Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa sobre o curso de formação continuada de professores “Tempo de Aprender”, promovido pelo MEC em 2020. Reflete-se sobre a perspectiva de alfabetização e os procedimentos indicados para o ensino da leitura e da escrita, a partir dos vídeos dos módulos dois e três do curso, dos textos explicativos e dos materiais disponibilizados para download. Os dados indicam uma concepção restrita de alfabetização, centrada no método fônico, na audição, na repetição e na memorização de grafemas e fonemas. A proposta de formação de professores configura-se como reducionista, acrítica e homogeneizadora, prestando assim, um desserviço à alfabetização, uma vez que apaga o arcabouço teórico e as práticas alfabetizadoras plurais das escolas brasileiras.
{"title":"TEMPO DE APRENDER","authors":"Gabriela Medeiros Nogueira, Janaína Soares Martins Lapuente","doi":"10.47249/rba2022595","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022595","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa sobre o curso de formação continuada de professores “Tempo de Aprender”, promovido pelo MEC em 2020. Reflete-se sobre a perspectiva de alfabetização e os procedimentos indicados para o ensino da leitura e da escrita, a partir dos vídeos dos módulos dois e três do curso, dos textos explicativos e dos materiais disponibilizados para download. Os dados indicam uma concepção restrita de alfabetização, centrada no método fônico, na audição, na repetição e na memorização de grafemas e fonemas. A proposta de formação de professores configura-se como reducionista, acrítica e homogeneizadora, prestando assim, um desserviço à alfabetização, uma vez que apaga o arcabouço teórico e as práticas alfabetizadoras plurais das escolas brasileiras.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"104 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115755863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente texto propõe ao leitor debruçar-se sobre uma prática pedagógica no contexto da alfabetização desenvolvida através de plataforma digital, tendo em vista os processos de isolamento social em decorrência das questões sanitárias implicadas pela pandemia de Covid-19. O trabalho em questão que ocorre a partir de materiais de apoio e aulas síncronas na plataforma Moodle centrase numa perspectiva discursiva de linguagem. O texto se desenvolve transpassando questões de encaminhamento pedagógico, relação família e escola, um breve relato de uma intervenção literária também desenvolvida através do uso da mesma plataforma e análise acerca de uma experiência de reescrita de texto. É preciso ressaltar que parte do bom desenvolvimento do trabalho pautado nas abordagens bakhtinianas de linguagem com vista às conquistas na apropriação, autoria e empoderamento da linguagem das crianças envolvidas no processo, se deve, também, à estrutura (empréstimo de computador e rede de internet imprescindíveis para os processos de escolarização em contexto de isolamento social) oferecida, pela escola onde a prática acontece, às famílias que não contavam com esta estrutura tendo em vista fatores sociais e econômicos.
{"title":"REINVENTAR A PRÁTICA","authors":"A. Machado, Fabiana Giovani","doi":"10.47249/rba2022596","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022596","url":null,"abstract":"O presente texto propõe ao leitor debruçar-se sobre uma prática pedagógica no contexto da alfabetização desenvolvida através de plataforma digital, tendo em vista os processos de isolamento social em decorrência das questões sanitárias implicadas pela pandemia de Covid-19. O trabalho em questão que ocorre a partir de materiais de apoio e aulas síncronas na plataforma Moodle centrase numa perspectiva discursiva de linguagem. O texto se desenvolve transpassando questões de encaminhamento pedagógico, relação família e escola, um breve relato de uma intervenção literária também desenvolvida através do uso da mesma plataforma e análise acerca de uma experiência de reescrita de texto. É preciso ressaltar que parte do bom desenvolvimento do trabalho pautado nas abordagens bakhtinianas de linguagem com vista às conquistas na apropriação, autoria e empoderamento da linguagem das crianças envolvidas no processo, se deve, também, à estrutura (empréstimo de computador e rede de internet imprescindíveis para os processos de escolarização em contexto de isolamento social) oferecida, pela escola onde a prática acontece, às famílias que não contavam com esta estrutura tendo em vista fatores sociais e econômicos.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"190 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113977790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo analisa o ensino da leitura e da escrita durante o ensino remoto no contexto pandêmico, destacando as ferramentas mobilizadas pelas professoras, os maiores desafios, o suporte que receberam recebendo de suas instituições. Os dados foram coletados por meio de um realizamos um survey e de grupos focais com as docentes. Os resultados indicam que apesar da angústia e da ausência de uma formação adequada, as docentes criaram muitas estratégias pedagógicas, algumas adaptadas do ensino presencial.
{"title":"LIMITES E POSSIBILIDADES DO ENSINO REMOTO DA ALFABETIZAÇÃO","authors":"Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo","doi":"10.47249/rba2022594","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022594","url":null,"abstract":"Este artigo analisa o ensino da leitura e da escrita durante o ensino remoto no contexto pandêmico, destacando as ferramentas mobilizadas pelas professoras, os maiores desafios, o suporte que receberam recebendo de suas instituições. Os dados foram coletados por meio de um realizamos um survey e de grupos focais com as docentes. Os resultados indicam que apesar da angústia e da ausência de uma formação adequada, as docentes criaram muitas estratégias pedagógicas, algumas adaptadas do ensino presencial.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131517880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fazemos uma análise crítica do que temos vivido em nosso país, nas últimas décadas, no campo da alfabetização. Revisamos as principais conquistas, que realizamos entre 2003 e 2016, e que culminaram em políticas públicas democráticas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Em seguida analisamos lacunas e problemas no novo documento curricular nacional (a BNCC), aprovada sem debate público. Finalmente examinamos como a Política Nacional de Alfabetização (2019) que quer impor o método fônico, parte de falsas premissas científicas e produz péssimos materiais didáticos e de formação de professores. Inspirados em Paulo Freire, conclamamos os educadores a resistir a essa atual combinação de autoritarismo, privatização e tratamento das escolas como empresas.
{"title":"POLÍTICAS E PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL, HOJE","authors":"Artur Gomes de Morais","doi":"10.47249/rba2022584","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022584","url":null,"abstract":"Fazemos uma análise crítica do que temos vivido em nosso país, nas últimas décadas, no campo da alfabetização. Revisamos as principais conquistas, que realizamos entre 2003 e 2016, e que culminaram em políticas públicas democráticas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Em seguida analisamos lacunas e problemas no novo documento curricular nacional (a BNCC), aprovada sem debate público. Finalmente examinamos como a Política Nacional de Alfabetização (2019) que quer impor o método fônico, parte de falsas premissas científicas e produz péssimos materiais didáticos e de formação de professores. Inspirados em Paulo Freire, conclamamos os educadores a resistir a essa atual combinação de autoritarismo, privatização e tratamento das escolas como empresas.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"85 22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130860910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No texto são tratados desafios históricos e contemporâneos relacionados à alfabetização. Na dimensão histórica, são problematizados alguns fatores extraescolares que explicam a difusão da alfabetização nos países ocidentais e alguns elementos que permitem considerar a relação entre alfabetização e sociedade, no Brasil. Na dimensão contemporânea, discutem-se a permanência de desafios históricos para alfabetizar, a necessidade de pensar a alfabetização em contextos culturais e históricos que envolvem tecnologias disponíveis em cada tempo, assim como alguns desafios da cultura escrita digital para a compreensão de mudanças e permanências na cultura escrita. Integram esses desafios o uso dos suportes, a disseminação de outros sistemas semióticos e a necessidade de estratégias para trazer, para o repertório dos alfabetizandos, a cultura manuscrita e a cultura impressa herdadas, bem como a cultura escrita digital.
{"title":"UM OLHAR SOBRE PROCESSOS E DESAFIOS HISTÓRICOS E CONTEMPORÂNEOS DA ALFABETIZAÇÃO","authors":"I. Frade","doi":"10.47249/rba2022591","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022591","url":null,"abstract":"No texto são tratados desafios históricos e contemporâneos relacionados à alfabetização. Na dimensão histórica, são problematizados alguns fatores extraescolares que explicam a difusão da alfabetização nos países ocidentais e alguns elementos que permitem considerar a relação entre alfabetização e sociedade, no Brasil. Na dimensão contemporânea, discutem-se a permanência de desafios históricos para alfabetizar, a necessidade de pensar a alfabetização em contextos culturais e históricos que envolvem tecnologias disponíveis em cada tempo, assim como alguns desafios da cultura escrita digital para a compreensão de mudanças e permanências na cultura escrita. Integram esses desafios o uso dos suportes, a disseminação de outros sistemas semióticos e a necessidade de estratégias para trazer, para o repertório dos alfabetizandos, a cultura manuscrita e a cultura impressa herdadas, bem como a cultura escrita digital.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128822089","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo objetiva analisar as políticas de alfabetização nacionais promovidas após o período ditatorial militar, com foco nas décadas de 1980 e 1990. Analisa, portanto, documentos que concretizaram posições, programas e reformas criadas pelo Governo Federal para estancar o analfabetismo e proporcionar que as crianças aprendam a ler e a escrever. Conclui que, para alfabetizar todas as crianças, são necessárias mudanças profundas em nível econômico, político e cultural no Brasil.
{"title":"POLÍTICAS PÚBLICAS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL","authors":"C. M. M. Gontijo","doi":"10.47249/rba2022586","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022586","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar as políticas de alfabetização nacionais promovidas após o período ditatorial militar, com foco nas décadas de 1980 e 1990. Analisa, portanto, documentos que concretizaram posições, programas e reformas criadas pelo Governo Federal para estancar o analfabetismo e proporcionar que as crianças aprendam a ler e a escrever. Conclui que, para alfabetizar todas as crianças, são necessárias mudanças profundas em nível econômico, político e cultural no Brasil.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"2014 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121765147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo aborda a constituição do Fórum Estadual de Alfabetização no Rio de Janeiro (FEARJ) como um espaço político-pedagógico de mobilização para ensino da Língua Portuguesa. As análises consideraram as implicações da participação dos professores, em especial, dos alfabetizadores, a partir de um movimento horizontal e dialógico. O estudo privilegiou a análise das Atas do Fórum, observando as inquietações dos professores com o crescente campo das políticas educacionais, em especial, com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e sobre seus desdobramentos para alfabetização escolar. O estudo conclui que há uma alteração do papel do Estado na Educação pública, quando desconsidera a distinção entre responsabilização e responsabilidade docente, ao atribuir o cunho competitivo para o ensino da Língua Portuguesa
{"title":"FÓRUM ESTADUAL DE ALFABETIZAÇÃO DO RIO DE JANEIRO","authors":"Elaine Constant","doi":"10.47249/rba2022589","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022589","url":null,"abstract":"O artigo aborda a constituição do Fórum Estadual de Alfabetização no Rio de Janeiro (FEARJ) como um espaço político-pedagógico de mobilização para ensino da Língua Portuguesa. As análises consideraram as implicações da participação dos professores, em especial, dos alfabetizadores, a partir de um movimento horizontal e dialógico. O estudo privilegiou a análise das Atas do Fórum, observando as inquietações dos professores com o crescente campo das políticas educacionais, em especial, com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e sobre seus desdobramentos para alfabetização escolar. O estudo conclui que há uma alteração do papel do Estado na Educação pública, quando desconsidera a distinção entre responsabilização e responsabilidade docente, ao atribuir o cunho competitivo para o ensino da Língua Portuguesa","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"131 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116395394","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O debate sobre Educação Infantil e alfabetização, durante décadas, rendeu-se a uma falsa questão: deve-se ou não alfabetizar na pré-escola? Mais recentemente, a produção acadêmica sobre o tema, documentos oficiais e as práticas pedagógicas vinham superando essa visão dicotômica e vislumbrando um trabalho com a linguagem escrita capaz de respeitar as especificidades da primeira infância. A Política Nacional de Alfabetização – PNA (2019) retrocedeu ao definir Educação Infantil como etapa preparatória para o Ensino Fundamental. Neste ensaio, advogamos que somente uma relação solidária, e não de sujeição, entre as duas etapas, garantirá trajetórias escolares exitosas, respeitosas com as crianças e suas infâncias e com seu direito de participar ativamente das culturas do escrito
{"title":"AS CRIANÇAS E O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA","authors":"Mônica Correia Baptista","doi":"10.47249/rba2022585","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022585","url":null,"abstract":"O debate sobre Educação Infantil e alfabetização, durante décadas, rendeu-se a uma falsa questão: deve-se ou não alfabetizar na pré-escola? Mais recentemente, a produção acadêmica sobre o tema, documentos oficiais e as práticas pedagógicas vinham superando essa visão dicotômica e vislumbrando um trabalho com a linguagem escrita capaz de respeitar as especificidades da primeira infância. A Política Nacional de Alfabetização – PNA (2019) retrocedeu ao definir Educação Infantil como etapa preparatória para o Ensino Fundamental. Neste ensaio, advogamos que somente uma relação solidária, e não de sujeição, entre as duas etapas, garantirá trajetórias escolares exitosas, respeitosas com as crianças e suas infâncias e com seu direito de participar ativamente das culturas do escrito","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115616961","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Aparecida Lapa de Aguiar, Laura Luzietti Guitel
O artigo apresenta resultado de investigação desenvolvida entre 2017-2021, cujo objetivo foi identificar as tendências na ancoragem teórica de grupos de pesquisa voltados para as discussões concernentes à área de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A metodologia teve como ponto de partida o acesso ao Diretório dos Grupos (http://lattes.cnpq. br/web/dgp), por meio dos descritores ‘alfabetização’ e ‘linguagem’. Primeiramente, realizouse a leitura das ‘repercussões dos grupos’ e, posteriormente, a leitura de resumos de teses e dissertações. O principal destaque na ancoragem teórica dos grupos são os aspectos relacionados à perspectiva histórico-cultural, à abordagem discursiva da linguagem e aos estudos sobre letramento como tendências mais evidentes da atualidade.
{"title":"TENDÊNCIAS TEÓRICAS PARA A ALFABETIZAÇÃO NOS GRUPOS DE PESQUISA DO DIRETÓRIO BRASIL/LATTES","authors":"Maria Aparecida Lapa de Aguiar, Laura Luzietti Guitel","doi":"10.47249/rba2022597","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022597","url":null,"abstract":"O artigo apresenta resultado de investigação desenvolvida entre 2017-2021, cujo objetivo foi identificar as tendências na ancoragem teórica de grupos de pesquisa voltados para as discussões concernentes à área de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A metodologia teve como ponto de partida o acesso ao Diretório dos Grupos (http://lattes.cnpq. br/web/dgp), por meio dos descritores ‘alfabetização’ e ‘linguagem’. Primeiramente, realizouse a leitura das ‘repercussões dos grupos’ e, posteriormente, a leitura de resumos de teses e dissertações. O principal destaque na ancoragem teórica dos grupos são os aspectos relacionados à perspectiva histórico-cultural, à abordagem discursiva da linguagem e aos estudos sobre letramento como tendências mais evidentes da atualidade.","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"145 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121432718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas a relação ensino-aprendizagem da linguagem escrita, a partir de textos produzidos por crianças, em uma turma do ciclo de alfabetização, analisando atividades epilinguísticas realizadas durante o processo de reescrita de seus textos. Tratase de um estudo de caso realizado com crianças de uma turma do 3º ano ciclo de alfabetização. Fundamenta-se na concepção bakhtiniana de linguagem e nas proposições de Geraldi (2003) em relação ao ensino da língua materna. As autoras apontam que quando as condições de produção são instauradas, as crianças produzem textos e desenvolvem atividades epilinguísticas, na medida que os reescrevem, escolhendo diferentes recursos expressivos, fazendo autocorreções e reelaborações tendo em vista seus projetos discursivos, seus interlocutores e as razões de ser de seus textos
{"title":"ATIVIDADES EPILINGUÍSTICAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS","authors":"Renata Strzepa Potkul, D. Costa","doi":"10.47249/rba2022593","DOIUrl":"https://doi.org/10.47249/rba2022593","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas a relação ensino-aprendizagem da linguagem escrita, a partir de textos produzidos por crianças, em uma turma do ciclo de alfabetização, analisando atividades epilinguísticas realizadas durante o processo de reescrita de seus textos. Tratase de um estudo de caso realizado com crianças de uma turma do 3º ano ciclo de alfabetização. Fundamenta-se na concepção bakhtiniana de linguagem e nas proposições de Geraldi (2003) em relação ao ensino da língua materna. As autoras apontam que quando as condições de produção são instauradas, as crianças produzem textos e desenvolvem atividades epilinguísticas, na medida que os reescrevem, escolhendo diferentes recursos expressivos, fazendo autocorreções e reelaborações tendo em vista seus projetos discursivos, seus interlocutores e as razões de ser de seus textos","PeriodicalId":137180,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Alfabetização","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115482594","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}