Os bancos comunitários são formas de finanças solidárias que se organizam nos lugares oferecendo serviços financeiros e não-financeiros a partir de demandas dos lugares. Essas organizações locais têm mais de duas décadas de existência e, nos últimos anos, ganhou capilaridade, presente em quase todas as unidades federativas do Brasil. Com a normatização do território, que regularizou o uso de moeda eletrônica no Brasil, a Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC) passou a fazer uso de uma plataforma digital – Plataforma E-dinheiro – disponibilizada aos bancos comunitários como mais um instrumento monetário, além da moeda local de papel. A RBBC firma sua primeira parceria com a prefeitura de Maricá (RJ) com o objetivo de implementar a Plataforma E-dinheiro para pagamento de benefício social e fomentar o primeiro banco comunitário municipal do Brasil, o Banco Mumbuca. Analisaremos, a partir da teoria dos circuitos da economia urbana, o uso da Plataforma E-dinheiro pelos estabelecimentos comerciais de Maricá com maior número e volume de compras em Mumbucas E-dinheiro, com o objetivo de compreender os nexos entre os circuitos urbanos com a digitalização da moeda local.
{"title":"Entre os nexos dos circuitos da economia urbana e novas possibilidades financeiras","authors":"C. Pupo","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2843","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2843","url":null,"abstract":"Os bancos comunitários são formas de finanças solidárias que se organizam nos lugares oferecendo serviços financeiros e não-financeiros a partir de demandas dos lugares. Essas organizações locais têm mais de duas décadas de existência e, nos últimos anos, ganhou capilaridade, presente em quase todas as unidades federativas do Brasil. Com a normatização do território, que regularizou o uso de moeda eletrônica no Brasil, a Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC) passou a fazer uso de uma plataforma digital – Plataforma E-dinheiro – disponibilizada aos bancos comunitários como mais um instrumento monetário, além da moeda local de papel. A RBBC firma sua primeira parceria com a prefeitura de Maricá (RJ) com o objetivo de implementar a Plataforma E-dinheiro para pagamento de benefício social e fomentar o primeiro banco comunitário municipal do Brasil, o Banco Mumbuca. Analisaremos, a partir da teoria dos circuitos da economia urbana, o uso da Plataforma E-dinheiro pelos estabelecimentos comerciais de Maricá com maior número e volume de compras em Mumbucas E-dinheiro, com o objetivo de compreender os nexos entre os circuitos urbanos com a digitalização da moeda local.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116744654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Geografia Escolar tem os veículos de comunicação de massa como importantes concorrentes discursivos. Boa parte da programação midiática aborda questões trabalhadas por esta disciplina, como globalização, conflitos geopolíticos, aquecimento global, problemas urbanos, fontes de energia, crescimento demográfico e desenvolvimento sustentável, entre outros temas. Sendo assim, não há como o professor negligenciar a influência da mídia sobre o complexo processo de ensino-aprendizagem em Geografia. Pelo contrário, um dos principais desafios docentes é promover uma síntese satisfatória entre discursos midiáticos e ciência geográfica. Neste sentido, o presente artigo reflete sobre a incorporação de artefatos midiáticos em sala de aula, seus riscos, limitações e possibilidades, tanto como recurso didático, quanto como objeto de estudo a ser sistematizado em seu conteúdo discursivo. Para tanto, apresentamos três questões norteadoras: Como a Geografia está presente no discurso midiático? O que é discurso midiático e como ele está envolvido com a ideologia? Como trabalhar Geografia e mídias no âmbito do ensino? Constatou-se que o material midiático, por si só, não possui um caráter didático-pedagógico para ser incorporado à dinâmica em sala de aula. Desse modo, concluímos que, somente após a devida mediação docente, materiais provenientes de jornais, revistas ou produções televisivas podem se constituir em objetos significativos para o processo de ensino-aprendizagem em Geografia na educação básica.
{"title":"Diálogos (possíveis) entre Geografia Escolar e mídia","authors":"Francisco Fernandes Ladeira","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2853","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2853","url":null,"abstract":"A Geografia Escolar tem os veículos de comunicação de massa como importantes concorrentes discursivos. Boa parte da programação midiática aborda questões trabalhadas por esta disciplina, como globalização, conflitos geopolíticos, aquecimento global, problemas urbanos, fontes de energia, crescimento demográfico e desenvolvimento sustentável, entre outros temas. Sendo assim, não há como o professor negligenciar a influência da mídia sobre o complexo processo de ensino-aprendizagem em Geografia. Pelo contrário, um dos principais desafios docentes é promover uma síntese satisfatória entre discursos midiáticos e ciência geográfica. Neste sentido, o presente artigo reflete sobre a incorporação de artefatos midiáticos em sala de aula, seus riscos, limitações e possibilidades, tanto como recurso didático, quanto como objeto de estudo a ser sistematizado em seu conteúdo discursivo. Para tanto, apresentamos três questões norteadoras: Como a Geografia está presente no discurso midiático? O que é discurso midiático e como ele está envolvido com a ideologia? Como trabalhar Geografia e mídias no âmbito do ensino? Constatou-se que o material midiático, por si só, não possui um caráter didático-pedagógico para ser incorporado à dinâmica em sala de aula. Desse modo, concluímos que, somente após a devida mediação docente, materiais provenientes de jornais, revistas ou produções televisivas podem se constituir em objetos significativos para o processo de ensino-aprendizagem em Geografia na educação básica.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128568745","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Durante a segunda metade do século XX, o Brasil passou por um processo de modernização da agricultura. Sobretudo a partir da década de 1990, a atuação de iniciativas privadas nesse setor se fortaleceu, e se disseminou a chamada agricultura científica globalizada. Nesse contexto, apesar da notável importância econômica da expansão do agronegócio globalizado e da produção de commodities para exportação, diversos efeitos nocivos ao meio ambiente e a determinados grupos sociais se intensificaram. Crescem, assim, movimentos de contraponto a essa lógica produtiva hegemônica, como é o caso das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA’s), as quais funcionam como um circuito curto agroalimentar, e visam aproximar produtores e consumidores, estimular a produção agrícola sustentável e valorizar a agricultura familiar e as economias locais. À vista disso, por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados, o presente artigo visa discutir o desenvolvimento desse cenário da produção agropecuária brasileira, além de evidenciar o potencial das CSA’s na busca por modelos ambientalmente sustentáveis e socialmente justos para a produção e comercialização agrícola.
{"title":"Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA)","authors":"Marina Sbrocco","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2851","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2851","url":null,"abstract":"Durante a segunda metade do século XX, o Brasil passou por um processo de modernização da agricultura. Sobretudo a partir da década de 1990, a atuação de iniciativas privadas nesse setor se fortaleceu, e se disseminou a chamada agricultura científica globalizada. Nesse contexto, apesar da notável importância econômica da expansão do agronegócio globalizado e da produção de commodities para exportação, diversos efeitos nocivos ao meio ambiente e a determinados grupos sociais se intensificaram. Crescem, assim, movimentos de contraponto a essa lógica produtiva hegemônica, como é o caso das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA’s), as quais funcionam como um circuito curto agroalimentar, e visam aproximar produtores e consumidores, estimular a produção agrícola sustentável e valorizar a agricultura familiar e as economias locais. À vista disso, por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados, o presente artigo visa discutir o desenvolvimento desse cenário da produção agropecuária brasileira, além de evidenciar o potencial das CSA’s na busca por modelos ambientalmente sustentáveis e socialmente justos para a produção e comercialização agrícola.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130395976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo busca contribuir à compreensão das tecnopolíticas do planejamento urbano a partir do paradigma smart, investigando um dos principais rankings de cidades inteligentes, o ranking Connected Smart Cities. O artigo está organizado em duas partes: na primeira, discute as tecnopolíticas do planejamento urbano e o paradigma smart, enfatizando a ascensão de importância da informação estratégica; na segunda, discute o ranking e suas conexões com a competitividade urbana.
{"title":"Tecnopolíticas urbanas, informação e competitividade territorial","authors":"André Pasti, Luis Cracco","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2867","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2867","url":null,"abstract":"Este artigo busca contribuir à compreensão das tecnopolíticas do planejamento urbano a partir do paradigma smart, investigando um dos principais rankings de cidades inteligentes, o ranking Connected Smart Cities. O artigo está organizado em duas partes: na primeira, discute as tecnopolíticas do planejamento urbano e o paradigma smart, enfatizando a ascensão de importância da informação estratégica; na segunda, discute o ranking e suas conexões com a competitividade urbana.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128719790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A performance do setor sucroenergético no brasil tem início ainda no período colonial e se transveste ao longo do tempo, de forma que hoje apresenta sua forma mais rebuscada assentada na Região Concentrada. O uso do território promovido pelo setor em tal localidade se inicia em São Paulo, e tem o eixo Piracicaba-Ribeirão Preto como um dos grandes nós desse setor. A região, com o tempo, se transforma em um mar de cana, de forma que seu campo, assim como as cidades, se funcionaliza e se engessa para o setor, modificando suas antigas relações rurais e urbanas. Assim como também há uma ressignificação das relações de trabalho conforme o setor se desenvolve, de forma que diferentes processos migratórios se dão.
{"title":"avanço do setor sucroenergético","authors":"Gustavo Augusto Moreira","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2828","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2828","url":null,"abstract":"A performance do setor sucroenergético no brasil tem início ainda no período colonial e se transveste ao longo do tempo, de forma que hoje apresenta sua forma mais rebuscada assentada na Região Concentrada. O uso do território promovido pelo setor em tal localidade se inicia em São Paulo, e tem o eixo Piracicaba-Ribeirão Preto como um dos grandes nós desse setor. A região, com o tempo, se transforma em um mar de cana, de forma que seu campo, assim como as cidades, se funcionaliza e se engessa para o setor, modificando suas antigas relações rurais e urbanas. Assim como também há uma ressignificação das relações de trabalho conforme o setor se desenvolve, de forma que diferentes processos migratórios se dão.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116880378","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Dinasalda Santana de Ceita nasceu em São Tomé e Príncípe, aos seus 20 anos, com um grupo de jovens da ilha, foi para universidade em Moçambique. Onde viveu durante 15 anos. Actualmente está em Portugal é doutoranda em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas– NOVA FCSH. É Geógrafa e pesquisadora no tema da População e Desenvolvimento pela Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. Foi coordenadora nacional por 4 anos através do PNUD e Ministério de Agricultura, São Tomé e Príncipe do projeto “Reforço das capacidades das comunidades rurais para a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas em São Tomé e Príncipe” financiado pelo Fundo Global para o Ambiente. As suas principais investigações têm se concentrado na Migração e Género, Mudança Climática, Agricultura e Género, Adolescentes e HIV.
Dinasalda Santana de Ceita出生于sao tome和principe, 20岁时和一群来自岛上的年轻人一起在莫桑比克上大学。他在那里生活了15年。她目前在葡萄牙，是里斯本大学社会科学研究所和NOVA FCSH社会科学与人文学院气候变化和可持续发展政策博士。她是莫桑比克Eduardo Mondlane大学的地理学家和人口与发展研究员。她曾通过联合国开发计划署和农业部sao tome和principe担任全球环境基金资助的“sao tome和principe农村社区适应气候变化影响的能力建设”项目的国家协调员4年。她的主要研究重点是移民与性别、气候变化、农业与性别、青少年和艾滋病毒。
{"title":"Entrevista: Dinasalda Santana de Ceita","authors":"Rosemberg Ferracini","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2844","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2844","url":null,"abstract":"Dinasalda Santana de Ceita nasceu em São Tomé e Príncípe, aos seus 20 anos, com um grupo de jovens da ilha, foi para universidade em Moçambique. Onde viveu durante 15 anos. Actualmente está em Portugal é doutoranda em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas– NOVA FCSH. É Geógrafa e pesquisadora no tema da População e Desenvolvimento pela Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. Foi coordenadora nacional por 4 anos através do PNUD e Ministério de Agricultura, São Tomé e Príncipe do projeto “Reforço das capacidades das comunidades rurais para a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas em São Tomé e Príncipe” financiado pelo Fundo Global para o Ambiente. As suas principais investigações têm se concentrado na Migração e Género, Mudança Climática, Agricultura e Género, Adolescentes e HIV.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"136 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131895615","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo a seguir tem como objetivo esclarecer sobre a trajetória da questão da sustentabilidade no movimento olímpico e em certas cidades sedes apresentando a geohistória do que se entende enquanto desenvolvimento sustentável, como tal discurso é incorporado ao olimpismo e como se realiza na prática. Trabalhar-se-á com o argumento de que nos países emergentes a sustentabilidade se encontra mais como um discurso do que como uma prática. Para dar base a nossa argumentação utilizaremos os casos de Pequim, Sochi e Rio de Janeiro, tendo em vista que tais cidades se localizam em países considerados emergentes, China, Rússia e Brasil, e foram sedes das Olímpiadas de Verão, a primeira e a terceira, e Olímpiada de Inverno, a segunda, nos anos de 2008, 2014 e 2016. A partir deles veremos como que, na realidade, acabamos tendo degradação ambiental ao invés de preservação na produção destes megaeventos.
{"title":"Sustentabilidade no movimento olímpico","authors":"Matheus Teixeira Barreto","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2838","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2838","url":null,"abstract":"O artigo a seguir tem como objetivo esclarecer sobre a trajetória da questão da sustentabilidade no movimento olímpico e em certas cidades sedes apresentando a geohistória do que se entende enquanto desenvolvimento sustentável, como tal discurso é incorporado ao olimpismo e como se realiza na prática. Trabalhar-se-á com o argumento de que nos países emergentes a sustentabilidade se encontra mais como um discurso do que como uma prática. Para dar base a nossa argumentação utilizaremos os casos de Pequim, Sochi e Rio de Janeiro, tendo em vista que tais cidades se localizam em países considerados emergentes, China, Rússia e Brasil, e foram sedes das Olímpiadas de Verão, a primeira e a terceira, e Olímpiada de Inverno, a segunda, nos anos de 2008, 2014 e 2016. A partir deles veremos como que, na realidade, acabamos tendo degradação ambiental ao invés de preservação na produção destes megaeventos. ","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125228793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alfred Sauvy, Dhiego Antonio de Medeiros, Jane Roberta de Assis Barbosa
Tradução de texto de Alfred Sauvy, originalmente intitulado “Trois mondes, une planète”, e publicado no periódico parisiense L’Observateur, n.° 118, p. 14, ago. 1952.
{"title":"Três mundos, um planeta","authors":"Alfred Sauvy, Dhiego Antonio de Medeiros, Jane Roberta de Assis Barbosa","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2910","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2910","url":null,"abstract":"Tradução de texto de Alfred Sauvy, originalmente intitulado “Trois mondes, une planète”, e publicado no periódico parisiense L’Observateur, n.° 118, p. 14, ago. 1952.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"15 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115574635","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cresce a preocupação acerca das dimensões espaciais das relações raciais. No campo da geografia, ciência que busca analisar fenômenos sociais através de sua dimensão espacial, estudos vem rompendo um silêncio hegemônico por décadas. Pretendemos aqui contribuir nesta linha de reflexão sobre espacialidades das relações sociais (do racismo e do anti-racismo). Trabalhamos a partir de duas ideias-chave. Primeiro, de que há uma organização espacializada das relações raciais – enquanto princípio regulador de relações o dado racial é mobilizado ou não de acordo com contextos de interação social, que tem numa organização espacializada a chave de instauração ou não dos atos classificatórios. Assim, classificação racial e classificação de contextos (espacializados) de interação se mesclam definindo experiências onde aparecem “fronteiras invisíveis” (seleção racial à presença ou participação), sentimentos de pertencimento (ou, estranhamento, repulsa), espaços de valorização da negritude, entre outras marcações constituídas por formas de operação do critério racial como ordenador das relações. A segunda ideia chave é a de que as relações raciais grafam o espaço, instituindo “geo-grafias” temporárias (como territorialidades de grupos definidos por traços culturais associados a um pertencimento racial, como as “posses” de hip-hop), duradouras (como padrões de segregação racializada) ou quase perenes (como territórios quilombolas, ou toponímias vinculadas a heranças de relações raciais). Nossa hipótese, portanto, é a de que sendo o espaço um objeto (e, ao mesmo tempo, dimensão imanente) de disputas sociais, as relações raciais (marcadamente o racismo e a luta anti-racismo) se constituem no espaço, com o espaço e a partir do espaço, produzindo “geo-grafias”.
{"title":"Expressões espaciais das relações raciais","authors":"Renato Emerson dos Santos","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2840","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2840","url":null,"abstract":"Cresce a preocupação acerca das dimensões espaciais das relações raciais. No campo da geografia, ciência que busca analisar fenômenos sociais através de sua dimensão espacial, estudos vem rompendo um silêncio hegemônico por décadas. Pretendemos aqui contribuir nesta linha de reflexão sobre espacialidades das relações sociais (do racismo e do anti-racismo). Trabalhamos a partir de duas ideias-chave. Primeiro, de que há uma organização espacializada das relações raciais – enquanto princípio regulador de relações o dado racial é mobilizado ou não de acordo com contextos de interação social, que tem numa organização espacializada a chave de instauração ou não dos atos classificatórios. Assim, classificação racial e classificação de contextos (espacializados) de interação se mesclam definindo experiências onde aparecem “fronteiras invisíveis” (seleção racial à presença ou participação), sentimentos de pertencimento (ou, estranhamento, repulsa), espaços de valorização da negritude, entre outras marcações constituídas por formas de operação do critério racial como ordenador das relações. A segunda ideia chave é a de que as relações raciais grafam o espaço, instituindo “geo-grafias” temporárias (como territorialidades de grupos definidos por traços culturais associados a um pertencimento racial, como as “posses” de hip-hop), duradouras (como padrões de segregação racializada) ou quase perenes (como territórios quilombolas, ou toponímias vinculadas a heranças de relações raciais). Nossa hipótese, portanto, é a de que sendo o espaço um objeto (e, ao mesmo tempo, dimensão imanente) de disputas sociais, as relações raciais (marcadamente o racismo e a luta anti-racismo) se constituem no espaço, com o espaço e a partir do espaço, produzindo “geo-grafias”.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"362 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124558598","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo tem a perspectiva de analisar a produção de multipolaridades territoriais na Comunidade Quilombola Ribeirinha Família Ozório (AQUIRRIO) do município de Corumbá – MS. Através da análise dos eventos estabelecidos na produção espacial, procura-se compreender o processo de resistência dessa comunidade quilombola. Foram mapeadas, as trajetórias e trajetos das famílias quilombolas entre o território tradicionalmente ocupado na década de 1980, e os bairros e assentamentos ocupados pelos quilombolas ao longo das últimas quatro décadas na luta pelo direito a terra. As análises pautaram-se em dados da Fundação Cultural Palmares (FCP), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), além de dados secundários e primários obtidos através das seguintes intervenções: revisão bibliográfica, pesquisa de campo e entrevistas na comunidade quilombola AQUIRRIO. Os resultados apontaram que a multipolaridade territorial gerou novas trajetórias quilombolas e esse processo está pautado na articulação entre os núcleos familiares que lutam pelo direito à terra.
本文旨在分析corumba - ms市的“歌伦波”社区Ribeirinha familia ozorio (AQUIRRIO)的领土多极化的产生，通过对空间生产中建立的事件的分析，试图了解这个“歌伦波”社区的抵抗过程。“歌伦波拉”家庭在1980年代传统占领的领土和过去四十年中“歌伦波拉”在争取土地权的斗争中占领的社区和定居点之间的轨迹和路径被绘制出来。分析基于fundacao Cultural Palmares (FCP)、国家殖民和土地改革研究所(INCRA)的数据，以及通过以下干预措施获得的二手和一手数据:文献综述、实地研究和对quilombola AQUIRRIO社区的访谈。结果表明，领土多极化产生了新的“歌伦波”轨迹，这一过程是基于争取土地权的家庭核心之间的联系。
{"title":"produção de multipolaridades territoriais na comunidade quilombola ribeirinha Família Ozório (Aquirrio) no Pantanal sul-matogrossense","authors":"João Marcos Batista de Souza","doi":"10.54446/bcg.v12i1.2836","DOIUrl":"https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2836","url":null,"abstract":"O artigo tem a perspectiva de analisar a produção de multipolaridades territoriais na Comunidade Quilombola Ribeirinha Família Ozório (AQUIRRIO) do município de Corumbá – MS. Através da análise dos eventos estabelecidos na produção espacial, procura-se compreender o processo de resistência dessa comunidade quilombola. Foram mapeadas, as trajetórias e trajetos das famílias quilombolas entre o território tradicionalmente ocupado na década de 1980, e os bairros e assentamentos ocupados pelos quilombolas ao longo das últimas quatro décadas na luta pelo direito a terra. As análises pautaram-se em dados da Fundação Cultural Palmares (FCP), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), além de dados secundários e primários obtidos através das seguintes intervenções: revisão bibliográfica, pesquisa de campo e entrevistas na comunidade quilombola AQUIRRIO. Os resultados apontaram que a multipolaridade territorial gerou novas trajetórias quilombolas e esse processo está pautado na articulação entre os núcleos familiares que lutam pelo direito à terra.","PeriodicalId":135641,"journal":{"name":"Boletim Campineiro de Geografia","volume":"142 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132929013","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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