Músico atuante desde os anos 1960, Walter Franco surpreendeu o público e a crítica ao defender sua inusitada composição “Cabeça” no VII Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1972. Apesar das vaias que recebeu, o júri saiu em sua defesa por reconhecer a ousadia e a inovação da proposta num ambiente que prezava pelo lirismo e por formas musicais já padronizadas. Além das polêmicas que marcaram o VII FIC, este artigo analisa o primeiro álbum de Walter Franco, Ou não, lançado pela gravadora Continental em 1973. Busca, assim, discutir os aspectos contraculturais e experimentais presentes no disco bem como o seu caráter vanguardista não obstante a suposta inviabilidade de vanguardas emergirem no seio da indústria cultural.
{"title":"\"Ou não\" (1973), de Walter Franco: contracultura, experimentalismo e vanguarda na MPB","authors":"Sheyla Castro Diniz","doi":"10.36025/arj.v8i2.24506","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v8i2.24506","url":null,"abstract":"Músico atuante desde os anos 1960, Walter Franco surpreendeu o público e a crítica ao defender sua inusitada composição “Cabeça” no VII Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1972. Apesar das vaias que recebeu, o júri saiu em sua defesa por reconhecer a ousadia e a inovação da proposta num ambiente que prezava pelo lirismo e por formas musicais já padronizadas. Além das polêmicas que marcaram o VII FIC, este artigo analisa o primeiro álbum de Walter Franco, Ou não, lançado pela gravadora Continental em 1973. Busca, assim, discutir os aspectos contraculturais e experimentais presentes no disco bem como o seu caráter vanguardista não obstante a suposta inviabilidade de vanguardas emergirem no seio da indústria cultural.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128579971","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Flavio Américo Tonnetti, Sandra Corradini, Simone De Mello Martins
Este ensaio discute um conjunto de questões provocadas pela obra do bailarino brasileiro Marco Xavier, articuladas a partir de perguntas geradoras tecidas por meio de uma correspondência estabelecida entre o artista e três pesquisadores no campo da dança e da performance. O diálogo transita em torno da presença do corpo negro e da espiritualidade afro-brasileira numa dança concebida em uma cultura de corpos amarelos, evocando os temas da mestiçagem e da resistência frente à necropolítica, discutindo aproximações e diferenciações entre o contexto social, histórico e cultural japonês – no qual se dá a gênese do Butô pela emergência de um corpo ritualizado e violentado, inadequado e marginal – e o contexto histórico e religioso brasileiro – dentro do qual o corpo negro permanece como um corpo à margem.
{"title":"Mestiçagens de um butô negro: colorações afro-brasileiras na dança de Marco Xavier","authors":"Flavio Américo Tonnetti, Sandra Corradini, Simone De Mello Martins","doi":"10.36025/arj.v8i2.24230","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v8i2.24230","url":null,"abstract":"Este ensaio discute um conjunto de questões provocadas pela obra do bailarino brasileiro Marco Xavier, articuladas a partir de perguntas geradoras tecidas por meio de uma correspondência estabelecida entre o artista e três pesquisadores no campo da dança e da performance. O diálogo transita em torno da presença do corpo negro e da espiritualidade afro-brasileira numa dança concebida em uma cultura de corpos amarelos, evocando os temas da mestiçagem e da resistência frente à necropolítica, discutindo aproximações e diferenciações entre o contexto social, histórico e cultural japonês – no qual se dá a gênese do Butô pela emergência de um corpo ritualizado e violentado, inadequado e marginal – e o contexto histórico e religioso brasileiro – dentro do qual o corpo negro permanece como um corpo à margem.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123240400","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}