Pub Date : 2021-08-04DOI: 10.18540/revesvl4iss4pp12931-01-16e
Domingos Carlos Batone
O artigo discute a inclusão das Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho moçambicano através de duas (2) dimensões das políticas públicas de emprego, nomeadamente, as passivas que fornecem suporte de renda para pessoas desempregadas por meio do seguro-desemprego e outros subsídios sociais, bem como as activas, destinadas a ajudar os deficientes desempregados a voltar ao trabalho com novas competências, por meio dos programas de treinamento e criação directa de emprego no sector público e privado. Embora ambas as abordagens tenham as suas valências, serão aplicadas na prática para verificar o nível de inclusão das PcD nas políticas públicas de emprego, identificar as alternativas e desafios para a sua Implementação. Recorrendo a uma metodologia mista, será operacionalizada a consulta bibliográfica, estatísticas do Quarto Censo Geral de 2017 e aplicadas entrevistas aos deficientes que integram a organização TV Surdo, vocacionada na defesa dos direitos das PcD. No entanto, a continuidade das práticas de descriminação e estigmatização limitam cada vez mais o seu acesso ao mercado de trabalho, demandando assim por medidas que promovam acções afirmativas para este grupo prioritário. O estudo chegou a conclusão de que, as políticas públicas de emprego em Moçambique são predominantemente passivas, no entanto, dos subsídios alocados desde 2018 até 2021 não sofreram nenhum incremento, apesar do comportamento da inflação demostrar o aumento do alto custo de vida. Assim, recomenda-se que as medidas passivas devem continuar, desde que sejam mais inclusivas e os empregadores precisarão de ser socializados a participar nos programas que revitalizem as políticas activas para este grupo vulnerável.
{"title":"Inclusão da Pessoa com Deficiência nas Políticas Públicas de Emprego em Moçambique","authors":"Domingos Carlos Batone","doi":"10.18540/revesvl4iss4pp12931-01-16e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss4pp12931-01-16e","url":null,"abstract":"O artigo discute a inclusão das Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho moçambicano através de duas (2) dimensões das políticas públicas de emprego, nomeadamente, as passivas que fornecem suporte de renda para pessoas desempregadas por meio do seguro-desemprego e outros subsídios sociais, bem como as activas, destinadas a ajudar os deficientes desempregados a voltar ao trabalho com novas competências, por meio dos programas de treinamento e criação directa de emprego no sector público e privado. Embora ambas as abordagens tenham as suas valências, serão aplicadas na prática para verificar o nível de inclusão das PcD nas políticas públicas de emprego, identificar as alternativas e desafios para a sua Implementação. Recorrendo a uma metodologia mista, será operacionalizada a consulta bibliográfica, estatísticas do Quarto Censo Geral de 2017 e aplicadas entrevistas aos deficientes que integram a organização TV Surdo, vocacionada na defesa dos direitos das PcD. No entanto, a continuidade das práticas de descriminação e estigmatização limitam cada vez mais o seu acesso ao mercado de trabalho, demandando assim por medidas que promovam acções afirmativas para este grupo prioritário. O estudo chegou a conclusão de que, as políticas públicas de emprego em Moçambique são predominantemente passivas, no entanto, dos subsídios alocados desde 2018 até 2021 não sofreram nenhum incremento, apesar do comportamento da inflação demostrar o aumento do alto custo de vida. Assim, recomenda-se que as medidas passivas devem continuar, desde que sejam mais inclusivas e os empregadores precisarão de ser socializados a participar nos programas que revitalizem as políticas activas para este grupo vulnerável.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"527 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132474469","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12766-01-11e
Ingrit Yasmin Oliveira da Silva Batista, F. França
Este texto visa relatar uma experiência didático-pedagógica de uma prática de Estágio Supervisionado do 4° ano, do curso de Pedagogia, da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, na modalidade da educação não escolar. A pesquisa foi desenvolvida com participantes do Programa Patronato no município de Campo Mourão – PR, sendo 8 homens e 1 mulher, que foram atendidos/as pelo Subprograma Basta, com o objetivo de proporcionar reflexões e discussões sobre violência doméstica e familiar. As atividades foram realizadas durante o segundo semestre do ano de 2017. Constatamos que as ações realizadas propiciaram momentos de reflexões e contribuíram para a reinserção social dos/as participantes.
{"title":"Subprograma Basta e a violência doméstica: ações socioeducativas realizadas no programa patronato do município de Campo Mourão-PR","authors":"Ingrit Yasmin Oliveira da Silva Batista, F. França","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12766-01-11e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12766-01-11e","url":null,"abstract":"Este texto visa relatar uma experiência didático-pedagógica de uma prática de Estágio Supervisionado do 4° ano, do curso de Pedagogia, da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, na modalidade da educação não escolar. A pesquisa foi desenvolvida com participantes do Programa Patronato no município de Campo Mourão – PR, sendo 8 homens e 1 mulher, que foram atendidos/as pelo Subprograma Basta, com o objetivo de proporcionar reflexões e discussões sobre violência doméstica e familiar. As atividades foram realizadas durante o segundo semestre do ano de 2017. Constatamos que as ações realizadas propiciaram momentos de reflexões e contribuíram para a reinserção social dos/as participantes.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123507997","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12739-01-09e
José Douglas Alves dos Santos, Lucenir Lucena Ferreira, S. L. Lopes
O presente relato descreve a trajetória de um migrante nordestino, que chega em Roraima na década de 80. A escolha pela temática se fundamenta em dois momentos importantes: o primeiro diz respeito as lembranças da infância, da cultura, algo muito forte na minha vida; o segundo ocorreu quando, durante as aulas do curso de mestrado tomei consciência da historicidade e identidade que construí ao longo deste período mediatizado pelas relações sociais dos meios viventes, sentindo a necessidade de registrar estas ressignificações das identidades territoriais. A cada instância vivida houve um crescimento, com agregação de novos valores culturais, onde sofreu-se influencia e também influenciou. A pesquisa narrativa propõe revelar as memórias e histórias de um homem de 51 anos, que chegou ao estado de Roraima aos 18 anos, oriundo do Estado de Goiás. Concluímos que a escola é importante para. O desenvolvimento do processo de conhecimento sistemático que norteia a vida do sujeito, durante sua existência, oportunizando uma melhor qualidade de vida e ações mais conscientes acerca dos problemas que vivenciam.
{"title":"Identidade territorial: um estudo de caso de um migrante na cidade de São João do Baliza-RR","authors":"José Douglas Alves dos Santos, Lucenir Lucena Ferreira, S. L. Lopes","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12739-01-09e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12739-01-09e","url":null,"abstract":"O presente relato descreve a trajetória de um migrante nordestino, que chega em Roraima na década de 80. A escolha pela temática se fundamenta em dois momentos importantes: o primeiro diz respeito as lembranças da infância, da cultura, algo muito forte na minha vida; o segundo ocorreu quando, durante as aulas do curso de mestrado tomei consciência da historicidade e identidade que construí ao longo deste período mediatizado pelas relações sociais dos meios viventes, sentindo a necessidade de registrar estas ressignificações das identidades territoriais. A cada instância vivida houve um crescimento, com agregação de novos valores culturais, onde sofreu-se influencia e também influenciou. A pesquisa narrativa propõe revelar as memórias e histórias de um homem de 51 anos, que chegou ao estado de Roraima aos 18 anos, oriundo do Estado de Goiás. Concluímos que a escola é importante para. O desenvolvimento do processo de conhecimento sistemático que norteia a vida do sujeito, durante sua existência, oportunizando uma melhor qualidade de vida e ações mais conscientes acerca dos problemas que vivenciam. ","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"65 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130745104","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e
M. Nascimento
Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.
这是另一篇来自一位黑人女性的文章(我们有很多,还会有更多),她认为另一名黑人女性是行动、斗争和认识论反思的灵感。这也是一个与Audre Lorde的对话,关于沉默在行动中的转变,以及黑人女性在政治和变革行动中的愤怒组织,它被配置在一个由Dororidade (Vilma Piedade)和写作(conceicao Evaristo)产生的力量的旅程中。我们的角色是女权主义者,黑人女性,外围,歌手,演员,03个孩子和一个女儿的母亲,也是祖母。艾迪利亚·桑托斯(Clea)是一名黑人女性,她为她的社区唱着“鸟儿的女人”,大声呼喊,并在当地的墙壁之外产生共鸣。Clea有一种歌唱的火焰,一种集体的火焰,一种无声的声音的聚集,但她不为别人唱歌或说话,她表达、移动、煽动和引起骚动。她是espaco Mulher de Passarinho(前Kombeiras)、Ocupe Passarinho的组织者之一,她的行动主义在伯南布哥妇女论坛、伯南布哥黑人妇女网络、巴西妇女的联合中得到了表达,并与各种运动进行了民主的融合。它是关于黑人的力量,是关于将痛苦转化为力量,是关于黑人女性的伦理和诗学。
{"title":"Ediclea Santos: a voz da mulher negra que faz Passarinho cantar mais alto","authors":"M. Nascimento","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e","url":null,"abstract":"Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130626243","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12736-01-10e
A. R. Souza, M. S. D. Souza
O objetivo deste texto é fazer um relato de experiência de uma atividade que fez parte do minicurso Ensino de História, música popular brasileira e relações de gênero em sala de aula: perspectivas teóricas e metodológicas, dentro da programação da II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamento, da Universidade Estadual de Roraima, nos dias 15 e 16 de abril de 2021. O referido curso teve como objetivo abordar as potencialidades da música popular brasileira nas aulas de História do Brasil, para a discussão e compreensão das relações de gênero, visando a capacitação de professores e acadêmicos acerca da música enquanto expressão de um povo, como documento, linguagem, como instrumento de construção de subjetividades, como ferramenta didático-pedagógica e as possibilidades de seu uso nas aulas de História. Por sua vez a atividade aqui relatada buscou discutir a historicidade das questões de gênero, do feminismo no mundo e na sociedade brasileira. O contexto em que nascem as reflexões e as demandas dos dias atuais, valendo-se dos aportes de alguns teóricos dialogando com o conteúdo de três canções brasileiras: Ai, que saudade da Amélia; Assim não dá e Triste, louca ou má. As participações nos diálogos comprovaram a eficiência da metodologia. Houve momentos de entusiasmo por parte dos/as cursistas ao constatarem o potencial da música popular brasileira, revelando-se importante documento e fonte nos estudos sobre as relações de gênero.
本文的目标是做一份minicurso的一部分的活动体验教学故事,巴西流行音乐教室和性别关系:理论观点和方法论,在编程二次旅程的性别文化和位移,赖马州立大学,2021年4月15日和16日。这个课程的目的是解决潜在的巴西巴西流行音乐的历史,讨论和理解性别的关系,旨在使教师和学者对在展现一个民族,是音乐文件,语言,作为一种工具来构建主体性教育组,作为教学工具和使用在历史课上使用的可能性。反过来,这里报道的活动试图讨论性别问题的历史性,女权主义在世界和巴西社会。今天的反思和需求产生的背景,利用一些理论家的贡献与三首巴西歌曲的内容对话:Ai, que saudade da amelia;所以它不给悲伤,疯狂或坏。参与对话证明了该方法的有效性。当参与者发现巴西流行音乐的潜力时,他们有热情的时刻,揭示了性别关系研究的重要文件和来源。
{"title":"Ensino de história, música popular brasileira e relações de gênero em sala de aula: perspectivas teóricas e metodológicas","authors":"A. R. Souza, M. S. D. Souza","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12736-01-10e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12736-01-10e","url":null,"abstract":"O objetivo deste texto é fazer um relato de experiência de uma atividade que fez parte do minicurso Ensino de História, música popular brasileira e relações de gênero em sala de aula: perspectivas teóricas e metodológicas, dentro da programação da II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamento, da Universidade Estadual de Roraima, nos dias 15 e 16 de abril de 2021. O referido curso teve como objetivo abordar as potencialidades da música popular brasileira nas aulas de História do Brasil, para a discussão e compreensão das relações de gênero, visando a capacitação de professores e acadêmicos acerca da música enquanto expressão de um povo, como documento, linguagem, como instrumento de construção de subjetividades, como ferramenta didático-pedagógica e as possibilidades de seu uso nas aulas de História. Por sua vez a atividade aqui relatada buscou discutir a historicidade das questões de gênero, do feminismo no mundo e na sociedade brasileira. O contexto em que nascem as reflexões e as demandas dos dias atuais, valendo-se dos aportes de alguns teóricos dialogando com o conteúdo de três canções brasileiras: Ai, que saudade da Amélia; Assim não dá e Triste, louca ou má. As participações nos diálogos comprovaram a eficiência da metodologia. Houve momentos de entusiasmo por parte dos/as cursistas ao constatarem o potencial da música popular brasileira, revelando-se importante documento e fonte nos estudos sobre as relações de gênero. ","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131829208","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12692-01-08e
Francisco Marcos Mendes Nogueira
O presente texto versa sobre os limites e as possibilidades da História Oral (HO), especialmente nas pesquisas realizadas no campo das Ciências Humanas e Sociais. Assim, nosso o ponto de partida se dá, a priori, com a compreensão de que a HO é um procedimento metodológico e, ao mesmo tempo, um meio em que o (a) pesquisador (a) lança mão a fim de (re) constituir testemunhos, versões e/ou interpretações da ação dos sujeitos históricos, bem como para produzir conhecimentos históricos. Posto isso, vale sublinhar o lugar de fala deste texto, a qual se deu/dar com experiência do minicurso Diálogos sobre história oral: limites e possibilidade, ofertado na II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamentos, no mês de abril de 2021. Devido à pandemia do Coronavírus (COVID-19), o evento aconteceu na modalidade remota através do Google Meet. A metodologia do minicurso buscou privilegiar a dialogicidade com base na discussão de texto pré-selecionados (Montenegro, 2003; Delgado, 2003; 2006; Alberti, 2007; 2014; Portelli, 1997; 2005; 2010; 2016), exibição do filme Narradores de Javé. Ao final, foi possível depreender que, embora, a metodologia da HO seja uma ferramenta metodológica atraente, ela tem seus limites, desafios e percalços.
{"title":"Diálogos sobre história oral: limites e possibilidades","authors":"Francisco Marcos Mendes Nogueira","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12692-01-08e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12692-01-08e","url":null,"abstract":"O presente texto versa sobre os limites e as possibilidades da História Oral (HO), especialmente nas pesquisas realizadas no campo das Ciências Humanas e Sociais. Assim, nosso o ponto de partida se dá, a priori, com a compreensão de que a HO é um procedimento metodológico e, ao mesmo tempo, um meio em que o (a) pesquisador (a) lança mão a fim de (re) constituir testemunhos, versões e/ou interpretações da ação dos sujeitos históricos, bem como para produzir conhecimentos históricos. Posto isso, vale sublinhar o lugar de fala deste texto, a qual se deu/dar com experiência do minicurso Diálogos sobre história oral: limites e possibilidade, ofertado na II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamentos, no mês de abril de 2021. Devido à pandemia do Coronavírus (COVID-19), o evento aconteceu na modalidade remota através do Google Meet. A metodologia do minicurso buscou privilegiar a dialogicidade com base na discussão de texto pré-selecionados (Montenegro, 2003; Delgado, 2003; 2006; Alberti, 2007; 2014; Portelli, 1997; 2005; 2010; 2016), exibição do filme Narradores de Javé. Ao final, foi possível depreender que, embora, a metodologia da HO seja uma ferramenta metodológica atraente, ela tem seus limites, desafios e percalços.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128595602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12787-01-10e
J. Oliveira
O presente trabalho analisou as experiências migratórias de três mulheres de diferentes localidades da Amazônia que se deslocaram sozinhas para a cidade de Boa Vista (RR) entre 1990 a 2000. Neste artigo, buscou compreender como ocorreram os processos de deslocamentos da cidade de origem à cidade Boa Vista, particularmente as relações de gênero com a finalidade de garantir a visibilidade enquanto protagonistas de suas trajetórias. Para isso, utilizou a metodologia história oral por meio de entrevistas semi estruturadas, abordando desde o cotidiano na cidade de origem ou local de referência, passando pelo processo de deslocamento, até a inserção/chegada à Boa Vista e as relações de gênero de três mulheres brasileiras, nortistas e migrantes, sendo o local de origem/referência Manaus (AM), Belém (PA) e Laranjal do Jari (AP).
{"title":"Trajetória de mulheres migrantes da/na Amazônia: processo de deslocamentos, inserção e relações de gênero (cidade de Boa Vista - 1990 a 2000)","authors":"J. Oliveira","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12787-01-10e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12787-01-10e","url":null,"abstract":"O presente trabalho analisou as experiências migratórias de três mulheres de diferentes localidades da Amazônia que se deslocaram sozinhas para a cidade de Boa Vista (RR) entre 1990 a 2000. Neste artigo, buscou compreender como ocorreram os processos de deslocamentos da cidade de origem à cidade Boa Vista, particularmente as relações de gênero com a finalidade de garantir a visibilidade enquanto protagonistas de suas trajetórias. Para isso, utilizou a metodologia história oral por meio de entrevistas semi estruturadas, abordando desde o cotidiano na cidade de origem ou local de referência, passando pelo processo de deslocamento, até a inserção/chegada à Boa Vista e as relações de gênero de três mulheres brasileiras, nortistas e migrantes, sendo o local de origem/referência Manaus (AM), Belém (PA) e Laranjal do Jari (AP). ","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128111123","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12789-01-05e
Raimunda Gomes da Silva, Mariana Cunha Pereira, Francisco Marcos Mendes Nogueira, Alessandra Rufino Santos, Alexandre Adalberto Pereira, Maria Lucia Valada de Brito
A II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamentos realizada em abril de 2021, de forma online, teve como objetivos propiciar estudos e debates de forma propositivas, bem como proporcionar espaço de debates, estudos, reflexões críticas e propositivas sobre as relações de gênero em diferentes níveis de deslocamentos contemporâneos, especialmente no contexto atual da política fascista, que interdita o processo sócio-histórico da construção de uma sociedade democrática e plural em que haja pesquisadores(as), estudantes de graduação, pós-graduação, ativistas interessados(as) em enriquecer as discussões, suscitar outros olhares e novas possibilidades de se pensar as práticas de ensino, pesquisa e extensão, seja no campo da história e/ou da educação, a partir da abordagem de gênero, da cultura e dos deslocamentos humanos. Dessa forma, o volume da REVES – Revista de Relações Sociais ora apresentado assume o compromisso de ampliar leituras e romper barreiras impostas a essas dimensões relacionadas às questões de Gênero, Cultura e Deslocamentos. Os artigos aqui publicados foram organizados à luz dos três eixos temáticos: “Gênero, Identidades e Deslocamentos”, “Gênero, Educação e Sexualidade”, e “Estudos de Gênero – possibilidades metodológicas”.
{"title":"Gênero, cultura e deslocamentos: uma pequena história e muitas inquietações","authors":"Raimunda Gomes da Silva, Mariana Cunha Pereira, Francisco Marcos Mendes Nogueira, Alessandra Rufino Santos, Alexandre Adalberto Pereira, Maria Lucia Valada de Brito","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12789-01-05e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12789-01-05e","url":null,"abstract":"A II Jornada de Gênero, Cultura e Deslocamentos realizada em abril de 2021, de forma online, teve como objetivos propiciar estudos e debates de forma propositivas, bem como proporcionar espaço de debates, estudos, reflexões críticas e propositivas sobre as relações de gênero em diferentes níveis de deslocamentos contemporâneos, especialmente no contexto atual da política fascista, que interdita o processo sócio-histórico da construção de uma sociedade democrática e plural em que haja pesquisadores(as), estudantes de graduação, pós-graduação, ativistas interessados(as) em enriquecer as discussões, suscitar outros olhares e novas possibilidades de se pensar as práticas de ensino, pesquisa e extensão, seja no campo da história e/ou da educação, a partir da abordagem de gênero, da cultura e dos deslocamentos humanos. Dessa forma, o volume da REVES – Revista de Relações Sociais ora apresentado assume o compromisso de ampliar leituras e romper barreiras impostas a essas dimensões relacionadas às questões de Gênero, Cultura e Deslocamentos. Os artigos aqui publicados foram organizados à luz dos três eixos temáticos: “Gênero, Identidades e Deslocamentos”, “Gênero, Educação e Sexualidade”, e “Estudos de Gênero – possibilidades metodológicas”.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123871089","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12781-01-11e
Mariana Cunha Pereira, Danielle da Silva Trindade
Este artigo pretende descrever o modo como ocorreram as atividades do Grupo de Trabalho – Mulheres Indígenas – saberes e fazeres na pandemia. O referido GT foi proposto e realizado durante a II Jornada de Gênero, ocorrido entre os dias 14 a 17 de abril, organizado pelo grupo de estudo Gênero – Cultura e Deslocamentos/UERR. A ideia é explicar que o GT se realizou em formato de roda de conversa aproveitando a participação dos inscritos como ouvintes. O grupo era majoritariamente de mulheres e obedeceu um recorte étnico de participação com mulheres indígenas e negras. A metodologia implementada por meio das narrativas das participantes a partir de três perguntas geradoras, conforme Freire (1986) colocadas para fomentar o debate sobre os fazeres e saberes das mulheres no seu cotidiano em tempos de pandemia. Participaram nove mulheres, incluindo as coordenadoras. Ao final consideramos que o espaço do GT construído nesse evento é uma conquista para a discussão de gênero se efetivar com a interseccionalidade da etnia. Que violência contra mulheres é, sem dúvida, um tema recorrente quando se discute relações saberes e fazeres do cotidiano, ainda mais em tempos de pandemia.
{"title":"Mulheres Indígenas: saberes e fazeres na pandemia","authors":"Mariana Cunha Pereira, Danielle da Silva Trindade","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12781-01-11e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12781-01-11e","url":null,"abstract":"Este artigo pretende descrever o modo como ocorreram as atividades do Grupo de Trabalho – Mulheres Indígenas – saberes e fazeres na pandemia. O referido GT foi proposto e realizado durante a II Jornada de Gênero, ocorrido entre os dias 14 a 17 de abril, organizado pelo grupo de estudo Gênero – Cultura e Deslocamentos/UERR. A ideia é explicar que o GT se realizou em formato de roda de conversa aproveitando a participação dos inscritos como ouvintes. O grupo era majoritariamente de mulheres e obedeceu um recorte étnico de participação com mulheres indígenas e negras. A metodologia implementada por meio das narrativas das participantes a partir de três perguntas geradoras, conforme Freire (1986) colocadas para fomentar o debate sobre os fazeres e saberes das mulheres no seu cotidiano em tempos de pandemia. Participaram nove mulheres, incluindo as coordenadoras. Ao final consideramos que o espaço do GT construído nesse evento é uma conquista para a discussão de gênero se efetivar com a interseccionalidade da etnia. Que violência contra mulheres é, sem dúvida, um tema recorrente quando se discute relações saberes e fazeres do cotidiano, ainda mais em tempos de pandemia. \u0000 ","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128096931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-02DOI: 10.18540/revesvl4iss3pp12682-01-11e
É. Alves, D. Voss
O texto apresenta um estudo acerca da produção discursiva do tema masculinidade a partir da descrição e análise do documentário “A Caixa dos Homens”, dispositivo desenvolvido para a política de enfrentamento à violência contra mulheres nos encontros dos Grupos Reflexivos de Gênero. Opera-se o estudo com base nas teorias pós-estruturalistas, acerca dos conceitos de relações de poder-saber, regimes de verdade e processos de subjetivação, relações de gênero e patriarcado, decolonialidade e interseccionalidade. Entende-se que a desconstrução da violência de gênero requer um exercício crítico do pensamento ocidental que estabeleceu categorias subjetivas binárias e que segue naturalizando relações assimétricas entre homens e mulheres. É preciso entender que a construção da masculinidade varia em diferentes culturas e através do tempo. Seu significado também se modifica ao longo da trajetória de vida de diferentes homens. Portanto, a produção da masculinidade é plural e se articula de diferentes maneiras com outros marcadores, como a classe social, a raça e a performance sexual, o que requer um tratamento multifacetado das masculinidades pelas práticas que visam o enfrentamento das violências.
{"title":"A caixa preta da violência de gênero: masculinidade(s) em deslocamentos","authors":"É. Alves, D. Voss","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12682-01-11e","DOIUrl":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12682-01-11e","url":null,"abstract":"O texto apresenta um estudo acerca da produção discursiva do tema masculinidade a partir da descrição e análise do documentário “A Caixa dos Homens”, dispositivo desenvolvido para a política de enfrentamento à violência contra mulheres nos encontros dos Grupos Reflexivos de Gênero. Opera-se o estudo com base nas teorias pós-estruturalistas, acerca dos conceitos de relações de poder-saber, regimes de verdade e processos de subjetivação, relações de gênero e patriarcado, decolonialidade e interseccionalidade. Entende-se que a desconstrução da violência de gênero requer um exercício crítico do pensamento ocidental que estabeleceu categorias subjetivas binárias e que segue naturalizando relações assimétricas entre homens e mulheres. É preciso entender que a construção da masculinidade varia em diferentes culturas e através do tempo. Seu significado também se modifica ao longo da trajetória de vida de diferentes homens. Portanto, a produção da masculinidade é plural e se articula de diferentes maneiras com outros marcadores, como a classe social, a raça e a performance sexual, o que requer um tratamento multifacetado das masculinidades pelas práticas que visam o enfrentamento das violências.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128510834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}