Pub Date : 2024-02-16DOI: 10.9771/cmbio.v22i4.53076
Miguel Rebouças de Sousa, Edilson Santos Silva Filho, Marcos Manoel Honorato, Renata Maria Carvalho Cremaschi, Fernando Morgadinho Santos Coelho
Objetivos: estabelecer e caracterizar a prevalência de enxaqueca e sua relação com o consumo de cafeína entre acadêmicos e professores de uma universidade pública do oeste do Pará. Metodologia: estudo transversal, de caráter exploratório-descritivo, quantitativo, com dados obtidos através de formulários do Google Forms®, em amostra de 214 acadêmicos e professores dos cursos da área de saúde da Universidade do Estado do Pará, em Santarém. A associação entre as variáveis categóricas (gênero, ocupação, curso, características da cefaleia e consumo de café) foi calculada pelo teste exato de Fisher. Resultados: a prevalência de cefaleia foi de 74%, dos quais 75% apresentavam características clinicas de enxaqueca. Entre os alunos, 75% apresentavam queixa de cefaleia, dos quais 87,8% referiam frequência de 1-15 episódios por mês. Entre os docentes, a prevalência de cefaleia foi de 65%. A maioria era do sexo feminino (62%) e do curso de medicina (51%). Quanto ao consumo diário de café, 95% dos participantes ingerem de 1-5 xícaras de café, com 28% referindo piora da cefaleia e 39% melhora com o consumo de café. Não houve associação significativa entre a quantidade diária de café ingerida e a frequência de cefaleia (p=0,315). Conclusão: a ocorrência de enxaqueca é elevadano meio universitário, assim como o consumo de café, mas não é possível estabelecer uma relação direta. Ambos podem interferir na qualidade de vida de alunos e professores, sendo necessários mais estudos e medidas de prevenção e controle adequados, minimizando os prejuízos individuais e coletivos.
{"title":"Prevalência de enxaqueca e a relação com o consumo de café entre acadêmicos e professores de uma universidade","authors":"Miguel Rebouças de Sousa, Edilson Santos Silva Filho, Marcos Manoel Honorato, Renata Maria Carvalho Cremaschi, Fernando Morgadinho Santos Coelho","doi":"10.9771/cmbio.v22i4.53076","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i4.53076","url":null,"abstract":"Objetivos: estabelecer e caracterizar a prevalência de enxaqueca e sua relação com o consumo de cafeína entre acadêmicos e professores de uma universidade pública do oeste do Pará. Metodologia: estudo transversal, de caráter exploratório-descritivo, quantitativo, com dados obtidos através de formulários do Google Forms®, em amostra de 214 acadêmicos e professores dos cursos da área de saúde da Universidade do Estado do Pará, em Santarém. A associação entre as variáveis categóricas (gênero, ocupação, curso, características da cefaleia e consumo de café) foi calculada pelo teste exato de Fisher. Resultados: a prevalência de cefaleia foi de 74%, dos quais 75% apresentavam características clinicas de enxaqueca. Entre os alunos, 75% apresentavam queixa de cefaleia, dos quais 87,8% referiam frequência de 1-15 episódios por mês. Entre os docentes, a prevalência de cefaleia foi de 65%. A maioria era do sexo feminino (62%) e do curso de medicina (51%). Quanto ao consumo diário de café, 95% dos participantes ingerem de 1-5 xícaras de café, com 28% referindo piora da cefaleia e 39% melhora com o consumo de café. Não houve associação significativa entre a quantidade diária de café ingerida e a frequência de cefaleia (p=0,315). Conclusão: a ocorrência de enxaqueca é elevadano meio universitário, assim como o consumo de café, mas não é possível estabelecer uma relação direta. Ambos podem interferir na qualidade de vida de alunos e professores, sendo necessários mais estudos e medidas de prevenção e controle adequados, minimizando os prejuízos individuais e coletivos.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"83 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140454812","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Objetivo: determinar a tendência da incidência e descrever características epidemiológicas dos casos de leishmaniose visceral em Imperatriz – MA no período de 2011 a 2020. Metodologia: estudo observacional descritivo transversal, realizado a partir das notificações compulsórias de casos novos da doença disponíveis via DATASUS. Foram calculados os coeficientes de incidência a cada ano e a análise de tendência foi processada por meio de regressões de Prais-Winsten. As variáveis epidemiológicas foram tratadas por meio da estatistica descritiva. Resultados: Observou-se tendencia estável da incidência, com predomínio dos casos em indivíduos do sexo masculino, faixa etária de 1 a 4 anos, pardos, em idade não escolar, residentes na zona urbana, diagnosticados laboratorialmente, não coinfectados LV/HIV e que evoluíram para a cura. Conclusão: tais achados denotam a importância de programas de vigilância e prevenção direcionadas às populações vulneráveis e capacitação dos profissionais de saúde quanto à notificação, diagnóstico etratamento da doença.
{"title":"Tendência da incidência e características epidemiológicas da leishmaniose visceral em cidade do nordeste do Brasil","authors":"Ezequiel Almeida Barros, Floriacy Stabnow Santos, Lívia Maia Pascal, Lívia Fernanda Siqueira Santos, Leonardo Hunaldo Dos Santos, Marcelino Santos Neto","doi":"10.9771/cmbio.v22i4.53517","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i4.53517","url":null,"abstract":"Objetivo: determinar a tendência da incidência e descrever características epidemiológicas dos casos de leishmaniose visceral em Imperatriz – MA no período de 2011 a 2020. Metodologia: estudo observacional descritivo transversal, realizado a partir das notificações compulsórias de casos novos da doença disponíveis via DATASUS. Foram calculados os coeficientes de incidência a cada ano e a análise de tendência foi processada por meio de regressões de Prais-Winsten. As variáveis epidemiológicas foram tratadas por meio da estatistica descritiva. Resultados: Observou-se tendencia estável da incidência, com predomínio dos casos em indivíduos do sexo masculino, faixa etária de 1 a 4 anos, pardos, em idade não escolar, residentes na zona urbana, diagnosticados laboratorialmente, não coinfectados LV/HIV e que evoluíram para a cura. Conclusão: tais achados denotam a importância de programas de vigilância e prevenção direcionadas às populações vulneráveis e capacitação dos profissionais de saúde quanto à notificação, diagnóstico etratamento da doença.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"64 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140455333","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57635
Neuza Maria Gusmão Souza Ramos, Â. M. Rocha, Alan Nascimento Lopes, Tatiane de Oliveira Teixeira Muniz Carletto
Introdução: a neurite óptica (NO) é uma doença inflamatória do nervo óptico, com incidência anual de um a cinco casos a cada 100 mil pessoas, acometendo, principalmente, indivíduos do sexo feminino. Pode ocasionar perda parcial ou total da visão, diminuição da acuidade visual, deficiência na percepção das cores, dentre outros sintomas. Define-se como típica ou atípica, a depender de como se manifesta, ou se sua ocorrência está associada a outra doença, como a esclerose múltipla ou o distúrbio do espectro da neuromielite óptica, por exemplo. O diagnóstico e o tratamento variam de acordo com sua etiologia, e a NO pode ser identificada a partir de avaliação clínica e exames de imagem, como a ressonância magnética. A utilização de corticosteroides tem sido a abordagem de tratamento tradicional, acelerando a recuperação. No Brasil e demais países latino-americanos, são poucos os estudos epidemiológicos a respeito da temática e, portanto, o presente estudo pretendeu analisar o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar por NO e sua tendência temporal no Brasil entre 2012 e 2022. Metodologia: trata-se de um estudo de série temporal, com dados secundários sobre tendência das taxas de internação por NO a partir dos registros do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foi utilizado o modelo de Prais-Winsten para análise da série temporal, adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: foram registradas, no período, 6.375 internações por NO, sendo que 66% se referiam a residentes da região Sudeste. Do total, 65% eram do sexo feminino, 50% de cor branca e 56% se situavam na faixa etária de 20 a 49 anos. Os resultados obtidos, no que concerne às variáveis analisadas, apresentam números distintos, a depender da região de residência, o que aponta uma diversificação dos dados. Conclusão: apesar das limitações enfrentadas, acredita-se que o presente estudo e seus resultados podem contribuir para novas investigações a respeito do perfil epidemiológico da doença no Brasil.
{"title":"Perfil epidemiológico e tendência temporal da morbidade hospitalar por neurite óptica no Brasil, 2012-2022","authors":"Neuza Maria Gusmão Souza Ramos, Â. M. Rocha, Alan Nascimento Lopes, Tatiane de Oliveira Teixeira Muniz Carletto","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57635","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57635","url":null,"abstract":"Introdução: a neurite óptica (NO) é uma doença inflamatória do nervo óptico, com incidência anual de um a cinco casos a cada 100 mil pessoas, acometendo, principalmente, indivíduos do sexo feminino. Pode ocasionar perda parcial ou total da visão, diminuição da acuidade visual, deficiência na percepção das cores, dentre outros sintomas. Define-se como típica ou atípica, a depender de como se manifesta, ou se sua ocorrência está associada a outra doença, como a esclerose múltipla ou o distúrbio do espectro da neuromielite óptica, por exemplo. O diagnóstico e o tratamento variam de acordo com sua etiologia, e a NO pode ser identificada a partir de avaliação clínica e exames de imagem, como a ressonância magnética. A utilização de corticosteroides tem sido a abordagem de tratamento tradicional, acelerando a recuperação. No Brasil e demais países latino-americanos, são poucos os estudos epidemiológicos a respeito da temática e, portanto, o presente estudo pretendeu analisar o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar por NO e sua tendência temporal no Brasil entre 2012 e 2022. Metodologia: trata-se de um estudo de série temporal, com dados secundários sobre tendência das taxas de internação por NO a partir dos registros do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foi utilizado o modelo de Prais-Winsten para análise da série temporal, adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: foram registradas, no período, 6.375 internações por NO, sendo que 66% se referiam a residentes da região Sudeste. Do total, 65% eram do sexo feminino, 50% de cor branca e 56% se situavam na faixa etária de 20 a 49 anos. Os resultados obtidos, no que concerne às variáveis analisadas, apresentam números distintos, a depender da região de residência, o que aponta uma diversificação dos dados. Conclusão: apesar das limitações enfrentadas, acredita-se que o presente estudo e seus resultados podem contribuir para novas investigações a respeito do perfil epidemiológico da doença no Brasil.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"8 22","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138603434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57605
Carla Barreto Silva de Cerqueira, Sarah Souza Lima, Laila Vitoria Borges dos Santos, Alena Peixoto Medrado
Introdução: os eventos biológicos que se desenvolvem durante o reparo tecidual são orquestrados por diferentes populações celulares, entre as quais se destaca o mastócito. Nesse contexto, diversas terapias biomoduladoras têm sido propostas para otimizar o reparo, e o jato de plasma tem despertado o interesse da comunidade científica devido a sua capacidade de estimular a proliferação celular, a síntese de colágeno e melhorar a oxigenação dos tecidos, bem como o aporte de nutrientes através da vasodilatação e neoangiogênese. Objetivo: avaliar o impacto da terapia com jato de plasma sobre a população de mastócitos em duas fases do reparo cutâneo de ratos, através de uma análise histomorfométrica. Metodologia: foram utilizados 20 ratos Wistar, alocados randomicamente em grupo controle (GC) e grupo jato de plasma (GJP). Foi realizada uma ferida cirúrgica cutânea, no dorso dos animais. Apenas o GJP foi submetido à terapia com jato de plasma, imediatamente após a cirurgia, e nos dois dias seguintes. Metade dos animais de cada grupo foi sacrificada no 5° dia, após o procedimento cirúrgico, e os demais no 10° dia. Foi removida uma amostra do tecido cutâneo para processamento histológico e análise histomorfométrica. Resultados: constatou-se que o número total de mastócitos foi significativamente maior no grupo tratado com jato de plasma em relação ao grupo de controle (p=0,04). Observou-se que houve maior desgranulação de mastócitos no grupo tratado com jato de plasma, quando comparado ao grupo de controle, tanto no período de cinco dias, quanto no de dez dias (p=0,002 e p=0,02, respectivamente). Conclusão: o estudo sugere que o jato de plasma pode ser uma ferramenta adjuvante promissora para ser utilizada com vistas à biomodulação de diferentes populações celulares no reparo tecidual, entre as quais se destaca o mastócito.
{"title":"Análise histomorfométrica dos mastócitos em feridas cutâneas tratadas com jato de plasma","authors":"Carla Barreto Silva de Cerqueira, Sarah Souza Lima, Laila Vitoria Borges dos Santos, Alena Peixoto Medrado","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57605","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57605","url":null,"abstract":"Introdução: os eventos biológicos que se desenvolvem durante o reparo tecidual são orquestrados por diferentes populações celulares, entre as quais se destaca o mastócito. Nesse contexto, diversas terapias biomoduladoras têm sido propostas para otimizar o reparo, e o jato de plasma tem despertado o interesse da comunidade científica devido a sua capacidade de estimular a proliferação celular, a síntese de colágeno e melhorar a oxigenação dos tecidos, bem como o aporte de nutrientes através da vasodilatação e neoangiogênese. Objetivo: avaliar o impacto da terapia com jato de plasma sobre a população de mastócitos em duas fases do reparo cutâneo de ratos, através de uma análise histomorfométrica. Metodologia: foram utilizados 20 ratos Wistar, alocados randomicamente em grupo controle (GC) e grupo jato de plasma (GJP). Foi realizada uma ferida cirúrgica cutânea, no dorso dos animais. Apenas o GJP foi submetido à terapia com jato de plasma, imediatamente após a cirurgia, e nos dois dias seguintes. Metade dos animais de cada grupo foi sacrificada no 5° dia, após o procedimento cirúrgico, e os demais no 10° dia. Foi removida uma amostra do tecido cutâneo para processamento histológico e análise histomorfométrica. Resultados: constatou-se que o número total de mastócitos foi significativamente maior no grupo tratado com jato de plasma em relação ao grupo de controle (p=0,04). Observou-se que houve maior desgranulação de mastócitos no grupo tratado com jato de plasma, quando comparado ao grupo de controle, tanto no período de cinco dias, quanto no de dez dias (p=0,002 e p=0,02, respectivamente). Conclusão: o estudo sugere que o jato de plasma pode ser uma ferramenta adjuvante promissora para ser utilizada com vistas à biomodulação de diferentes populações celulares no reparo tecidual, entre as quais se destaca o mastócito. \u0000 ","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"22 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138603919","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57638
Thâmara Cláudia de Melo Ferreira, M. B. Toralles
Introdução: o câncer de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo, com altas taxas de mortalidade. Aproximadamente 10% dos novos casos de câncer de mama são hereditários. A principal síndrome de predisposição hereditária ao câncer de mama é provocada por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, (HBOC, para hereditary breast and ovary cancer). Entretanto, apenas 10% dos pacientes confirmam a presença de mutações germinativas em BRCA1 ou BRCA2. Variantes patogênicas em outros genes, conhecidos como de moderada penetrância, como PALB2, CHEK2 e ATM, também contribuem para aumento do risco de ocorrência do câncer de mama. Cerca de 3 a 5% das mulheres que se apresentam para avaliação de risco hereditário de câncer de mama ou ovário têm variantes patogênicas em um gene de moderada penetrância. Objetivo: descrever os aspectos clínicos e moleculares de pacientes que apresentaram mutações no gene ATM e foram submetidos a aconselhamento genético e teste genético com painel multigenes para genes de alto e moderado risco para câncer. avaliados no período de 2007 a 2023. Metodologia: estudo estatístico descritivo, com análise quantitativa em amostra retrospectiva e prospectiva de pacientes submetidas a sequenciamento por Sanger, admitidas no serviço de oncogenética da UFBA, no ICS da UFBA, bem como de pacientes submetidas a sequenciamento de nova geração, que preencheram critérios clínicos para síndrome de susceptibilidade ao câncer hereditário, com base em critérios dos guidelines do NCCN e conforme diretrizes da Agência Nacional de Saúde, constantes no rol de procedimentos em saúde, admitidas para aconselhamento genético no período de 07/2007 a 05/2023. Resultados: os achados podem elucidar diferenças entre pacientes caucasianos e pacientes miscigenados, esses últimos pouco estudados até o presente momento, mas que podem representam a população brasileira em sua maioria. Conclusão: os resultados encontrados possibilitam o delineamento do perfil dos pacientes com mutação em ATM: epidemiológico, de variabilidade genética ou alélica, perfil clínico, tumoral e de apresentação de tumores na história familiar.
{"title":"Variantes no gene ATM (ataxia-telangiectasia, mutado) em Pacientes portadoras de câncer de mama no estado da Bahia","authors":"Thâmara Cláudia de Melo Ferreira, M. B. Toralles","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57638","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57638","url":null,"abstract":"Introdução: o câncer de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo, com altas taxas de mortalidade. Aproximadamente 10% dos novos casos de câncer de mama são hereditários. A principal síndrome de predisposição hereditária ao câncer de mama é provocada por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, (HBOC, para hereditary breast and ovary cancer). Entretanto, apenas 10% dos pacientes confirmam a presença de mutações germinativas em BRCA1 ou BRCA2. Variantes patogênicas em outros genes, conhecidos como de moderada penetrância, como PALB2, CHEK2 e ATM, também contribuem para aumento do risco de ocorrência do câncer de mama. Cerca de 3 a 5% das mulheres que se apresentam para avaliação de risco hereditário de câncer de mama ou ovário têm variantes patogênicas em um gene de moderada penetrância. Objetivo: descrever os aspectos clínicos e moleculares de pacientes que apresentaram mutações no gene ATM e foram submetidos a aconselhamento genético e teste genético com painel multigenes para genes de alto e moderado risco para câncer. avaliados no período de 2007 a 2023. Metodologia: estudo estatístico descritivo, com análise quantitativa em amostra retrospectiva e prospectiva de pacientes submetidas a sequenciamento por Sanger, admitidas no serviço de oncogenética da UFBA, no ICS da UFBA, bem como de pacientes submetidas a sequenciamento de nova geração, que preencheram critérios clínicos para síndrome de susceptibilidade ao câncer hereditário, com base em critérios dos guidelines do NCCN e conforme diretrizes da Agência Nacional de Saúde, constantes no rol de procedimentos em saúde, admitidas para aconselhamento genético no período de 07/2007 a 05/2023. Resultados: os achados podem elucidar diferenças entre pacientes caucasianos e pacientes miscigenados, esses últimos pouco estudados até o presente momento, mas que podem representam a população brasileira em sua maioria. Conclusão: os resultados encontrados possibilitam o delineamento do perfil dos pacientes com mutação em ATM: epidemiológico, de variabilidade genética ou alélica, perfil clínico, tumoral e de apresentação de tumores na história familiar.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"12 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138602898","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57630
Isabelle de Oliveira Costa, Selma Alves Valente do Amaral Lopes, Laisa Liane Paineiras Domingos
Introdução: o presente trabalho relata resultados preliminares de investigação sobre as condições de saúde de mulheres negras baianas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e que foram infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia de covid-19. Objetivo: realizar um mapeamento e investigar a funcionalidade de mulheres negras com DCNTs e a condição pós-covid-19, residentes no estado da Bahia. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de um inquérito divulgado e respondido através das redes sociais mais comuns. Foi proposto identificar os sintomas relacionados à dispneia, o grau de independência funcional e o estado funcional pós-covid-19, por meio de instrumentos específicos. Resultados: preliminarmente, 18 respostas foram analisadas. A maioria das mulheres negras que compuseram a amostra são cisgênero, têm o ensino médio completo e residem na cidade de Salvador, Bahia. As DCNTs mais prevalentes na amostra foram a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. Dentre as 18 mulheres negras entrevistadas, quatro não apresentaram sintomas de dispneia, enquanto nove apresentaram sintomas correspondentes ao grau I, mencionando falta de ar aos esforços extremos, como correr e subir escadas íngremes e cinco com sintomas correspondentes ao grau II, referindo falta de ar ao andar depressa ou em subidas leves. 16 mulheres negras foram classificadas pelo Índice de Barthel como independentes, enquanto duas foram classificadas com uma dependência leve, considerando as categorias relacionadas ao controle esfincteriano (da bexiga), à mobilidade em superfície plana e ao acesso à escada. Conclusão: apesar das evidências afirmarem que a incapacidade física e a redução da função pulmonar são comuns entre os sobreviventes da covid-19, nota-se a ausência de estudos voltados especificamente para a condição pós-covid-19 em mulheres negras, tanto nas limitações leves quanto nas mais severas, atrelada à presença ou à falta de comorbidades.
{"title":"Perfil funcional de mulheres negras baianas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) após a pandemia da covid-19","authors":"Isabelle de Oliveira Costa, Selma Alves Valente do Amaral Lopes, Laisa Liane Paineiras Domingos","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57630","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57630","url":null,"abstract":"Introdução: o presente trabalho relata resultados preliminares de investigação sobre as condições de saúde de mulheres negras baianas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e que foram infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia de covid-19. Objetivo: realizar um mapeamento e investigar a funcionalidade de mulheres negras com DCNTs e a condição pós-covid-19, residentes no estado da Bahia. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de um inquérito divulgado e respondido através das redes sociais mais comuns. Foi proposto identificar os sintomas relacionados à dispneia, o grau de independência funcional e o estado funcional pós-covid-19, por meio de instrumentos específicos. Resultados: preliminarmente, 18 respostas foram analisadas. A maioria das mulheres negras que compuseram a amostra são cisgênero, têm o ensino médio completo e residem na cidade de Salvador, Bahia. As DCNTs mais prevalentes na amostra foram a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. Dentre as 18 mulheres negras entrevistadas, quatro não apresentaram sintomas de dispneia, enquanto nove apresentaram sintomas correspondentes ao grau I, mencionando falta de ar aos esforços extremos, como correr e subir escadas íngremes e cinco com sintomas correspondentes ao grau II, referindo falta de ar ao andar depressa ou em subidas leves. 16 mulheres negras foram classificadas pelo Índice de Barthel como independentes, enquanto duas foram classificadas com uma dependência leve, considerando as categorias relacionadas ao controle esfincteriano (da bexiga), à mobilidade em superfície plana e ao acesso à escada. Conclusão: apesar das evidências afirmarem que a incapacidade física e a redução da função pulmonar são comuns entre os sobreviventes da covid-19, nota-se a ausência de estudos voltados especificamente para a condição pós-covid-19 em mulheres negras, tanto nas limitações leves quanto nas mais severas, atrelada à presença ou à falta de comorbidades. ","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"13 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138603476","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57629
Hortência Resende dos Santos Della Cella, Maria Antonia Figueiredo, Gabriela Botelho Martins
Introdução: o colágeno é uma proteína fibrosa que participa de diversos processos fisiológicos e patológicos. Dada sua importância, a avaliação desse componente tem sido de grande relevância em variadas pesquisas biológicas. Objetivo: verificar a concordância entre métodos quantitativos na análise do colágeno em secções teciduais histológicas. Metodologia: trata-se de estudo experimental, que utilizou secções teciduais coradas em Sirius Vermelho de 28 ratos Wistar, pertencentes a dois grupos experimentais, com animais submetidos à radioterapia, sem G1 ou com G2, e com úlcera produzida em dorso lingual para avaliação do reparo tecidual. Foram estabelecidos dois métodos para comparação das técnicas de avaliação do colágeno: morfometria por contagem manual de pontos com duas grades (320 e 588 pontos), e morfometria por segmentação de cor. Foram utilizados testes não paramétricos Mann Whitney, para as comparações entre os grupos, e Friedman e Nemenyi, para as comparações entre as técnicas. O teste de correlação de Pearson foi usado para avaliar a quantidade de colágeno entre os métodos. O nível de significância foi de 5%. Resultados: em ambos os grupos experimentais houve correlação significativa entre a quantidade de colágeno avaliada pela técnica de 320 e 588 pontos. Nos dois grupos, a porcentagem de colágeno foi significativamente maior quando avaliada pela técnica de 588 pontos do que pela técnica por segmentação por cor (p<0,05). No grupo G2, houve correlação significativa entre a quantidade de colágeno avaliada pela técnica de 588 pontos e por segmentação por cor (p<0,05). Pelas técnicas de 588 pontos e segmentação por cor, a quantidade de colágeno foi significativamente maior no grupo com lesão (p<0,05). Conclusão: ainda que alguns resultados tenham se mostrado semelhantes entre as técnicas de contagem de pontos com grade de 588 pontos e segmentação por cor, os dados sugerem que a técnica de 588 pontos é mais eficaz na quantificação do colágeno.
{"title":"Comparação de técnicas de avaliação do colágeno em secções histológicas de ratos submetidos a radioterapia","authors":"Hortência Resende dos Santos Della Cella, Maria Antonia Figueiredo, Gabriela Botelho Martins","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57629","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57629","url":null,"abstract":"Introdução: o colágeno é uma proteína fibrosa que participa de diversos processos fisiológicos e patológicos. Dada sua importância, a avaliação desse componente tem sido de grande relevância em variadas pesquisas biológicas. Objetivo: verificar a concordância entre métodos quantitativos na análise do colágeno em secções teciduais histológicas. Metodologia: trata-se de estudo experimental, que utilizou secções teciduais coradas em Sirius Vermelho de 28 ratos Wistar, pertencentes a dois grupos experimentais, com animais submetidos à radioterapia, sem G1 ou com G2, e com úlcera produzida em dorso lingual para avaliação do reparo tecidual. Foram estabelecidos dois métodos para comparação das técnicas de avaliação do colágeno: morfometria por contagem manual de pontos com duas grades (320 e 588 pontos), e morfometria por segmentação de cor. Foram utilizados testes não paramétricos Mann Whitney, para as comparações entre os grupos, e Friedman e Nemenyi, para as comparações entre as técnicas. O teste de correlação de Pearson foi usado para avaliar a quantidade de colágeno entre os métodos. O nível de significância foi de 5%. Resultados: em ambos os grupos experimentais houve correlação significativa entre a quantidade de colágeno avaliada pela técnica de 320 e 588 pontos. Nos dois grupos, a porcentagem de colágeno foi significativamente maior quando avaliada pela técnica de 588 pontos do que pela técnica por segmentação por cor (p<0,05). No grupo G2, houve correlação significativa entre a quantidade de colágeno avaliada pela técnica de 588 pontos e por segmentação por cor (p<0,05). Pelas técnicas de 588 pontos e segmentação por cor, a quantidade de colágeno foi significativamente maior no grupo com lesão (p<0,05). Conclusão: ainda que alguns resultados tenham se mostrado semelhantes entre as técnicas de contagem de pontos com grade de 588 pontos e segmentação por cor, os dados sugerem que a técnica de 588 pontos é mais eficaz na quantificação do colágeno.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"16 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604374","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57633
Luís Artur Santiago dos Santos, Mirna Marques da Fonsêca, Helena França Correia
Introdução: Trauma é um dano causado por exposição, de maneira exacerbada, a concentrações energéticas que ultrapassam a linha de tolerância, ou a fatores que afetem a energia do indivíduo. Apesar de os traumas infantis acontecerem de forma casual, há, no mundo, um importante crescimento da morbimortalidade envolvendo crianças. A hospitalização de crianças, como resultante de trauma e, principalmente, a gravidade do quadro que levou à necessidade de admissão em terapia intensiva podem gerar uma série de impactos para a manutenção e o desenvolvimento neuropsicomotor desses indivíduos. Objetivo: analisar o perfil clínico-funcional da admissão de pacientes pediátricos vítimas de trauma em unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: trata-se de um estudo transversal com crianças e adolescentes vítimas de trauma, de ambos os sexos, com idade entre 29 dias e 18 anos incompletos. A investigação das alterações funcionais foi realizada quando da admissão na UTI por meio dos escores da Functional Status Scale (FSS), que é composta por seis domínios: estado mental, sensório, comunicação, função motora, alimentação e respiração. Resultados: um total de 90 crianças e adolescentes internados na UTI, que permaneceram por, no mínimo, 24 horas, foram selecionados. Desses, três pacientes não atenderam aos critérios de inclusão e dois apresentavam distúrbio neuromotor prévio e não foram incluídos, permanecendo 85 pacientes na amostra. O perfil clínico da amostra foi: maioria do sexo masculino, com mediana de idade 7,0 (7,0-11,5) anos, internados predominantemente por politraumatismo contuso com limitação funcional muito grave (40%). Conclusão: a maioria das crianças e adolescentes internados na UTI devido a trauma são do sexo masculino, com idade pré-escolar e com histórico de independência funcional prévia, porém apresentando importantes limitações funcionais na admissão.
{"title":"Perfil clínico-funcional de pacientes pediátricos vítimas de trauma e admitidos na Unidade de Terapia Intensiva","authors":"Luís Artur Santiago dos Santos, Mirna Marques da Fonsêca, Helena França Correia","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57633","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57633","url":null,"abstract":"Introdução: Trauma é um dano causado por exposição, de maneira exacerbada, a concentrações energéticas que ultrapassam a linha de tolerância, ou a fatores que afetem a energia do indivíduo. Apesar de os traumas infantis acontecerem de forma casual, há, no mundo, um importante crescimento da morbimortalidade envolvendo crianças. A hospitalização de crianças, como resultante de trauma e, principalmente, a gravidade do quadro que levou à necessidade de admissão em terapia intensiva podem gerar uma série de impactos para a manutenção e o desenvolvimento neuropsicomotor desses indivíduos. Objetivo: analisar o perfil clínico-funcional da admissão de pacientes pediátricos vítimas de trauma em unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: trata-se de um estudo transversal com crianças e adolescentes vítimas de trauma, de ambos os sexos, com idade entre 29 dias e 18 anos incompletos. A investigação das alterações funcionais foi realizada quando da admissão na UTI por meio dos escores da Functional Status Scale (FSS), que é composta por seis domínios: estado mental, sensório, comunicação, função motora, alimentação e respiração. Resultados: um total de 90 crianças e adolescentes internados na UTI, que permaneceram por, no mínimo, 24 horas, foram selecionados. Desses, três pacientes não atenderam aos critérios de inclusão e dois apresentavam distúrbio neuromotor prévio e não foram incluídos, permanecendo 85 pacientes na amostra. O perfil clínico da amostra foi: maioria do sexo masculino, com mediana de idade 7,0 (7,0-11,5) anos, internados predominantemente por politraumatismo contuso com limitação funcional muito grave (40%). Conclusão: a maioria das crianças e adolescentes internados na UTI devido a trauma são do sexo masculino, com idade pré-escolar e com histórico de independência funcional prévia, porém apresentando importantes limitações funcionais na admissão.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"4 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604593","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57625
Carmelita de Freitas Santos, Felipe Chaimsohn Gonçalves da Silva, Iorrana Índira dos Anjos Ribeiro, Ana Maria Guerreiro Braga da Silva, R. Carrodeguas, F. Miguel, I. C. Barreto
Introdução: a bioengenharia tecidual é uma área multidisciplinar que busca desenvolver novas técnicas e biomateriais que substituam o tecido ósseo lesionado ou estimulem a regeneração óssea. Os biomateriais cerâmicos constituem uma alternativa promissora devido à biocompatibilidade, osteocondutividade, bioatividade e biorreabsorção. Nesse contexto, a associação das cerâmicas wollastonita e fosfato tricálcico resulta em um biomaterial compósito com propriedades osteogênicas superiores em relação a seus constituintes, quando utilizados de forma isolada. O objetivo deste estudo foi avaliar histomorfologicamente a fase inicial do reparo de defeito ósseo não crítico após a implantação de grânulos de wollastonita (W) e β-fosfato tricálcico (β-TCP), em diferentes proporções. Metodologia: dezoito animais foram aleatoriamente distribuídos em três grupos experimentais, compostos por seis animais em cada: i) W60 – grupo com grânulos de 60 % de W e 40% de β-TCP, em defeito ósseo não crítico; ii) T20 – grupo com grânulos de 80% de W e 20% de β-TCP, em defeito ósseo não crítico; III) GC – grupo de controle, sem implantação de biomateriais no defeito ósseo não crítico. E foram avaliados após 15 dias de pós-operatório. Resultados: a análise histológica evidenciou, aos 15 dias, discreta neoformação óssea reparativa, restrita às bordas, inflamação crônica granulomatosa moderada, com escassas células gigantes multinucleadas, preenchimento do defeito com grânulos por toda a extensão e formação de tecido conjuntivo frouxo de permeio aos biomateriais. Conclusão: os compósitos de W/β-TCP avaliados neste estudo, no ponto biológico de 15 dias, foram biocompatíveis, osteocondutores e bioativos, o que indica elevado potencial para uso como substitutos ósseos.
{"title":"Preliminary study of bone repair in a non-critical defect after the implantation of wollastonite and tricalcium phosphate granules","authors":"Carmelita de Freitas Santos, Felipe Chaimsohn Gonçalves da Silva, Iorrana Índira dos Anjos Ribeiro, Ana Maria Guerreiro Braga da Silva, R. Carrodeguas, F. Miguel, I. C. Barreto","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57625","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57625","url":null,"abstract":"Introdução: a bioengenharia tecidual é uma área multidisciplinar que busca desenvolver novas técnicas e biomateriais que substituam o tecido ósseo lesionado ou estimulem a regeneração óssea. Os biomateriais cerâmicos constituem uma alternativa promissora devido à biocompatibilidade, osteocondutividade, bioatividade e biorreabsorção. Nesse contexto, a associação das cerâmicas wollastonita e fosfato tricálcico resulta em um biomaterial compósito com propriedades osteogênicas superiores em relação a seus constituintes, quando utilizados de forma isolada. O objetivo deste estudo foi avaliar histomorfologicamente a fase inicial do reparo de defeito ósseo não crítico após a implantação de grânulos de wollastonita (W) e β-fosfato tricálcico (β-TCP), em diferentes proporções. Metodologia: dezoito animais foram aleatoriamente distribuídos em três grupos experimentais, compostos por seis animais em cada: i) W60 – grupo com grânulos de 60 % de W e 40% de β-TCP, em defeito ósseo não crítico; ii) T20 – grupo com grânulos de 80% de W e 20% de β-TCP, em defeito ósseo não crítico; III) GC – grupo de controle, sem implantação de biomateriais no defeito ósseo não crítico. E foram avaliados após 15 dias de pós-operatório. Resultados: a análise histológica evidenciou, aos 15 dias, discreta neoformação óssea reparativa, restrita às bordas, inflamação crônica granulomatosa moderada, com escassas células gigantes multinucleadas, preenchimento do defeito com grânulos por toda a extensão e formação de tecido conjuntivo frouxo de permeio aos biomateriais. Conclusão: os compósitos de W/β-TCP avaliados neste estudo, no ponto biológico de 15 dias, foram biocompatíveis, osteocondutores e bioativos, o que indica elevado potencial para uso como substitutos ósseos.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"30 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138602735","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-04DOI: 10.9771/cmbio.v22i3.57636
Pablo Calmon Alves Silva, Laís Fernanda Duarte Sampaio, Helena França Correia
Introdução: o escore de risco ajustado para cirurgia cardíaca congênita (RACHS-1) estratifica o risco de mortalidade associado a esse procedimento operatório. Apesar da importância do RACHS, há uma escassez de dados sobre a associação desse escore com outras variáveis relacionadas ao procedimento. O conhecimento da capacidade preditiva do escore de risco cirúrgico pode auxiliar no norteamento de condutas e no prognóstico de crianças no pós- operatório (PO) de cirurgia cardíaca (CC). Objetivo: verificar a associação entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas no PO de cirurgia cardíaca pediátrica. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, com crianças no PO de CC, de ambos os sexos, de 0 a 18 anos incompletos. Foi utilizado o escore RACHS-1 para classificar o risco cirúrgico de 1 a 6, em que, quanto maior a categoria, maior risco de óbito. As variáveis coletadas foram: tempo de circulação extracorpórea (CEC) e anóxia, quantidade e presença de complicações clínicas no PO, complicações pulmonares, tempo de ventilação mecânica (VM), desmame difícil, falha de extubação, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI), tempo de internação hospitalar e óbito. Resultados: a amostra foi composta de 65 crianças, com mediana de idade de 12 (6-72) meses, sendo 58,5% do sexo masculino. Ao avaliar o risco cirúrgico no PO de CC foi observada uma correlação positiva moderada quanto ao tempo de CEC e anóxia e uma correlação positiva fraca com o tempo de VM, tempo de UTI, tempo de internamento hospitalar e quantidade de complicações clínicas. As crianças com complicações clínicas, tempo de VM acima de 24h e desmame difícil apresentaram maior r risco cirúrgico. Conclusão: houve correlação positiva entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas, demonstrando algum poder preditivo do RACHS-1 para variáveis que podem impactar no prognóstico de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a cirurgia cardíaca.
{"title":"Associação entre risco cirúrgico e variáveis clínicas nopós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica","authors":"Pablo Calmon Alves Silva, Laís Fernanda Duarte Sampaio, Helena França Correia","doi":"10.9771/cmbio.v22i3.57636","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57636","url":null,"abstract":"Introdução: o escore de risco ajustado para cirurgia cardíaca congênita (RACHS-1) estratifica o risco de mortalidade associado a esse procedimento operatório. Apesar da importância do RACHS, há uma escassez de dados sobre a associação desse escore com outras variáveis relacionadas ao procedimento. O conhecimento da capacidade preditiva do escore de risco cirúrgico pode auxiliar no norteamento de condutas e no prognóstico de crianças no pós- operatório (PO) de cirurgia cardíaca (CC). Objetivo: verificar a associação entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas no PO de cirurgia cardíaca pediátrica. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, com crianças no PO de CC, de ambos os sexos, de 0 a 18 anos incompletos. Foi utilizado o escore RACHS-1 para classificar o risco cirúrgico de 1 a 6, em que, quanto maior a categoria, maior risco de óbito. As variáveis coletadas foram: tempo de circulação extracorpórea (CEC) e anóxia, quantidade e presença de complicações clínicas no PO, complicações pulmonares, tempo de ventilação mecânica (VM), desmame difícil, falha de extubação, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI), tempo de internação hospitalar e óbito. Resultados: a amostra foi composta de 65 crianças, com mediana de idade de 12 (6-72) meses, sendo 58,5% do sexo masculino. Ao avaliar o risco cirúrgico no PO de CC foi observada uma correlação positiva moderada quanto ao tempo de CEC e anóxia e uma correlação positiva fraca com o tempo de VM, tempo de UTI, tempo de internamento hospitalar e quantidade de complicações clínicas. As crianças com complicações clínicas, tempo de VM acima de 24h e desmame difícil apresentaram maior r risco cirúrgico. Conclusão: houve correlação positiva entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas, demonstrando algum poder preditivo do RACHS-1 para variáveis que podem impactar no prognóstico de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a cirurgia cardíaca.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"28 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604248","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}