Problematizamos neste artigo as con(tra)dições de se alfabetizar no contexto de isolamento social, a partir do trabalho investigativo realizado em uma turma de 1º ano do ensino fundamental, de uma escola pública municipal. Ancoradas na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, nos estudos de Vigotski sobre o problema do meio e das novas formações produzidas pela atividade de aprender a ler e a escrever, indagamos como as condições concretas vivenciadas afetam o desenvolvimento das pessoas em interação, especificamente as crianças em fase inicial de alfabetização. As análises apontam para as especificidades das relações de ensino no processo de alfabetização, bem como reiteram a importância fundamental da instituição escolar como potente lócus de (trans)formação humana.
{"title":"DAS (IM)POSSIBILIDADES DE SE ALFABETIZAR E INVESTIGAR EM CONDIÇÕES DE ISOLAMENTO SOCIAL","authors":"Daniele Pampanini Dias, A. L. Smolka","doi":"10.47249/RBA2021495","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021495","url":null,"abstract":"Problematizamos neste artigo as con(tra)dições de se alfabetizar no contexto de isolamento social, a partir do trabalho investigativo realizado em uma turma de 1º ano do ensino fundamental, de uma escola pública municipal. Ancoradas na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, nos estudos de Vigotski sobre o problema do meio e das novas formações produzidas pela atividade de aprender a ler e a escrever, indagamos como as condições concretas vivenciadas afetam o desenvolvimento das pessoas em interação, especificamente as crianças em fase inicial de alfabetização. As análises apontam para as especificidades das relações de ensino no processo de alfabetização, bem como reiteram a importância fundamental da instituição escolar como potente lócus de (trans)formação humana.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127835706","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Com base em uma metodologia de investigação qualitativa de cunho filosófico, o presente artigo tem como objetivo discutir a visão cética da criança-personagem no tocante às relações pedagógicas que se desenrolam na obra Infância, de Graciliano Ramos. Infância é a história de uma criança expressa por uma narrativa adulta. A referida obra ilustra a lembrança da infância de um menino repleta de uma série de eventos focados no desenvolvimento e aprendizagem que ocorrem principalmente nos contextos familiar/escolar e urbano/rural. A autoridade é a justificativa usada por pais e professores para oprimir crianças, oferecendo metodologias educacionais voltadas à memorização, à repetição e à punição. Por fim, ressalta-se a influência de modelos educacionais autoritários na educação do século XXI.
{"title":"CETICISMO E RELAÇÕES PEDAGÓGICAS NA OBRA INFÂNCIA, DE GRACILIANO RAMOS","authors":"Wagner Ferreira Angelo, Jeane Vanessa Santos Silva","doi":"10.47249/RBA2021482","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021482","url":null,"abstract":"Com base em uma metodologia de investigação qualitativa de cunho filosófico, o presente artigo tem como objetivo discutir a visão cética da criança-personagem no tocante às relações pedagógicas que se desenrolam na obra Infância, de Graciliano Ramos. Infância é a história de uma criança expressa por uma narrativa adulta. A referida obra ilustra a lembrança da infância de um menino repleta de uma série de eventos focados no desenvolvimento e aprendizagem que ocorrem principalmente nos contextos familiar/escolar e urbano/rural. A autoridade é a justificativa usada por pais e professores para oprimir crianças, oferecendo metodologias educacionais voltadas à memorização, à repetição e à punição. Por fim, ressalta-se a influência de modelos educacionais autoritários na educação do século XXI.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121427862","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este estudo, de caráter bibliográfico, pretende discutir os atos de ler e de escrever como atos culturais, históricos e sociais vinculados às esferas da vida. Nesse ínterim, descarta-se o ensino do ato de ler e de escrever centralizado apenas na decodificação e codificação de sinais gráficos, no ato motor e na pronunciação, apartados da atribuição de sentido e da compreensão. Para tanto, fundamenta-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, na perspectiva enunciativa de Volochínov e Bakhtin e em pesquisadores e estudiosos sobre a leitura e a escrita. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para promover reflexões acerca do ensino dos atos de ler e de escrever – entendendo-os como atos humanos culturalmente, socialmente e historicamente elaborados – e das práticas de leitura e de escrita com as crianças, nas escolas.
{"title":"OS ATOS DE LER E DE ESCREVER","authors":"Greice Ferreira da Silva","doi":"10.47249/RBA2021529","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021529","url":null,"abstract":"Este estudo, de caráter bibliográfico, pretende discutir os atos de ler e de escrever como atos culturais, históricos e sociais vinculados às esferas da vida. Nesse ínterim, descarta-se o ensino do ato de ler e de escrever centralizado apenas na decodificação e codificação de sinais gráficos, no ato motor e na pronunciação, apartados da atribuição de sentido e da compreensão. Para tanto, fundamenta-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, na perspectiva enunciativa de Volochínov e Bakhtin e em pesquisadores e estudiosos sobre a leitura e a escrita. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para promover reflexões acerca do ensino dos atos de ler e de escrever – entendendo-os como atos humanos culturalmente, socialmente e historicamente elaborados – e das práticas de leitura e de escrita com as crianças, nas escolas.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123999723","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O ensaio tem como objetivo principal demonstrar que o desenvolvimento da consciência fonológica, princípio fundante de metodologias de alfabetização, repete a mesma lógica empregada pelo capital ao fazer do trabalho uma atividade alienante. Em oposição a esse princípio o ensaio evoca o seu oposto, o desenvolvimento da consciência gráfica, como um princípio emancipatório. Para apresentar o primeiro princípio, o ensaio retoma um artigo de magazine publicado em 1994 nos EUA, um relatório apresentado à Câmara dos Deputados do Brasil, em 2003, um pequeno livro do Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) de 2012, e o Decreto Federal n.9765 de 2019. Para apresentar o segundo, recorre à história da criação da escola pública para os trabalhadores na França no século XIX e a artigos de dois pesquisadores franceses, Jean Foucambert e Élie Bajard. As conclusões sugerem que o princípio fonológico, originário nas ciências da natureza, pratica a lógica do capital por ignorar a totalidade, fragmentar os materiais constitutivos das palavras e desqualificar o papel dos sentidos. O princípio da consciência gráfica, abrigado nas ciências humanas, considera a totalidade, qualifica os sentidos e, em vez da alienação, promove a emancipação. O primeiro torna a alfabetização um tripalium, fatigante e alienante; o segundo uma poiésis, tempo de liberdade e reflexão.
{"title":"POR UMA ALFABETIZAÇÃO À MARGEM ESQUERDA","authors":"D. Arena","doi":"10.47249/RBA2021528","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021528","url":null,"abstract":"O ensaio tem como objetivo principal demonstrar que o desenvolvimento da consciência fonológica, princípio fundante de metodologias de alfabetização, repete a mesma lógica empregada pelo capital ao fazer do trabalho uma atividade alienante. Em oposição a esse princípio o ensaio evoca o seu oposto, o desenvolvimento da consciência gráfica, como um princípio emancipatório. Para apresentar o primeiro princípio, o ensaio retoma um artigo de magazine publicado em 1994 nos EUA, um relatório apresentado à Câmara dos Deputados do Brasil, em 2003, um pequeno livro do Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) de 2012, e o Decreto Federal n.9765 de 2019. Para apresentar o segundo, recorre à história da criação da escola pública para os trabalhadores na França no século XIX e a artigos de dois pesquisadores franceses, Jean Foucambert e Élie Bajard. As conclusões sugerem que o princípio fonológico, originário nas ciências da natureza, pratica a lógica do capital por ignorar a totalidade, fragmentar os materiais constitutivos das palavras e desqualificar o papel dos sentidos. O princípio da consciência gráfica, abrigado nas ciências humanas, considera a totalidade, qualifica os sentidos e, em vez da alienação, promove a emancipação. O primeiro torna a alfabetização um tripalium, fatigante e alienante; o segundo uma poiésis, tempo de liberdade e reflexão.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"17 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132318116","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Investigamos o conceito de literacia familiar apresentado na política brasileira oficial de alfabetização na segunda década do século XXI. O principal documento investigado é o guia Conta Pra Mim, que sistematiza um programa com propostas de práticas de literacia familiar, conforme nomenclatura assumida oficialmente. Este estudo se caracteriza como uma pesquisa documental orientada predominantemente por pressupostos teóricos dos estudos dos letramentos, desenvolvidos em bases antropológicas e interpretativistas. Está situada na interface da Ciência da Educação e Linguística Aplicada. O programa de literacia ignora contribuições dos estudos dos letramentos informados por abordagens críticas. São sugeridas práticas de literacia familiar marcadas por reflexões sobre o sistema alfabético da escrita. Tais práticas se assemelham a abordagens formais preparatórias para a alfabetização.
我们调查了21世纪第二个十年巴西官方识字政策中提出的家庭识字概念。调查的主要文件是guia Conta Pra Mim,它系统化了一个计划,根据官方假设的命名法,提出了家庭识字实践的建议。本研究的特点是文献研究,主要以识字研究的理论假设为指导,在人类学和解释的基础上发展。它位于教育科学和应用语言学的交界。识字计划忽略了由批判性方法提供信息的识字研究的贡献。建议家庭识字实践的标志是对字母书写系统的反思。这种做法类似于为识字做准备的正式方法。
{"title":"LETRAMENTOS FAMILIARES NA POLÍTICA DE ALFABETIZAÇÃO","authors":"Wagner Rodrigues Silva, Juliana de Sousa Delfino","doi":"10.47249/RBA2021450","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021450","url":null,"abstract":"Investigamos o conceito de literacia familiar apresentado na política brasileira oficial de alfabetização na segunda década do século XXI. O principal documento investigado é o guia Conta Pra Mim, que sistematiza um programa com propostas de práticas de literacia familiar, conforme nomenclatura assumida oficialmente. Este estudo se caracteriza como uma pesquisa documental orientada predominantemente por pressupostos teóricos dos estudos dos letramentos, desenvolvidos em bases antropológicas e interpretativistas. Está situada na interface da Ciência da Educação e Linguística Aplicada. O programa de literacia ignora contribuições dos estudos dos letramentos informados por abordagens críticas. São sugeridas práticas de literacia familiar marcadas por reflexões sobre o sistema alfabético da escrita. Tais práticas se assemelham a abordagens formais preparatórias para a alfabetização.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"133 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132622501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nesta entrevista, Roger Chartier nos ajuda a decifrar, à luz da história, aspectos do presente relativos às práticas de escrita e de leitura, com reflexões dedicadas à escola, à biblioteca, à livraria, ao livro, à prática cultural da leitura e aos leitores infantis e juvenis, relacionadas ao contexto peculiar de expansão das tecnologias digitais de produção e de acesso aos textos, de ampliação da circulação de falsificações e da crença nessas falsificações, por fim, de intensificação das crises em função do cenário de pandemia, em especial no que diz respeito à sobrevivência das livrarias. Nunca estivemos tanto tempo diante de telas, lendo textos, nos comunicando, jogando ou assistindo a vídeos. Mais do que um simples meio, as telas nos confrontam a uma outra lógica, desde a da concepção de produções que não podem mais simplesmente serem chamadas de livros, passando pelos usos impacientes que têm caracterizado nossas práticas de leitura, até a necessária reflexão das formas de consumo virtuais e de aquisição de livros por meio de gestos aparentemente inócuos como o do click, mas prenhes de implicações, tal como nos apresenta o historiador.
{"title":"A LEITURA EM TELAS - UM CONVITE À REFLEXÃO EM TEMPOS PANDÊMICOS","authors":"Luzmara Curcino","doi":"10.47249/RBA2021532","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021532","url":null,"abstract":"Nesta entrevista, Roger Chartier nos ajuda a decifrar, à luz da história, aspectos do presente relativos às práticas de escrita e de leitura, com reflexões dedicadas à escola, à biblioteca, à livraria, ao livro, à prática cultural da leitura e aos leitores infantis e juvenis, relacionadas ao contexto peculiar de expansão das tecnologias digitais de produção e de acesso aos textos, de ampliação da circulação de falsificações e da crença nessas falsificações, por fim, de intensificação das crises em função do cenário de pandemia, em especial no que diz respeito à sobrevivência das livrarias. Nunca estivemos tanto tempo diante de telas, lendo textos, nos comunicando, jogando ou assistindo a vídeos. Mais do que um simples meio, as telas nos confrontam a uma outra lógica, desde a da concepção de produções que não podem mais simplesmente serem chamadas de livros, passando pelos usos impacientes que têm caracterizado nossas práticas de leitura, até a necessária reflexão das formas de consumo virtuais e de aquisição de livros por meio de gestos aparentemente inócuos como o do click, mas prenhes de implicações, tal como nos apresenta o historiador.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122087625","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Anderson Borges Corrêa, Ana Maria Esteves Bortolanza
Este artigo é parte de uma pesquisa de mestrado de abordagem histórico-cultural (CORRÊA, 2017) realizada com crianças de uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola do Triângulo Mineiro. O objetivo é discutir a descoberta e a apropriação da linguagem escrita da criança como a apropriação de um instrumento cultural de trocas verbais capaz de possibilitar a produção de enunciados singulares historicamente situados. Situado na perspectiva da teoria histórico-cultural, o estudo está fundamentado em conceitos de Vigotski, Leontiev e outros autores, como Bakhtin, Volochínov, Jolibert e Bajard. Aponta que as crianças se apropriam da escrita em seus usos e funções historicamente estabelecidos para produzirem suas expressões singulares por meio da composição de enunciados (textos) constituídos de símbolos e signos visuais.
{"title":"A DESCOBERTA DA ESCRITA PELA CRIANÇA","authors":"Anderson Borges Corrêa, Ana Maria Esteves Bortolanza","doi":"10.47249/RBA2021525","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021525","url":null,"abstract":"Este artigo é parte de uma pesquisa de mestrado de abordagem histórico-cultural (CORRÊA, 2017) realizada com crianças de uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola do Triângulo Mineiro. O objetivo é discutir a descoberta e a apropriação da linguagem escrita da criança como a apropriação de um instrumento cultural de trocas verbais capaz de possibilitar a produção de enunciados singulares historicamente situados. Situado na perspectiva da teoria histórico-cultural, o estudo está fundamentado em conceitos de Vigotski, Leontiev e outros autores, como Bakhtin, Volochínov, Jolibert e Bajard. Aponta que as crianças se apropriam da escrita em seus usos e funções historicamente estabelecidos para produzirem suas expressões singulares por meio da composição de enunciados (textos) constituídos de símbolos e signos visuais. ","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129072771","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
P. Junior, July Priscila da Costa Iglesias, Mateus Higo Daves Alves
O modelo educacional atual não permite o uso de metodologias tradicionais, pois o público são alunos com acesso as informações de forma imediata. Nesse contexto, escola e professores devem acompanhar a “nova era”. Metodologias ativas se adaptam melhor as novas exigências do ambiente educacional. A intervenção mostrou-se exitosa quando aplicadas a leitura e interpretação e na matemática. A ação foi desenvolvida com alunos de 9 a 11 anos do projeto “Novo Mais Educação” da EMEIF Raimundo Rodrigues Moreira que apresentavam baixo rendimento no aprendizado regular. Com as ações houve melhora no aprendizado da ordem de 50% referente a português e matemática, além da elevação para 90% o percentual de frequência dos alunos e seus familiares no ambiente escolar, durante os 5 meses de programa.
目前的教育模式不允许使用传统的方法,因为公众是学生,可以立即获得信息。在这种背景下,学校和教师必须跟上“新时代”。积极的方法更适合教育环境的新要求。当应用于阅读、解释和数学时,干预被证明是成功的。该行动是由EMEIF Raimundo Rodrigues Moreira的“Novo Mais educacao”项目的9至11岁学生开展的,他们在常规学习中表现不佳。通过这些行动,在5个月的项目中,葡萄牙语和数学的学习水平提高了50%,学生和他们的家庭在学校环境中的出勤率提高了90%。
{"title":"METODOLOGIAS ATIVAS COMO ESTRATÉGIA PARA O PROJETO “NOVO MAIS EDUCAÇÃO”","authors":"P. Junior, July Priscila da Costa Iglesias, Mateus Higo Daves Alves","doi":"10.47249/RBA2021438","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021438","url":null,"abstract":"O modelo educacional atual não permite o uso de metodologias tradicionais, pois o público são alunos com acesso as informações de forma imediata. Nesse contexto, escola e professores devem acompanhar a “nova era”. Metodologias ativas se adaptam melhor as novas exigências do ambiente educacional. A intervenção mostrou-se exitosa quando aplicadas a leitura e interpretação e na matemática. A ação foi desenvolvida com alunos de 9 a 11 anos do projeto “Novo Mais Educação” da EMEIF Raimundo Rodrigues Moreira que apresentavam baixo rendimento no aprendizado regular. Com as ações houve melhora no aprendizado da ordem de 50% referente a português e matemática, além da elevação para 90% o percentual de frequência dos alunos e seus familiares no ambiente escolar, durante os 5 meses de programa.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125678615","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste artigo são discutidos aspectos relativos à aprendizagem de leitura e da escrita, a partir da análise de alguns textos produzidos por crianças. Com seus modos próprios de pensar, de agir, de brincar, e com base em seus conhecimentos e na capacidade de criar incessantemente, é que elas aprendem a ler e a escrever. As autoras compreendem as crianças como sujeitos sociohistóricos, constituídos na e pela linguagem. Tal compreensão tem como fundamento as teorias de Bakhtin e Vigotski, em que se ancoram os conceitos de sujeito, enunciado, discurso (BAKHTIN) e vivência (VIGOTSKI). A centralidade da linguagem na formação dos sujeitos é o principal ponto de convergência entre os dois autores e é também o tema central deste artigo, tanto como aporte teórico para as análises quanto para a proposição de orientações metodológicas encontradas no texto, traçando um arcabouço conceitual que vem sustentando o que se tem defendido como uma perspectiva discursiva de alfabetização.
{"title":"ALFABETIZAÇÃO","authors":"C. Goulart, Angela Vidal Gonçalves","doi":"10.47249/RBA2021527","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021527","url":null,"abstract":"Neste artigo são discutidos aspectos relativos à aprendizagem de leitura e da escrita, a partir da análise de alguns textos produzidos por crianças. Com seus modos próprios de pensar, de agir, de brincar, e com base em seus conhecimentos e na capacidade de criar incessantemente, é que elas aprendem a ler e a escrever. As autoras compreendem as crianças como sujeitos sociohistóricos, constituídos na e pela linguagem. Tal compreensão tem como fundamento as teorias de Bakhtin e Vigotski, em que se ancoram os conceitos de sujeito, enunciado, discurso (BAKHTIN) e vivência (VIGOTSKI). A centralidade da linguagem na formação dos sujeitos é o principal ponto de convergência entre os dois autores e é também o tema central deste artigo, tanto como aporte teórico para as análises quanto para a proposição de orientações metodológicas encontradas no texto, traçando um arcabouço conceitual que vem sustentando o que se tem defendido como uma perspectiva discursiva de alfabetização.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126058930","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O trabalho visou refletir e analisar as concepções e procedimentos de ensino e aprendizagem da leitura e sua relação com a escrita a partir da Teoria Histórico-Cultural e do processo de leiturização de Jean Foucambert. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa, com base nos estudos bibliográficos. A concepção de leitura defendida em ambas as abordagens se refere ao processo de construção e reconstrução do sentido discursivo dos signos culturais representados pela linguagem escrita. Concluiu-se que a leitura deve ser propiciada pelo professor com vistas à formação da criança como leitora e escritora de gêneros enunciativos. Assim, a leitura torna-se, de fato, reconhecida e valorizada como processo subjetivo de compreensão do discurso escrito da cultura humana.
{"title":"A APROPRIAÇÃO DA LEITURA E O SENTIDO DISCURSIVO DA LINGUAGEM ESCRITA","authors":"V. G. D. Lima, Neire Márcia da Cunha","doi":"10.47249/RBA2021531","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/RBA2021531","url":null,"abstract":"O trabalho visou refletir e analisar as concepções e procedimentos de ensino e aprendizagem da leitura e sua relação com a escrita a partir da Teoria Histórico-Cultural e do processo de leiturização de Jean Foucambert. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa, com base nos estudos bibliográficos. A concepção de leitura defendida em ambas as abordagens se refere ao processo de construção e reconstrução do sentido discursivo dos signos culturais representados pela linguagem escrita. Concluiu-se que a leitura deve ser propiciada pelo professor com vistas à formação da criança como leitora e escritora de gêneros enunciativos. Assim, a leitura torna-se, de fato, reconhecida e valorizada como processo subjetivo de compreensão do discurso escrito da cultura humana.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125949581","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}