Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v7n13p180-202
Everton De Almeida Nunes, Erna Barros, Danielle Parfentieff de Noronha
O presente artigo propõe discutir alguns dos aspectos conceituais da Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory) e apresentar a aplicabilidade deste procedimento metodológico na análise de recepção, utilizando como exemplo a pesquisa de mestrado intitulada Da Sala ou Da Cozinha: Que horas ela volta? - estudo de recepção com domésticas e patroas. A dissertação foi realizada no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS), entre 2015 a 2018, e tomou como ponto de partida o filme brasileiro “Que Horas Ela Volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert. Neste texto buscamos apresentar como tal abordagem teórica, junto aos Estudos da Recepção, pode contribuir na compreensão dos significados construídos pelo recorte de audiência a ser analisado, sobretudo por ser uma metodologia com raízes no interacionismo simbólico.
本文旨在讨论 "基础理论 "的一些概念方面,并以题为 "从起居室到厨房:她什么时候回来?- 的硕士研究为例,介绍这一方法在接待分析中的应用。该论文于 2015 年至 2018 年期间在塞尔希培联邦大学(UFS)的社会传播课程中完成,以 Anna Muylaert 执导的巴西电影 "Que Horas Ela Volta?"(2015 年)为起点。在本文中,我们试图介绍这种理论方法与接受研究(Reception Studies)如何有助于理解被分析的观众所建构的意义,这首先是因为它是一种植根于符号互动论的方法论。
{"title":"DA SALA OU DA COZINHA: QUE HORAS ELA VOLTA? - ESTUDO DE RECEPÇÃO COM DOMÉSTICAS E PATROAS: REFLEXÕES SOBRE PERCURSOS METODOLÓGICOS","authors":"Everton De Almeida Nunes, Erna Barros, Danielle Parfentieff de Noronha","doi":"10.21665/2318-3888.v7n13p180-202","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v7n13p180-202","url":null,"abstract":"O presente artigo propõe discutir alguns dos aspectos conceituais da Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory) e apresentar a aplicabilidade deste procedimento metodológico na análise de recepção, utilizando como exemplo a pesquisa de mestrado intitulada Da Sala ou Da Cozinha: Que horas ela volta? - estudo de recepção com domésticas e patroas. A dissertação foi realizada no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS), entre 2015 a 2018, e tomou como ponto de partida o filme brasileiro “Que Horas Ela Volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert. Neste texto buscamos apresentar como tal abordagem teórica, junto aos Estudos da Recepção, pode contribuir na compreensão dos significados construídos pelo recorte de audiência a ser analisado, sobretudo por ser uma metodologia com raízes no interacionismo simbólico.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":" 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139788419","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p56-87
Ariel Finguerut, Priscila E. Silva
Tendo por perspectiva a crise democrática atual este artigo visa ampliar a compreensão sobre a figura política de Jair Messias Bolsonaro buscando entender como seu governo se relaciona com a crise. O caminho metodológico seguido foi à análise de seu pensamento a partir de alguns de seus discursos (tornados públicos), bem como o de algumas figuras de seu governo, à luz de aportes teóricos da Ciência Política e da Sociologia (com ênfase na Sociologia das Relações Raciais). Objetivamos ressaltar aspectos presentes no governo de Bolsonaro que nos ajudam a construir uma visão mais sistêmica (ampla) sobre a crise democrática brasileira. Tal análise nos possibilita concluir que o governo de Jair M. Bolsonaro não só se alinha a uma mentalidade retrógrada e racista como também instrumentaliza (por meio de estratégias populistas e nacionalistas) o descontentamento de parte dos brasileiros frente aos desafios de um regime democrático em favor de um projeto de poder disruptivo, porém em concordância com a colonialidade de poder que ainda nos atravessa.
{"title":"CRISE DEMOCRÁTICA E RACISMO NO BRASIL","authors":"Ariel Finguerut, Priscila E. Silva","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p56-87","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p56-87","url":null,"abstract":"Tendo por perspectiva a crise democrática atual este artigo visa ampliar a compreensão sobre a figura política de Jair Messias Bolsonaro buscando entender como seu governo se relaciona com a crise. O caminho metodológico seguido foi à análise de seu pensamento a partir de alguns de seus discursos (tornados públicos), bem como o de algumas figuras de seu governo, à luz de aportes teóricos da Ciência Política e da Sociologia (com ênfase na Sociologia das Relações Raciais). Objetivamos ressaltar aspectos presentes no governo de Bolsonaro que nos ajudam a construir uma visão mais sistêmica (ampla) sobre a crise democrática brasileira. Tal análise nos possibilita concluir que o governo de Jair M. Bolsonaro não só se alinha a uma mentalidade retrógrada e racista como também instrumentaliza (por meio de estratégias populistas e nacionalistas) o descontentamento de parte dos brasileiros frente aos desafios de um regime democrático em favor de um projeto de poder disruptivo, porém em concordância com a colonialidade de poder que ainda nos atravessa.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":" 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139789496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p107-127
Luciléia Aparecida Colombo, Soraya Regina Gasparetto Lunardi
O presente artigo se propõe analisar qual a influência do federalismo brasileiro na argumentação desenvolvida através da interpretação jurídica nos votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, os quais foram devidamente apresentados ao processo responsável por definir os critérios da Ação Direta de Constitucionalidade 6341. Neste sentido, buscamos interpretar como a concepção desta Corte sobre a delimitação do conceito de federalismo mostrou-se decisiva no voto emitido, no que tange à pandemia da Covid-19. Metodologicamente, nos amparamos em fontes primária e secundária, sendo a primeira a análise dos votos dos Ministros do STF e a segunda, calcada em periódicos científicos especializados sobre a temática aqui processada. Como resultados preliminares, podemos destacar que as noções de checks and balances, presentes na teoria federalista, são decisivas para políticas públicas que encontram resistências e dissensos no interior da sociedade brasileira, transferindo ao Poder Judiciário, a competência não somente para arbitrar o conflito, como para regular a formulação e implementação de políticas públicas.
{"title":"DEMOCRACIA BRASILEIRA E O FEDERALISMO","authors":"Luciléia Aparecida Colombo, Soraya Regina Gasparetto Lunardi","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p107-127","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p107-127","url":null,"abstract":"O presente artigo se propõe analisar qual a influência do federalismo brasileiro na argumentação desenvolvida através da interpretação jurídica nos votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, os quais foram devidamente apresentados ao processo responsável por definir os critérios da Ação Direta de Constitucionalidade 6341. Neste sentido, buscamos interpretar como a concepção desta Corte sobre a delimitação do conceito de federalismo mostrou-se decisiva no voto emitido, no que tange à pandemia da Covid-19. Metodologicamente, nos amparamos em fontes primária e secundária, sendo a primeira a análise dos votos dos Ministros do STF e a segunda, calcada em periódicos científicos especializados sobre a temática aqui processada. Como resultados preliminares, podemos destacar que as noções de checks and balances, presentes na teoria federalista, são decisivas para políticas públicas que encontram resistências e dissensos no interior da sociedade brasileira, transferindo ao Poder Judiciário, a competência não somente para arbitrar o conflito, como para regular a formulação e implementação de políticas públicas.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":" 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139789499","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p09-33
Andréa Depieri de Albuquerque Reginato, Paloma Da Silva Santos
A partir da formatação constitucional dada às forças armadas no Brasil, o texto explicita enclaves autoritários remanescentes do processo brasileiro de transição para a democracia, em especial no se refere às relações civis militares.
{"title":"TRANSIÇÃO INCOMPLETA, ENCLAVES AUTORITÁRIOS","authors":"Andréa Depieri de Albuquerque Reginato, Paloma Da Silva Santos","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p09-33","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p09-33","url":null,"abstract":"A partir da formatação constitucional dada às forças armadas no Brasil, o texto explicita enclaves autoritários remanescentes do processo brasileiro de transição para a democracia, em especial no se refere às relações civis militares.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"166 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139849194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p56-87
Ariel Finguerut, Priscila E. Silva
Tendo por perspectiva a crise democrática atual este artigo visa ampliar a compreensão sobre a figura política de Jair Messias Bolsonaro buscando entender como seu governo se relaciona com a crise. O caminho metodológico seguido foi à análise de seu pensamento a partir de alguns de seus discursos (tornados públicos), bem como o de algumas figuras de seu governo, à luz de aportes teóricos da Ciência Política e da Sociologia (com ênfase na Sociologia das Relações Raciais). Objetivamos ressaltar aspectos presentes no governo de Bolsonaro que nos ajudam a construir uma visão mais sistêmica (ampla) sobre a crise democrática brasileira. Tal análise nos possibilita concluir que o governo de Jair M. Bolsonaro não só se alinha a uma mentalidade retrógrada e racista como também instrumentaliza (por meio de estratégias populistas e nacionalistas) o descontentamento de parte dos brasileiros frente aos desafios de um regime democrático em favor de um projeto de poder disruptivo, porém em concordância com a colonialidade de poder que ainda nos atravessa.
{"title":"CRISE DEMOCRÁTICA E RACISMO NO BRASIL","authors":"Ariel Finguerut, Priscila E. Silva","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p56-87","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p56-87","url":null,"abstract":"Tendo por perspectiva a crise democrática atual este artigo visa ampliar a compreensão sobre a figura política de Jair Messias Bolsonaro buscando entender como seu governo se relaciona com a crise. O caminho metodológico seguido foi à análise de seu pensamento a partir de alguns de seus discursos (tornados públicos), bem como o de algumas figuras de seu governo, à luz de aportes teóricos da Ciência Política e da Sociologia (com ênfase na Sociologia das Relações Raciais). Objetivamos ressaltar aspectos presentes no governo de Bolsonaro que nos ajudam a construir uma visão mais sistêmica (ampla) sobre a crise democrática brasileira. Tal análise nos possibilita concluir que o governo de Jair M. Bolsonaro não só se alinha a uma mentalidade retrógrada e racista como também instrumentaliza (por meio de estratégias populistas e nacionalistas) o descontentamento de parte dos brasileiros frente aos desafios de um regime democrático em favor de um projeto de poder disruptivo, porém em concordância com a colonialidade de poder que ainda nos atravessa.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"60 5-6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139849386","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p88-106
M. A. Souza
Os últimos meses no Brasil, além de serem marcados pelo medo trazido pela enorme quantidade de óbitos relacionados a COVID-19, também foram palco de um espetáculo de desinformação, irresponsabilidades e desdém com a vida. Se não bastasse a minimização dos riscos da doença por parte do presidente da república, ainda se viu a incitação às manifestações, campanhas de seus aliados para que apoiadores rompessem a quarentena nos estados que a aderiram e tentativas da utilização de brechas na lei para flexibilizá-la. Nesse sentido, o artigo tem como tema o debate a respeito da disputa para se colocar as atividades religiosas como atividades essenciais durante a pandemia, ao entender esse movimento como uma resposta direta das relações entre Bolsonaro e setores religiosos conservadores/reacionários, que garantiram sua eleição, e estabelecendo que dentro de um governo que propõe uma narrativa de que a economia não pode parar, a definição da fé como um grande negócio parece bastante adequada para o cenário atual.
{"title":"BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DA VIDA","authors":"M. A. Souza","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p88-106","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p88-106","url":null,"abstract":"Os últimos meses no Brasil, além de serem marcados pelo medo trazido pela enorme quantidade de óbitos relacionados a COVID-19, também foram palco de um espetáculo de desinformação, irresponsabilidades e desdém com a vida. Se não bastasse a minimização dos riscos da doença por parte do presidente da república, ainda se viu a incitação às manifestações, campanhas de seus aliados para que apoiadores rompessem a quarentena nos estados que a aderiram e tentativas da utilização de brechas na lei para flexibilizá-la. Nesse sentido, o artigo tem como tema o debate a respeito da disputa para se colocar as atividades religiosas como atividades essenciais durante a pandemia, ao entender esse movimento como uma resposta direta das relações entre Bolsonaro e setores religiosos conservadores/reacionários, que garantiram sua eleição, e estabelecendo que dentro de um governo que propõe uma narrativa de que a economia não pode parar, a definição da fé como um grande negócio parece bastante adequada para o cenário atual.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":" 27","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139787788","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.21665/2318-3888.v8n16p34-55
Martonio Mont'alverne Barreto Lima, Newton de Menezes Albuquerque
O presente texto se dispõe a analisar a Constituição Federal de 1988 do Brasil e sua trajetória recente. Os aspectos teóricos que serão abordados enfrentam a natureza política da Constituição Federal e o significado de um de seus principais pontos que foi a ampliação da atuação do Poder Judiciário no manejo das normas constitucionais durante a chamada crise política brasileira iniciada em 2014. A partir desse ponto, a pesquisa evolui para o papel desta Corte Suprema brasileira num dos principais momentos da crise política que culminou com a destituição da Presidente: o julgamento a envolver controle da constitucionalidade que seria determinante para o desfecho do processo de impeachment em 2016. O trabalho conclui pela deficiência do Poder Judiciário na consolidação da Constituição de 1988, bem como no limite de implementação de temas centrais da mesma Constituição, para concluir pela responsabilidade do Supremo Tribunal no desgaste do tecido constitucional dirigente e intervencionista.
{"title":"CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL E A PROMESSA DEMOCRÁTICA INTERROMPIDA","authors":"Martonio Mont'alverne Barreto Lima, Newton de Menezes Albuquerque","doi":"10.21665/2318-3888.v8n16p34-55","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p34-55","url":null,"abstract":"O presente texto se dispõe a analisar a Constituição Federal de 1988 do Brasil e sua trajetória recente. Os aspectos teóricos que serão abordados enfrentam a natureza política da Constituição Federal e o significado de um de seus principais pontos que foi a ampliação da atuação do Poder Judiciário no manejo das normas constitucionais durante a chamada crise política brasileira iniciada em 2014. A partir desse ponto, a pesquisa evolui para o papel desta Corte Suprema brasileira num dos principais momentos da crise política que culminou com a destituição da Presidente: o julgamento a envolver controle da constitucionalidade que seria determinante para o desfecho do processo de impeachment em 2016. O trabalho conclui pela deficiência do Poder Judiciário na consolidação da Constituição de 1988, bem como no limite de implementação de temas centrais da mesma Constituição, para concluir pela responsabilidade do Supremo Tribunal no desgaste do tecido constitucional dirigente e intervencionista.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":" 31","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139788877","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.21665/2318-3888.v11n22p94-120
Vincenzo Raimondi
A noção de linguajar oferece uma nova compreensão da relação íntima entre socialidade e linguagem. Neste artigo, abordo a emergência evolutiva da linguagem, assumindo a teoria autopoiética da deriva natural. Mostro que essa abordagem sistêmica da evolução oferece o background epistemológico ideal para avaliar o papel do linguajar no processo de hominização. A ideia central é que o modo de vida baseado no linguajar agiu como um atrator para o processo evolutivo. Essa reivindicação depende de três suposições interrelacionadas: 1) hábitos comportamentais e relacionais podem canalizar o curso de mudanças genéticas e estruturais; 2) a coordenação recursiva e formas específicas de socialidade definem as condições sistêmicas para a coexistência-pelo-linguajar a ser conservada ao longo de gerações; 3) a conservação dessas condições sistêmicas dão origem a um processo de feedback positivo em espiral que envolve o corpo, a cognição, e a cultura.
{"title":"PAPEL DO LINGUAJAR NA EVOLUÇÃO HUMANA","authors":"Vincenzo Raimondi","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p94-120","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p94-120","url":null,"abstract":"A noção de linguajar oferece uma nova compreensão da relação íntima entre socialidade e linguagem. Neste artigo, abordo a emergência evolutiva da linguagem, assumindo a teoria autopoiética da deriva natural. Mostro que essa abordagem sistêmica da evolução oferece o background epistemológico ideal para avaliar o papel do linguajar no processo de hominização. A ideia central é que o modo de vida baseado no linguajar agiu como um atrator para o processo evolutivo. Essa reivindicação depende de três suposições interrelacionadas: 1) hábitos comportamentais e relacionais podem canalizar o curso de mudanças genéticas e estruturais; 2) a coordenação recursiva e formas específicas de socialidade definem as condições sistêmicas para a coexistência-pelo-linguajar a ser conservada ao longo de gerações; 3) a conservação dessas condições sistêmicas dão origem a um processo de feedback positivo em espiral que envolve o corpo, a cognição, e a cultura.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139804503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.21665/2318-3888.v11n22p26-48
A. Marinho
Ao retornarem às lembranças do período de lutas pelo território indígena Xokó, as mulheres destacam na narrativa coletiva novos personagens, modos de existência, performances e memória. Como em um processo de retomada da retomada, narrativas outras tomam corpo nessa oralitura. Ancorada no trabalho da memória da luta pela terra, entrelaçando pesquisa etnográfica e documental - tendo como suporte interlocutor a produção audiovisual - este estudo deságua na intersecção entre gênero e construção da memória coletiva, além de compreender formas de resistência e protagonismo das mulheres, desde dentro das narrativas Xokó. A partir do trabalho da memória feminina foi possível identificar áreas de atuação encabeçadas por elas: econômica, educativa, mágico-religiosa e cultural. Áreas essas que dialogam e se interseccionam. Sendo assim, vamos compreender que ao narrarem as próprias memórias, as mulheres retomam o lugar de protagonismo na história e subvertem as pressões das políticas de invisibilização, não apenas quanto ao gênero, mas também quanto ao coletivo indígena como um todo.
{"title":"GÊNERO E CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA COLETIVA","authors":"A. Marinho","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p26-48","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p26-48","url":null,"abstract":"Ao retornarem às lembranças do período de lutas pelo território indígena Xokó, as mulheres destacam na narrativa coletiva novos personagens, modos de existência, performances e memória. Como em um processo de retomada da retomada, narrativas outras tomam corpo nessa oralitura. Ancorada no trabalho da memória da luta pela terra, entrelaçando pesquisa etnográfica e documental - tendo como suporte interlocutor a produção audiovisual - este estudo deságua na intersecção entre gênero e construção da memória coletiva, além de compreender formas de resistência e protagonismo das mulheres, desde dentro das narrativas Xokó. A partir do trabalho da memória feminina foi possível identificar áreas de atuação encabeçadas por elas: econômica, educativa, mágico-religiosa e cultural. Áreas essas que dialogam e se interseccionam. Sendo assim, vamos compreender que ao narrarem as próprias memórias, as mulheres retomam o lugar de protagonismo na história e subvertem as pressões das políticas de invisibilização, não apenas quanto ao gênero, mas também quanto ao coletivo indígena como um todo.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139802568","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}