Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.1590/0103-6564e210004
Priscilla Silva, Rita de Cássia Maciazeki-Gomes, Maria Laura de Oliveira Couto, Alice Monte Negro de Paiva, C. S. Gramajo, Luciane Prado Kantorski
Resumo Ancorado numa perspectiva psicossocial, frente aos desafios da reinserção social e da composição de estratégias de cuidado em liberdade, este estudo tem por objetivo analisar as narrativas dos familiares de ouvidores de vozes sobre suas experiências como cuidadores. Foram realizadas entrevistas narrativas com familiares de participantes de um grupo de ouvidores de vozes em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Brasil. A partir da análise temática, produziram-se três eixos temáticos: (1) experiência de ouvir vozes e necessidade de cuidado; (1) família: práticas de cuidado; e (3) estratégias terapêuticas: tecendo redes de cuidado compartilhadas em saúde mental. As narrativas dos cuidadores reportam dificuldades na convivência com familiares que ouvem vozes, sobrecarga de trabalho relacionada ao cuidado e desafios enfrentados no cotidiano. Destaca-se a importância de espaços grupais de ajuda mútua que possam auxiliar os cuidadores.
{"title":"O cuidado em saúde mental: narrativas de familiares de ouvidores de vozes","authors":"Priscilla Silva, Rita de Cássia Maciazeki-Gomes, Maria Laura de Oliveira Couto, Alice Monte Negro de Paiva, C. S. Gramajo, Luciane Prado Kantorski","doi":"10.1590/0103-6564e210004","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e210004","url":null,"abstract":"Resumo Ancorado numa perspectiva psicossocial, frente aos desafios da reinserção social e da composição de estratégias de cuidado em liberdade, este estudo tem por objetivo analisar as narrativas dos familiares de ouvidores de vozes sobre suas experiências como cuidadores. Foram realizadas entrevistas narrativas com familiares de participantes de um grupo de ouvidores de vozes em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Brasil. A partir da análise temática, produziram-se três eixos temáticos: (1) experiência de ouvir vozes e necessidade de cuidado; (1) família: práticas de cuidado; e (3) estratégias terapêuticas: tecendo redes de cuidado compartilhadas em saúde mental. As narrativas dos cuidadores reportam dificuldades na convivência com familiares que ouvem vozes, sobrecarga de trabalho relacionada ao cuidado e desafios enfrentados no cotidiano. Destaca-se a importância de espaços grupais de ajuda mútua que possam auxiliar os cuidadores.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45014448","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.1590/0103-6564e190099
Pedro Augusto Papini, T. M. G. Fonseca
Resumo Neste artigo levantamos as problemáticas sobre uma função ética da criação e da imaginação diante dos restos do desastre. Objetivamos percorrer articulações teóricas que enredam as reflexões sobre os conceitos de testemunho e de lugar de fala, colocando-os em perspectiva no que concerne a remontar ou recontar o tempo sofrido. Para isso, localizamos vincos aporéticos nesses conceitos, os quais insistem na exploração do lugar da leitura e do leitor diante de um tempo paradoxal que se coloca também como produção e invenção do tempo presente. Exploramos o caminho das articulações entre tempo, imaginação, imagem, catástrofe e responsabilidade, tendo como resultado a ampliação de um ponto de vista ético pelo ato de criação, que coloca a leitura como produtora de memória.
{"title":"A vez dos leitores: o retornar do desastre","authors":"Pedro Augusto Papini, T. M. G. Fonseca","doi":"10.1590/0103-6564e190099","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e190099","url":null,"abstract":"Resumo Neste artigo levantamos as problemáticas sobre uma função ética da criação e da imaginação diante dos restos do desastre. Objetivamos percorrer articulações teóricas que enredam as reflexões sobre os conceitos de testemunho e de lugar de fala, colocando-os em perspectiva no que concerne a remontar ou recontar o tempo sofrido. Para isso, localizamos vincos aporéticos nesses conceitos, os quais insistem na exploração do lugar da leitura e do leitor diante de um tempo paradoxal que se coloca também como produção e invenção do tempo presente. Exploramos o caminho das articulações entre tempo, imaginação, imagem, catástrofe e responsabilidade, tendo como resultado a ampliação de um ponto de vista ético pelo ato de criação, que coloca a leitura como produtora de memória.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67595775","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.1590/0103-6564e170126
J. Brigagão, Roselane Gonçalves
Resumo Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo estudar a perspectiva dos homens/pais sobre o parto domiciliar e os modos como eles participaram do nascimento de seus/suas filhos/as. Realizamos entrevistas semiestruturadas com cinco homens que participaram dos partos domiciliares e do nascimento de seus filhos. A análise discursiva possibilitou identificar que os homens prepararam-se para o parto, vivenciaram muitas expectativas e aprendizagens nesse processo, enfrentaram diversos preconceitos contra o parto domiciliar e participaram ativamente do parto e do pós-parto. Concluímos que, na perspectiva dos homens/pais, o parto domiciliar é uma experiência enriquecedora que amplia as possibilidades de participação dos homens nesse evento e o exercício da paternidade durante o planejamento e o parto.
{"title":"A perspectiva dos homens sobre os partos domiciliares planejados","authors":"J. Brigagão, Roselane Gonçalves","doi":"10.1590/0103-6564e170126","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e170126","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo estudar a perspectiva dos homens/pais sobre o parto domiciliar e os modos como eles participaram do nascimento de seus/suas filhos/as. Realizamos entrevistas semiestruturadas com cinco homens que participaram dos partos domiciliares e do nascimento de seus filhos. A análise discursiva possibilitou identificar que os homens prepararam-se para o parto, vivenciaram muitas expectativas e aprendizagens nesse processo, enfrentaram diversos preconceitos contra o parto domiciliar e participaram ativamente do parto e do pós-parto. Concluímos que, na perspectiva dos homens/pais, o parto domiciliar é uma experiência enriquecedora que amplia as possibilidades de participação dos homens nesse evento e o exercício da paternidade durante o planejamento e o parto.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49105937","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fabiano Chagas Rabêlo, Reginaldo Rodrigues Dias, Karla Patrícia Holanda Martins, K. E. Schøllhammer
Resumo Mapeiam-se os processos históricos, estéticos e epistêmicos dos séculos XVIII e XIX que associam romantismo, literatura fantástica e psicanálise. Defende-se que o fantástico constitui um importante vetor por meio do qual elementos do romantismo foram incorporados ao modelo psicanalítico de aparelho psíquico. Parte-se da perspectiva de que a assimilação da influência romântica realizou-se de forma seletiva e criativa. Destacam-se alguns pontos de tensões e compromissos entre romantismo e o iluminismo, que foram retomados e transformados pelo fantástico e a psicanálise: as temáticas do amor, da loucura, da sexualidade, das superstições e dos mitos; o questionamento da relação entre o real e suas representações e entre pensamento e consciência; e a valorização do uso retórico da ironia. Aponta-se a abordagem psicanalítica do infamiliar (Unheimliche) como o momento mais sensível dessa interlocução.
{"title":"Ressonâncias do romantismo e da literatura fantástica na psicanálise","authors":"Fabiano Chagas Rabêlo, Reginaldo Rodrigues Dias, Karla Patrícia Holanda Martins, K. E. Schøllhammer","doi":"10.1590/0103-6564e20000","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e20000","url":null,"abstract":"Resumo Mapeiam-se os processos históricos, estéticos e epistêmicos dos séculos XVIII e XIX que associam romantismo, literatura fantástica e psicanálise. Defende-se que o fantástico constitui um importante vetor por meio do qual elementos do romantismo foram incorporados ao modelo psicanalítico de aparelho psíquico. Parte-se da perspectiva de que a assimilação da influência romântica realizou-se de forma seletiva e criativa. Destacam-se alguns pontos de tensões e compromissos entre romantismo e o iluminismo, que foram retomados e transformados pelo fantástico e a psicanálise: as temáticas do amor, da loucura, da sexualidade, das superstições e dos mitos; o questionamento da relação entre o real e suas representações e entre pensamento e consciência; e a valorização do uso retórico da ironia. Aponta-se a abordagem psicanalítica do infamiliar (Unheimliche) como o momento mais sensível dessa interlocução.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41546321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-17DOI: 10.1590/0103-6564e210062
T. Farias, H. R. Campos
Resumo Problematizamos a prática científica na psicologia e apresentamos elementos teóricos que possibilitam uma crítica ontológica a esse campo. Consideramos que falta à produção de conhecimento psicológico uma concepção ontológica sobre a sociedade, o agir humano e a produção do conhecimento, secundarizando a investigação e o debate a respeito do que é o próprio ser sobre o qual o conhecimento se debruça. Concluímos afirmando que tal postura resulta no aprofundamento das divergências entre as diferentes escolas da psicologia, notadamente de objeto e de método, e que é necessário aprofundar a análise no sentido de desvelar a concepção de ser humano que subjaz às diferentes escolas, criticando-a tendo em vista o sujeito concreto com o qual se lida nos diferentes contextos sociais.
{"title":"Psicologia e ontologia: fundamentos para uma reflexão crítica sobre a produção de conhecimento","authors":"T. Farias, H. R. Campos","doi":"10.1590/0103-6564e210062","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e210062","url":null,"abstract":"Resumo Problematizamos a prática científica na psicologia e apresentamos elementos teóricos que possibilitam uma crítica ontológica a esse campo. Consideramos que falta à produção de conhecimento psicológico uma concepção ontológica sobre a sociedade, o agir humano e a produção do conhecimento, secundarizando a investigação e o debate a respeito do que é o próprio ser sobre o qual o conhecimento se debruça. Concluímos afirmando que tal postura resulta no aprofundamento das divergências entre as diferentes escolas da psicologia, notadamente de objeto e de método, e que é necessário aprofundar a análise no sentido de desvelar a concepção de ser humano que subjaz às diferentes escolas, criticando-a tendo em vista o sujeito concreto com o qual se lida nos diferentes contextos sociais.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48077398","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-03DOI: 10.1590/0103-6564e200015
Thiago Pacheco de Almeida Sampaio, Francisco Lotufo Neto
Resumo O Ensaio Clínico Aleatorizado (ECA) é considerado o tipo de desenho metodológico com maior poder de verificação da eficácia das psicoterapias. Entretanto, especialmente a partir da segunda metade do século XX, muitas críticas direcionadas às concepções epistemológicas subjacentes às ditas “ciências duras” atingiram também, no âmbito das ciências da saúde, os estudos que adotavam esse desenho. Este artigo é uma reflexão crítica sobre algumas das objeções feitas aos ECAs, avaliando de que maneira e até que ponto estes poderiam se configurar como estratégia válida de investigação científica no contexto crítico apontado. Conclui-se que o ECA pode e deve ser utilizado - desde que em contexto crítico - por seu valor pragmático, enquanto produtor de predições e intervenções capazes de solucionar problemas clínicos, inevitavelmente definidos e estabelecidos a partir do ponto de vista particular de uma comunidade.
{"title":"O lugar dos ensaios clínicos aleatorizados na pesquisa em psicoterapia: uma crítica epistemológica","authors":"Thiago Pacheco de Almeida Sampaio, Francisco Lotufo Neto","doi":"10.1590/0103-6564e200015","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e200015","url":null,"abstract":"Resumo O Ensaio Clínico Aleatorizado (ECA) é considerado o tipo de desenho metodológico com maior poder de verificação da eficácia das psicoterapias. Entretanto, especialmente a partir da segunda metade do século XX, muitas críticas direcionadas às concepções epistemológicas subjacentes às ditas “ciências duras” atingiram também, no âmbito das ciências da saúde, os estudos que adotavam esse desenho. Este artigo é uma reflexão crítica sobre algumas das objeções feitas aos ECAs, avaliando de que maneira e até que ponto estes poderiam se configurar como estratégia válida de investigação científica no contexto crítico apontado. Conclui-se que o ECA pode e deve ser utilizado - desde que em contexto crítico - por seu valor pragmático, enquanto produtor de predições e intervenções capazes de solucionar problemas clínicos, inevitavelmente definidos e estabelecidos a partir do ponto de vista particular de uma comunidade.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44947822","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-23DOI: 10.1590/0103-6564e200046
Sheila Giardini Murta, Priscila de Oliveira Parada
Resumo Este artigo analisa avanços e limitações na produção científica acerca do processo de término de relações íntimas violentas. Realizou-se busca nas bases de dados Portal de Periódicos Capes e SciELO, com entradas em inglês, francês, espanhol e português. O critério de inclusão foi tratar do término de relações amorosas violentas ou de aspectos da decisão ficar versus sair. Encontraram-se catorze estudos publicados entre 1999 e 2015, dos quais metade tinha design quantitativo e a outra metade, qualitativo. Estas variáveis mostraram correlação com o avanço rumo ao término nos estudos quantitativos: nível de investimento, comprometimento, normas subjetivas, atribuir ao agressor a responsabilidade pela agressão, sentimento de raiva, barreiras e facilitadores estruturais. Para os sete estudos qualitativos, observaram-se: a proposta de novos modelos de compreensão, a maior variabilidade de recrutamento das amostras e a consideração do período pós-separação nas análises. Discutem-se recomendações para a prática profissional e a pesquisa.
本文分析了关于结束暴力亲密关系过程的科学生产的进展和局限性。我们搜索了数据库Portal de Periódicos Capes和SciELO,其中包含英文、法文、西班牙文和葡萄牙文的条目。纳入标准是解决暴力恋爱关系的终止或决定留下还是离开的各个方面。发现了1999年至2015年间发表的14项研究,其中一半进行了定量设计,另一半进行了定性设计。这些变量与定量研究的完成进度相关:投资水平、承诺、主观规范、将侵略责任归因于侵略者、愤怒感、障碍和结构性促进者。对于七项定性研究,观察到:提出了新的理解模型,样本招募的可变性更大,以及在分析中考虑了离职后时期。讨论了对专业实践和研究的建议。
{"title":"Término de relacionamentos íntimos violentos: uma revisão da literatura","authors":"Sheila Giardini Murta, Priscila de Oliveira Parada","doi":"10.1590/0103-6564e200046","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e200046","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo analisa avanços e limitações na produção científica acerca do processo de término de relações íntimas violentas. Realizou-se busca nas bases de dados Portal de Periódicos Capes e SciELO, com entradas em inglês, francês, espanhol e português. O critério de inclusão foi tratar do término de relações amorosas violentas ou de aspectos da decisão ficar versus sair. Encontraram-se catorze estudos publicados entre 1999 e 2015, dos quais metade tinha design quantitativo e a outra metade, qualitativo. Estas variáveis mostraram correlação com o avanço rumo ao término nos estudos quantitativos: nível de investimento, comprometimento, normas subjetivas, atribuir ao agressor a responsabilidade pela agressão, sentimento de raiva, barreiras e facilitadores estruturais. Para os sete estudos qualitativos, observaram-se: a proposta de novos modelos de compreensão, a maior variabilidade de recrutamento das amostras e a consideração do período pós-separação nas análises. Discutem-se recomendações para a prática profissional e a pesquisa.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44949468","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-23DOI: 10.1590/0103-6564e190014
Caroline Garpelli Barbosa, Érico Bruno Viana Campos, Carmen Maria Bueno Neme
Resumo Este ensaio objetiva problematizar o fenômeno do narcisismo na atualidade, partindo da hipótese de que as relações interpessoais se configuram pelo desamparo em sua dimensão traumática, e não como abertura à alteridade. Isso se daria assim porque, no atual cenário social, as relações humanas tendem a não oferecer apoio e suporte alteritário para a transformação e o desenvolvimento do sujeito, pois o coloca diante de três ameaças desagregadoras: o vazio solitário, a invasão do outro e a impotência. Na ausência de relações de amparo, o outro aparece como ameaça diante da qual o narcisismo advém como possibilidade de defesa e prevalece em sua forma de narcisismo regenerador.
{"title":"Narcisismo e desamparo: algumas considerações sobre as relações interpessoais na atualidade","authors":"Caroline Garpelli Barbosa, Érico Bruno Viana Campos, Carmen Maria Bueno Neme","doi":"10.1590/0103-6564e190014","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e190014","url":null,"abstract":"Resumo Este ensaio objetiva problematizar o fenômeno do narcisismo na atualidade, partindo da hipótese de que as relações interpessoais se configuram pelo desamparo em sua dimensão traumática, e não como abertura à alteridade. Isso se daria assim porque, no atual cenário social, as relações humanas tendem a não oferecer apoio e suporte alteritário para a transformação e o desenvolvimento do sujeito, pois o coloca diante de três ameaças desagregadoras: o vazio solitário, a invasão do outro e a impotência. Na ausência de relações de amparo, o outro aparece como ameaça diante da qual o narcisismo advém como possibilidade de defesa e prevalece em sua forma de narcisismo regenerador.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49437792","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-30DOI: 10.1590/0103-6564e200173
Jéssica Andrade de Albuquerque, Fabíola de Sousa Braz Aquino
Resumo Este artigo aborda as concepções de educadoras infantis sobre suas atuações com bebês em creches e sobre o desenvolvimento dos bebês nesses contextos. Parte-se da compreensão de que as concepções orientam as práticas profissionais, sendo fundamental compreendê-las para formular estratégias interventivas que potencializem as ações profissionais em creches. Participaram do estudo cinco professoras de educação infantil de creches públicas, as quais responderam a uma entrevista cujo áudio foi gravado e posteriormente transcrito. As respostas das entrevistas foram avaliadas por meio da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelaram uma dissonância entre as verbalizações das educadoras e o que postulam teóricos do desenvolvimento e os documentos oficiais que norteiam a Educação Infantil brasileira. Diante do exposto, afirmamos a relevância das formações continuadas e sugerimos que elas englobem o desenvolvimento infantil e as interações educador-criança-ambiente, na direção de potencializar esses aspectos e favorecer os processos interativos.
{"title":"Interações educadora-bebê em creches: um estudo sobre concepções de educadoras infantis","authors":"Jéssica Andrade de Albuquerque, Fabíola de Sousa Braz Aquino","doi":"10.1590/0103-6564e200173","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e200173","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo aborda as concepções de educadoras infantis sobre suas atuações com bebês em creches e sobre o desenvolvimento dos bebês nesses contextos. Parte-se da compreensão de que as concepções orientam as práticas profissionais, sendo fundamental compreendê-las para formular estratégias interventivas que potencializem as ações profissionais em creches. Participaram do estudo cinco professoras de educação infantil de creches públicas, as quais responderam a uma entrevista cujo áudio foi gravado e posteriormente transcrito. As respostas das entrevistas foram avaliadas por meio da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelaram uma dissonância entre as verbalizações das educadoras e o que postulam teóricos do desenvolvimento e os documentos oficiais que norteiam a Educação Infantil brasileira. Diante do exposto, afirmamos a relevância das formações continuadas e sugerimos que elas englobem o desenvolvimento infantil e as interações educador-criança-ambiente, na direção de potencializar esses aspectos e favorecer os processos interativos.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47551284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.1590/0103-6564e200067
Márcia Kelma de Alencar Abreu, Verônica Morais Ximenes
Resumo Este artigo busca compreender as implicações psicossociais da pobreza para a permanência de universitários a partir das políticas de assistência estudantil. Com abordagem de natureza qualitativa, investigou oito estudantes pobres de diversos cursos em duas universidades públicas brasileiras. Para a dimensão material, destacam-se: falta de recursos para a subsistência, moradia distante ou deslocamento do local de origem, necessidade de trabalhar, falta de acesso a livros e equipamentos. Nesses aspectos, há imprescindibilidade da assistência, embora insuficiência para os que demandam. Na dimensão subjetiva, emerge a integração social no meio acadêmico, com destaque para o fator socioeconômica como marcador de fronteiras entre grupos. Os aspectos pedagógicos perpassam a defasagem na educação básica e domínio da língua estrangeira, falta de tempo e ambiente para estudo. Conclui-se que a complexidade das questões apresentadas requer uma reestruturação intersetorial das universidades.
{"title":"Pobreza, permanência de universitários e assistência estudantil: uma análise psicossocial","authors":"Márcia Kelma de Alencar Abreu, Verônica Morais Ximenes","doi":"10.1590/0103-6564e200067","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0103-6564e200067","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo busca compreender as implicações psicossociais da pobreza para a permanência de universitários a partir das políticas de assistência estudantil. Com abordagem de natureza qualitativa, investigou oito estudantes pobres de diversos cursos em duas universidades públicas brasileiras. Para a dimensão material, destacam-se: falta de recursos para a subsistência, moradia distante ou deslocamento do local de origem, necessidade de trabalhar, falta de acesso a livros e equipamentos. Nesses aspectos, há imprescindibilidade da assistência, embora insuficiência para os que demandam. Na dimensão subjetiva, emerge a integração social no meio acadêmico, com destaque para o fator socioeconômica como marcador de fronteiras entre grupos. Os aspectos pedagógicos perpassam a defasagem na educação básica e domínio da língua estrangeira, falta de tempo e ambiente para estudo. Conclui-se que a complexidade das questões apresentadas requer uma reestruturação intersetorial das universidades.","PeriodicalId":20714,"journal":{"name":"Psicologia Usp","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45874512","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}