Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.088
Cátia Santa, Cristiana Ferreira, Inês Sangalho, Iolanda Coutinho, Joana Gouveia, J. Carvalho, M. Mesquita, Rita Brás, T. Rama, Ana Pereira
A rinossinusite crónica, considerada atualmente um problema de saúde pública, é um grupo heterogéneo de doenças com etiologia multifatorial e caracteriza -se pela presença de sintomas nasossinusais caraterísticos, em associação com evidência clínica ou imagiológica de inflamação. Pode ser subdividida em rinossinusite crónica sem polipose nasal (RSCsPN) e em rinossinusite crónica com polipose nasal (RSCcPN), existindo várias patologias que podem ser consideradas subfenótipos adicionais da rinossinusite crónica. É também importante ter em conta as principais patologias que devem ser consideradas no seu diagnóstico diferencial. O tratamento médico de eleição é dirigido à inflamação nasossinusal, sendo o tratamento cirúrgico necessário nos doentes refratários ao tratamento médico ou com contraindicação à realização do mesmo. Este artigo tem por objetivo rever a informação disponível na literatura sobre a rinossinusite crónica, tendo como ponto de partida um caso clínico de um doente com RSCcPN seguido em consulta de Imunoalergologia.
{"title":"Rinossinusite crónica com e sem polipose nasal","authors":"Cátia Santa, Cristiana Ferreira, Inês Sangalho, Iolanda Coutinho, Joana Gouveia, J. Carvalho, M. Mesquita, Rita Brás, T. Rama, Ana Pereira","doi":"10.32932/rpia.2022.09.088","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.088","url":null,"abstract":"A rinossinusite crónica, considerada atualmente um problema de saúde pública, é um grupo heterogéneo de doenças com etiologia multifatorial e caracteriza -se pela presença de sintomas nasossinusais caraterísticos, em associação com evidência clínica ou imagiológica de inflamação. Pode ser subdividida em rinossinusite crónica sem polipose nasal (RSCsPN) e em rinossinusite crónica com polipose nasal (RSCcPN), existindo várias patologias que podem ser consideradas subfenótipos adicionais da rinossinusite crónica. É também importante ter em conta as principais patologias que devem ser consideradas no seu diagnóstico diferencial. O tratamento médico de eleição é dirigido à inflamação nasossinusal, sendo o tratamento cirúrgico necessário nos doentes refratários ao tratamento médico ou com contraindicação à realização do mesmo. Este artigo tem por objetivo rever a informação disponível na literatura sobre a rinossinusite crónica, tendo como ponto de partida um caso clínico de um doente com RSCcPN seguido em consulta de Imunoalergologia.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42564674","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.089
Ana Palhinha, Mariana Lobato, Ana Romeira, Paula Pinto
Os beta-lactâmicos são uma das principais causas de anafilaxia nos adultos. Descrevemos dois casos de doentes com sintomas de anafilaxia após toma de beta-lactâmicos que, após resolução da reação inicial, mantiveram terapêutica e toleraram um curso completo de tratamento. Na investigação efetuada, os testes cutâneos foram positivos para o beta-lactâmico suspeito e a prova de provocação identificou beta-lactâmico alternativo. A aparente “tolerância” após a reação alérgica poderá dever-se ao facto de a anafilaxia ter levado a consumo dos mediadores da inflamação alérgica, permitindo uma tolerância temporária dos mastócitos e basófilos ao respetivo fármaco, a qual se manteve por exposição contínua ao mesmo. Alerta-se para a possibilidade de a tolerância após reação alérgica a fármacos poder ser ilusória. Assim, destaca-se a importância de realizar investigação alergológica em situações de tolerância imediatamente após anafilaxia, que permitirá excluir/confirmar a existência de hipersensibilidade e reduzir o risco de recorrência de quadros potencialmente fatais.
{"title":"Anafilaxia a beta-lactâmicos – Quando a tolerância não exclui alergia","authors":"Ana Palhinha, Mariana Lobato, Ana Romeira, Paula Pinto","doi":"10.32932/rpia.2022.09.089","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.089","url":null,"abstract":"Os beta-lactâmicos são uma das principais causas de anafilaxia nos adultos. Descrevemos dois casos de doentes com sintomas de anafilaxia após toma de beta-lactâmicos que, após resolução da reação inicial, mantiveram terapêutica e toleraram um curso completo de tratamento. Na investigação efetuada, os testes cutâneos foram positivos para o beta-lactâmico suspeito e a prova de provocação identificou beta-lactâmico alternativo. A aparente “tolerância” após a reação alérgica poderá dever-se ao facto de a anafilaxia ter levado a consumo dos mediadores da inflamação alérgica, permitindo uma tolerância temporária dos mastócitos e basófilos ao respetivo fármaco, a qual se manteve por exposição contínua ao mesmo. Alerta-se para a possibilidade de a tolerância após reação alérgica a fármacos poder ser ilusória. Assim, destaca-se a importância de realizar investigação alergológica em situações de tolerância imediatamente após anafilaxia, que permitirá excluir/confirmar a existência de hipersensibilidade e reduzir o risco de recorrência de quadros potencialmente fatais.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44650705","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.086
D. Abreu, Diana Silva, André Moreira, Cristina Lopes
O microbioma é definido como o conjunto dos microrganismos, os seus genomas e respetivas interações num determinado nicho ecológico. O estudo da composição do microbioma cutâneo tem sido alvo de interesse nos últimos anos, não só em indivíduos saudáveis, como na presença de doenças cutâneas, como é o caso da dermatite atópica (DA). Esta é uma doença complexa e multifatorial dependente de fatores ambientais e do hospedeiro subjacentes à sua patofisiologia. Diversos estudos têm demonstrado uma diminuição da diversidade do microbioma cutâneo nos doentes com DA, especificamente com diminuição de bacteroidetes, fusobacteria e proteobacteria e aumento de actinobacteria e firmicutes, mais especificamente estirpes de Staphylococcus aureus. Esta variação parece estar relacionada com a gravidade da doença e com a presença de exacerbações. Várias terapêuticas da DA apresentam capacidade para modular o microbioma cutâneo, nomeadamente determinados emolientes, corticoides tópicos e inibidores da calcineurina tópicos, têxteis funcionais com propriedades antisséticas, banhos de hipoclorito de sódio, técnicas de fototerapia e climatoterapia, bem como terapêuticas mais inovadoras, como é o caso do dupilumab. À medida que surgem novas terapêuticas para o controlo da doença, nomeadamente novos imunomoduladores tópicos e sistémicos, o estudo do potencial terapêutico e preventivo do microbioma cutâneo na DA carece ainda de investigação, estando em desenvolvimento tratamentos para a doença que atuem primariamente na modulação da composição do microbioma, como é o caso da utilização de probióticos tópicos ou orais e transplantes de microbioma.
{"title":"Microbioma cutâneo e dermatite atópica","authors":"D. Abreu, Diana Silva, André Moreira, Cristina Lopes","doi":"10.32932/rpia.2022.09.086","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.086","url":null,"abstract":"O microbioma é definido como o conjunto dos microrganismos, os seus genomas e respetivas interações num determinado nicho ecológico. O estudo da composição do microbioma cutâneo tem sido alvo de interesse nos últimos anos, não só em indivíduos saudáveis, como na presença de doenças cutâneas, como é o caso da dermatite atópica (DA). Esta é uma doença complexa e multifatorial dependente de fatores ambientais e do hospedeiro subjacentes à sua patofisiologia. Diversos estudos têm demonstrado uma diminuição da diversidade do microbioma cutâneo nos doentes com DA, especificamente com diminuição de bacteroidetes, fusobacteria e proteobacteria e aumento de actinobacteria e firmicutes, mais especificamente estirpes de Staphylococcus aureus. Esta variação parece estar relacionada com a gravidade da doença e com a presença de exacerbações. Várias terapêuticas da DA apresentam capacidade para modular o microbioma cutâneo, nomeadamente determinados emolientes, corticoides tópicos e inibidores da calcineurina tópicos, têxteis funcionais com propriedades antisséticas, banhos de hipoclorito de sódio, técnicas de fototerapia e climatoterapia, bem como terapêuticas mais inovadoras, como é o caso do dupilumab. À medida que surgem novas terapêuticas para o controlo da doença, nomeadamente novos imunomoduladores tópicos e sistémicos, o estudo do potencial terapêutico e preventivo do microbioma cutâneo na DA carece ainda de investigação, estando em desenvolvimento tratamentos para a doença que atuem primariamente na modulação da composição do microbioma, como é o caso da utilização de probióticos tópicos ou orais e transplantes de microbioma.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41674323","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.090
M. Granado, D. Sousa, A. Mendes, M. Santalha, Armandina Silva, Alberto Costa
Food allergies are the main cause of anaphylaxis in children. Cow’s milk and egg white are the most common agents and elimination diets are considered the current strategy for their management. Many children can tolerate increasing amounts of the known allergen, and thus, oral tolerance induction protocols seem to be a promising approach. The authors present a protocol drawn up in a pediatric allergic diseases’ outpatient clinic, at a level II hospital, with the aim of egg white oral tolerance induction. During the protocol there is an increase in the amount of egg white offered to children, at the end, tolerance is tested with the ingestion of an entire egg. The protocol was performed in three children with anaphylaxis to egg white. Two children completed the protocol successfully. Oral tolerance to egg white allows a less restrictive diet and improves the quality of life of the patients and their caregivers.
{"title":"Oral tolerance induction protocol to egg white – A report of three pediatric cases","authors":"M. Granado, D. Sousa, A. Mendes, M. Santalha, Armandina Silva, Alberto Costa","doi":"10.32932/rpia.2022.09.090","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.090","url":null,"abstract":"Food allergies are the main cause of anaphylaxis in children. Cow’s milk and egg white are the most common agents and elimination diets are considered the current strategy for their management. Many children can tolerate increasing amounts of the known allergen, and thus, oral tolerance induction protocols seem to be a promising approach. The authors present a protocol drawn up in a pediatric allergic diseases’ outpatient clinic, at a level II hospital, with the aim of egg white oral tolerance induction. During the protocol there is an increase in the amount of egg white offered to children, at the end, tolerance is tested with the ingestion of an entire egg. The protocol was performed in three children with anaphylaxis to egg white. Two children completed the protocol successfully. Oral tolerance to egg white allows a less restrictive diet and improves the quality of life of the patients and their caregivers.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42163880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.087
Rita Brás, Rita Limão, Leonor Caldeira, A. Lopes, A. Mendes, C. Coutinho, Célia Costa, Estrella Alonso, F. Duarte, Joana Caiado, J. Cosme, Marisa Paulino, Marta Neto, Natália Fernandes, Sara Silva, Susana Silva, E. Pedro, Amélia Santos
Fundamentos: A vacinação contra a COVID -19 é essencial para o controlo da pandemia. As reações adversas após a vacinação são comuns, embora a anafilaxia seja rara. Objetivos: Caracterizar as reações imunoalergológicas que motivaram referenciação pré -vacinação dos cuidados de saúde primários (CSP), analisar o impacto da alergia medicamentosa nesta referenciação e avaliar o resultado da vacinação após estratificação do risco. Métodos: Estudo observacional retrospetivo, com inclusão dos doentes referenciados à consulta de Imunoalergologia de um hospital terciário a partir dos CSP para avaliação do risco de reações de hipersensibilidade (RHS) graves à vacina contra a COVID -19 entre janeiro -junho de 2021. A estratificação do risco foi efetuada de acordo com o protocolo do serviço. Resultados: De um total de 733 doentes referenciados dos CSP, 510 foram admitidos, dos quais 445 foram avaliados, 369 (83%) do sexo feminino, média de idades 66±13 anos [20 -99 anos], 122 (27%) atópicos. A maioria (n=349, 78%) foi referenciada por reações prévias a medicamentos, dos quais 69 (15,5%) por reações a vacinas. Os anti -inflamatórios não esteroides (n=97, 51%) e os antibióticos (n=70, 36%) foram os mais reportados nas suspeitas/ hipersensibilidade confirmada a fármacos. O perfil das reações medicamentosas diferiu nos doentes de baixo risco (61% com RHS, 39% anafilaxia) e de risco intermédio/elevado (92% com RHS, 65% anafilaxia). Após avaliação, 323 doentes foram encaminhados para vacinação no centro de vacinação, dos quais 280 receberam pelo menos uma dose da vacina. Dois doentes tiveram agravamento da urticária crónica e uma teve reação vasovagal após a vacina. Foram vacinados em meio hospitalar 122 doentes, dos quais 69 receberam uma dose da vacina. Apenas dois apresentaram reações cutâneas ligeiras. Conclusões: A alergia medicamentosa foi o principal motivo de avaliação do risco pré -vacinação. A maioria dos doentes foi vacinada no centro de vacinação sem intercorrências. O protocolo utilizado foi eficaz, sem reações de relevo nem casos de anafilaxia.
{"title":"Impacto da alergia medicamentosa na avaliação do risco de anafilaxia na vacinação COVID-19: Experiência de um serviço de imunoalergologia","authors":"Rita Brás, Rita Limão, Leonor Caldeira, A. Lopes, A. Mendes, C. Coutinho, Célia Costa, Estrella Alonso, F. Duarte, Joana Caiado, J. Cosme, Marisa Paulino, Marta Neto, Natália Fernandes, Sara Silva, Susana Silva, E. Pedro, Amélia Santos","doi":"10.32932/rpia.2022.09.087","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.087","url":null,"abstract":"Fundamentos: A vacinação contra a COVID -19 é essencial para o controlo da pandemia. As reações adversas após a vacinação são comuns, embora a anafilaxia seja rara. Objetivos: Caracterizar as reações imunoalergológicas que motivaram referenciação pré -vacinação dos cuidados de saúde primários (CSP), analisar o impacto da alergia medicamentosa nesta referenciação e avaliar o resultado da vacinação após estratificação do risco. Métodos: Estudo observacional retrospetivo, com inclusão dos doentes referenciados à consulta de Imunoalergologia de um hospital terciário a partir dos CSP para avaliação do risco de reações de hipersensibilidade (RHS) graves à vacina contra a COVID -19 entre janeiro -junho de 2021. A estratificação do risco foi efetuada de acordo com o protocolo do serviço. Resultados: De um total de 733 doentes referenciados dos CSP, 510 foram admitidos, dos quais 445 foram avaliados, 369 (83%) do sexo feminino, média de idades 66±13 anos [20 -99 anos], 122 (27%) atópicos. A maioria (n=349, 78%) foi referenciada por reações prévias a medicamentos, dos quais 69 (15,5%) por reações a vacinas. Os anti -inflamatórios não esteroides (n=97, 51%) e os antibióticos (n=70, 36%) foram os mais reportados nas suspeitas/ hipersensibilidade confirmada a fármacos. O perfil das reações medicamentosas diferiu nos doentes de baixo risco (61% com RHS, 39% anafilaxia) e de risco intermédio/elevado (92% com RHS, 65% anafilaxia). Após avaliação, 323 doentes foram encaminhados para vacinação no centro de vacinação, dos quais 280 receberam pelo menos uma dose da vacina. Dois doentes tiveram agravamento da urticária crónica e uma teve reação vasovagal após a vacina. Foram vacinados em meio hospitalar 122 doentes, dos quais 69 receberam uma dose da vacina. Apenas dois apresentaram reações cutâneas ligeiras. Conclusões: A alergia medicamentosa foi o principal motivo de avaliação do risco pré -vacinação. A maioria dos doentes foi vacinada no centro de vacinação sem intercorrências. O protocolo utilizado foi eficaz, sem reações de relevo nem casos de anafilaxia.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44666723","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-29DOI: 10.32932/rpia.2022.09.085
Susana Silva
{"title":"Imunoalergologistas – O que nos distingue, o que queremos acrescentar?","authors":"Susana Silva","doi":"10.32932/rpia.2022.09.085","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.09.085","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44805320","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.32932/rpia.2022.06.084
P. Belluco, Bárbara Sifuentes, R. Belluco, C. Reis
A síndrome de Rubinstein-Taybi é um raro distúrbio caracterizado por dismorfismos craniofaciais, alterações dos polegares e hálux, associado a deficiência do crescimento e mental. Descrevemos paciente masculino, 25 anos, apresentando classicamente as características fenotípicas da síndrome, que procurou avaliação alergológica, para a possibilidade de alergia alimentar, devido a presença de quadro de esofagite eosinofílica. Avaliação com exames específicos foram normais. Aprofundamento da investigação mostrou história de graves infecções sistêmicas ainda não devidamente rastreadas, e investigação laboratorial evidenciou deficiência na produção de Imunoglobulina G e de suas subclasses, bem como de anticorpos específicos. Não apresentava citopenias, e imunofenotipagem de linfócitos foi normal. Objetivamos mostrar que considerando a recorrência de infecções, notadamente graves necessitando de hospitalização, uma adequada avaliação imunológica deve ser realizada nesses pacientes.
{"title":"Síndrome de Rubistein-Taybi associado a imunodeficiência e esofagite eosinofílica: Relato de caso","authors":"P. Belluco, Bárbara Sifuentes, R. Belluco, C. Reis","doi":"10.32932/rpia.2022.06.084","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.06.084","url":null,"abstract":"A síndrome de Rubinstein-Taybi é um raro distúrbio caracterizado por dismorfismos craniofaciais, alterações dos polegares e hálux, associado a deficiência do crescimento e mental. Descrevemos paciente masculino, 25 anos, apresentando classicamente as características fenotípicas da síndrome, que procurou avaliação alergológica, para a possibilidade de alergia alimentar, devido a presença de quadro de esofagite eosinofílica. Avaliação com exames específicos foram normais. Aprofundamento da investigação mostrou história de graves infecções sistêmicas ainda não devidamente rastreadas, e investigação laboratorial evidenciou deficiência na produção de Imunoglobulina G e de suas subclasses, bem como de anticorpos específicos. Não apresentava citopenias, e imunofenotipagem de linfócitos foi normal. Objetivamos mostrar que considerando a recorrência de infecções, notadamente graves necessitando de hospitalização, uma adequada avaliação imunológica deve ser realizada nesses pacientes.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45102320","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.32932/rpia.2022.06.083
C. Varandas, Inês Nunes, L. Caldeira, M. Silva, Ana Pereira
A rinossinusite aguda (RSA) define-se como uma inflamação da mucosa nasal e seios perinasais de duração <4 semanas, provocada por microrganismos, como vírus, bactérias ou fungos. Muitas vezes denominada por resfriado comum, a RSA, apesar de ser uma entidade muitas vezes vulgarizada, apresenta particularidades cujo conhecimento é essencial para otimizar a abordagem clínica e o tratamento a instituir. Este artigo pretende resumir as principais caraterísticas da RSA, no que se refere à sua fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico, diagnósticos diferenciais e adequada abordagem terapêutica, a partir de um caso clínico representativo da doença.
{"title":"Rinossinusite aguda","authors":"C. Varandas, Inês Nunes, L. Caldeira, M. Silva, Ana Pereira","doi":"10.32932/rpia.2022.06.083","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.06.083","url":null,"abstract":"A rinossinusite aguda (RSA) define-se como uma inflamação da mucosa nasal e seios perinasais de duração <4 semanas, provocada por microrganismos, como vírus, bactérias ou fungos. Muitas vezes denominada por resfriado comum, a RSA, apesar de ser uma entidade muitas vezes vulgarizada, apresenta particularidades cujo conhecimento é essencial para otimizar a abordagem clínica e o tratamento a instituir. Este artigo pretende resumir as principais caraterísticas da RSA, no que se refere à sua fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico, diagnósticos diferenciais e adequada abordagem terapêutica, a partir de um caso clínico representativo da doença.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48005614","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-22DOI: 10.32932/rpia.2022.06.082
Ana Presa, Cátia Santa, Joana Gomes, Joana Lopes, L. Cruz, M. Sousa, Inês Lopes
Introdução: A doença respiratória crónica, onde se inclui a asma, tem sido apontada como potencial fator de risco para doença COVID-19 de maior gravidade. Contudo, estudos recentes têm reportado taxas variáveis de prevalência de asma. Objetivos: Caracterizar os doentes asmáticos internados com infeção por SARS-CoV-2. Métodos: Análise retrospetiva observacional dos doentes internados com COVID-19 no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho de 1 de março a 30 de junho. Resultados: Foram incluídos 237 doentes, dos quais 16 (6,8%) reportaram diagnóstico de asma. Comparativamente aos doentes não-asmáticos, os doentes com asma eram tendencialmente mais novos (70 anos vs 80 anos, p=0,027) tendo também menos comorbilidades (1 vs 2 p=0,014). Relativamente à abordagem terapêutica, os asmáticos tiveram maiores taxas de utilização de corticoterapia inalada, hidroxicloroquina e menor estabelecimento de teto terapêutico (respetivamente 50% vs 21,7%, p=0,027; 75% vs 48,9%, p=0,044; 6,3% vs 38%, p=0,011). A taxa de mortalidade foi inferior (12,5% vs 37,1%, p=0,047), comparativamente aos doentes não asmáticos. A gravidade da asma não influenciou nenhum dos outcomes analisados. Conclusão: Neste estudo, a asma não pareceu contribuir para doença COVID-19 de maior gravidade.
简介:慢性呼吸道疾病,包括哮喘,已被确定为更严重的COVID-19疾病的潜在危险因素。然而,最近的研究报告了不同的哮喘患病率。目的:描述SARS-CoV-2感染住院哮喘患者的特征。方法:对3月1日至6月30日在盖亚新别墅/埃斯皮尼奥医院住院的COVID-19患者进行回顾性观察分析。结果:纳入237例患者,其中16例(6.8%)诊断为哮喘。与非哮喘患者相比,哮喘患者更年轻(70岁vs 80岁,p= 0.027),共病也更少(1 vs 2 p= 0.014)。在治疗方法方面,哮喘患者吸入糖皮质激素治疗、羟氯喹使用率较高,治疗上限设定较低(分别为50% vs 21.7%, p= 0.027; p= 0.027)。75% vs 48.9%, p= 0.044;6.3% vs 38%, p= 0.011)。与非哮喘患者相比,死亡率较低(12.5% vs 37.1%, p= 0.047)。哮喘的严重程度不影响任何分析结果。结论:在本研究中,哮喘似乎不会导致更严重的COVID-19疾病。
{"title":"Caracterização dos doentes asmáticos internados no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho com infeção por SARS-CoV-2","authors":"Ana Presa, Cátia Santa, Joana Gomes, Joana Lopes, L. Cruz, M. Sousa, Inês Lopes","doi":"10.32932/rpia.2022.06.082","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2022.06.082","url":null,"abstract":"Introdução: A doença respiratória crónica, onde se inclui a asma, tem sido apontada como potencial fator de risco para doença COVID-19 de maior gravidade. Contudo, estudos recentes têm reportado taxas variáveis de prevalência de asma. Objetivos: Caracterizar os doentes asmáticos internados com infeção por SARS-CoV-2. Métodos: Análise retrospetiva observacional dos doentes internados com COVID-19 no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho de 1 de março a 30 de junho. Resultados: Foram incluídos 237 doentes, dos quais 16 (6,8%) reportaram diagnóstico de asma. Comparativamente aos doentes não-asmáticos, os doentes com asma eram tendencialmente mais novos (70 anos vs 80 anos, p=0,027) tendo também menos comorbilidades (1 vs 2 p=0,014). Relativamente à abordagem terapêutica, os asmáticos tiveram maiores taxas de utilização de corticoterapia inalada, hidroxicloroquina e menor estabelecimento de teto terapêutico (respetivamente 50% vs 21,7%, p=0,027; 75% vs 48,9%, p=0,044; 6,3% vs 38%, p=0,011). A taxa de mortalidade foi inferior (12,5% vs 37,1%, p=0,047), comparativamente aos doentes não asmáticos. A gravidade da asma não influenciou nenhum dos outcomes analisados. Conclusão: Neste estudo, a asma não pareceu contribuir para doença COVID-19 de maior gravidade.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48307800","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}