Pub Date : 2024-07-22DOI: 10.36025/arj.v11i1.32170
Regilene Aparecida Sarzi-Ribeiro
O artigo trata do vídeo como prática cultural e tecnológica e propõe um estudo da performatividade videográfica. Para tanto analisa a obra Janelas Afetivas, de 2020, do Coletivo artístico COM.6, composta por uma videochamada, exibida ao vivo pelo Youtube. O objetivo é descrever as estruturas relacionais e os aspectos estéticos do vídeo a partir de uma aproximação com os fundamentos teóricos de Andrew Feenberg e Don Ihde. A metodologia partiu de um mapeamento de vídeos produzidos no espaço em rede, on-line, durante os anos 2020 e 2021 e da escolha de obras para análise, dentre elas Janelas Afetivas. Os resultados apontam para uma ocupação do espaço on-line por distintas manifestações em vídeo ao vivo que exploram uma forma contaminada da linguagem audiovisual, que atua constantemente no campo social e cultural para se perpetuar como linguagem e comportamento tecnológico, e disso resulta a competência e a performatividade videográfica.
{"title":"O vídeo como prática cultural e a performatividade videográfica na obra \"Janelas Afetivas\" do Coletivo COM.6","authors":"Regilene Aparecida Sarzi-Ribeiro","doi":"10.36025/arj.v11i1.32170","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v11i1.32170","url":null,"abstract":"O artigo trata do vídeo como prática cultural e tecnológica e propõe um estudo da performatividade videográfica. Para tanto analisa a obra Janelas Afetivas, de 2020, do Coletivo artístico COM.6, composta por uma videochamada, exibida ao vivo pelo Youtube. O objetivo é descrever as estruturas relacionais e os aspectos estéticos do vídeo a partir de uma aproximação com os fundamentos teóricos de Andrew Feenberg e Don Ihde. A metodologia partiu de um mapeamento de vídeos produzidos no espaço em rede, on-line, durante os anos 2020 e 2021 e da escolha de obras para análise, dentre elas Janelas Afetivas. Os resultados apontam para uma ocupação do espaço on-line por distintas manifestações em vídeo ao vivo que exploram uma forma contaminada da linguagem audiovisual, que atua constantemente no campo social e cultural para se perpetuar como linguagem e comportamento tecnológico, e disso resulta a competência e a performatividade videográfica.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141814381","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-22DOI: 10.36025/arj.v11i1.33840
Felipe Vasconcelos, Igor Maia, Oiliam Lanna
Neste artigo, introduzimos o conceito de ações transcritivas como alicerce para uma análise sistemática de obras musicais ou trechos específicos que passaram por um processo de transcrição. Diante das diversas acepções que o termo transcrição permite, nos concentramos na noção de tomar uma obra preexistente para lhe dar um novo corpo, o que engloba ideias como arranjo, adaptação, releitura, reescrita, entre outras. Apresentamos as finalidades e possibilidades da transcrição musical que, dentre nossas propostas, emerge como uma ferramenta que explora diversas perspectivas e que, nesse sentido, pode desempenhar um papel na análise e no aprimoramento da compreensão das obras transcritas. Finalmente, definimos e categorizamos as ações transcritivas em três classes – a saber, adaptação, paralelismo e recomposição –, favorecendo conexões entre os domínios da composição, análise, orquestração, instrumentação e arranjo.
{"title":"Ações transcritivas: proposta de análise sistemática de transcrições musicais","authors":"Felipe Vasconcelos, Igor Maia, Oiliam Lanna","doi":"10.36025/arj.v11i1.33840","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v11i1.33840","url":null,"abstract":"Neste artigo, introduzimos o conceito de ações transcritivas como alicerce para uma análise sistemática de obras musicais ou trechos específicos que passaram por um processo de transcrição. Diante das diversas acepções que o termo transcrição permite, nos concentramos na noção de tomar uma obra preexistente para lhe dar um novo corpo, o que engloba ideias como arranjo, adaptação, releitura, reescrita, entre outras. Apresentamos as finalidades e possibilidades da transcrição musical que, dentre nossas propostas, emerge como uma ferramenta que explora diversas perspectivas e que, nesse sentido, pode desempenhar um papel na análise e no aprimoramento da compreensão das obras transcritas. Finalmente, definimos e categorizamos as ações transcritivas em três classes – a saber, adaptação, paralelismo e recomposição –, favorecendo conexões entre os domínios da composição, análise, orquestração, instrumentação e arranjo.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141815682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-23DOI: 10.36025/arj.v10i2.27524
F. Koga, R. A. Rangni
Os estudantes talentosos estão nas mais diversas áreas e são público da Educação Especial. O objetivo foi conhecer quais eram as produções sobre o talento musical. Uma revisão integrativa com meta-análise e discussão qualitativa foram delineadas. O recorte temporal foi de 2019 a 2021 em 14 bancos de dados com uso de nove descritores e oito palavras-chave. Os resultados evidenciaram que aptidão, talento e expertise são os termos mais empreendidos. Procedimentos padronizados ou qualitativos não diferiram (p<0,05) em preferência. Verificou-se, que as produções tiveram muitos participantes, e, não houve diferenças significantes na musicalidade ou treinamento entre eles. Dessa forma, 78 autores consideram positivo identificar e atuar no processo educativo de talentosos. Também, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking das produções, atrás dos Estados Unidos, sendo 2020 o ano mais profícuo. Conclui-se, que há benefícios educacionais na designação do talento musical, sobretudo, são necessárias redes colaborativas e mais pesquisas.
{"title":"Síntese sobre o talento musical: revisão integrativa com meta-análise e discussões complementares","authors":"F. Koga, R. A. Rangni","doi":"10.36025/arj.v10i2.27524","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.27524","url":null,"abstract":"Os estudantes talentosos estão nas mais diversas áreas e são público da Educação Especial. O objetivo foi conhecer quais eram as produções sobre o talento musical. Uma revisão integrativa com meta-análise e discussão qualitativa foram delineadas. O recorte temporal foi de 2019 a 2021 em 14 bancos de dados com uso de nove descritores e oito palavras-chave. Os resultados evidenciaram que aptidão, talento e expertise são os termos mais empreendidos. Procedimentos padronizados ou qualitativos não diferiram (p<0,05) em preferência. Verificou-se, que as produções tiveram muitos participantes, e, não houve diferenças significantes na musicalidade ou treinamento entre eles. Dessa forma, 78 autores consideram positivo identificar e atuar no processo educativo de talentosos. Também, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking das produções, atrás dos Estados Unidos, sendo 2020 o ano mais profícuo. Conclui-se, que há benefícios educacionais na designação do talento musical, sobretudo, são necessárias redes colaborativas e mais pesquisas.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139245151","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-22DOI: 10.36025/arj.v10i2.29739
Bibiana Bragagnolo
Este artigo tem como objetivo principal expor a cartografia enquanto potencial método para a Pesquisa Artística e em confluência com o conceito de desclassificação, a partir de uma reflexão sobre os métodos na área e suas implicações. Tendo como base as críticas empreendidas às metodologias mais frequentemente utilizadas, vê-se a necessidade de proposições metodológicas para a Pesquisa Artística que contemplem as características primordiais que justificam a sua existência. Assim, três questões se mostram como potencialmente relevantes ao propor a cartografia como possível método para a Pesquisa Artística: 1) A sua característica processual e não representacional; 2) A dissolução entre as linhas duras que separam sujeito e objeto, objetividade e subjetividade e teoria e prática; e 3) O entendimento de pesquisa enquanto intervenção na realidade. A partir desses três pontos fulcrais, o método da cartografia é apresentado como possibilidade de caminho para a Pesquisa Artística.
{"title":"A cartografia como método para a Pesquisa Artística: uma proposição teórico-conceitual","authors":"Bibiana Bragagnolo","doi":"10.36025/arj.v10i2.29739","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.29739","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo principal expor a cartografia enquanto potencial método para a Pesquisa Artística e em confluência com o conceito de desclassificação, a partir de uma reflexão sobre os métodos na área e suas implicações. Tendo como base as críticas empreendidas às metodologias mais frequentemente utilizadas, vê-se a necessidade de proposições metodológicas para a Pesquisa Artística que contemplem as características primordiais que justificam a sua existência. Assim, três questões se mostram como potencialmente relevantes ao propor a cartografia como possível método para a Pesquisa Artística: 1) A sua característica processual e não representacional; 2) A dissolução entre as linhas duras que separam sujeito e objeto, objetividade e subjetividade e teoria e prática; e 3) O entendimento de pesquisa enquanto intervenção na realidade. A partir desses três pontos fulcrais, o método da cartografia é apresentado como possibilidade de caminho para a Pesquisa Artística.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139248558","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-22DOI: 10.36025/arj.v10i2.28382
Ivan Postiga, Domingos Loureiro
O presente artigo ensaia a noção de “jogo” nos territórios do pensamento e das práticas artísticas contemporâneas, como um “dispositivo” ou “contra-dispositivo” representacional. Para tal, analisa o modo como a sua aparente paradoxalidade – dada pela sua indefinibilidade – lhe permitem não só operar como condição aporética de toda a obra de arte e da sua irredutibilidade no plano da interpretação, mas, simultaneamente, assumir-se como “literalidade” ao nível das suas táticas, atitudes, estratégias e processos criativos, onde a noção – “jogo” – se transforma não só em termos estéticos e poéticos no mote para uma “apropriação” e transfiguração de práticas, contextos, objetos e comportamentos, como os seus resultados ampliam e “re-significam” o seu próprio conceito e definição.
{"title":"What we talk about when we talk about play in artistic research","authors":"Ivan Postiga, Domingos Loureiro","doi":"10.36025/arj.v10i2.28382","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.28382","url":null,"abstract":"O presente artigo ensaia a noção de “jogo” nos territórios do pensamento e das práticas artísticas contemporâneas, como um “dispositivo” ou “contra-dispositivo” representacional. Para tal, analisa o modo como a sua aparente paradoxalidade – dada pela sua indefinibilidade – lhe permitem não só operar como condição aporética de toda a obra de arte e da sua irredutibilidade no plano da interpretação, mas, simultaneamente, assumir-se como “literalidade” ao nível das suas táticas, atitudes, estratégias e processos criativos, onde a noção – “jogo” – se transforma não só em termos estéticos e poéticos no mote para uma “apropriação” e transfiguração de práticas, contextos, objetos e comportamentos, como os seus resultados ampliam e “re-significam” o seu próprio conceito e definição.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139249146","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-22DOI: 10.36025/arj.v10i2.28417
Maria Regina Ramos, Teresa Almeida, Domingos Loureiro
O presente artigo tem como objetivo analisar, a partir dos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, as conceções de natureza e artifício na sua possível relação com os domínios do pensamento e das práticas artísticas atuais. Em diálogo com estas, procurar-se-á entender o modo como as esferas de produção e artealização da arte existem mergulhadas num continuum de fluxos, permutas, contaminações e interferências entre ambos os territórios – o natural e o artificial –, tornando-se, simbólica e conceptualmente, numa alternativa(s) a essa histórica polarização entre os termos ou, como diria o filósofo francês Clément Rosset, – uma forma de naturalização do homem através da desnaturalização da ideia de natureza.
{"title":"\"Territórios impossíveis\": experimentos em torno das noções de “natureza” e “artifício” nas práticas artísticas contemporâneas","authors":"Maria Regina Ramos, Teresa Almeida, Domingos Loureiro","doi":"10.36025/arj.v10i2.28417","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.28417","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo analisar, a partir dos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, as conceções de natureza e artifício na sua possível relação com os domínios do pensamento e das práticas artísticas atuais. Em diálogo com estas, procurar-se-á entender o modo como as esferas de produção e artealização da arte existem mergulhadas num continuum de fluxos, permutas, contaminações e interferências entre ambos os territórios – o natural e o artificial –, tornando-se, simbólica e conceptualmente, numa alternativa(s) a essa histórica polarização entre os termos ou, como diria o filósofo francês Clément Rosset, – uma forma de naturalização do homem através da desnaturalização da ideia de natureza.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139246794","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-22DOI: 10.36025/arj.v10i2.31318
Paulo Tiné, Mateus Porto Moraes
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o processo criativo da canção Gaucho de Juliano Guerra e Mateus Porto. Acreditando nas potencialidades e possibilidades de se fazer pesquisa do ponto de vista da criação artística adotou-se uma metodologia afim com a pesquisa artística. Discutiram-se questões que surgem a partir dos movimentos que deram origem à canção citada, assim como pontos disparadores dessa criação. Assim, foi possível pensar sobre uma filiação entre o objeto de pesquisa e as músicas dos países vizinhos Argentina e Uruguai, ou seja, a presença de elementos de uma sonoridade platina. Em um segundo momento, explorou-se o diálogo da canção com o poema Martin Fierro de José Hernández, pensando, a partir disso, nas relações da canção popular brasileira com a literatura. Ao final apresentaram-se resultados condizentes com a metodologia adotada, relacionando a canção com elementos violonísticos e a presença de uma literatura platina na composição discutida.
{"title":"Platinidades, literatura e diálogos no processo criativo da canção \"Gaucho\" de Mateus Porto e Juliano Guerra","authors":"Paulo Tiné, Mateus Porto Moraes","doi":"10.36025/arj.v10i2.31318","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.31318","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o processo criativo da canção Gaucho de Juliano Guerra e Mateus Porto. Acreditando nas potencialidades e possibilidades de se fazer pesquisa do ponto de vista da criação artística adotou-se uma metodologia afim com a pesquisa artística. Discutiram-se questões que surgem a partir dos movimentos que deram origem à canção citada, assim como pontos disparadores dessa criação. Assim, foi possível pensar sobre uma filiação entre o objeto de pesquisa e as músicas dos países vizinhos Argentina e Uruguai, ou seja, a presença de elementos de uma sonoridade platina. Em um segundo momento, explorou-se o diálogo da canção com o poema Martin Fierro de José Hernández, pensando, a partir disso, nas relações da canção popular brasileira com a literatura. Ao final apresentaram-se resultados condizentes com a metodologia adotada, relacionando a canção com elementos violonísticos e a presença de uma literatura platina na composição discutida.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139249294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-25DOI: 10.36025/arj.v10i1.25383
Nathália Carvalho Ferreira, M. B. E. Silva
Essa pesquisa tem como objetivo discutir o Graffiti como movimento histórico-social e artístico através das pinturas de seis artistas grafiteiras afro-brasileiras, refletindo sobre as representações de imagens de mulheres negras, à luz de teóricas feministas negras. Entendemos que a experiência feminina e/ou negra na Arte brasileira foi historicamente omitida, com suas culturas e singularidades negadas e subjugadas, quase não sendo produzida por esses corpos. A pesquisa qualitativa envolve obras produzidas pelas seis grafiteiras, oriundas de cinco estados brasileiros, bem como a utilização de entrevistas e o registro fotográfico das imagens. Usando elementos da metodologia de história de vida, buscamos compreender seus processos de formação como artistas/mulheres/negras, principalmente, quando a cultura do Graffiti as atravessa, e como se dão seus discursos através de suas produções artísticas.
{"title":"Nossa voz ecoa: \"graffiti\" sob a ótica de mulheres negras brasileiras","authors":"Nathália Carvalho Ferreira, M. B. E. Silva","doi":"10.36025/arj.v10i1.25383","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i1.25383","url":null,"abstract":"Essa pesquisa tem como objetivo discutir o Graffiti como movimento histórico-social e artístico através das pinturas de seis artistas grafiteiras afro-brasileiras, refletindo sobre as representações de imagens de mulheres negras, à luz de teóricas feministas negras. Entendemos que a experiência feminina e/ou negra na Arte brasileira foi historicamente omitida, com suas culturas e singularidades negadas e subjugadas, quase não sendo produzida por esses corpos. A pesquisa qualitativa envolve obras produzidas pelas seis grafiteiras, oriundas de cinco estados brasileiros, bem como a utilização de entrevistas e o registro fotográfico das imagens. Usando elementos da metodologia de história de vida, buscamos compreender seus processos de formação como artistas/mulheres/negras, principalmente, quando a cultura do Graffiti as atravessa, e como se dão seus discursos através de suas produções artísticas.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131883254","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-17DOI: 10.36025/arj.v10i1.31803
Kristina Augustin
A viola da gamba foi um instrumento protagonista no cenário musical da Renascença e do Barroco europeu, adentrando no período Clássico com alguns gambistas de renome. Por décadas, músicos e musicólogos afirmaram que a viola e seu repertório morreram com o último gambista Carl Friederich Abel, quando faleceu em 1787. De uma perspectiva moderna é difícil compreender como um instrumento que teve tão grande aceitação nas cortes e longa atuação nos palcos e salões europeus possa ter sido totalmente esquecido e abandonado no século XIX. O artigo apresenta reflexões e traça um possível caminho histórico que a viola da gamba percorreu ao longo do século XIX na cena musical europeia.
viola da gamba是文艺复兴和欧洲巴洛克音乐舞台上的主要乐器,与一些著名的演奏者一起进入古典时期。几十年来,他一直是一名律师,并在20世纪80年代末和90年代初担任律师。从现代的角度来看,很难理解一种在法庭上被如此广泛接受、在欧洲舞台和沙龙中长期演出的乐器,怎么会在19世纪被完全遗忘和抛弃。这篇文章提出了反思,并追溯了viola da gamba在整个19世纪在欧洲音乐界所走过的可能的历史道路。
{"title":"Século XIX: o fim e recomeço para a viola da gamba","authors":"Kristina Augustin","doi":"10.36025/arj.v10i1.31803","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i1.31803","url":null,"abstract":"A viola da gamba foi um instrumento protagonista no cenário musical da Renascença e do Barroco europeu, adentrando no período Clássico com alguns gambistas de renome. Por décadas, músicos e musicólogos afirmaram que a viola e seu repertório morreram com o último gambista Carl Friederich Abel, quando faleceu em 1787. De uma perspectiva moderna é difícil compreender como um instrumento que teve tão grande aceitação nas cortes e longa atuação nos palcos e salões europeus possa ter sido totalmente esquecido e abandonado no século XIX. O artigo apresenta reflexões e traça um possível caminho histórico que a viola da gamba percorreu ao longo do século XIX na cena musical europeia.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128627698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-17DOI: 10.36025/arj.v10i1.31801
Daniel Issa Gonçalves
O movimento de música antiga se baseia mormente na análise de registros documentais do passado (partituras, tratados, relatos históricos, etc.) para suas reconstituições. Porém, restam as lacunas causadas pela falta de continuidade de uma tradição oral – afinal, nem todos os elementos da performance estão contidos nas partituras. Portanto, para preencher essas lacunas, o performador do presente precisa tomar certas decisões – e nem sempre o faz de acordo com os critérios mais objetivos. O artigo discute algumas das decisões dos músicos historicamente informados no que concerne à técnica vocal utilizada na interpretação moderna de polifonia sacra medieval, e propõe uma nova hipótese a esse respeito, com o auxílio da iconografia e do repertório popular de tradição oral.
{"title":"Canto e gesto: considerações sobre a estética vocal na performance de polifonia sacra medieval","authors":"Daniel Issa Gonçalves","doi":"10.36025/arj.v10i1.31801","DOIUrl":"https://doi.org/10.36025/arj.v10i1.31801","url":null,"abstract":"O movimento de música antiga se baseia mormente na análise de registros documentais do passado (partituras, tratados, relatos históricos, etc.) para suas reconstituições. Porém, restam as lacunas causadas pela falta de continuidade de uma tradição oral – afinal, nem todos os elementos da performance estão contidos nas partituras. Portanto, para preencher essas lacunas, o performador do presente precisa tomar certas decisões – e nem sempre o faz de acordo com os critérios mais objetivos. O artigo discute algumas das decisões dos músicos historicamente informados no que concerne à técnica vocal utilizada na interpretação moderna de polifonia sacra medieval, e propõe uma nova hipótese a esse respeito, com o auxílio da iconografia e do repertório popular de tradição oral.","PeriodicalId":149590,"journal":{"name":"ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132007337","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}