudos. Resultados: Quanto aos resultados, constatou-se que os polifenois podem exercer efeitos positivos na saúde do cérebro no envelhecimento, enfatizando os efeitos nas doenças que mais comumente afetam o cérebro durante o envelhecimento que é a doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, demência e a depressão e ainda exercendo papel com diversas propriedades como o estresse oxidativo, atividade contra a glicação, inflamação, neurodegeneração. Percebeu-se que os polifenois, destacando entre eles o resveratrol, micronutrientes não essenciais, afetam várias funções fisiológicas e bioquímicas no organismo no transtorno depressivo. Conclusão: Entende-se que a depressão está associada à desregulação imune induzida pelo estresse e níveis reduzidos de fator neurotrófico derivado do cérebro em regiões cerebrais sensíveis associadas à depressão com níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e o resveratrol pode ser um promissor antidepressivo natural com menos reações adversas.
{"title":"O RESVERATROL: UM POLIFENOL NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO","authors":"Ana Oliveira","doi":"10.51161/conbracif/65","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/65","url":null,"abstract":"Introdução: O Resveratrol (3,4’, 5-trihidroxiestilbene) é um polifenol abundante na casca e nas sementes da uva e inclusive no vinho, frutas e amendoim e está associado a uma melhora na saúde geral do indivíduo e sabe-se que ele está envolvido na redução de danos neuronais e apoptose e ainda possui uma variedade de bioatividades incluindo propriedades anti doenças cardiovasculares, anticancerígenas, antioxidantes e anti-inflamatórias. É encontrado em uvas vermelhas, vinho tinto, amendoim e outras fontes vegetais. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo revisar a literatura existente a respeito do poder do resveratrol no tratamento da depressão. Material e métodos: Para isto, utilizou-se da plataforma Pubmed a partir dos descritores: “polyphenols and depression”, encontrando 164 resultados referentes aos anos de 1996 a 2022 e selecionando 13 estudos. Resultados: Quanto aos resultados, constatou-se que os polifenois podem exercer efeitos positivos na saúde do cérebro no envelhecimento, enfatizando os efeitos nas doenças que mais comumente afetam o cérebro durante o envelhecimento que é a doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, demência e a depressão e ainda exercendo papel com diversas propriedades como o estresse oxidativo, atividade contra a glicação, inflamação, neurodegeneração. Percebeu-se que os polifenois, destacando entre eles o resveratrol, micronutrientes não essenciais, afetam várias funções fisiológicas e bioquímicas no organismo no transtorno depressivo. Conclusão: Entende-se que a depressão está associada à desregulação imune induzida pelo estresse e níveis reduzidos de fator neurotrófico derivado do cérebro em regiões cerebrais sensíveis associadas à depressão com níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e o resveratrol pode ser um promissor antidepressivo natural com menos reações adversas.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75369453","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Graziele da Costa Martins, João Victor Dias da Silva, Verônica Regina Gomes Paes Fernandes, Edgard De Freitas Vianna
Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) manifesta-se mais comumente como trombose venosa profunda (TVP) dos membros inferiores e tromboembolia pulmonar (TEP). O farmacêutico clínico é o profissional habilitado para avaliar, monitorar a farmacoterapia e dar suporte a equipe multiprofissional, contribuindo para a eficácia do tratamento. Promovendo a segurança, otimizando o tratamento e profilaxia dos pacientes hospitalizados nestas condições. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar os tratamentos de TEP/TVP e tromboprofilaxias aplicadas a pacientes internados na Clínica Médica. Material e métodos: A partir do seguimento farmacoterapêutico foi realizada uma análise no período de dezembro de 2021 a janeiro de 2022, totalizando 83 pacientes internados em um hospital de médio porte localizado no Rio de Janeiro. O farmacêutico clínico procedeu com avaliação dos pacientes em profilaxia mecânica (compressor pneumático), química ou em tratamento de TEV com enoxaparina subcutânea (SC) ou rivaroxabana. Resultados: Um total de 83 pacientes internados foram avaliados, destes 60,2% (n=50) realizavam profilaxia de TEP/TVP. Nove (18%) pacientes em uso de profilaxia mecânica e 41 (82%) com profilaxia química. Já, 16,8%(n=14) encontravam-se em conduta de tratamento. Dezenove (22,9%) pacientes não utilizavam tromboprofilaxia: Nove (47,4%) sem justificativa médica, três (15,8%) em deambulação, internação inferior a 24horas e cirurgia de grande porte, e apenas 1 (5,3%) apresentando plaquetopenia (<50 mil). Foram realizadas 5 intervenções farmacêuticas: Duas (40%) inclusões de profilaxia química e trocas de profilaxia e 1 (20%) ajuste de dose (dose abaixo do recomendado). Conclusão: A adesão aos protocolos clínicos existentes na unidade hospitalar configura uma ação de promoção à segurança do paciente e de qualidade do serviço prestado pela instituição. O farmacêutico clínico deve avaliar a farmacoterapia do paciente sob seus cuidados, verificar os critérios de inclusão e/ou exclusão de tromboprofilaxia, e os parâmetros do tratamento de TEP/TVP.
{"title":"ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO NO TRATAMENTO E PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO","authors":"Graziele da Costa Martins, João Victor Dias da Silva, Verônica Regina Gomes Paes Fernandes, Edgard De Freitas Vianna","doi":"10.51161/conbracif/24","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/24","url":null,"abstract":"Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) manifesta-se mais comumente como trombose venosa profunda (TVP) dos membros inferiores e tromboembolia pulmonar (TEP). O farmacêutico clínico é o profissional habilitado para avaliar, monitorar a farmacoterapia e dar suporte a equipe multiprofissional, contribuindo para a eficácia do tratamento. Promovendo a segurança, otimizando o tratamento e profilaxia dos pacientes hospitalizados nestas condições. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar os tratamentos de TEP/TVP e tromboprofilaxias aplicadas a pacientes internados na Clínica Médica. Material e métodos: A partir do seguimento farmacoterapêutico foi realizada uma análise no período de dezembro de 2021 a janeiro de 2022, totalizando 83 pacientes internados em um hospital de médio porte localizado no Rio de Janeiro. O farmacêutico clínico procedeu com avaliação dos pacientes em profilaxia mecânica (compressor pneumático), química ou em tratamento de TEV com enoxaparina subcutânea (SC) ou rivaroxabana. Resultados: Um total de 83 pacientes internados foram avaliados, destes 60,2% (n=50) realizavam profilaxia de TEP/TVP. Nove (18%) pacientes em uso de profilaxia mecânica e 41 (82%) com profilaxia química. Já, 16,8%(n=14) encontravam-se em conduta de tratamento. Dezenove (22,9%) pacientes não utilizavam tromboprofilaxia: Nove (47,4%) sem justificativa médica, três (15,8%) em deambulação, internação inferior a 24horas e cirurgia de grande porte, e apenas 1 (5,3%) apresentando plaquetopenia (<50 mil). Foram realizadas 5 intervenções farmacêuticas: Duas (40%) inclusões de profilaxia química e trocas de profilaxia e 1 (20%) ajuste de dose (dose abaixo do recomendado). Conclusão: A adesão aos protocolos clínicos existentes na unidade hospitalar configura uma ação de promoção à segurança do paciente e de qualidade do serviço prestado pela instituição. O farmacêutico clínico deve avaliar a farmacoterapia do paciente sob seus cuidados, verificar os critérios de inclusão e/ou exclusão de tromboprofilaxia, e os parâmetros do tratamento de TEP/TVP.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"104 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85186537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Pseudomonas aeruginosa, é um bacilo gram-negativo encontrado em grande número na natureza, e em menor quantidade nos seres humanos. Essa bactéria é apontada como um dos principais patógenos oportunistas causadores de infecções hospitalares como, por exemplo, infecções do trato urinário, pneumonias, e sepse. Além disso, esse microrganismo ocasiona infecções de difícil solução, pois apresentam multirresistência aos antibióticos. Objetivo: Diante do exposto o presente resumo tem como objetivo apresentar a comunidade acadêmica uma breve aclaração a respeito da multirresistência da Pseudomonas aeruginosa. Material e métodos: Para o cumprimento do objetivo do trabalho foram realizadas buscas em artigos científicos de pessoas que realizaram pesquisas sobre o assunto abordado. Esses trabalhos foram encontrados em diversas bases de dados científicos como: PubMed, Scielo, entre outras, onde foram empregados os termos: Pseudomonas aeruginosa, fatores de virulência, tratamento. Resultados: As infecções causadas pela p. aeruginosa, são consideradas um problema de saúde pública, pois acometem principalmente pacientes imunocomprometidos, como também, possuem uma patogenicidade relevante. Seus fatores de virulência são capazes proteger a mesma do sistema imunológico do indivíduo infectado, bem como, conferem resistência a ação dos antibióticos. Entre alguns desses fatores estão: a estrutura celular bacteriana, produção de biofilme e exotoxinas, além da sua capacidade de resistir a ação dos antibióticos, seja por meios intrínsecos a bomba de efluxo, enzimas, e enzima β-lactamase, ou por fatores adquiridos, e adaptativos que são formados a partir de mutações. Esses mecanismos fornecem uma ampla resistência ao tratamento, pois inibem a ação de fármacos como os aminoglicosídeos, carbapenêmicos, cefalosporinas, penicilinas e quinolonas. Conclusão: em suma, essa é uma bactéria com diversos sistemas que favorecem sua permanência no organismo infectado e isso faz com que haja uma alta taxa de mortalidade. Como também são bactérias multirresistentes conseguem sobreviver a ação de diferentes classes de antibióticos. Portanto, é imprescindível que no ambiente hospitalar sejam tomadas medidas rigorosas de prevenção para evitar a disseminação desse tipo de infecção, da mesma maneira é necessário que mais estudos sejam realizados a fim de produzir medicamentos capazes de inibir esses mecanismos de virulência.
{"title":"PSEUDOMONAS AERUGINOSA: OS DESAFIOS DO TRATAMENTO DIANTE DA MULTIRRESISTÊNCIA","authors":"M. L. Mendes","doi":"10.51161/conbracif/23","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/23","url":null,"abstract":"Introdução: Pseudomonas aeruginosa, é um bacilo gram-negativo encontrado em grande número na natureza, e em menor quantidade nos seres humanos. Essa bactéria é apontada como um dos principais patógenos oportunistas causadores de infecções hospitalares como, por exemplo, infecções do trato urinário, pneumonias, e sepse. Além disso, esse microrganismo ocasiona infecções de difícil solução, pois apresentam multirresistência aos antibióticos. Objetivo: Diante do exposto o presente resumo tem como objetivo apresentar a comunidade acadêmica uma breve aclaração a respeito da multirresistência da Pseudomonas aeruginosa. Material e métodos: Para o cumprimento do objetivo do trabalho foram realizadas buscas em artigos científicos de pessoas que realizaram pesquisas sobre o assunto abordado. Esses trabalhos foram encontrados em diversas bases de dados científicos como: PubMed, Scielo, entre outras, onde foram empregados os termos: Pseudomonas aeruginosa, fatores de virulência, tratamento. Resultados: As infecções causadas pela p. aeruginosa, são consideradas um problema de saúde pública, pois acometem principalmente pacientes imunocomprometidos, como também, possuem uma patogenicidade relevante. Seus fatores de virulência são capazes proteger a mesma do sistema imunológico do indivíduo infectado, bem como, conferem resistência a ação dos antibióticos. Entre alguns desses fatores estão: a estrutura celular bacteriana, produção de biofilme e exotoxinas, além da sua capacidade de resistir a ação dos antibióticos, seja por meios intrínsecos a bomba de efluxo, enzimas, e enzima β-lactamase, ou por fatores adquiridos, e adaptativos que são formados a partir de mutações. Esses mecanismos fornecem uma ampla resistência ao tratamento, pois inibem a ação de fármacos como os aminoglicosídeos, carbapenêmicos, cefalosporinas, penicilinas e quinolonas. Conclusão: em suma, essa é uma bactéria com diversos sistemas que favorecem sua permanência no organismo infectado e isso faz com que haja uma alta taxa de mortalidade. Como também são bactérias multirresistentes conseguem sobreviver a ação de diferentes classes de antibióticos. Portanto, é imprescindível que no ambiente hospitalar sejam tomadas medidas rigorosas de prevenção para evitar a disseminação desse tipo de infecção, da mesma maneira é necessário que mais estudos sejam realizados a fim de produzir medicamentos capazes de inibir esses mecanismos de virulência.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91004398","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Vários autores têm relatado mudanças no perfil epidemiológico e nos agentes etiológicos das dermatofitoses em diferentes países. No Brasil, estas mudanças têm sido observadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste. Entretanto, poucos dados do Nordeste do país foram publicados nos últimos anos, havendo importante lacuna de informação sobre o tema na região. Estima-se que as infecções fúngicas superficiais afetem 20 a 25% da população mundial e a sua incidência continua a aumentar. A maioria é causada por dermatófitos, que são fungos que necessitam de queratina para crescer, o que restringe o seu crescimento à pele, unhas e cabelo, poupando as mucosas. As dermatofitoses, tineas ou frieiras, são infecções superficiais causadas por fungos (micoses) que afetam a pele, pelos ou as unhas; os fungos que digerem queratina são chamados de dermatófitos e englobam os seguintes gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. Objetivo: Identificar fungos causadores de tinea corporis em pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia da Universidade Nove de Julho. Material e métodos: Utilizando o método de raspagem de pele com auxílio de bisturi descartável, os materiais biológicos foram submetidos a exames micológicos direto, com solução de KOH a 20%, o micro cultivo das amostras foi realizado em Ágar Sabouraud Dextrose, contendo 100mg/L de Cloranfenicol, e em Ágar Batata, também contendo 100mg/L de Cloranfenicol. Estes meios de cultura foram dispensados em tubos de ensaio e placas de Petri, onde as amostras foram inoculadas e cresceram durante 2-3 semanas em temperatura ambiente. A identificação dos gêneros e espécies foi realizada de acordo com as características macro e microscópicas das colônias. Resultados: No período de setembro de 2014 a novembro de 2015, foram analisadas 121 amostras no ambulatório da faculdade, sendo que apenas 14 amostras apresentavam suspeita de dermatofitose ou Tinea Corporis. Conclusão: De acordo com o estudo, as amostras analisadas, a maioria apresentaram características de dermatofitoses, onde tiveram algum tipo de contato com área rural, porém, não foi possível identificar ao certo os dermatófitos que causaram as micoses.
{"title":"IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE TINEA CORPORIS EM PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE DERMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO","authors":"Bárbara Carolina Ponzo Nogueira","doi":"10.51161/conbracif/34","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/34","url":null,"abstract":"Introdução: Vários autores têm relatado mudanças no perfil epidemiológico e nos agentes etiológicos das dermatofitoses em diferentes países. No Brasil, estas mudanças têm sido observadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste. Entretanto, poucos dados do Nordeste do país foram publicados nos últimos anos, havendo importante lacuna de informação sobre o tema na região. Estima-se que as infecções fúngicas superficiais afetem 20 a 25% da população mundial e a sua incidência continua a aumentar. A maioria é causada por dermatófitos, que são fungos que necessitam de queratina para crescer, o que restringe o seu crescimento à pele, unhas e cabelo, poupando as mucosas. As dermatofitoses, tineas ou frieiras, são infecções superficiais causadas por fungos (micoses) que afetam a pele, pelos ou as unhas; os fungos que digerem queratina são chamados de dermatófitos e englobam os seguintes gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. Objetivo: Identificar fungos causadores de tinea corporis em pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia da Universidade Nove de Julho. Material e métodos: Utilizando o método de raspagem de pele com auxílio de bisturi descartável, os materiais biológicos foram submetidos a exames micológicos direto, com solução de KOH a 20%, o micro cultivo das amostras foi realizado em Ágar Sabouraud Dextrose, contendo 100mg/L de Cloranfenicol, e em Ágar Batata, também contendo 100mg/L de Cloranfenicol. Estes meios de cultura foram dispensados em tubos de ensaio e placas de Petri, onde as amostras foram inoculadas e cresceram durante 2-3 semanas em temperatura ambiente. A identificação dos gêneros e espécies foi realizada de acordo com as características macro e microscópicas das colônias. Resultados: No período de setembro de 2014 a novembro de 2015, foram analisadas 121 amostras no ambulatório da faculdade, sendo que apenas 14 amostras apresentavam suspeita de dermatofitose ou Tinea Corporis. Conclusão: De acordo com o estudo, as amostras analisadas, a maioria apresentaram características de dermatofitoses, onde tiveram algum tipo de contato com área rural, porém, não foi possível identificar ao certo os dermatófitos que causaram as micoses.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"55 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87749460","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}