Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1249
Guilherme Lopes da Cunha, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara, Fábio Albergaria de Queiroz, Ana Flávia Barros-Platiau
As instituições da Defesa do País desempenharam um papel crucial no processo de formação do Pensamento Antártico Brasileiro. Isso se verifica pelo fato de que os primeiros estudos oficiais sobre o posicionamento do Brasil nos assuntos antárticos foram realizados pela Escola Superior de Guerra (ESG), os quais compuseram as linhas mestras da compreensão do Brasil sobre seus interesses no Continente Gelado. Partindo da hipótese de que a ESG constituiu um eixo indutor desse pensamento, a pesquisa objetivou avaliar as raízes de uma mentalidade antártica no Brasil e analisar os desafios da estrutura institucional contemporânea. O redesenho institucional por que passa o Ministério da Defesa, sobretudo por meio da criação da Chefia de Educação e Cultura (CHEC), que coordena as atividades da ESG e da recém-criada Escola Superior de Defesa (ESD), entre outras atribuições, aponta para a modernização da estrutura institucional, aprimorando o ambiente de pesquisa e consolidando os estudos polares no País. Além de fontes qualitativas e quantitativas para a realização da pesquisa, foram consultados documentos históricos arquivados no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Defesa, coletados pelos autores entre 2020 e 2021, muitos deles classificados, na época, como sigilosos.
巴西的国防机构在巴西南极思想的形成过程中发挥了至关重要的作用。这一点可以从以下事实中看出:关于巴西在南极问题上的立场的第一批官方研究是由 Escola Superior de Guerra(ESG)进行的,这些研究为巴西理解其在冰冻大陆上的利益提供了指导。根据 ESG 是这一思想背后的推动力这一假设,研究旨在评估巴西南极思维的根源,并分析当代体制结构所面临的挑战。国防部对机构进行了重新设计,特别是成立了教育和文化司(CHEC),负责协调 ESG 和最近成立的国防高等学校(ESD)的活动,以及其他任务。除了定性和定量的研究资料外,作者还参考了外交部和国防部存档的历史文件,这些文件是作者在 2020 年至 2021 年期间收集的,其中许多在当时被列为机密。
{"title":"PENSAMENTO ANTÁRTICO BRASILEIRO E AS INSTITUIÇÕES DA DEFESA","authors":"Guilherme Lopes da Cunha, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara, Fábio Albergaria de Queiroz, Ana Flávia Barros-Platiau","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1249","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1249","url":null,"abstract":"As instituições da Defesa do País desempenharam um papel crucial no processo de formação do Pensamento Antártico Brasileiro. Isso se verifica pelo fato de que os primeiros estudos oficiais sobre o posicionamento do Brasil nos assuntos antárticos foram realizados pela Escola Superior de Guerra (ESG), os quais compuseram as linhas mestras da compreensão do Brasil sobre seus interesses no Continente Gelado. Partindo da hipótese de que a ESG constituiu um eixo indutor desse pensamento, a pesquisa objetivou avaliar as raízes de uma mentalidade antártica no Brasil e analisar os desafios da estrutura institucional contemporânea. O redesenho institucional por que passa o Ministério da Defesa, sobretudo por meio da criação da Chefia de Educação e Cultura (CHEC), que coordena as atividades da ESG e da recém-criada Escola Superior de Defesa (ESD), entre outras atribuições, aponta para a modernização da estrutura institucional, aprimorando o ambiente de pesquisa e consolidando os estudos polares no País. Além de fontes qualitativas e quantitativas para a realização da pesquisa, foram consultados documentos históricos arquivados no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Defesa, coletados pelos autores entre 2020 e 2021, muitos deles classificados, na época, como sigilosos.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141829013","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1230
L. Ferreira, José Augusto Abreu de Moura
Por um entendimento mais amplo, a Amazônia Azul® possui relevante potencial econômico-social e sustentável-global. Diante de uma nova era de integração tecnológica, algumas questões brasileiras precisam ser observadas, a fim de serem tratadas. Em relação à utilização da tecnologia nuclear para fins pacíficos, por exemplo, o Brasil necessita estar alinhado, conforme regulação internacional, pela assinatura de um Protocolo Adicional junto à Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA. Também, a força naval nacional, deve buscar o aprimoramento, frente aos desafios futuros e grande incumbência. O presente estudo analisa a necessidade de capacitação da defesa naval brasileira, apontando para parcerias e/ou intercâmbio científico-tecnológico entre Brasil, Israel e nações apoiadoras de Israel, como visão inicial, dentro de prerrogativas e circunstâncias fundamentais dessas nações.
{"title":"QUESTÕES BRASILEIRAS E O ENFRENTAMENTO DE UMA NOVA ERA","authors":"L. Ferreira, José Augusto Abreu de Moura","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1230","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1230","url":null,"abstract":"Por um entendimento mais amplo, a Amazônia Azul® possui relevante potencial econômico-social e sustentável-global. Diante de uma nova era de integração tecnológica, algumas questões brasileiras precisam ser observadas, a fim de serem tratadas. Em relação à utilização da tecnologia nuclear para fins pacíficos, por exemplo, o Brasil necessita estar alinhado, conforme regulação internacional, pela assinatura de um Protocolo Adicional junto à Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA. Também, a força naval nacional, deve buscar o aprimoramento, frente aos desafios futuros e grande incumbência. O presente estudo analisa a necessidade de capacitação da defesa naval brasileira, apontando para parcerias e/ou intercâmbio científico-tecnológico entre Brasil, Israel e nações apoiadoras de Israel, como visão inicial, dentro de prerrogativas e circunstâncias fundamentais dessas nações.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141828961","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1295
Sean W. Burges, Fabrício H. Chagas-Bastos
Há uma suposição implícita de que a pedra angular na formulação dos interesses e prioridades internacionais do Brasil é o Itamaraty. Desde o princípio da República, no entanto, o presidente é quem dita os rumos da política externa brasileira. Assim, por que as capacidades do presidente face às prioridades de sua agenda política mobilizam a política externa? Nesta edição especial que reflete sobre o lugar da política externa brasileira no Bicentenário da Independência, este artigo se propõe a analisar as decisões individuais do presidente dentro de uma trajetória de longo prazo da política externa brasileira. Argumentamos que, quando os níveis de engajamento da Presidência da República são altos, há um impacto real em como a política externa é conduzida.
{"title":"PRESIDENTES E A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA","authors":"Sean W. Burges, Fabrício H. Chagas-Bastos","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1295","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1295","url":null,"abstract":"Há uma suposição implícita de que a pedra angular na formulação dos interesses e prioridades internacionais do Brasil é o Itamaraty. Desde o princípio da República, no entanto, o presidente é quem dita os rumos da política externa brasileira. Assim, por que as capacidades do presidente face às prioridades de sua agenda política mobilizam a política externa? Nesta edição especial que reflete sobre o lugar da política externa brasileira no Bicentenário da Independência, este artigo se propõe a analisar as decisões individuais do presidente dentro de uma trajetória de longo prazo da política externa brasileira. Argumentamos que, quando os níveis de engajamento da Presidência da República são altos, há um impacto real em como a política externa é conduzida.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141828287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v38i83.1321
Jamylle Ferreira, Carlos Antonio Raposo de Vasconcellos, Fabio Furtado Pereira
Novembro, mês em que se comemora o Dia da Bandeira, propomos uma reflexão sobre a importância de uma relevante família republicana no cenário nacional: os Simas. A primeira bandeira republicana do Brasil foi confeccionada no seio dessa família. Flora Simas de Carvalho foi a bordadeira a quem se confiou essa missão. A bandeira teria sido hasteada logo após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, oficializada quatro dias depois, com solenidade na Câmara do Rio de Janeiro, quando o Decreto n.º 04, de 19 de novembro a estabeleceu como um dos símbolos nacionais. Entretanto, o Dia da Bandeira só passou a ser oficialmente comemorado a partir de 19 de novembro de 1908, por iniciativa de membros do Congresso Nacional, em resposta a um protesto argentino que rasgou uma bandeira do Brasil. Esse artigo parte de uma pesquisa de Doutorado1 que careceu de uma abordagem genealógica estratégica visando aproximar a metodologia de história oral e os documentos cartoriais. É oportuno uma releitura da genealogia familiar, buscando fechar algumas lacunas. A participação de representantes da família, traz novos elementos à pesquisa, já que ela não acaba quando a tese termina e vem a contribuir com nosso quebra-cabeças genealógico.
{"title":"FAMÍLIA SIMAS: por um Brasil Republicano","authors":"Jamylle Ferreira, Carlos Antonio Raposo de Vasconcellos, Fabio Furtado Pereira","doi":"10.47240/revistadaesg.v38i83.1321","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v38i83.1321","url":null,"abstract":"Novembro, mês em que se comemora o Dia da Bandeira, propomos uma reflexão sobre a importância de uma relevante família republicana no cenário nacional: os Simas. A primeira bandeira republicana do Brasil foi confeccionada no seio dessa família. Flora Simas de Carvalho foi a bordadeira a quem se confiou essa missão. A bandeira teria sido hasteada logo após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, oficializada quatro dias depois, com solenidade na Câmara do Rio de Janeiro, quando o Decreto n.º 04, de 19 de novembro a estabeleceu como um dos símbolos nacionais. Entretanto, o Dia da Bandeira só passou a ser oficialmente comemorado a partir de 19 de novembro de 1908, por iniciativa de membros do Congresso Nacional, em resposta a um protesto argentino que rasgou uma bandeira do Brasil. Esse artigo parte de uma pesquisa de Doutorado1 que careceu de uma abordagem genealógica estratégica visando aproximar a metodologia de história oral e os documentos cartoriais. É oportuno uma releitura da genealogia familiar, buscando fechar algumas lacunas. A participação de representantes da família, traz novos elementos à pesquisa, já que ela não acaba quando a tese termina e vem a contribuir com nosso quebra-cabeças genealógico.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":"14 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141639918","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1293
Miria Gomes Saraiva
Desde a formação do Estado nacional, a diplomacia brasileira criou um conjunto de identidades ambíguas para acomodar positivamente o Brasil entre a América Latina e o Ocidente. Se, por um lado, o império brasileiro buscava se aproximar de monarquias europeias, apresentando-se como estado moderno, por outro, interagia em suas fronteiras do Cone Sul, apoiando militarmente líderes políticos mais próximos ao Brasil. No balanço deste Bicentenário, o presente artigo pretende uma reflexão sobre como o Brasil construiu sua relação com os vizinhos sul-americanos pela instrumentalização das diferenças e ambivalências, caracterizando, portanto, a interação do Brasil com o restante da América do Sul pela ambiguidade, confirmando a resistência daquilo que Feliciano de Sá Guimarães chamou de ambivalência entre as identidades Ocidental e regional. Apesar de o pertencimento ao ocidente – e não mais no lugar de periferia – ainda ser uma aspiração constante desde a Independência, a identificação com a América do Sul ainda mobiliza sentimentos, variedade de interesses, percepções descasadas, identidades/divergências políticas e contatos intersocietais. Tal fato demonstra, passados 200 anos da independência, que a relação do Brasil com os vizinhos permanece sensível a mudanças e refém de ideologias e preferências do universo da política.
自民族国家形成以来,巴西外交创造了一套模糊的身份,在拉丁美洲和西方之间积极地容纳巴西。一方面,巴西帝国试图拉近与欧洲君主国的距离,将自己塑造成一个现代国家;另一方面,它又在南锥体的边界上进行互动,在军事上支持更接近巴西的政治领导人。在二百周年纪念即将到来之际,本文旨在反思巴西是如何通过利用差异和矛盾来建立与南美邻国的关系的,从而通过模棱两可来描述巴西与南美其他国家的互动,证实费利西亚诺-德-萨-吉马良斯(Feliciano de Sá Guimarães)所说的西方身份与地区身份之间的矛盾所带来的阻力。尽管自独立以来,归属于西方--不再处于边缘地位--一直是人们的愿望,但对南美洲的认同仍然调动着人们的感情、各种利益、不匹配的观念、政治认同/分歧以及社会间的接触。这表明,在独立 200 年后的今天,巴西与其邻国的关系对变化依然敏感,并受制于政治世界中的意识形态和偏好。
{"title":"BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: o Brasil e a América do Sul","authors":"Miria Gomes Saraiva","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1293","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1293","url":null,"abstract":"Desde a formação do Estado nacional, a diplomacia brasileira criou um conjunto de identidades ambíguas para acomodar positivamente o Brasil entre a América Latina e o Ocidente. Se, por um lado, o império brasileiro buscava se aproximar de monarquias europeias, apresentando-se como estado moderno, por outro, interagia em suas fronteiras do Cone Sul, apoiando militarmente líderes políticos mais próximos ao Brasil. No balanço deste Bicentenário, o presente artigo pretende uma reflexão sobre como o Brasil construiu sua relação com os vizinhos sul-americanos pela instrumentalização das diferenças e ambivalências, caracterizando, portanto, a interação do Brasil com o restante da América do Sul pela ambiguidade, confirmando a resistência daquilo que Feliciano de Sá Guimarães chamou de ambivalência entre as identidades Ocidental e regional. Apesar de o pertencimento ao ocidente – e não mais no lugar de periferia – ainda ser uma aspiração constante desde a Independência, a identificação com a América do Sul ainda mobiliza sentimentos, variedade de interesses, percepções descasadas, identidades/divergências políticas e contatos intersocietais. Tal fato demonstra, passados 200 anos da independência, que a relação do Brasil com os vizinhos permanece sensível a mudanças e refém de ideologias e preferências do universo da política. ","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141829037","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1239
C. Leite, Alexandra Sarmento Mitre, Maria Célia Barbosa Reis da Silva
O presente artigo apresenta o entendimento de cultura na visão de Hall (2016), com base no seu livro Cultura e Representação, bem como o conceito de cultura estratégica, proposto inicialmente por Snyder em 1977, mas a partir de sua visão, vários autores vêm contribuindo para a compreensão e para o alargamento das bases interpretativas da cultura estratégica. A motivação desta investigação é buscar pontos de contato entre os pressupostos teóricos da cultura estratégica e o pensamento de Hall, portanto o Problema da Pesquisa é definir quais os pontos semelhantes entre a cultura estratégica e a cultura halliana. O objetivo do artigo aspira a comparar a cultura halliana e a cultura estratégica sob a ótica de vários teóricos. A metodologia se ampara em uma pesquisa teórica com abordagem qualitativa, pesquisa explicativa. O método de investigação é comparativo. Quanto aos procedimentos técnicos se utilizou uma pesquisa bibliográfica. Os resultados apontam para uma convergência entre alguns tópicos da cultura halliana e da cultura estratégica. As conclusões direcionam para o fato de que a cultura halliana influencia a construção da cultura estratégica.
{"title":"CULTURA SOB A PERSPECTIVA DE HALL E SEUS PONTOS DE CONTATO COM A CULTURA ESTRATÉGICA DE ORIGEM SNYDERIANA: uma breve comparação","authors":"C. Leite, Alexandra Sarmento Mitre, Maria Célia Barbosa Reis da Silva","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1239","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1239","url":null,"abstract":" O presente artigo apresenta o entendimento de cultura na visão de Hall (2016), com base no seu livro Cultura e Representação, bem como o conceito de cultura estratégica, proposto inicialmente por Snyder em 1977, mas a partir de sua visão, vários autores vêm contribuindo para a compreensão e para o alargamento das bases interpretativas da cultura estratégica. A motivação desta investigação é buscar pontos de contato entre os pressupostos teóricos da cultura estratégica e o pensamento de Hall, portanto o Problema da Pesquisa é definir quais os pontos semelhantes entre a cultura estratégica e a cultura halliana. O objetivo do artigo aspira a comparar a cultura halliana e a cultura estratégica sob a ótica de vários teóricos. A metodologia se ampara em uma pesquisa teórica com abordagem qualitativa, pesquisa explicativa. O método de investigação é comparativo. Quanto aos procedimentos técnicos se utilizou uma pesquisa bibliográfica. Os resultados apontam para uma convergência entre alguns tópicos da cultura halliana e da cultura estratégica. As conclusões direcionam para o fato de que a cultura halliana influencia a construção da cultura estratégica.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141828977","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-17DOI: 10.47240/revistadaesg.v37i81.1294
Guilherme Casarões
Em vias de completar 200 anos de história de nação independente, o Brasil tem, na política externa, um de seus elementos identitários mais longevos e consistentes. Já nas primeiras décadas após a independência, um conjunto de valores e princípios diplomáticos foram estabelecidos como ordenadores da ação diplomática brasileira. Dentre eles, destaca-se o multilateralismo. O objetivo deste artigo é oferecer uma interpretação do lugar do multilateralismo na política externa brasileira desde 1985, momento da redemocratização. Em diálogo direto com a tese de Mónica Hirst sobre as relações Brasil-Estados Unidos, que divide o relacionamento em cinco fases, a presente reflexão apresenta os “cinco As” da política multilateral brasileira: adaptação, afirmação, ascensão, ajuste e antagonismo.
{"title":"“CINCO AS” DO MULTILATERALISMO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA (1985-2022)","authors":"Guilherme Casarões","doi":"10.47240/revistadaesg.v37i81.1294","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1294","url":null,"abstract":"Em vias de completar 200 anos de história de nação independente, o Brasil tem, na política externa, um de seus elementos identitários mais longevos e consistentes. Já nas primeiras décadas após a independência, um conjunto de valores e princípios diplomáticos foram estabelecidos como ordenadores da ação diplomática brasileira. Dentre eles, destaca-se o multilateralismo. O objetivo deste artigo é oferecer uma interpretação do lugar do multilateralismo na política externa brasileira desde 1985, momento da redemocratização. Em diálogo direto com a tese de Mónica Hirst sobre as relações Brasil-Estados Unidos, que divide o relacionamento em cinco fases, a presente reflexão apresenta os “cinco As” da política multilateral brasileira: adaptação, afirmação, ascensão, ajuste e antagonismo.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":" 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141828793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-16DOI: 10.47240/revistadaesg.v38i84.1335
Jamylle de Almeida Ferreira, Alberto Toledo Resende, Glauce Batista Júnior, Amanda Pimentel berk de Queiroz
Debater internamente sobre o uso dos recursos no território, em defesa dos interesses nacionais, pode ser considerada uma forma de exercitar a soberania garantida pela Constituição. A preservação dos recursos, do patrimônio natural e a sustentabilidade estão na pauta de toda a sociedade brasileira. Essa preocupação tem se intensificado diante da acelerada degradação do meio ambiente e das mudanças climáticas, como consequência da modernização, da industrialização e do consumo desenfreado, gerando resíduos continuamente. Nesse processo, povos que dependem diretamente do meio ambiente para viver são os mais atingidos, já que suas tradições enfraquecem em detrimento da busca pela sobrevivência, o que contribui para a precarização do seu modo de vida e degradação das respectivas comunidades. Pouco mais de um século depois da criação das primeiras colônias do Brasil pela Marinha, a partir de 1919, a Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro destaca-se no quesito responsabilidade social, com a criação de um projeto de monitoramento de resíduos sólidos, que retira da Baía de Guanabara cerca de 500 toneladas de resíduos sólidos de janeiro/22 até julho/23, complementando a renda dos pescadores associados das colônias Z-8 (Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) e Z-9 (Guapimirim, Magé e Caxias). Nada disso seria possível sem o apoio de parceiros, como a Secretaria de Agricultura, pesca e abastecimento do Estado do Rio de Janeiro e as prefeituras municipais de São Gonçalo, Magé e Itaboraí.
{"title":"PROJETO ÁGUAS DA GUANABARA","authors":"Jamylle de Almeida Ferreira, Alberto Toledo Resende, Glauce Batista Júnior, Amanda Pimentel berk de Queiroz","doi":"10.47240/revistadaesg.v38i84.1335","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v38i84.1335","url":null,"abstract":"Debater internamente sobre o uso dos recursos no território, em defesa dos interesses nacionais, pode ser considerada uma forma de exercitar a soberania garantida pela Constituição. A preservação dos recursos, do patrimônio natural e a sustentabilidade estão na pauta de toda a sociedade brasileira. Essa preocupação tem se intensificado diante da acelerada degradação do meio ambiente e das mudanças climáticas, como consequência da modernização, da industrialização e do consumo desenfreado, gerando resíduos continuamente. Nesse processo, povos que dependem diretamente do meio ambiente para viver são os mais atingidos, já que suas tradições enfraquecem em detrimento da busca pela sobrevivência, o que contribui para a precarização do seu modo de vida e degradação das respectivas comunidades. Pouco mais de um século depois da criação das primeiras colônias do Brasil pela Marinha, a partir de 1919, a Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro destaca-se no quesito responsabilidade social, com a criação de um projeto de monitoramento de resíduos sólidos, que retira da Baía de Guanabara cerca de 500 toneladas de resíduos sólidos de janeiro/22 até julho/23, complementando a renda dos pescadores associados das colônias Z-8 (Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) e Z-9 (Guapimirim, Magé e Caxias). Nada disso seria possível sem o apoio de parceiros, como a Secretaria de Agricultura, pesca e abastecimento do Estado do Rio de Janeiro e as prefeituras municipais de São Gonçalo, Magé e Itaboraí.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":"3 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141640852","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-16DOI: 10.47240/revistadaesg.v38i84.1331
Eduardo Alexandre Bacelar, Sandro Lucio Santana Do Nascimento, Carlos Cesar de Castro Deonisio
O objetivo deste trabalho foi verificar como o acréscimo de pontuação de origem acadêmica na Lista de Mérito Relativo (LMR) influenciou na procura por cursos de graduação e pós-graduação, lato e stricto sensu, em temas de interesse do Comando da Aeronáutica (COMAER), pelos Oficiais de carreira da Força Aérea Brasileira, entre os anos de 2018 e 2022. Foram conduzidos um levantamento bibliográfico e documental afetos aos fatores que compõem a avaliação de desempenho e o cálculo da LMR no âmbito do COMAER; uma pesquisa bibliográfica sobre os principais estudiosos do tema Motivação Organizacional; uma pesquisa de campo, através de um questionário para os oficiais aviadores de turmas, que já possuem LMR, de forma a indagar sobre a motivação, segundo a Teoria da Expectância de Vroom; e finalmente calculou-se, por amostragem, a variação média de posição da LMR dos militares que foram abonados por pontuação acadêmica e a dimensão dessa variação. Após análise dos resultados, verificou-se que entre os anos de 2018 e 2022, fruto da nova metodologia de pontuação de origem acadêmica, houve um acréscimo de conclusões de cursos de graduação e pós-graduação; e averiguou-se que a motivação dos oficiais aviadores questionados aumentou à medida que a expectativa de um melhor posicionamento no rank da LMR era apresentada. Este trabalho poderá contribuir para que a FAB possa readequar a pontuação extra ofertada decorrente de cursos de interesse do COMAER realizados pelos oficiais de carreira, de forma a aumentar a motivação pelo aperfeiçoamento da capacitação do efetivo do COMAER.
{"title":"AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE OFICIAIS DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB) COMO FERRAMENTA DE FOMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA","authors":"Eduardo Alexandre Bacelar, Sandro Lucio Santana Do Nascimento, Carlos Cesar de Castro Deonisio","doi":"10.47240/revistadaesg.v38i84.1331","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v38i84.1331","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho foi verificar como o acréscimo de pontuação de origem acadêmica na Lista de Mérito Relativo (LMR) influenciou na procura por cursos de graduação e pós-graduação, lato e stricto sensu, em temas de interesse do Comando da Aeronáutica (COMAER), pelos Oficiais de carreira da Força Aérea Brasileira, entre os anos de 2018 e 2022. Foram conduzidos um levantamento bibliográfico e documental afetos aos fatores que compõem a avaliação de desempenho e o cálculo da LMR no âmbito do COMAER; uma pesquisa bibliográfica sobre os principais estudiosos do tema Motivação Organizacional; uma pesquisa de campo, através de um questionário para os oficiais aviadores de turmas, que já possuem LMR, de forma a indagar sobre a motivação, segundo a Teoria da Expectância de Vroom; e finalmente calculou-se, por amostragem, a variação média de posição da LMR dos militares que foram abonados por pontuação acadêmica e a dimensão dessa variação. Após análise dos resultados, verificou-se que entre os anos de 2018 e 2022, fruto da nova metodologia de pontuação de origem acadêmica, houve um acréscimo de conclusões de cursos de graduação e pós-graduação; e averiguou-se que a motivação dos oficiais aviadores questionados aumentou à medida que a expectativa de um melhor posicionamento no rank da LMR era apresentada. Este trabalho poderá contribuir para que a FAB possa readequar a pontuação extra ofertada decorrente de cursos de interesse do COMAER realizados pelos oficiais de carreira, de forma a aumentar a motivação pelo aperfeiçoamento da capacitação do efetivo do COMAER.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":"1 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141641336","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-16DOI: 10.47240/revistadaesg.v38i84.1333
P. Visentini
A classificação da hierarquia e agrupamento das potências mundiais deve se basear não apenas em indicadores materiais. É necessário considerar o estágio em que se encontra a transformação do sistema internacional pós-Guerra Fria, a posição que uma potência ocupa no mesmo e as tendências históricas gerais e específicas. O presente artigo propõe uma classificação que identifica a existência de quatro eixos de poder mundial: 1) o militar-rentista anglo-saxão, 2) o industrial desenvolvido semissoberano, 3) o industrial emergente semiperiférico e, 4) o agrário, mineral e demográfico periférico. Por fim, analisa a clivagem internacional que emergiu com a Pandemia Covid-19 e com a Guerra Russo-Ucraniana.
{"title":"NOVAS CLIVAGENS DO SISTEMA MUNDIAL","authors":"P. Visentini","doi":"10.47240/revistadaesg.v38i84.1333","DOIUrl":"https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v38i84.1333","url":null,"abstract":"A classificação da hierarquia e agrupamento das potências mundiais deve se basear não apenas em indicadores materiais. É necessário considerar o estágio em que se encontra a transformação do sistema internacional pós-Guerra Fria, a posição que uma potência ocupa no mesmo e as tendências históricas gerais e específicas. O presente artigo propõe uma classificação que identifica a existência de quatro eixos de poder mundial: 1) o militar-rentista anglo-saxão, 2) o industrial desenvolvido semissoberano, 3) o industrial emergente semiperiférico e, 4) o agrário, mineral e demográfico periférico. Por fim, analisa a clivagem internacional que emergiu com a Pandemia Covid-19 e com a Guerra Russo-Ucraniana.","PeriodicalId":220500,"journal":{"name":"Revista da Escola Superior de Guerra","volume":"7 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141640301","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}