O objetivo neste artigo é discutir como profissionais que já passaram por vínculos tradicionais de trabalho se organizam na nova realidade laboral da experimentação de contratos flexíveis, considerados, na pesquisa aqui relatada, como contratos não CLT. Por meio de entrevistas realizadas com 43 trabalhadores bem qualificados, foi construída uma tipologia composta por nove perfis com características próprias, a saber: PJ, Paraquedista, Indiferente, Pragmático, Independente, Autônomo, Empresário, Ressentido e CLT. Mostrase que a construção dos perfis ajudou a compor uma imagem de como essa realidade de trabalho é vivenciada por trabalhadores qualificados e conclui-se, nesse caso, que o trabalho flexível não é sinônimo de trabalho precário, pois não acarreta, necessariamente, prejuízos do ponto de vista profissional ou pessoal para o indivíduo que opta por realizá-lo.
Flexible work contracts: different profiles of skilled Brazilian workers
The purpose of this paper is to discuss how professionals who have gone through traditional work relationships organize themselves in the new labor reality of flexible contracts experiment, considered in this research as contracts that are not governed by the Brazilian Consolidation of Labor Laws (CLT). Through interviews with 43 well-qualified workers, we built a typology consisting of nine profiles with specific characteristics, namely: the PJ, the Parachutist, the Indifferent, the Pragmatist, the Independent, the Autonomous, the Businessman, the Resentful, and the CLT. The results showed that the construction of profiles allowed to understand how skilled professionals face the new reality of work and concluded, in this case, that flexible work is not a synonymous of job insecurity, because it does not entail necessarily losses from professional or personal perspectives for the individual that choses to execute this kind of contract.
Contratos de trabajo flexibles: diferentes perfiles de trabajadores cualificados brasileños
El objetivo en este artículo es analizar cómo profesionales con experiencia en vínculos laborales tradicionales se organizan en el nuevo marco de la flexibilidad laboral y sus contratos, considerados en este estudio como contratos no CLT. Por medio de entrevistas con 43 trabajadores calificados, se construyó una tipología que consta de nueve perfiles con características propias: PJ, Paracaidista, Indiferente, Pragmático, Independiente, Autónomo, Empresario, Resentido y CLT. Se muestra que la construcción de los perfiles ayudó a componer una imagen de cómo esta realidad laboral es vivida por los trabajadores cualificados, y se concluye, en este caso, que el trabajo flexible no es sinónimo de trabajo precario, porque no implica necesariamente pérdidas desde el punto de vista profesional o personal para la persona que lo elige.