Maria Gabriela Tavares da Silva, Eliane Lopes De Alcantara Ferreira, E. D. Silva
Introdução: O Brasil vive um intenso processo de transição demográfica e epidemiológica. A população idosa tem um considerável crescimento o que gera desafios para toda sociedade, especificamente ao sistema de saúde. Uma vez que os idosos frequentemente têm doenças crônicas e a polifarmácia costuma ser mais comum nessa faixa etária por estar associada a uma ampla gama de consequências clínicas. A prática da polifarmácia com elevado número de medicamentos utilizado por um indivíduo, é comum em idosos com esquemas medicamentosos complexos e multimorbidades sendo necessário ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Objetivo: Evidenciar os impactos da polimedicação geriátrica e seus eventos adversos que resultam em limitações fisiológicas. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de consulta a artigos em Bibliotecas Virtuais publicados entre os anos de 2017 a 2021 nas bases de dados: PubMed, SciELO e LILACS com as seguintes palavras-chaves: “Polifarmácia”, “Idoso”, “Eventos Adversos” e “Interação Medicamentosa”; publicado na íntegra em português ou inglês. Resultados: Os estudos demonstram que a polifarmácia tem sido associada a uma série de resultados negativos e é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da fragilidade. Além disso, é um fator de risco chave para interações medicamentosas. Foi observado que o consumo de múltiplos medicamentos pode causar eventos adversos a medicamentos tais como: insuficiência renal, danos hepáticos, além de comprometer funções físicas por estar associado a redução das funções cognitivas e demência. No entanto, as revisões sugerem alguns suportes para diminuir a inadequação e o número de medicamentos em pessoas com polifarmácia, porém com efeitos pouco claros em resultados clinicamente relevantes. Conclusão: Infere-se, portanto, que a redução da polifarmácia pode ser uma estratégia cautelosa para prevenir e gerenciar os negativos efeitos homeostáticos. Indubitavelmente, o cuidado na tomada de decisão na prescrição de medicamentos para pacientes idosos é de extrema importância, ressaltando que a polifarmácia deve ser avaliada especialmente em idosos frágeis, logo a avaliação das prescrições por uma equipe multidisciplinar contribui de forma significativa na diminuição dos riscos ao idoso.
{"title":"POLIFARMÁCIA E SEUS POTENCIAIS RISCOS A SAÚDE DO IDOSO: REVISÃO INTEGRATIVA","authors":"Maria Gabriela Tavares da Silva, Eliane Lopes De Alcantara Ferreira, E. D. Silva","doi":"10.51161/conbracif/19","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/19","url":null,"abstract":"Introdução: O Brasil vive um intenso processo de transição demográfica e epidemiológica. A população idosa tem um considerável crescimento o que gera desafios para toda sociedade, especificamente ao sistema de saúde. Uma vez que os idosos frequentemente têm doenças crônicas e a polifarmácia costuma ser mais comum nessa faixa etária por estar associada a uma ampla gama de consequências clínicas. A prática da polifarmácia com elevado número de medicamentos utilizado por um indivíduo, é comum em idosos com esquemas medicamentosos complexos e multimorbidades sendo necessário ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Objetivo: Evidenciar os impactos da polimedicação geriátrica e seus eventos adversos que resultam em limitações fisiológicas. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de consulta a artigos em Bibliotecas Virtuais publicados entre os anos de 2017 a 2021 nas bases de dados: PubMed, SciELO e LILACS com as seguintes palavras-chaves: “Polifarmácia”, “Idoso”, “Eventos Adversos” e “Interação Medicamentosa”; publicado na íntegra em português ou inglês. Resultados: Os estudos demonstram que a polifarmácia tem sido associada a uma série de resultados negativos e é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da fragilidade. Além disso, é um fator de risco chave para interações medicamentosas. Foi observado que o consumo de múltiplos medicamentos pode causar eventos adversos a medicamentos tais como: insuficiência renal, danos hepáticos, além de comprometer funções físicas por estar associado a redução das funções cognitivas e demência. No entanto, as revisões sugerem alguns suportes para diminuir a inadequação e o número de medicamentos em pessoas com polifarmácia, porém com efeitos pouco claros em resultados clinicamente relevantes. Conclusão: Infere-se, portanto, que a redução da polifarmácia pode ser uma estratégia cautelosa para prevenir e gerenciar os negativos efeitos homeostáticos. Indubitavelmente, o cuidado na tomada de decisão na prescrição de medicamentos para pacientes idosos é de extrema importância, ressaltando que a polifarmácia deve ser avaliada especialmente em idosos frágeis, logo a avaliação das prescrições por uma equipe multidisciplinar contribui de forma significativa na diminuição dos riscos ao idoso.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"60 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77388384","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Francisco Antônio Sabino Leite, Oziene De Souza Lacerda, Rafaela de Oliveira Nóbrega
Introdução: A esquizofrenia é um tipo de transtorno mental que acomete aproximadamente 1% da população mundial. Nesse sentido, os antipsicóticos são medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia e na regulação dos sintomas patológicos da doença. Além disso, o tipo de neuroléptico a ser prescrito é escolhido de acordo com os sintomas, positivo ou negativo, apresentado pelo paciente. Objetivo: O objetivo desse trabalho é enfatizar dificuldades enfrentadas pelo paciente esquizofrênico após a adesão ao tratamento com antipsicóticos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa produzida através de buscas em bases eletrônicas como Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline), Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo) e Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed). Foram utilizados como descritores selecionados no DeCS inconformidade do paciente, esquizofrenia e antipsicóticos combinado com o operador booleano AND. Como critérios de inclusão escolhidos foram artigos publicados nos últimos 5 anos (2018-2022), tipos de estudos em inglês e português como livros e documentos, ensaios clínicos, meta-análise, teste controlado e aleatório e análise. Foram definidos como critérios de exclusão estudos duplicados entre as bases de dados e não convenientes ao tema. Resultados: Observou-se que há hesitações na continuidade do tratamento devido a certas dificuldades advindas do uso, por exemplo, o consumo em longo prazo do aripiprazol acarretou em efeitos metabólitos como dislipidemia e aumento de peso. Além disso, devido a alterações fisiológicas causadas pela doença, a disfagia, dificulta a continuidade do tratamento com fármacos sólidos. Ainda, foi visto que é recorrente nos pacientes a esquizofrenia resistente ao tratamento, o que exige um cuidado personalizado e cujo preditor mais adequado foi o uso dos fármacos atípicos. Ademais, as mulheres com esquizofrenia apresentam um obstáculo a mais que é conciliar a eficácia do tratamento com as diferentes etapas do ciclo menstrual. Conclusão: É notório que o conforto do paciente com a intervenção proposta é uma questão relevante para manter a ininterrupção da terapia e atingir o sucesso terapêutico. Portanto, é de suma importância tentar proporcionar o máximo possível de alento ao enfermo e, dessa forma, individualizar a terapia medicamentosa de acordo com a necessidade e fisiologia de cada paciente.
{"title":"DIFICULDADES NO TRATAMENTO COM ANTIPSICÓTICOS EM PACIENTES PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Francisco Antônio Sabino Leite, Oziene De Souza Lacerda, Rafaela de Oliveira Nóbrega","doi":"10.51161/conbracif/29","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/29","url":null,"abstract":"Introdução: A esquizofrenia é um tipo de transtorno mental que acomete aproximadamente 1% da população mundial. Nesse sentido, os antipsicóticos são medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia e na regulação dos sintomas patológicos da doença. Além disso, o tipo de neuroléptico a ser prescrito é escolhido de acordo com os sintomas, positivo ou negativo, apresentado pelo paciente. Objetivo: O objetivo desse trabalho é enfatizar dificuldades enfrentadas pelo paciente esquizofrênico após a adesão ao tratamento com antipsicóticos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa produzida através de buscas em bases eletrônicas como Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline), Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo) e Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed). Foram utilizados como descritores selecionados no DeCS inconformidade do paciente, esquizofrenia e antipsicóticos combinado com o operador booleano AND. Como critérios de inclusão escolhidos foram artigos publicados nos últimos 5 anos (2018-2022), tipos de estudos em inglês e português como livros e documentos, ensaios clínicos, meta-análise, teste controlado e aleatório e análise. Foram definidos como critérios de exclusão estudos duplicados entre as bases de dados e não convenientes ao tema. Resultados: Observou-se que há hesitações na continuidade do tratamento devido a certas dificuldades advindas do uso, por exemplo, o consumo em longo prazo do aripiprazol acarretou em efeitos metabólitos como dislipidemia e aumento de peso. Além disso, devido a alterações fisiológicas causadas pela doença, a disfagia, dificulta a continuidade do tratamento com fármacos sólidos. Ainda, foi visto que é recorrente nos pacientes a esquizofrenia resistente ao tratamento, o que exige um cuidado personalizado e cujo preditor mais adequado foi o uso dos fármacos atípicos. Ademais, as mulheres com esquizofrenia apresentam um obstáculo a mais que é conciliar a eficácia do tratamento com as diferentes etapas do ciclo menstrual. Conclusão: É notório que o conforto do paciente com a intervenção proposta é uma questão relevante para manter a ininterrupção da terapia e atingir o sucesso terapêutico. Portanto, é de suma importância tentar proporcionar o máximo possível de alento ao enfermo e, dessa forma, individualizar a terapia medicamentosa de acordo com a necessidade e fisiologia de cada paciente.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79423169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rodrigo Sobral, Janderley José de Matos, Umberto Pereira Souza Junior, G. M. Cavalcante
Introdução: A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio gastrointestinal crônico e remitente caracterizado por: dor abdominal, constipação ou diarreia, inchaço e flatulências. Sua fisiopatologia ainda é incompreendida, mas se dá provavelmente devido a interações complexas entre os sistemas imunológico, hormonal e nervoso. Diversos fatores são apontados como precursores, dentre eles, o estresse psicológico, que além de desestabilizar o equilíbrio e a homeostase do organismo, podem alterar as interações cérebro-intestino, afetando diferentes funções fisiológicas do sistema gastrointestinal. Muitas medidas são utilizadas para proporcionar alívio dos sintomas como o uso de medicamentos, alguns antidepressivos tricíclicos e ansiolíticos, contudo tais medidas são paliativas pois se trata de uma patologia crônica. Com o advento da ciência e a flexibilização das leis no que tangem o uso dos derivados da Cannabis sativa, muitas substâncias ativas, como por exemplo o canabidiol (CBD), são apontadas como recursos com menos efeitos colaterais e altamente eficazes nos tratamentos de diversas patologias, incluindo os distúrbios da ansiedade e estresse, sendo um importante recurso a ser considerado. Objetivo: Avaliar a eficácia da Cannabis sativa no manejo do estresse em portadores da síndrome do intestino irritável. Material e métodos: Revisão da literatura científica, apoiada em artigos indexados nas bases “Pubmed” e “Google Acadêmico”, utilizando os descritores: Estresse, Cannabis sativa, Canabidiol, Síndrome do Intestino Irritável, sendo selecionados 07 artigos originais. Como critério de inclusão, os artigos deveriam ter sido publicados entre 2016 e 2021, sendo excluído, os resumos e resumos expandidos. Resultados: A eficácia da Cannabis sativa, no manejo da SII, se dá principalmente pelos seus constituintes ativos dos quais o Canabidiol (CBD), é um de seus componentes mais estudados e com propriedades farmacológicas comprovadas frente a ansiedade e o estresse, pois tem uma afinidade com os receptor serotoninérgico 5-HT1A e o receptor CB1, e é bem conhecido que os receptores serotoninérgicos 5-HT desempenham um papel crítico na alteração relacionada ao estresse da motilidade intestinal, sensibilidade visceral e secreção intestinal, e também na fisiopatologia de distúrbios como SII. Conclusão: Por sua ação ansiolítica, é um recurso interessante no manejo do estresse e desordens emocionais, considerados fatores de agravo do quadro de SII.
{"title":"UTILIZAÇÃO DA CANNABIS SATIVA NO MANEJO DO ESTRESSE EM PORTADORES DE SINDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL: UMA REVISÃO DA LITERATURA","authors":"Rodrigo Sobral, Janderley José de Matos, Umberto Pereira Souza Junior, G. M. Cavalcante","doi":"10.51161/conbracif/41","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/41","url":null,"abstract":"Introdução: A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio gastrointestinal crônico e remitente caracterizado por: dor abdominal, constipação ou diarreia, inchaço e flatulências. Sua fisiopatologia ainda é incompreendida, mas se dá provavelmente devido a interações complexas entre os sistemas imunológico, hormonal e nervoso. Diversos fatores são apontados como precursores, dentre eles, o estresse psicológico, que além de desestabilizar o equilíbrio e a homeostase do organismo, podem alterar as interações cérebro-intestino, afetando diferentes funções fisiológicas do sistema gastrointestinal. Muitas medidas são utilizadas para proporcionar alívio dos sintomas como o uso de medicamentos, alguns antidepressivos tricíclicos e ansiolíticos, contudo tais medidas são paliativas pois se trata de uma patologia crônica. Com o advento da ciência e a flexibilização das leis no que tangem o uso dos derivados da Cannabis sativa, muitas substâncias ativas, como por exemplo o canabidiol (CBD), são apontadas como recursos com menos efeitos colaterais e altamente eficazes nos tratamentos de diversas patologias, incluindo os distúrbios da ansiedade e estresse, sendo um importante recurso a ser considerado. Objetivo: Avaliar a eficácia da Cannabis sativa no manejo do estresse em portadores da síndrome do intestino irritável. Material e métodos: Revisão da literatura científica, apoiada em artigos indexados nas bases “Pubmed” e “Google Acadêmico”, utilizando os descritores: Estresse, Cannabis sativa, Canabidiol, Síndrome do Intestino Irritável, sendo selecionados 07 artigos originais. Como critério de inclusão, os artigos deveriam ter sido publicados entre 2016 e 2021, sendo excluído, os resumos e resumos expandidos. Resultados: A eficácia da Cannabis sativa, no manejo da SII, se dá principalmente pelos seus constituintes ativos dos quais o Canabidiol (CBD), é um de seus componentes mais estudados e com propriedades farmacológicas comprovadas frente a ansiedade e o estresse, pois tem uma afinidade com os receptor serotoninérgico 5-HT1A e o receptor CB1, e é bem conhecido que os receptores serotoninérgicos 5-HT desempenham um papel crítico na alteração relacionada ao estresse da motilidade intestinal, sensibilidade visceral e secreção intestinal, e também na fisiopatologia de distúrbios como SII. Conclusão: Por sua ação ansiolítica, é um recurso interessante no manejo do estresse e desordens emocionais, considerados fatores de agravo do quadro de SII.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"34 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82941515","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mariana Dalmagro, Radamés Jose Fritola, G. Donadel, E. Lourenço, J. Hoscheid
Introdução: A inflamação é um mecanismo de defesa, que visa suprimir o motivo inicial da lesão tecidual e seus efeitos. Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pertencem a uma classe de fármacos amplamente prescritos em todo o mundo, sendo que no Brasil, são os mais utilizados por automedicação. Os AINEs possuem funções analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias, e são prescritos para tratar diversos tipos de dores. A automedicação tem se tornado um hábito comum na vida das pessoas, tanto pelo pouco conhecimento dos possíveis efeitos colaterais, quanto pelas condições financeiras necessárias para uma consulta médica. No entanto, pacientes desconsideram os riscos de efeitos colaterais devido ao uso incorreto desses medicamentos. Objetivo: Abordar o uso incorreto de AINEs na prática farmacêutica, com prescrição, com associação a outros fármacos e sem prescrição médica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada em uma farmácia comunitária do interior do Paraná, no período de abril a junho de 2020, onde todos os indivíduos participantes da pesquisa eram maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram colhidos mediante a observação de todas as vendas que continham AINEs no sistema de automação da farmácia. Resultados: No período avaliado 398 pessoas compraram medicamento com receita médica, 150 com receita odontológica, 2000 sem receita, e 800 por indicação do balconista da farmácia. Dos pacientes que compraram com receita 70% apresentavam associação a outros fármacos. Das pessoas que compraram sem receita 70% não quiseram qualquer orientação farmacêutica, e alegaram estar com pressa ou já saber como utilizar o medicamento e suas interações. Outros 20% aceitaram orientação farmacêutica, porém relataram que não as seguiriam; E somente 10% disseram que seguiriam as orientações repassadas. Dentre os principais efeitos colaterais relatados pelos indivíduos estão: náuseas, tonturas, dores no estômago e insônia. Conclusão: O farmacêutico possui um papel fundamental na avaliação do paciente antes da compra, uma vez que ele é um dos profissionais capacitados a dispensar corretamente os medicamentos, e a oferecer uma orientação adequada sobre seu uso consciente e correto.
{"title":"PERFIL DA UTILIZAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DO OESTE DO PARANÁ","authors":"Mariana Dalmagro, Radamés Jose Fritola, G. Donadel, E. Lourenço, J. Hoscheid","doi":"10.51161/conbracif/57","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/57","url":null,"abstract":"Introdução: A inflamação é um mecanismo de defesa, que visa suprimir o motivo inicial da lesão tecidual e seus efeitos. Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pertencem a uma classe de fármacos amplamente prescritos em todo o mundo, sendo que no Brasil, são os mais utilizados por automedicação. Os AINEs possuem funções analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias, e são prescritos para tratar diversos tipos de dores. A automedicação tem se tornado um hábito comum na vida das pessoas, tanto pelo pouco conhecimento dos possíveis efeitos colaterais, quanto pelas condições financeiras necessárias para uma consulta médica. No entanto, pacientes desconsideram os riscos de efeitos colaterais devido ao uso incorreto desses medicamentos. Objetivo: Abordar o uso incorreto de AINEs na prática farmacêutica, com prescrição, com associação a outros fármacos e sem prescrição médica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada em uma farmácia comunitária do interior do Paraná, no período de abril a junho de 2020, onde todos os indivíduos participantes da pesquisa eram maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram colhidos mediante a observação de todas as vendas que continham AINEs no sistema de automação da farmácia. Resultados: No período avaliado 398 pessoas compraram medicamento com receita médica, 150 com receita odontológica, 2000 sem receita, e 800 por indicação do balconista da farmácia. Dos pacientes que compraram com receita 70% apresentavam associação a outros fármacos. Das pessoas que compraram sem receita 70% não quiseram qualquer orientação farmacêutica, e alegaram estar com pressa ou já saber como utilizar o medicamento e suas interações. Outros 20% aceitaram orientação farmacêutica, porém relataram que não as seguiriam; E somente 10% disseram que seguiriam as orientações repassadas. Dentre os principais efeitos colaterais relatados pelos indivíduos estão: náuseas, tonturas, dores no estômago e insônia. Conclusão: O farmacêutico possui um papel fundamental na avaliação do paciente antes da compra, uma vez que ele é um dos profissionais capacitados a dispensar corretamente os medicamentos, e a oferecer uma orientação adequada sobre seu uso consciente e correto.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"91 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85804799","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mariana Dalmagro, G. Donadel, Mariana Balzan, J. Hoscheid, Giuliana Zardeto
Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) são causadas por mais de 30 agentes etiológicos e são transmitidas, por exemplo, através da relação sexual sem proteção. É importante enfatizar que o aumento de IST’s nos últimos anos denota, entre outros fatores, ao baixo conhecimento sobre essas doenças, indicando a necessidade de mais informações sobre medidas protetivas. Objetivo: Promover um levantamento bibliográfico acerca das infecções sexualmente transmissíveis com ênfase no vírus da imunodeficiência humana, papilomavírus humano e sífilis. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, na base de dados Google acadêmico, compreendendo o período de 2011 a 2021, nos idiomas de português e inglês, com ênfase no vírus da imunodeficiência humana, papilomavirus humano e sífilis. Resultados: O Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus, com duas cepas biológicas (HIV-1 e HIV-2), causadores da mesma doença e transmitidas pela mesma via, contudo diferem entre si na evolução clínica. No Brasil, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV, sendo que, até outubro de 2020, 708 mil pessoas estavam em tratamento com antirretrovirais, disponíveis na rede pública. O Papilomavírus humano (HPV) tem apresentado prevalência crescente na sociedade, pois existem mais de 150 tipos, entre eles, lesões malignas (cânceres) e benignas (verrugas). Foram diagnosticadas mais de 500 mil mulheres com HPV no ano de 2020, e aproximadamente 342 mil óbitos. Os tipos HPV-16 e HPV-18, causadores do câncer do colo do útero, podem ser diagnosticados pelo exame do Papanicolau, e tratamentos eficientes são disponibilizados pela rede pública. Com relação à Sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, no mês de setembro de 2020, no Brasil, foram enviados aos estados 5,5 milhões de testes de triagem para a rede pública, sendo registrados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 de sífilis em gestantes e 22.065 de sífilis congênita com 186 óbitos. Conclusão: Enfatiza-se a importância da utilização de métodos para evitar as IST’s. Além disso, cabe aos profissionais da área da saúde instruir os pacientes a fim de reduzirem as barreiras e aumentar a conscientização. Neste sentido, mais estudos acerca destes assuntos devem ser realizados.
{"title":"INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL COM ÊNFASE NO VIRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, PAPILOMAVIRUS HUMANO E SÍFILIS","authors":"Mariana Dalmagro, G. Donadel, Mariana Balzan, J. Hoscheid, Giuliana Zardeto","doi":"10.51161/conbracif/58","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/58","url":null,"abstract":"Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) são causadas por mais de 30 agentes etiológicos e são transmitidas, por exemplo, através da relação sexual sem proteção. É importante enfatizar que o aumento de IST’s nos últimos anos denota, entre outros fatores, ao baixo conhecimento sobre essas doenças, indicando a necessidade de mais informações sobre medidas protetivas. Objetivo: Promover um levantamento bibliográfico acerca das infecções sexualmente transmissíveis com ênfase no vírus da imunodeficiência humana, papilomavírus humano e sífilis. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, na base de dados Google acadêmico, compreendendo o período de 2011 a 2021, nos idiomas de português e inglês, com ênfase no vírus da imunodeficiência humana, papilomavirus humano e sífilis. Resultados: O Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus, com duas cepas biológicas (HIV-1 e HIV-2), causadores da mesma doença e transmitidas pela mesma via, contudo diferem entre si na evolução clínica. No Brasil, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV, sendo que, até outubro de 2020, 708 mil pessoas estavam em tratamento com antirretrovirais, disponíveis na rede pública. O Papilomavírus humano (HPV) tem apresentado prevalência crescente na sociedade, pois existem mais de 150 tipos, entre eles, lesões malignas (cânceres) e benignas (verrugas). Foram diagnosticadas mais de 500 mil mulheres com HPV no ano de 2020, e aproximadamente 342 mil óbitos. Os tipos HPV-16 e HPV-18, causadores do câncer do colo do útero, podem ser diagnosticados pelo exame do Papanicolau, e tratamentos eficientes são disponibilizados pela rede pública. Com relação à Sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, no mês de setembro de 2020, no Brasil, foram enviados aos estados 5,5 milhões de testes de triagem para a rede pública, sendo registrados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 de sífilis em gestantes e 22.065 de sífilis congênita com 186 óbitos. Conclusão: Enfatiza-se a importância da utilização de métodos para evitar as IST’s. Além disso, cabe aos profissionais da área da saúde instruir os pacientes a fim de reduzirem as barreiras e aumentar a conscientização. Neste sentido, mais estudos acerca destes assuntos devem ser realizados.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"114 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91407746","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A expressão vigilância sanitária (VS) é própria do Brasil, mas ações de regulação e vigilância são práticas universais. Em todas as épocas houve intervenções do poder de autoridade sobre as práticas de cura, os medicamentos, os alimentos, a água, o ambiente. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a VS no Brasil diante da RDC Nº 586, 17 de Dezembro de 2021. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que visou descrever e discutir os desafios da VS. Foram realizadas pesquisas em bases de dados eletrônicas como Science Direct, Pubmed e Scielo, publicados entre 2020 a 2022. Para análise das publicações foi considerado como critério de inclusão, praticas de vigilância sanitária. Resultados: Vigilância Sanitária constitui um espaço institucional, historicamente determinado e integra a Saúde Coletiva enquanto campo de conhecimento e âmbito de práticas. Cabe-lhe desenvolver ações estratégicas no sistema de saúde, regulação sanitária das atividades relacionadas ao ciclo produção/consumo de bens e serviços de interesse da saúde, da esfera privada e pública. Sua dinâmica se vincula ao desenvolvimento científico e tecnológico e processos políticos que perpassam o Estado, o mercado e as sociedades no âmbito interno e internacional. No dia 17 de Dezembro de 2021 foi publicado no diário oficial a RDC N° 586 que dispõe sobre a suspensão temporária, por tempo indeterminado, dos prazos previstos no art. 10 da RDC nº 22, de 29 de abril de 2014, que estabelece a utilização do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, por farmácias e drogarias, como um sistema de informação de vigilância sanitária para a escrituração de dados de produção, manipulação, distribuição, prescrição, dispensação e consumo de medicamentos e insumos farmacêuticos. Conclusão: A RDC N° 586 fere os princípios da VS, pois autoria o descumprimento de várias RDC publicadas anteriormente, sendo um retrocesso das atividades desenvolvidas pela ANVISA, evidenciando uma crise sanitária sem precedentes na historia do Brasil.
{"title":"RDC N° 586, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2021: UM DESAFIO PARA A VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL.","authors":"Antônio Neudimar Bastos Costa, Elaine Cristina Bezerra Bastos, Estevam Ferreira Da Ponte Neto, Tereze Doralucia Rodrigues Ponte, Francisco Jesse Aragão Maciel","doi":"10.51161/conbracif/42","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/42","url":null,"abstract":"Introdução: A expressão vigilância sanitária (VS) é própria do Brasil, mas ações de regulação e vigilância são práticas universais. Em todas as épocas houve intervenções do poder de autoridade sobre as práticas de cura, os medicamentos, os alimentos, a água, o ambiente. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a VS no Brasil diante da RDC Nº 586, 17 de Dezembro de 2021. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que visou descrever e discutir os desafios da VS. Foram realizadas pesquisas em bases de dados eletrônicas como Science Direct, Pubmed e Scielo, publicados entre 2020 a 2022. Para análise das publicações foi considerado como critério de inclusão, praticas de vigilância sanitária. Resultados: Vigilância Sanitária constitui um espaço institucional, historicamente determinado e integra a Saúde Coletiva enquanto campo de conhecimento e âmbito de práticas. Cabe-lhe desenvolver ações estratégicas no sistema de saúde, regulação sanitária das atividades relacionadas ao ciclo produção/consumo de bens e serviços de interesse da saúde, da esfera privada e pública. Sua dinâmica se vincula ao desenvolvimento científico e tecnológico e processos políticos que perpassam o Estado, o mercado e as sociedades no âmbito interno e internacional. No dia 17 de Dezembro de 2021 foi publicado no diário oficial a RDC N° 586 que dispõe sobre a suspensão temporária, por tempo indeterminado, dos prazos previstos no art. 10 da RDC nº 22, de 29 de abril de 2014, que estabelece a utilização do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, por farmácias e drogarias, como um sistema de informação de vigilância sanitária para a escrituração de dados de produção, manipulação, distribuição, prescrição, dispensação e consumo de medicamentos e insumos farmacêuticos. Conclusão: A RDC N° 586 fere os princípios da VS, pois autoria o descumprimento de várias RDC publicadas anteriormente, sendo um retrocesso das atividades desenvolvidas pela ANVISA, evidenciando uma crise sanitária sem precedentes na historia do Brasil.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89667826","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thaisa Calumby Lima, Damaris Santana Cardoso, Tamires Andrade de Oliveira, Ariane De Carvalho Viana, M. Andrade
Introdução: A farmácia hospitalar ocupa importante posição dentro do contexto assistencial do sistema de saúde, suas atribuições abrangem atividades que vão desde o gerenciamento de estoque, até os procedimentos relacionados a dispensação de medicamentos. O sistema de gestão de materiais, por sua vez, vem ganhando espaço e evidência no contexto das organizações. O adequado gerenciamento da logística permite que o hospital planeje melhor sua gestão de suprimentos e exerça controle sobre a utilização dos insumos de forma a reduzir gastos e eliminar desperdícios. Objetivo: Nesse sentido, o referente estudo tem como objetivo identificar as perdas e desvios de medicamentos dispensados e avaliar o impacto financeiro/econômico ocasionado, bem como sugerir eventuais mudanças que venham proporcionar melhorias dos processos e rotinas envolvidos nessa instituição. Material e métodos: Esse estudo, possui uma abordagem quantitativa e os dados obtidos foram do período de janeiro a dezembro de 2021 a partir dos registros de requisições de medicamentos, dispensados de maneira repetida, tabulados utilizando-se o Microsoft Excel®. As variáveis de interesse analisadas foram: o número de unidades farmacêuticas dispensados em duplicidade (perdas/desvios), os custos com a dispensação por clínica, e os valores totais das perdas/desvios no período indicado no estudo. Resultados: Foi identificado, de acordo com o levantamento realizado, que 1.607 unidades farmacêuticas foram dispensadas em duplicidade, sendo 144 tipos diferentes de medicamentos. Desses, cerca de 30%(R$3.023,33) foram dispensados para a clínica médica, 22%(R$2.240,19) para a Clínica Cirúrgica e 15%(R$1.475,03) para a Observação Adulta, custando um total de R$ 10.056,17 de perdas/desvios. Conclusão: Assim, a atuação do farmacêutico além de ser fundamental para a promoção do uso racional de medicamentos, auxilia para que o paciente tenha uma farmacoterapia adequada, com melhoria e adequação da prescrição médica e controle de custos hospitalares, elevando a segurança e a qualidade da assistência prestada ao paciente.
{"title":"O IMPACTO FINANCEIRO DAS PERDAS/DESVIOS DE MEDICAMENTOS APÓS DISPENSAÇÃO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.","authors":"Thaisa Calumby Lima, Damaris Santana Cardoso, Tamires Andrade de Oliveira, Ariane De Carvalho Viana, M. Andrade","doi":"10.51161/conbracif/44","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/44","url":null,"abstract":"Introdução: A farmácia hospitalar ocupa importante posição dentro do contexto assistencial do sistema de saúde, suas atribuições abrangem atividades que vão desde o gerenciamento de estoque, até os procedimentos relacionados a dispensação de medicamentos. O sistema de gestão de materiais, por sua vez, vem ganhando espaço e evidência no contexto das organizações. O adequado gerenciamento da logística permite que o hospital planeje melhor sua gestão de suprimentos e exerça controle sobre a utilização dos insumos de forma a reduzir gastos e eliminar desperdícios. Objetivo: Nesse sentido, o referente estudo tem como objetivo identificar as perdas e desvios de medicamentos dispensados e avaliar o impacto financeiro/econômico ocasionado, bem como sugerir eventuais mudanças que venham proporcionar melhorias dos processos e rotinas envolvidos nessa instituição. Material e métodos: Esse estudo, possui uma abordagem quantitativa e os dados obtidos foram do período de janeiro a dezembro de 2021 a partir dos registros de requisições de medicamentos, dispensados de maneira repetida, tabulados utilizando-se o Microsoft Excel®. As variáveis de interesse analisadas foram: o número de unidades farmacêuticas dispensados em duplicidade (perdas/desvios), os custos com a dispensação por clínica, e os valores totais das perdas/desvios no período indicado no estudo. Resultados: Foi identificado, de acordo com o levantamento realizado, que 1.607 unidades farmacêuticas foram dispensadas em duplicidade, sendo 144 tipos diferentes de medicamentos. Desses, cerca de 30%(R$3.023,33) foram dispensados para a clínica médica, 22%(R$2.240,19) para a Clínica Cirúrgica e 15%(R$1.475,03) para a Observação Adulta, custando um total de R$ 10.056,17 de perdas/desvios. Conclusão: Assim, a atuação do farmacêutico além de ser fundamental para a promoção do uso racional de medicamentos, auxilia para que o paciente tenha uma farmacoterapia adequada, com melhoria e adequação da prescrição médica e controle de custos hospitalares, elevando a segurança e a qualidade da assistência prestada ao paciente.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"82 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84376092","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. Bezerra, Ana Luiza De Oliveira Barboza, Emilly Roanita Santana Silva, Érika Arantes de Oliveira Cardoso, Darlen Cardoso de Carvalho
Introdução: A infecção por coronavírus (COVID-19) afetou mais de 22 milhões de brasileiros, causando mais de 600 mil mortes. No Brasil houve intensa busca por medicamentos candidatos para o tratamento da doença, incluindo o antibiótico macrolídeo Azitromicina (AZ). AZ é usado principalmente para o tratamento de infecções bacterianas respiratórias, entéricas e geniturinárias e não há, até o momento, evidências clínicas bem controladas, prospectivas e randomizadas para apoiar a terapia com AZ na COVID-19. A sua utilização indiscriminada compete para o surgimento de resistência bacteriana e efeitos adversos cardíacos indesejáveis. Objetivo: Comparar a comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o ano pandêmico de 2020. Paralelamente, avaliar o impacto da prevalência da comercialização de AZ em 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização da AZ foram retirados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Posteriormente foram copilados para análise no software estatístico BioEstat. O teste de qui-quadrado (ꭓ2) de Pearson foi utilizado para a análise de associação entre o total de AZ comercializado os anos de 2019 e 2020. Para essa análise foi considerado o valor de p≤0,05 como significativo. Resultados: A AZ totalizou em 2020 no Brasil 2.632.624 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve maior comercialização (1319360), seguida do Sul (477879), Nordeste (420912), Centro-oeste (278842) e Norte (135631). Em relação ao comparativo da comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o pandêmico de 2020 nas regiões geográficas brasileira, evidenciou-se uma diferença de 75.903 de caixas ou frascos vendidas a mais no ano de 2020 em comparação ao ano anterior, com o maior aumento encontrado na região Centro-Oeste e Sul do país. As diferenças de comercialização de AZ entre os anos de 2019 e 2020 foram estatisticamente significantes para todas as regiões brasileiras (p<0,05). Conclusão: Constatou-se o potencial aumento do consumo de AZ no Brasil durante a pandemia da COVID-19. Esses dados servem de alerta para elaboração de ações públicas em prol do uso seguro e racional de AZ e prevenção de resistência bacterina.
{"title":"ANÁLISE DA COMERCIALIZAÇÃO DA AZITROMICINA NA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL.","authors":"M. Bezerra, Ana Luiza De Oliveira Barboza, Emilly Roanita Santana Silva, Érika Arantes de Oliveira Cardoso, Darlen Cardoso de Carvalho","doi":"10.51161/conbracif/10","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/10","url":null,"abstract":"Introdução: A infecção por coronavírus (COVID-19) afetou mais de 22 milhões de brasileiros, causando mais de 600 mil mortes. No Brasil houve intensa busca por medicamentos candidatos para o tratamento da doença, incluindo o antibiótico macrolídeo Azitromicina (AZ). AZ é usado principalmente para o tratamento de infecções bacterianas respiratórias, entéricas e geniturinárias e não há, até o momento, evidências clínicas bem controladas, prospectivas e randomizadas para apoiar a terapia com AZ na COVID-19. A sua utilização indiscriminada compete para o surgimento de resistência bacteriana e efeitos adversos cardíacos indesejáveis. Objetivo: Comparar a comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o ano pandêmico de 2020. Paralelamente, avaliar o impacto da prevalência da comercialização de AZ em 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização da AZ foram retirados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Posteriormente foram copilados para análise no software estatístico BioEstat. O teste de qui-quadrado (ꭓ2) de Pearson foi utilizado para a análise de associação entre o total de AZ comercializado os anos de 2019 e 2020. Para essa análise foi considerado o valor de p≤0,05 como significativo. Resultados: A AZ totalizou em 2020 no Brasil 2.632.624 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve maior comercialização (1319360), seguida do Sul (477879), Nordeste (420912), Centro-oeste (278842) e Norte (135631). Em relação ao comparativo da comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o pandêmico de 2020 nas regiões geográficas brasileira, evidenciou-se uma diferença de 75.903 de caixas ou frascos vendidas a mais no ano de 2020 em comparação ao ano anterior, com o maior aumento encontrado na região Centro-Oeste e Sul do país. As diferenças de comercialização de AZ entre os anos de 2019 e 2020 foram estatisticamente significantes para todas as regiões brasileiras (p<0,05). Conclusão: Constatou-se o potencial aumento do consumo de AZ no Brasil durante a pandemia da COVID-19. Esses dados servem de alerta para elaboração de ações públicas em prol do uso seguro e racional de AZ e prevenção de resistência bacterina.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73971404","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Na sociedade atual, a aparência física tornou-se aspecto de grande importância. As manchas da pele faciais causam transtornos que dificultam o bem-estar do indivíduo no âmbito psicossocial. Uma dessas discromias é o melasma. Diante disso, existe uma tendência na busca de artifícios para retardar esse processo e o ácido tranexâmico pode auxiliar no tratamento das hipercromias. Objetivo: O objetivo geral é discorrer sobre o uso do ácido tranexâmico no tratamento do melasma. E, os objetivos específicos: discorrer sobre o melasma; descrever a estrutura química do ácido tranexâmico, suas aplicações e o mecanismo de ação no tratamento do melasma; descrever as vantagens do uso ácido tranexâmico no tratamento do melasma e técnicas utilizadas em associação. Material e métodos: O trabalho foi feito através de um estudo qualitativo, do tipo revisão de literatura nas bibliotecas virtuais: Medline, PubMed, SciELO e LILACS, de artigos publicados no período de 2009 a 2021, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol. A terapia de primeira linha para melasma são os tratamentos tópicos e incluem a fotoprotecão. O melasma é uma hipermelanose crônica, adquirida, que acomete principalmente a região frontal e malar, ou seja, as áreas fotoexpostas da pele que afeta a qualidade de vida dos pacientes, sendo caracterizada por máculas irregulares claras a escuras, principalmente nas bochechas, testa, lábio superior, nariz e queixo, podendo acometer a região cervical, torácica anterior e membros superiores. O ácido tranexâmico, ácido carboxílico-trans4-aminometil ciclo-hexano, é um inibidor da plasmina usado para prevenir a fibrinólise para reduzir a perda de sangue. O ácido tranexâmico é um antifibrinolítico, que se liga de forma reversível ao plasminogênio e, portanto, evita sua conversão em plasmina e subsequente degradação da fibrina. Resultados: Pode ser administrado por via oral, tópica ou por métodos físicos. Conclusão: Independentemente do sexo, o uso de ácido tranexâmico sozinho ou com adjuvante, apresenta redução altamente significativa nas pontuações do Índice de área e gravidade do melasma (MASI) e índice de melanina (MI), mas não na pontuação do índice de eritema (EI). Portanto, o ácido tranexâmico é uma terapia eficaz e segura para pacientes com melasma.
{"title":"UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO PARA TRATAMENTO DO MELASMA","authors":"Osvaldo Fernandes Palermo Filho","doi":"10.51161/conbracif/04","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/04","url":null,"abstract":"Introdução: Na sociedade atual, a aparência física tornou-se aspecto de grande importância. As manchas da pele faciais causam transtornos que dificultam o bem-estar do indivíduo no âmbito psicossocial. Uma dessas discromias é o melasma. Diante disso, existe uma tendência na busca de artifícios para retardar esse processo e o ácido tranexâmico pode auxiliar no tratamento das hipercromias. Objetivo: O objetivo geral é discorrer sobre o uso do ácido tranexâmico no tratamento do melasma. E, os objetivos específicos: discorrer sobre o melasma; descrever a estrutura química do ácido tranexâmico, suas aplicações e o mecanismo de ação no tratamento do melasma; descrever as vantagens do uso ácido tranexâmico no tratamento do melasma e técnicas utilizadas em associação. Material e métodos: O trabalho foi feito através de um estudo qualitativo, do tipo revisão de literatura nas bibliotecas virtuais: Medline, PubMed, SciELO e LILACS, de artigos publicados no período de 2009 a 2021, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol. A terapia de primeira linha para melasma são os tratamentos tópicos e incluem a fotoprotecão. O melasma é uma hipermelanose crônica, adquirida, que acomete principalmente a região frontal e malar, ou seja, as áreas fotoexpostas da pele que afeta a qualidade de vida dos pacientes, sendo caracterizada por máculas irregulares claras a escuras, principalmente nas bochechas, testa, lábio superior, nariz e queixo, podendo acometer a região cervical, torácica anterior e membros superiores. O ácido tranexâmico, ácido carboxílico-trans4-aminometil ciclo-hexano, é um inibidor da plasmina usado para prevenir a fibrinólise para reduzir a perda de sangue. O ácido tranexâmico é um antifibrinolítico, que se liga de forma reversível ao plasminogênio e, portanto, evita sua conversão em plasmina e subsequente degradação da fibrina. Resultados: Pode ser administrado por via oral, tópica ou por métodos físicos. Conclusão: Independentemente do sexo, o uso de ácido tranexâmico sozinho ou com adjuvante, apresenta redução altamente significativa nas pontuações do Índice de área e gravidade do melasma (MASI) e índice de melanina (MI), mas não na pontuação do índice de eritema (EI). Portanto, o ácido tranexâmico é uma terapia eficaz e segura para pacientes com melasma.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"117 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75865264","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Renan Gomes do Nascimento, Marlene Motcinski, Fernanda dos Santos Ferreira, Vanessa De Andrade Conceição, D. Cerqueira
Introdução: Um problema comum observado na segurança do paciente é a falta de informações precisas e completas sobre os medicamentos de uso regular durante as transferências de cuidado entre os diferentes estabelecimentos de saúde. Tendo em vista disso, a conciliação medicamentosa é postulada como barreira para redução das discrepâncias medicamentosas e consequentemente erros de medicamentos. Objetivo: Este projeto tem por objetivo avaliar a implementação de práticas clínicas seguras conduzidas por farmacêuticos clínicos. Para este fim, conduziremos um processo padronizado de obtenção do melhor histórico possível de medicamentos; avaliação do nível de compreensão da terapia pré-admissão do paciente; quantificação, classificação e análise das discrepâncias de medicamentos não intencionais na admissão hospitalar; efeito das intervenções conduzidas por farmacêuticos clínicos e impacto na segurança do paciente. Material e métodos: Este estudo prospectivo, piloto, descritivo e intervencionista, será conduzido no Departamento de Farmácia Clínica em um dos Hospitais da Rede São Camilo, localizado na região sudeste do Brasil. Trata-se de um hospital universitário de especialidades, de iniciativa privada, referência na região metropolitana de São Paulo, com uma estrutura de 265 leitos e ofertando mais de 20 mil internações e 12 mil procedimentos cirúrgicos anualmente. Os pacientes serão elegíveis quando: maiores de 18 anos de idade, independentemente do sexo; internação superior a 72 horas e ≥ 2 medicamentos de prescrição regular na pré-admissão. A fim de padronizar o processo de coleta de dados e conciliação de medicamentos em prescrição médica, a entrevista com o paciente será realizada por meio de um formulário adaptado e modificado de hospitais dos EUA, Inglaterra e Etiópia. Resultados: Posteriormente a coleta das informações na entrevista estruturada, os farmacêuticos clínicos irão identificar, analisar e classificar as possíveis discrepâncias. Todas as discrepâncias não intencionais encontradas sem qualquer justificativa clínica serão consideradas erros de medicamentos. Por fim, o grau de impacto de cada discrepância de medicamento será definido como: clinicamente insignificante; clinicamente significativo; grave e com risco de vida. Conclusão: Com base neste estudo, poderemos avaliar e mensurar o impacto do serviço do farmacêutico clinico na conciliação medicamentosa e redução de erros de medicamentos durante a permanência do paciente em unidade hospitalar.
{"title":"CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS COMO INICIATIVA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE ESPECIALIDADES NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: UM PROTOCOLO DE ESTUDO","authors":"Renan Gomes do Nascimento, Marlene Motcinski, Fernanda dos Santos Ferreira, Vanessa De Andrade Conceição, D. Cerqueira","doi":"10.51161/conbracif/50","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbracif/50","url":null,"abstract":"Introdução: Um problema comum observado na segurança do paciente é a falta de informações precisas e completas sobre os medicamentos de uso regular durante as transferências de cuidado entre os diferentes estabelecimentos de saúde. Tendo em vista disso, a conciliação medicamentosa é postulada como barreira para redução das discrepâncias medicamentosas e consequentemente erros de medicamentos. Objetivo: Este projeto tem por objetivo avaliar a implementação de práticas clínicas seguras conduzidas por farmacêuticos clínicos. Para este fim, conduziremos um processo padronizado de obtenção do melhor histórico possível de medicamentos; avaliação do nível de compreensão da terapia pré-admissão do paciente; quantificação, classificação e análise das discrepâncias de medicamentos não intencionais na admissão hospitalar; efeito das intervenções conduzidas por farmacêuticos clínicos e impacto na segurança do paciente. Material e métodos: Este estudo prospectivo, piloto, descritivo e intervencionista, será conduzido no Departamento de Farmácia Clínica em um dos Hospitais da Rede São Camilo, localizado na região sudeste do Brasil. Trata-se de um hospital universitário de especialidades, de iniciativa privada, referência na região metropolitana de São Paulo, com uma estrutura de 265 leitos e ofertando mais de 20 mil internações e 12 mil procedimentos cirúrgicos anualmente. Os pacientes serão elegíveis quando: maiores de 18 anos de idade, independentemente do sexo; internação superior a 72 horas e ≥ 2 medicamentos de prescrição regular na pré-admissão. A fim de padronizar o processo de coleta de dados e conciliação de medicamentos em prescrição médica, a entrevista com o paciente será realizada por meio de um formulário adaptado e modificado de hospitais dos EUA, Inglaterra e Etiópia. Resultados: Posteriormente a coleta das informações na entrevista estruturada, os farmacêuticos clínicos irão identificar, analisar e classificar as possíveis discrepâncias. Todas as discrepâncias não intencionais encontradas sem qualquer justificativa clínica serão consideradas erros de medicamentos. Por fim, o grau de impacto de cada discrepância de medicamento será definido como: clinicamente insignificante; clinicamente significativo; grave e com risco de vida. Conclusão: Com base neste estudo, poderemos avaliar e mensurar o impacto do serviço do farmacêutico clinico na conciliação medicamentosa e redução de erros de medicamentos durante a permanência do paciente em unidade hospitalar.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"70 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79567226","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}