Tatiana Paduin Bittencourt, Celso Kraemer, Priscila Regina Dallabona Meneghelli
O presente estudo é motivado por experiências em Educação, observando o lugar secundário da dança no currículo escolar. A partir de um breve olhar histórico, discutem-se potencialidades e dificuldades que a dança enfrenta nas escolas públicas, analisando a situação do Ensino Médio em uma Coordenadoria Regional de Educação (CRE) do interior de Santa Catarina. Mesmo com a reforma do Ensino Médio, a dança ainda não é contemplada como componente curricular específico e instiga os pesquisadores sobre este tema. A metodologia utilizada neste estudo abrange pesquisa bibliográfica e informações contextuais sobre a dança na CRE escolhida. Os conceitos de corpo, biopoder, biopolítica e cuidado de si, de Michel Foucault e a noção de educação como exercício de liberdade, de Paulo Freire, são referenciais que subsidiam o desenvolvimento do artigo. A discussão mostra o quanto é urgente que a escola reveja como tem tratado a dança enquanto componente fundamental da Educação.
{"title":"Ensino de dança na escola: reforma do ensino médio, disciplinamento e biopolítica","authors":"Tatiana Paduin Bittencourt, Celso Kraemer, Priscila Regina Dallabona Meneghelli","doi":"10.36025/arj.v9i2.28861","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.28861","url":null,"abstract":"O presente estudo é motivado por experiências em Educação, observando o lugar secundário da dança no currículo escolar. A partir de um breve olhar histórico, discutem-se potencialidades e dificuldades que a dança enfrenta nas escolas públicas, analisando a situação do Ensino Médio em uma Coordenadoria Regional de Educação (CRE) do interior de Santa Catarina. Mesmo com a reforma do Ensino Médio, a dança ainda não é contemplada como componente curricular específico e instiga os pesquisadores sobre este tema. A metodologia utilizada neste estudo abrange pesquisa bibliográfica e informações contextuais sobre a dança na CRE escolhida. Os conceitos de corpo, biopoder, biopolítica e cuidado de si, de Michel Foucault e a noção de educação como exercício de liberdade, de Paulo Freire, são referenciais que subsidiam o desenvolvimento do artigo. A discussão mostra o quanto é urgente que a escola reveja como tem tratado a dança enquanto componente fundamental da Educação.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132954465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marcos Antonio de Azevedo de Campos, Patrick Anderson Martins Magalhães, Luiz Fernando Souza Veras
O objetivo deste trabalho é apresentar como as questões de gênero e sexualidade estão presentes na dança do Coco do Grupo Oré Anacã, a partir de uma análise coreográfica realizada por profissionais de Educação Física com experiência em dança. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e a análise se deu por meio dos discursos que emergiram durante as leituras das transcrições. Os resultados buscaram dialogar com a literatura analisada e com as compreensões e reflexões que foram suscitadas durante o processo. Os(As) entrevistados(as) trouxeram à tona o fato de que a coreografia analisada define certos papéis femininos e masculinos, reforçando estereótipos de gênero como a imagem de "garanhão" do homem e a mulher lutando por ele, sempre correndo atrás de um par; a presença de diferentes sexualidades nas coreografias, como a bissexualidade; e a forma como os homens retratam as mulheres em caricaturas e como o público a abraça.
{"title":"Gênero e sexualidade na dança do Coco do Grupo Oré Anacã: uma análise coreográfica","authors":"Marcos Antonio de Azevedo de Campos, Patrick Anderson Martins Magalhães, Luiz Fernando Souza Veras","doi":"10.36025/arj.v9i2.28916","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.28916","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é apresentar como as questões de gênero e sexualidade estão presentes na dança do Coco do Grupo Oré Anacã, a partir de uma análise coreográfica realizada por profissionais de Educação Física com experiência em dança. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e a análise se deu por meio dos discursos que emergiram durante as leituras das transcrições. Os resultados buscaram dialogar com a literatura analisada e com as compreensões e reflexões que foram suscitadas durante o processo. Os(As) entrevistados(as) trouxeram à tona o fato de que a coreografia analisada define certos papéis femininos e masculinos, reforçando estereótipos de gênero como a imagem de \"garanhão\" do homem e a mulher lutando por ele, sempre correndo atrás de um par; a presença de diferentes sexualidades nas coreografias, como a bissexualidade; e a forma como os homens retratam as mulheres em caricaturas e como o público a abraça.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131212035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo busca compartilhar determinados apontamentos sobre a pesquisa-arte elaborada no campo dos Estudos em Dança. Para tanto, traça-se um percurso que tem como foco as práticas artísticas de ascendência africana ou indígena. Parte-se da seguinte problemática: “por que estabelecer no contexto dos debates da prática como pesquisa um recorte de caráter étnico-racial?”. Supõe-se que as práticas artísticas produzidas por subjetividades racialmente minoritárias são sínteses de uma experiência histórica e de uma qualidade de saber vinculadas às vivências coletivas de resistências em contextos de guerra. Parte-se da ideia de guerra como uma condição histórica implementada pelo colonialismo no campo da vida social que fomenta destruição e morte. Como consequência, apresenta-se a categoria ecodanças como um conjunto de práticas artísticas pretas e indígenas que produzem políticas de vida e compartilha-se o sentido atribuído à ideia de aquilombúnquers. Espera-se colaborar com os debates estruturados no campo da prática como pesquisa.
{"title":"Ecodanças: reflexões sobre práticas artísticas afro-indígenas como pesquisa","authors":"V. Oliveira, Liana da Silva Cunha","doi":"10.36025/arj.v9i2.28917","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.28917","url":null,"abstract":"Este artigo busca compartilhar determinados apontamentos sobre a pesquisa-arte elaborada no campo dos Estudos em Dança. Para tanto, traça-se um percurso que tem como foco as práticas artísticas de ascendência africana ou indígena. Parte-se da seguinte problemática: “por que estabelecer no contexto dos debates da prática como pesquisa um recorte de caráter étnico-racial?”. Supõe-se que as práticas artísticas produzidas por subjetividades racialmente minoritárias são sínteses de uma experiência histórica e de uma qualidade de saber vinculadas às vivências coletivas de resistências em contextos de guerra. Parte-se da ideia de guerra como uma condição histórica implementada pelo colonialismo no campo da vida social que fomenta destruição e morte. Como consequência, apresenta-se a categoria ecodanças como um conjunto de práticas artísticas pretas e indígenas que produzem políticas de vida e compartilha-se o sentido atribuído à ideia de aquilombúnquers. Espera-se colaborar com os debates estruturados no campo da prática como pesquisa.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127621677","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Amélia Vitória Souza Conrado, Laudemir Pereira dos Santos, Maria de Lurdes Barros da Paixão
O modelo acadêmico de ensino, pesquisa e aprendizagem em artes, especificamente, na área de dança, precisa ser repensado dentro de uma perspectiva anticolonial e afro-brasileira. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a partir dele instaurar caminhos, epistemologias e estéticas entrecruzadas emergentes e em pleno processo de produção/legitimação de conhecimentos. O artigo proposto aborda experiências de ensino e pesquisa junto ao componente curricular Dança e africanidades: perspectivas educacionais, poéticas e políticas do Programa de Pós-graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia, a partir de questões suleadoras, visando "descolonizar" escritas e práticas acadêmicas em pesquisas no campo da dança, assim como reconfigurar pesquisas em ações contra a colonialidade, o racismo, a homofobia, transfobia e o machismo acadêmico.
{"title":"Danças e africanidades: desafios anticoloniais na pós-graduação em dança, caminhos desobedientes para epistemologias e estéticas insurgentes","authors":"Amélia Vitória Souza Conrado, Laudemir Pereira dos Santos, Maria de Lurdes Barros da Paixão","doi":"10.36025/arj.v9i2.28911","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.28911","url":null,"abstract":"O modelo acadêmico de ensino, pesquisa e aprendizagem em artes, especificamente, na área de dança, precisa ser repensado dentro de uma perspectiva anticolonial e afro-brasileira. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a partir dele instaurar caminhos, epistemologias e estéticas entrecruzadas emergentes e em pleno processo de produção/legitimação de conhecimentos. O artigo proposto aborda experiências de ensino e pesquisa junto ao componente curricular Dança e africanidades: perspectivas educacionais, poéticas e políticas do Programa de Pós-graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia, a partir de questões suleadoras, visando \"descolonizar\" escritas e práticas acadêmicas em pesquisas no campo da dança, assim como reconfigurar pesquisas em ações contra a colonialidade, o racismo, a homofobia, transfobia e o machismo acadêmico.\u0000 ","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128672623","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pesquisa construída a partir das temáticas sexualidade, espiritualidade e do processo de envelhecimento, conectados com a prática pedagógica de um artista-docente. Seus desdobramentos revelam a construção do processo criativo e poético em Dança. Das marcações identitárias do artista-pesquisador, investigamos o tema do trabalho a partir de experimentações reunindo improvisações com roteiro e reflexões, registradas em um diário de campo. A metodologia se deu a partir da A/r/tografia e do diálogo entre uma escrita poética e a práxis artística. A obra Flecha articulou saberes acadêmicos e experienciais a partir da perspectiva do Artivismo e de uma visão crítica do contexto contemporâneo. Concluímos da necessidade de uma Pedagogia que dê voz à diversidade dos corpos na Dança, sobretudo a partir dos marcadores sociais da (homo)sexualidade e do envelhecimento, atrelados a toda a contribuição do povo negro e da ancestralidade africana. O corpo é político e pode ser colorido, negro e envelhecer dançando.
{"title":"O artivismo de “Flecha”: criação e composição em dança","authors":"Gustavo de Oliveira Duarte, Sergio Pinheiro Cezar","doi":"10.36025/arj.v9i2.29020","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.29020","url":null,"abstract":"Pesquisa construída a partir das temáticas sexualidade, espiritualidade e do processo de envelhecimento, conectados com a prática pedagógica de um artista-docente. Seus desdobramentos revelam a construção do processo criativo e poético em Dança. Das marcações identitárias do artista-pesquisador, investigamos o tema do trabalho a partir de experimentações reunindo improvisações com roteiro e reflexões, registradas em um diário de campo. A metodologia se deu a partir da A/r/tografia e do diálogo entre uma escrita poética e a práxis artística. A obra Flecha articulou saberes acadêmicos e experienciais a partir da perspectiva do Artivismo e de uma visão crítica do contexto contemporâneo. Concluímos da necessidade de uma Pedagogia que dê voz à diversidade dos corpos na Dança, sobretudo a partir dos marcadores sociais da (homo)sexualidade e do envelhecimento, atrelados a toda a contribuição do povo negro e da ancestralidade africana. O corpo é político e pode ser colorido, negro e envelhecer dançando.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121527106","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A proposta deste texto é verificar as relações que deram início e teceram a pesquisa artística composta com uma experimentação em dança e vídeo denominada Dança Salobra. Evidencia-se como a investigação de movimentos com não/humanos teve possibilidade de nascer e se desdobrar dessas/com essas relações, criando corpos e(m) danças com a experiencia da própria pesquisadora. Por meio do método da cartografia, processos atencionais foram acompanhados, configurando-se como importantes mediadores dessa composição em arte e vida.
{"title":"Quando a dança se torna nossa: corpos, movimentos, modos de atenção e(m) pesquisa","authors":"Emyle Daltro","doi":"10.36025/arj.v9i2.25851","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.25851","url":null,"abstract":"A proposta deste texto é verificar as relações que deram início e teceram a pesquisa artística composta com uma experimentação em dança e vídeo denominada Dança Salobra. Evidencia-se como a investigação de movimentos com não/humanos teve possibilidade de nascer e se desdobrar dessas/com essas relações, criando corpos e(m) danças com a experiencia da própria pesquisadora. Por meio do método da cartografia, processos atencionais foram acompanhados, configurando-se como importantes mediadores dessa composição em arte e vida. \u0000 ","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115389680","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A partir de interpretações propostas por Carlo Ginzburg e Georges Didi-Huberman, esse breve ensaio recorre a instrumentos de análise legados por Aby Warburg para a abordagem crítica de obras de arte. Emprega-se a noção de Pathosformeln em um estudo de caso específico, em que se aproximam vídeos e fotografias de uma jovem artista contemporânea, a brasileira Marina Camargo (Maceió, 1980), e uma aquarela de 1822, de autoria do viajante britânico Augustus Earle (1793-1838). No cerne, discute-se como artistas de épocas distintas e geografias remotas encontraram meio semelhantes de representação de paisagens que lhes eram estranhas e impactantes: incluíram a si mesmos na imagem, de frente para o cenário e de costas para o observador, valendo-se de algum humor, ou pelo menos de certa ironia.
{"title":"Inscrições do “eu” na paisagem: sobrevivências do autorretrato de costas","authors":"Eduardo Ferreira Veras","doi":"10.36025/arj.v9i1.29692","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i1.29692","url":null,"abstract":"A partir de interpretações propostas por Carlo Ginzburg e Georges Didi-Huberman, esse breve ensaio recorre a instrumentos de análise legados por Aby Warburg para a abordagem crítica de obras de arte. Emprega-se a noção de Pathosformeln em um estudo de caso específico, em que se aproximam vídeos e fotografias de uma jovem artista contemporânea, a brasileira Marina Camargo (Maceió, 1980), e uma aquarela de 1822, de autoria do viajante britânico Augustus Earle (1793-1838). No cerne, discute-se como artistas de épocas distintas e geografias remotas encontraram meio semelhantes de representação de paisagens que lhes eram estranhas e impactantes: incluíram a si mesmos na imagem, de frente para o cenário e de costas para o observador, valendo-se de algum humor, ou pelo menos de certa ironia.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116841016","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gustavo De Castro da Silva, Leandro De Bessa Oliveira
A xilogravura do artista plástico brasileiro Arlindo Daibert (1952-1993), Diadorim II, é o meio pelo qual se investiga a noção de engrama e Pathosformel segundo Aby Warburg (1866-1929). Imagem motivada pelo romance de João Guimarães Rosa (1908-1969), Grande sertão: veredas (1956), em que se debatem forças dinâmicas contrastantes – lógica e magia, razão e desrazão, aparição e ocultamento –, semelhante ao fluxo narrativo rosiano. Deste modo, com os procedimentos metodológicos de Warburg (aproximativo, analógico, pelas reminiscências e filológico), explorou-se o caráter de transmissão presentes na imagem e na dimensão do páthos na personagem Diadorim, o que permitiu encontrar a sua dimensão cosmológica.
{"title":"Engramas: polaridades dinâmicas na imagem \"Diadorim II\" de Arlindo Daibert","authors":"Gustavo De Castro da Silva, Leandro De Bessa Oliveira","doi":"10.36025/arj.v9i1.29704","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i1.29704","url":null,"abstract":"A xilogravura do artista plástico brasileiro Arlindo Daibert (1952-1993), Diadorim II, é o meio pelo qual se investiga a noção de engrama e Pathosformel segundo Aby Warburg (1866-1929). Imagem motivada pelo romance de João Guimarães Rosa (1908-1969), Grande sertão: veredas (1956), em que se debatem forças dinâmicas contrastantes – lógica e magia, razão e desrazão, aparição e ocultamento –, semelhante ao fluxo narrativo rosiano. Deste modo, com os procedimentos metodológicos de Warburg (aproximativo, analógico, pelas reminiscências e filológico), explorou-se o caráter de transmissão presentes na imagem e na dimensão do páthos na personagem Diadorim, o que permitiu encontrar a sua dimensão cosmológica.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117249436","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A atividade que constitui um pensamento por imagens é um exercício metodológico que está além da aproximação de imagens por contiguidade de gestos, formas, temas e sentimentos. Esse exercício diz respeito também a aproximação de formas de produção de conhecimento. Este artigo apresenta uma tentativa de aproximação dessas formas a partir da premissa de que “a ciência sem nome”, de Warburg, opera em contiguidade com a cosmologia dos índios Pueblos, do Sudoeste dos Estados Unidos. Ambos os sistemas de pensamento possuem o mesmo mapa mental de construção do conhecimento que veio a constituir posteriormente o Pensamento Complexo e a Teoria dos Fractais.
{"title":"A ciência sem nome e sua ressonância no pensamento complexo e na teoria dos fractais","authors":"Eduardo Duarte Gomes da Silva","doi":"10.36025/arj.v9i1.29640","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i1.29640","url":null,"abstract":"A atividade que constitui um pensamento por imagens é um exercício metodológico que está além da aproximação de imagens por contiguidade de gestos, formas, temas e sentimentos. Esse exercício diz respeito também a aproximação de formas de produção de conhecimento. Este artigo apresenta uma tentativa de aproximação dessas formas a partir da premissa de que “a ciência sem nome”, de Warburg, opera em contiguidade com a cosmologia dos índios Pueblos, do Sudoeste dos Estados Unidos. Ambos os sistemas de pensamento possuem o mesmo mapa mental de construção do conhecimento que veio a constituir posteriormente o Pensamento Complexo e a Teoria dos Fractais. ","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128268036","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
El interés que Warburg demuestra por la transmisión y traducción de saberes realizados durante el reinado de Alfonso X el sabio (1221-1284), puestos en evidencia en los paneles 21 y 22 (entre otros) de su Atlas Mnemosyne, coloca a España en un lugar crucial en el “mapa de rutas” de intercambio cultural entre Este y Oeste. A partir del análisis de la Mezquita-Catedral de Córdoba, el presente trabajo intenta demostrar que estos procesos de transmisión de temas y contenidos (metodología warburguiana) también pueden ser aplicados a piezas arquitectónicas en las cuales es posible encontrar las huellas de la antigüedad siguiendo el movimiento patético de la concepción del espacio y su materia conformante. En esta Mezquita sobreviven, entre otros, la iconografía de la arquitectura griega, la condición de campo de la arquitectura islámica y el carácter de objeto de la arquitectura renacentista en un verdadero “amasijo de serpientes en movimiento” eurítmico.
{"title":"Aby Warburg y el viaje de las imágenes. “Práctica hispano-árabe” en la Mezquita-Catedral de Córdoba","authors":"Carlos Javier Díaz de la Sota","doi":"10.36025/arj.v9i1.29679","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v9i1.29679","url":null,"abstract":"El interés que Warburg demuestra por la transmisión y traducción de saberes realizados durante el reinado de Alfonso X el sabio (1221-1284), puestos en evidencia en los paneles 21 y 22 (entre otros) de su Atlas Mnemosyne, coloca a España en un lugar crucial en el “mapa de rutas” de intercambio cultural entre Este y Oeste. A partir del análisis de la Mezquita-Catedral de Córdoba, el presente trabajo intenta demostrar que estos procesos de transmisión de temas y contenidos (metodología warburguiana) también pueden ser aplicados a piezas arquitectónicas en las cuales es posible encontrar las huellas de la antigüedad siguiendo el movimiento patético de la concepción del espacio y su materia conformante. En esta Mezquita sobreviven, entre otros, la iconografía de la arquitectura griega, la condición de campo de la arquitectura islámica y el carácter de objeto de la arquitectura renacentista en un verdadero “amasijo de serpientes en movimiento” eurítmico.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130251497","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}