Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.117
Cláudia Varandas, Ana Presa, Rúben Ferreira, Sara Silva, Susana Silva
Fundamentos: A patogénese da infeção por SARS-CoV-2 tem sido extensamente investigada, constituindo um desafio à escala global. É sabido que a eficiência da resposta da imunidade inata e adquirida à infeção por SARS-CoV-2 condiciona a gravidade da apresentação clínica. É ainda escassa a literatura sobre a evolução da infeção por SARS- -CoV-2 nos doentes com agamaglobulinemia ligada ao X. Objetivo: Reportar o espetro de manifestações clínicas associadas à infeção por SARS-CoV-2 em doentes com agamaglobulinemia ligada ao X e sua gravidade. Métodos: Estudo observacional retrospetivo dos doentes com agamaglobulinemia ligada ao X em seguimento num Hospital terciário e com infeção por SARS-CoV-2, diagnosticada entre março de 2020 e julho de 2022. Resultados: No total de 13 doentes em seguimento com agamaglobulinemia ligada ao X, foram incluídos 9, com média de idades de 32±6,1 anos, entre os quais se identificaram 2 doentes com uma segunda infeção por SARS-CoV-2 durante o período em estudo. Todos os doentes estavam sob terapêutica de substituição com imunoglobulina polivalente G. Sete doentes apresentavam fatores de risco para doença COVID-19 grave: bronquiectasias (n=5), diabetes insulinodependente (n=1), tabagismo ativo (n=1), obesidade (n=1), doença cerebrovascular (n=1) e terapêutica imunossupressora (n=1). A infeção associou-se a manifestações clínicas de baixa gravidade na maioria dos doentes (infeção assintomática n=1, ligeira n=9, moderada n=1). Os sistemas mais afetados foram as vias áreas superiores (n=6) e inferiores (n=5), sendo a febre (n=7) e a obstrução nasal (n=6) as manifestações mais frequentes. Registou-se sobreinfeção bacteriana em 4 doentes. Um doente apresentou COVID-19 de gravidade moderada e duração prolongada, possivelmente em relação com comorbilidades médicas, tendo apresentado um curso clínico favorável com a administração de plasma de convalescentes. Conclusão: Reporta-se nesta série de doentes com agamaglobulinemia ligada ao X elevada prevalência de infeção por SARS-CoV-2, destacando-se a evolução de gravidade ligeira na quase totalidade dos doentes.
{"title":"Infeção por SARS-CoV-2 nos doentes com agamaglobulinemia ligada ao X","authors":"Cláudia Varandas, Ana Presa, Rúben Ferreira, Sara Silva, Susana Silva","doi":"10.32932/rpia.2023.08.117","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.117","url":null,"abstract":"Fundamentos: A patogénese da infeção por SARS-CoV-2 tem sido extensamente investigada, constituindo um desafio à escala global. É sabido que a eficiência da resposta da imunidade inata e adquirida à infeção por SARS-CoV-2 condiciona a gravidade da apresentação clínica. É ainda escassa a literatura sobre a evolução da infeção por SARS- -CoV-2 nos doentes com agamaglobulinemia ligada ao X. Objetivo: Reportar o espetro de manifestações clínicas associadas à infeção por SARS-CoV-2 em doentes com agamaglobulinemia ligada ao X e sua gravidade. Métodos: Estudo observacional retrospetivo dos doentes com agamaglobulinemia ligada ao X em seguimento num Hospital terciário e com infeção por SARS-CoV-2, diagnosticada entre março de 2020 e julho de 2022. Resultados: No total de 13 doentes em seguimento com agamaglobulinemia ligada ao X, foram incluídos 9, com média de idades de 32±6,1 anos, entre os quais se identificaram 2 doentes com uma segunda infeção por SARS-CoV-2 durante o período em estudo. Todos os doentes estavam sob terapêutica de substituição com imunoglobulina polivalente G. Sete doentes apresentavam fatores de risco para doença COVID-19 grave: bronquiectasias (n=5), diabetes insulinodependente (n=1), tabagismo ativo (n=1), obesidade (n=1), doença cerebrovascular (n=1) e terapêutica imunossupressora (n=1). A infeção associou-se a manifestações clínicas de baixa gravidade na maioria dos doentes (infeção assintomática n=1, ligeira n=9, moderada n=1). Os sistemas mais afetados foram as vias áreas superiores (n=6) e inferiores (n=5), sendo a febre (n=7) e a obstrução nasal (n=6) as manifestações mais frequentes. Registou-se sobreinfeção bacteriana em 4 doentes. Um doente apresentou COVID-19 de gravidade moderada e duração prolongada, possivelmente em relação com comorbilidades médicas, tendo apresentado um curso clínico favorável com a administração de plasma de convalescentes. Conclusão: Reporta-se nesta série de doentes com agamaglobulinemia ligada ao X elevada prevalência de infeção por SARS-CoV-2, destacando-se a evolução de gravidade ligeira na quase totalidade dos doentes.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49411343","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.119
M. Paulino, C. Costa
Introduction: Schnitzler syndrome (SchS) is a rare autoinflammatory syndrome characterized by chronic urticaria and monoclonal gammopathy (MG). Clinical cases without monoclonal gammopathy have been recorded. Clinical Case: We report on the case of a 43-year-old female with chronic spontaneous urticaria refractory to omalizumab (OMZ) despite a dosage increase (600 mg/4 weeks). Additionally, she developed asthenia and episodes of arthralgias and fever predominantly in the evening. Laboratory re-evaluation revealed elevated inflammatory parameters and skin biopsy showed neutrophilic infiltration. Although MG was absent, SchS was the most likely diagnosis, as other differential diagnoses were excluded. Treatment was started with anakinra, with complete resolution of symptoms. Conclusion: We highlight the importance of specialized urticaria clinics and of reassessing the diagnosis in patients with refractory chronic urticaria. An autoinflammatory disease, such as SchS, could be the diagnosis, even without the presence of monoclonal gammopathy.
{"title":"The challenge of omalizumab refractory chronic spontaneous urticaria and the relevance of suspecting Schnitzler syndrome without monoclonal gammopathy","authors":"M. Paulino, C. Costa","doi":"10.32932/rpia.2023.08.119","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.119","url":null,"abstract":"Introduction: Schnitzler syndrome (SchS) is a rare autoinflammatory syndrome characterized by chronic urticaria and monoclonal gammopathy (MG). Clinical cases without monoclonal gammopathy have been recorded. Clinical Case: We report on the case of a 43-year-old female with chronic spontaneous urticaria refractory to omalizumab (OMZ) despite a dosage increase (600 mg/4 weeks). Additionally, she developed asthenia and episodes of arthralgias and fever predominantly in the evening. Laboratory re-evaluation revealed elevated inflammatory parameters and skin biopsy showed neutrophilic infiltration. Although MG was absent, SchS was the most likely diagnosis, as other differential diagnoses were excluded. Treatment was started with anakinra, with complete resolution of symptoms. Conclusion: We highlight the importance of specialized urticaria clinics and of reassessing the diagnosis in patients with refractory chronic urticaria. An autoinflammatory disease, such as SchS, could be the diagnosis, even without the presence of monoclonal gammopathy.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45698678","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.118
João Pires, Raquel Leite, Catarina Moita, Ana Silva, Violeta Florova
A atualização de 2020 da Global Initiative for Asthma (GINA) trouxe mudanças relativamente à gestão farmacológica dos doentes asmáticos, que perduram até à atualidade. Destaca-se a recomendação universal, em indivíduos com idade superior a 12 anos, da utilização de corticosteroide inalado (ICS) como terapêutica de controlo para uma redução do risco de agudizações, bem como a advertência para os riscos inerentes à utilização isolada de agonista beta2 de curta ação de duração (SABA) como terapêutica de alívio, sendo fortemente aconselhada a sua substituição ou associação com ICS desde os estádios mais precoces de doença. Objetivos: Avaliar a qualidade da prescrição de terapêutica de alívio na asma ligeira-moderada numa unidade de cuidados de saúde primários (CSP). Paralelamente, procedeu-se à análise demográfica dos fatores de risco e provas de função respiratória nestes doentes. Métodos: Estudo transversal descritivo que incluiu todos os utentes inscritos com seguimento na unidade de estudo, com idade igual ou superior a 12 anos, codificados com asma como problema ativo e com terapêutica inalatória de alívio prescrita nos dois anos prévios. Resultados: Foram incluídos 271 utentes depois de aplicados os critérios mencionados. A maioria não tinha ICS incluído na terapêutica de alívio (72,5%), estando 87,9% medicados apenas com SABA. Não havia registo de qualquer espirometria em 45,8% dos doentes. Os fatores de risco mais prevalentes eram a rinite alérgica, obesidade e tabagismo. Conclusões: A prescrição de terapêutica de alívio da maioria dos utentes não vai ao encontro das recomendações internacionais atuais, aumentando o risco de agudizações, hospitalizações e mortalidade associadas à asma. Também foi possível aferir a reduzida codificação de asma, a escassa avaliação e/ou reavaliação da função pulmonar com espirometria e a elevada prevalência de fatores de risco modificáveis bem conhecidos, onde a intervenção médica precoce tem um papel preponderante.
{"title":"Qualidade da prescrição de terapêutica de alívio na asma em cuidados de saúde primários","authors":"João Pires, Raquel Leite, Catarina Moita, Ana Silva, Violeta Florova","doi":"10.32932/rpia.2023.08.118","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.118","url":null,"abstract":"A atualização de 2020 da Global Initiative for Asthma (GINA) trouxe mudanças relativamente à gestão farmacológica dos doentes asmáticos, que perduram até à atualidade. Destaca-se a recomendação universal, em indivíduos com idade superior a 12 anos, da utilização de corticosteroide inalado (ICS) como terapêutica de controlo para uma redução do risco de agudizações, bem como a advertência para os riscos inerentes à utilização isolada de agonista beta2 de curta ação de duração (SABA) como terapêutica de alívio, sendo fortemente aconselhada a sua substituição ou associação com ICS desde os estádios mais precoces de doença. Objetivos: Avaliar a qualidade da prescrição de terapêutica de alívio na asma ligeira-moderada numa unidade de cuidados de saúde primários (CSP). Paralelamente, procedeu-se à análise demográfica dos fatores de risco e provas de função respiratória nestes doentes. Métodos: Estudo transversal descritivo que incluiu todos os utentes inscritos com seguimento na unidade de estudo, com idade igual ou superior a 12 anos, codificados com asma como problema ativo e com terapêutica inalatória de alívio prescrita nos dois anos prévios. Resultados: Foram incluídos 271 utentes depois de aplicados os critérios mencionados. A maioria não tinha ICS incluído na terapêutica de alívio (72,5%), estando 87,9% medicados apenas com SABA. Não havia registo de qualquer espirometria em 45,8% dos doentes. Os fatores de risco mais prevalentes eram a rinite alérgica, obesidade e tabagismo. Conclusões: A prescrição de terapêutica de alívio da maioria dos utentes não vai ao encontro das recomendações internacionais atuais, aumentando o risco de agudizações, hospitalizações e mortalidade associadas à asma. Também foi possível aferir a reduzida codificação de asma, a escassa avaliação e/ou reavaliação da função pulmonar com espirometria e a elevada prevalência de fatores de risco modificáveis bem conhecidos, onde a intervenção médica precoce tem um papel preponderante.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42002353","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.116
Maria Vasconcelos, Leonor Carneiro Leão, Ana Fernandes, Marta Almeida, Maria Gil da Costa, Josefina Cernadas
Fundamentos: As reações de hipersensibilidade durante a quimioterapia em crianças têm sido documentadas de forma crescente. A dessensibilização a fármacos é um procedimento desconhecido por grande parte dos oncologistas, apesar de permitir que os doentes sejam tratados com agentes de primeira linha, afetando o prognóstico final. Atualmente, ainda não existem normas de orientação de dessensibilização a fármacos em idade pediátrica e os princípios gerais adotados para os adultos têm sido aplicados em crianças. Objetivo: Descrever a experiência de um serviço de imunoalergologia de um hospital central na dessensibilização à carboplatina e ao metotrexato em idade pediátrica. Resultados: Foram realizadas dessensibilizações à carboplatina em 17 crianças, num total de 112 procedimentos, e ao metotrexato em 4 crianças, com uma taxa de sucesso de 88% para a carboplatina e de 100% para o metotrexato. Conclusão: Tanto quanto é do conhecimento das autoras, esta é a maior série europeia de dessensibilizações a quimioterápicos em idade pediátrica, tendo sido realizadas, inclusivamente, procedimentos num lactente e numa reação não imediata.
{"title":"Dessensibilização à carboplatina e metotrexato em idade pediátrica: Revisão de um serviço","authors":"Maria Vasconcelos, Leonor Carneiro Leão, Ana Fernandes, Marta Almeida, Maria Gil da Costa, Josefina Cernadas","doi":"10.32932/rpia.2023.08.116","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.116","url":null,"abstract":"Fundamentos: As reações de hipersensibilidade durante a quimioterapia em crianças têm sido documentadas de forma crescente. A dessensibilização a fármacos é um procedimento desconhecido por grande parte dos oncologistas, apesar de permitir que os doentes sejam tratados com agentes de primeira linha, afetando o prognóstico final. Atualmente, ainda não existem normas de orientação de dessensibilização a fármacos em idade pediátrica e os princípios gerais adotados para os adultos têm sido aplicados em crianças. Objetivo: Descrever a experiência de um serviço de imunoalergologia de um hospital central na dessensibilização à carboplatina e ao metotrexato em idade pediátrica. Resultados: Foram realizadas dessensibilizações à carboplatina em 17 crianças, num total de 112 procedimentos, e ao metotrexato em 4 crianças, com uma taxa de sucesso de 88% para a carboplatina e de 100% para o metotrexato. Conclusão: Tanto quanto é do conhecimento das autoras, esta é a maior série europeia de dessensibilizações a quimioterápicos em idade pediátrica, tendo sido realizadas, inclusivamente, procedimentos num lactente e numa reação não imediata.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48656242","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.121
Inês Farinha, Joni Carvalho, Carlos Loureiro, Ana Todo Bom
{"title":"Pustulose palmo-plantar","authors":"Inês Farinha, Joni Carvalho, Carlos Loureiro, Ana Todo Bom","doi":"10.32932/rpia.2023.08.121","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.121","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43817226","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-22DOI: 10.32932/rpia.2023.08.120
J. Vieira, Letícia Pestana, Rita Câmara
Introduction: Meat allergy represents 3-15% of food allergies in paediatrics and 3% in adults. Galactose-α-1,3-galactose (α-gal) is an allergen present in non-primate mammals’ meat, responsible for crossed reactions with cetuximab and gelatine. Case description: 62-year-old male patient was sent to an Immunoallergology outpatient clinic for acetylsalicylic acid desensitization. He reported reproducible anaphylactic reactions beginning 3 hours after red meat ingestion. Currently, the patient strictly avoids red meat. The investigation confirmed sensitization to red meat and α-gal. Discussion/Conclusions: α-gal allergy presents some uncommon characteristics: the trigger (oligosaccharide), IgE-mediated reaction with late-onset, and the association with previous tick bites, responsible for primary sensitization. Patients must avoid red meat and tick bites and have an emergency plan with an adrenalin auto-injector.
{"title":"Allergy to galactose-α-1,3-galactose (α-gal) – A case report","authors":"J. Vieira, Letícia Pestana, Rita Câmara","doi":"10.32932/rpia.2023.08.120","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.08.120","url":null,"abstract":"Introduction: Meat allergy represents 3-15% of food allergies in paediatrics and 3% in adults. Galactose-α-1,3-galactose (α-gal) is an allergen present in non-primate mammals’ meat, responsible for crossed reactions with cetuximab and gelatine. Case description: 62-year-old male patient was sent to an Immunoallergology outpatient clinic for acetylsalicylic acid desensitization. He reported reproducible anaphylactic reactions beginning 3 hours after red meat ingestion. Currently, the patient strictly avoids red meat. The investigation confirmed sensitization to red meat and α-gal. Discussion/Conclusions: α-gal allergy presents some uncommon characteristics: the trigger (oligosaccharide), IgE-mediated reaction with late-onset, and the association with previous tick bites, responsible for primary sensitization. Patients must avoid red meat and tick bites and have an emergency plan with an adrenalin auto-injector.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43074572","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.32932/rpia.2023.06.115
{"title":"Hiperplasia nodular linfóide no intestino em adultos com Imunodeficiência comum variável","authors":"","doi":"10.32932/rpia.2023.06.115","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.06.115","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41660221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-26DOI: 10.32932/rpia.2023.06.114
A. Presa, Sónia Garcia, S. Cadinha, M. Sousa
Patent Blue Dye (PBD) is a synthetic blue dye commonly used in medical practice for sentinel lymph node mapping in breast cancer. The authors report the case of a patient with invasive ductal carcinoma of the left breast, who underwent unilateral mastectomy with sentinel lymph node mapping. During surgery, the patient developed violaceous urticaria and mild glottic edema. A hypersensitivity reaction to PBD was confirmed by skin prick tests and methylene blue was identified as a possible alternative dye. This article reinforces the need for greater awareness of the possible hypersensitivity reactions to PBD during surgical procedures.
{"title":"Hypersensitivity reaction to Patent Blue Dye","authors":"A. Presa, Sónia Garcia, S. Cadinha, M. Sousa","doi":"10.32932/rpia.2023.06.114","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.06.114","url":null,"abstract":"Patent Blue Dye (PBD) is a synthetic blue dye commonly used in medical practice for sentinel lymph node mapping in breast cancer. The authors report the case of a patient with invasive ductal carcinoma of the left breast, who underwent unilateral mastectomy with sentinel lymph node mapping. During surgery, the patient developed violaceous urticaria and mild glottic edema. A hypersensitivity reaction to PBD was confirmed by skin prick tests and methylene blue was identified as a possible alternative dye. This article reinforces the need for greater awareness of the possible hypersensitivity reactions to PBD during surgical procedures.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45773955","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-26DOI: 10.32932/rpia.2023.06.112
Anabela Lopes
{"title":"Celebrando os 40 anos da Imunoalergologia em Portugal: Avanços e conquistas","authors":"Anabela Lopes","doi":"10.32932/rpia.2023.06.112","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2023.06.112","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42083876","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}