Pub Date : 2020-08-07DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n2.41
Fábio Pádua dos Santos
O presente artigo tem por objetivo avaliar o Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC) como política de desenvolvimento socioeconômico para os municípios catarinense. A partir da análise exploratória de dados primários da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e de microdados dos municípios catarinenses, buscou-se: (i) descrever a execução do PRODEC entre 1998 e 2018; e (ii) verificar a significância estatística do impacto do PRODEC sobre o desenvolvimento local a partir de testes de diferença de médias sobre indicadores de performance selecionados. Os resultados sugerem que, por um lado, o PRODEC favoreceu um padrão de crescimento local extensivo. Por outro, não estimulou a desconcentração produtiva, não elevou o grau de industrialização e não alterou as condições de competitividade dos municípios.
{"title":"Incentivo fiscal como estratégia de desenvolvimento local","authors":"Fábio Pádua dos Santos","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n2.41","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n2.41","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo avaliar o Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC) como política de desenvolvimento socioeconômico para os municípios catarinense. A partir da análise exploratória de dados primários da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e de microdados dos municípios catarinenses, buscou-se: (i) descrever a execução do PRODEC entre 1998 e 2018; e (ii) verificar a significância estatística do impacto do PRODEC sobre o desenvolvimento local a partir de testes de diferença de médias sobre indicadores de performance selecionados. Os resultados sugerem que, por um lado, o PRODEC favoreceu um padrão de crescimento local extensivo. Por outro, não estimulou a desconcentração produtiva, não elevou o grau de industrialização e não alterou as condições de competitividade dos municípios.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115657390","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.29
Francisco Gelinski Neto, C. Gelinski
Os problemas ambientais que afetam o homem são decorrentes em grande parte da poluição provocada pela própria espécie. São, por exemplo, reduções de cardumes nas zonas costeiras devido à poluição dos mares; tempestades, secas extremas em razão das mudanças climáticas; doenças respiratórias e neurológicas devido a gases emanados de esgotos mal tratados e ou sem tratamento. Este trabalho se preocupa com a poluição do ar decorrente de gases tóxicos emitidos nas estações de tratamento de esgoto (ETEs). Para isso são estudadas as ETEs do Bairro Potecas em São José/SC, administrada pela Casan e a de Jarivatuba, gerida pela Companhia Águas de Joinville/SC. O objetivo central é analisar a situação das duas ETEs quanto ao tratamento das emissões de gases e verificar a percepção da população quanto aos problemas e soluções para o mau cheiro de gases emitidos. Entrevistaram-se técnicos e gerentes das empresas e moradores do bairro Potecas e verificaram-se dados secundários constatando-se que as soluções para emissão de gases poluidores foram diferentes. A Águas de Joinville mudou para o tratamento aeróbico (não gera gases) e a Casan permaneceu com o processo anaeróbico (gera gases). A Casan não tem conseguido sanar os problemas e continua gerando poluição trazendo insegurança para a população do entorno da ETE.
影响人类的环境问题很大程度上是由物种本身造成的污染造成的。例如,由于海洋污染,沿海地区的鱼群减少;由于气候变化造成的风暴、极端干旱;由于污水处理不当或未经处理而产生的气体引起的呼吸和神经系统疾病。这项工作关注的是污水处理厂排放的有毒气体造成的空气污染。为此,我们研究了sao jose /SC的Potecas社区的污水处理厂,由Casan管理,Jarivatuba由aguas de Joinville/SC管理。主要目的是分析两个污水处理厂在处理废气排放方面的情况,并验证市民对废气排放的问题和解决方案的看法。对Potecas社区的技术人员、公司经理和居民进行了采访,并验证了二手数据,发现污染气体排放的解决方案是不同的。Joinville的水改为好氧处理(不产生气体),Casan保持厌氧处理(产生气体)。Casan未能解决这些问题,并继续造成污染,给ETE周围的人口带来不安全。
{"title":"Problemas ambientais decorrentes de estações de tratamento de esgoto (ETEs) em Santa Catarina","authors":"Francisco Gelinski Neto, C. Gelinski","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.29","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.29","url":null,"abstract":"Os problemas ambientais que afetam o homem são decorrentes em grande parte da poluição provocada pela própria espécie. São, por exemplo, reduções de cardumes nas zonas costeiras devido à poluição dos mares; tempestades, secas extremas em razão das mudanças climáticas; doenças respiratórias e neurológicas devido a gases emanados de esgotos mal tratados e ou sem tratamento. Este trabalho se preocupa com a poluição do ar decorrente de gases tóxicos emitidos nas estações de tratamento de esgoto (ETEs). Para isso são estudadas as ETEs do Bairro Potecas em São José/SC, administrada pela Casan e a de Jarivatuba, gerida pela Companhia Águas de Joinville/SC. O objetivo central é analisar a situação das duas ETEs quanto ao tratamento das emissões de gases e verificar a percepção da população quanto aos problemas e soluções para o mau cheiro de gases emitidos. Entrevistaram-se técnicos e gerentes das empresas e moradores do bairro Potecas e verificaram-se dados secundários constatando-se que as soluções para emissão de gases poluidores foram diferentes. A Águas de Joinville mudou para o tratamento aeróbico (não gera gases) e a Casan permaneceu com o processo anaeróbico (gera gases). A Casan não tem conseguido sanar os problemas e continua gerando poluição trazendo insegurança para a população do entorno da ETE.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128877812","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.30
Guilherme Jorge Brigolini Silva, Victor José Rocha de Lima, A. Pereira
O Governo Lula (2002-2010) teve o grande mérito de recolocar as políticas industriais na pauta do dia, em um cenário de ausência de mais de vinte anos que privilegiava a estabilização econômica. As duas políticas - Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) e Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) -, não apenas introduziram novos recursos regulatórios e legislativos, como também mapearam a indústria brasileira na luz do século XXI em um nítido esforço amplo e conjunto dos agentes econômicos. A pretensão deste estudo é discutir os principais pontos propostos por essas duas políticas, dentro do arcabouço teórico do chamado estado desenvolvimentista e das linhas teóricas da economia industrial.
{"title":"Uma análise sobre a política industrial durante o governo Lula (2003-2010)","authors":"Guilherme Jorge Brigolini Silva, Victor José Rocha de Lima, A. Pereira","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.30","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.30","url":null,"abstract":"O Governo Lula (2002-2010) teve o grande mérito de recolocar as políticas industriais na pauta do dia, em um cenário de ausência de mais de vinte anos que privilegiava a estabilização econômica. As duas políticas - Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) e Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) -, não apenas introduziram novos recursos regulatórios e legislativos, como também mapearam a indústria brasileira na luz do século XXI em um nítido esforço amplo e conjunto dos agentes econômicos. A pretensão deste estudo é discutir os principais pontos propostos por essas duas políticas, dentro do arcabouço teórico do chamado estado desenvolvimentista e das linhas teóricas da economia industrial.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125794307","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.27
Juliano Luiz Fossá
O trabalho apresentado tem por objetivo discutir a distribuição e acesso aos recursos financeiros do Pronaf no estado de Santa Catarina. Inicialmente realizou-se uma revisão da literatura em relação ao desenvolvimento a partir da uma concepção de Celso Furtado, na sequência, ainda quanto ao referencial teórico foram apresentados aportes iniciais sobre desenvolvimento rural, agricultura familiar e sobre o Pronaf. Os resultados apontam que o volume de recursos no período de 1996 a 2016 cresceu o equivalente a 5,5 vezes, em contrapartida o número de contratos não apresentou oscilações consideráveis, permanecendo praticamente constante. Os valores médios dos contratos apresentaram significativos aumentos tanto na linha de custeio como para a linha de investimento. Constata-se que praticamente 60% dos recursos contratados no período em análise foram acessados por agricultores pertencentes à região Oeste, concentração que ressalta a significativa presença da agricultura familiar na região bem como seu estágio de desenvolvimento frente às demais regiões do estado. É possível concluir que o Pronaf consiste de importante política pública de apoio ao segmento familiar rural do estado de Santa Catarina, ao mesmo tempo em que aponta para o crescimento da necessidade de recursos financeiros para a viabilização das atividades produtivas.
{"title":"O Pronaf como estratégia de desenvolvimento rural: o acesso aos recursos no estado de Santa Catarina","authors":"Juliano Luiz Fossá","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.27","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.27","url":null,"abstract":"O trabalho apresentado tem por objetivo discutir a distribuição e acesso aos recursos financeiros do Pronaf no estado de Santa Catarina. Inicialmente realizou-se uma revisão da literatura em relação ao desenvolvimento a partir da uma concepção de Celso Furtado, na sequência, ainda quanto ao referencial teórico foram apresentados aportes iniciais sobre desenvolvimento rural, agricultura familiar e sobre o Pronaf. Os resultados apontam que o volume de recursos no período de 1996 a 2016 cresceu o equivalente a 5,5 vezes, em contrapartida o número de contratos não apresentou oscilações consideráveis, permanecendo praticamente constante. Os valores médios dos contratos apresentaram significativos aumentos tanto na linha de custeio como para a linha de investimento. Constata-se que praticamente 60% dos recursos contratados no período em análise foram acessados por agricultores pertencentes à região Oeste, concentração que ressalta a significativa presença da agricultura familiar na região bem como seu estágio de desenvolvimento frente às demais regiões do estado. É possível concluir que o Pronaf consiste de importante política pública de apoio ao segmento familiar rural do estado de Santa Catarina, ao mesmo tempo em que aponta para o crescimento da necessidade de recursos financeiros para a viabilização das atividades produtivas.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"157 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122287508","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.31
Daniel Augusto de Souza, Adriano de Amarante, Fernando Pozzobon, Patrícia Felini
Um ambiente de estabilidade macroeconômica é crucial para a determinação de um nível ótimo de consumo e investimento e, também, para alocações de recursos econômicos e financeiros por parte dos agentes econômicos como consequência de uma boa previsão quanto às condições futuras da economia. Este artigo buscou analisar para o Brasil em que medida as políticas econômicas críveis afetam os seguintes índices setoriais do Ibovespa: Índice Industrial (INDX), Índices de Empresas de Energia (IEE), Índice do Consumo (ICON) e Índice Financeiro (IFNC). Neste estudo testa-se a hipótese de que a credibilidade da política fiscal e da política monetária afetam os índices setoriais da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) e seus retornos. Por meio de uma análise de cointegração e com o método do Mecanismo de Correção de Erros (MCE), os resultados mostraram que a credibilidade da política monetária e a credibilidade da política fiscal não são cointegrados aos índices para o período compreendido entre 2002 a 2016. Por outro lado, as variações do Ibovespa afetaram o IFNC e as regressões entre os retornos e os índices de credibilidade apontaram significância estatística dos efeitos da credibilidade de política monetária sobre as taxas de retorno dos índices.
{"title":"Expectativas dos agentes e efeitos das políticas monetárias e fiscais críveis nos índices setoriais da bolsa de valores brasileira","authors":"Daniel Augusto de Souza, Adriano de Amarante, Fernando Pozzobon, Patrícia Felini","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.31","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.31","url":null,"abstract":"Um ambiente de estabilidade macroeconômica é crucial para a determinação de um nível ótimo de consumo e investimento e, também, para alocações de recursos econômicos e financeiros por parte dos agentes econômicos como consequência de uma boa previsão quanto às condições futuras da economia. Este artigo buscou analisar para o Brasil em que medida as políticas econômicas críveis afetam os seguintes índices setoriais do Ibovespa: Índice Industrial (INDX), Índices de Empresas de Energia (IEE), Índice do Consumo (ICON) e Índice Financeiro (IFNC). Neste estudo testa-se a hipótese de que a credibilidade da política fiscal e da política monetária afetam os índices setoriais da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) e seus retornos. Por meio de uma análise de cointegração e com o método do Mecanismo de Correção de Erros (MCE), os resultados mostraram que a credibilidade da política monetária e a credibilidade da política fiscal não são cointegrados aos índices para o período compreendido entre 2002 a 2016. Por outro lado, as variações do Ibovespa afetaram o IFNC e as regressões entre os retornos e os índices de credibilidade apontaram significância estatística dos efeitos da credibilidade de política monetária sobre as taxas de retorno dos índices.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129794947","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.26
L. A. Araújo, Luiz Toresan
O artigo apresenta a perspectiva de agricultores familiares do Sul do Brasil sobre as mudanças demográficas em andamento, particularmente aquelas relacionadas à urbanização e ao crescimento populacional, com envelhecimento da população. A abordagem de pesquisa é qualitativa, com os dados obtidos por questionário e com técnica de grupo focal, empregando análise de conteúdo. Em relação à tendência de crescimento e de envelhecimento populacional, os resultados apontam para uma percepção de ameaça, com baixa manifestação dos agricultores. Em relação à urbanização, prevalece a percepção como sendo uma oportunidade, com manifestações de forma intensa. Entre as principais evidencias reveladas destaca-se: maior demanda por alimentos, com reflexos positivos sobre os preços; preocupações com a qualidade de vida do rural e do urbano; importância da força tecnológica, mas ainda insuficiente para frear o processo de urbanização; esgotamento da oferta de trabalho e a consequente elevação do seu custo; necessidade de adequações da legislação trabalhista para a realidade do rural; inquietudes sobre a qualidade da educação e sua adequação para favorecer a permanência dos jovens no campo. A partir dos resultados desse estudo, se espera inspirar e abrir novas linhas de pesquisa, especialmente voltados a compreender as transformações do mundo rural.
{"title":"Urbanização e envelhecimento da população na perspectiva de agricultores familiares do Sul do Brasil","authors":"L. A. Araújo, Luiz Toresan","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.26","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.26","url":null,"abstract":"O artigo apresenta a perspectiva de agricultores familiares do Sul do Brasil sobre as mudanças demográficas em andamento, particularmente aquelas relacionadas à urbanização e ao crescimento populacional, com envelhecimento da população. A abordagem de pesquisa é qualitativa, com os dados obtidos por questionário e com técnica de grupo focal, empregando análise de conteúdo. Em relação à tendência de crescimento e de envelhecimento populacional, os resultados apontam para uma percepção de ameaça, com baixa manifestação dos agricultores. Em relação à urbanização, prevalece a percepção como sendo uma oportunidade, com manifestações de forma intensa. Entre as principais evidencias reveladas destaca-se: maior demanda por alimentos, com reflexos positivos sobre os preços; preocupações com a qualidade de vida do rural e do urbano; importância da força tecnológica, mas ainda insuficiente para frear o processo de urbanização; esgotamento da oferta de trabalho e a consequente elevação do seu custo; necessidade de adequações da legislação trabalhista para a realidade do rural; inquietudes sobre a qualidade da educação e sua adequação para favorecer a permanência dos jovens no campo. A partir dos resultados desse estudo, se espera inspirar e abrir novas linhas de pesquisa, especialmente voltados a compreender as transformações do mundo rural.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"65 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132293910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.32
Víctor Henriques de Oliveira, Ricardo de Souza Tavares, Luis Antonio Tavares
O fornecimento de energia elétrica é um serviço indispensável para a economia. É uma condição básica para o desenvolvimento das atividades cotidianas dos agentes, tendo implicações sobre nível de bem-estar de uma sociedade. Sob esta perspectiva, este trabalho tem como objetivo estimar o impacto de variações de renda e preço sobre a demanda residencial por energia elétrica no Brasil durante o período 2004-2015. Para tanto, foram utilizados Vetores Autorregressivos (VAR) e testes de Cointegração para obter as elasticidades preço e renda. Os resultados evidenciam que, em média, os consumidores reagem positivamente a elevações de renda, enquanto variações positivas na tarifa do serviço de eletricidade e nos preços dos elétrodomésticos impactam negativamente o consumo residencial de eletricidade. Ademais, as estimativas sugerem uma demanda muito inelástica no Brasil. Alterações na renda e nos preços exercem um pequeno impacto sobre a quantidade consumida de energia elétrica. Estes resultados estão de acordo com estudos anteriores, o que revela a necessidade do desenvolvimento de políticas setoriais. Órgãos de regulação devem estabelecer políticas tarifárias ótimas, com o objetivo de oferecer um serviço mais eficiente e acessível aos cidadãos brasileiros.
{"title":"Demanda residencial por energia elétrica no Brasil (2004-2015)","authors":"Víctor Henriques de Oliveira, Ricardo de Souza Tavares, Luis Antonio Tavares","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.32","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.32","url":null,"abstract":"O fornecimento de energia elétrica é um serviço indispensável para a economia. É uma condição básica para o desenvolvimento das atividades cotidianas dos agentes, tendo implicações sobre nível de bem-estar de uma sociedade. Sob esta perspectiva, este trabalho tem como objetivo estimar o impacto de variações de renda e preço sobre a demanda residencial por energia elétrica no Brasil durante o período 2004-2015. Para tanto, foram utilizados Vetores Autorregressivos (VAR) e testes de Cointegração para obter as elasticidades preço e renda. Os resultados evidenciam que, em média, os consumidores reagem positivamente a elevações de renda, enquanto variações positivas na tarifa do serviço de eletricidade e nos preços dos elétrodomésticos impactam negativamente o consumo residencial de eletricidade. Ademais, as estimativas sugerem uma demanda muito inelástica no Brasil. Alterações na renda e nos preços exercem um pequeno impacto sobre a quantidade consumida de energia elétrica. Estes resultados estão de acordo com estudos anteriores, o que revela a necessidade do desenvolvimento de políticas setoriais. Órgãos de regulação devem estabelecer políticas tarifárias ótimas, com o objetivo de oferecer um serviço mais eficiente e acessível aos cidadãos brasileiros.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123708802","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.28
Liara Darabas Ronçani
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e analisar a trajetória de gastos do governo do Estado de Santa Catarina com educação no período compreendido entre 1955 e 2010. São apresentados os gastos por funções, subfunções, órgãos e categorias econômicas, além do percentual empregado na manutenção e desenvolvimento do ensino, segundo as vinculações constitucionais de recursos. Analisa-se ainda, a relação entre a trajetória de gastos com educação e as metas estabelecidas nos planos de governo catarinenses. As fontes analisadas foram os relatórios de Prestações de Contas do Governo do Estado (TCE-SC), Anuários Estatísticos do Brasil (IBGE), planos estaduais de governo, e as principais leis e decretos relacionados a normatização da educação no Brasil e em Santa Catarina. Através da pesquisa verificou-se que a média de gastos do governo estadual catarinense com educação no período analisado ficou em torno de 18% do total de gastos realizados, chegando em alguns períodos a compreender até 26% da despesa total realizada. No entanto, apesar de o Estado gastar parte expressiva do seu orçamento com a função educação, os problemas educacionais e socioeconômicos têm persistido ao longo tempo. É necessário compreender que a expansão do gasto público em educação é apenas um dos elementos que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico.
{"title":"Planejamento, desenvolvimento e os gastos em educação em Santa Catarina (1955-2010)","authors":"Liara Darabas Ronçani","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.28","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v2.n1.28","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e analisar a trajetória de gastos do governo do Estado de Santa Catarina com educação no período compreendido entre 1955 e 2010. São apresentados os gastos por funções, subfunções, órgãos e categorias econômicas, além do percentual empregado na manutenção e desenvolvimento do ensino, segundo as vinculações constitucionais de recursos. Analisa-se ainda, a relação entre a trajetória de gastos com educação e as metas estabelecidas nos planos de governo catarinenses. As fontes analisadas foram os relatórios de Prestações de Contas do Governo do Estado (TCE-SC), Anuários Estatísticos do Brasil (IBGE), planos estaduais de governo, e as principais leis e decretos relacionados a normatização da educação no Brasil e em Santa Catarina. Através da pesquisa verificou-se que a média de gastos do governo estadual catarinense com educação no período analisado ficou em torno de 18% do total de gastos realizados, chegando em alguns períodos a compreender até 26% da despesa total realizada. No entanto, apesar de o Estado gastar parte expressiva do seu orçamento com a função educação, os problemas educacionais e socioeconômicos têm persistido ao longo tempo. É necessário compreender que a expansão do gasto público em educação é apenas um dos elementos que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128517293","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2017-07-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v1.n2.17
A. Silva, M. A. Bortolotti, W. Shima
O presente trabalho procura apresentar uma discussão relacionada aos padrões setoriais de mudança técnica e fomento de inovações no setor automotivo brasileiro. A partir da concepção de que concorrência pressupõe fundamentalmente inovação, as experiências observadas no setor automotivo brasileiro são discutidas por meio de uma abordagem que envolve os elementos de organização do setor, interação com outros setores e fornecedores, assim como os principais aspectos de produção e desenvolvimento de inovações ao longo do tempo. Enquanto elemento analítico, considera-se a classificação da taxonomia para as empresas de Pavitt (1984), que compreende os setores dominados por fornecedores, produção intensiva e baseados na ciência. Conclui-se indicando que o setor automotivo, embora classificado na taxonomia de produção intensiva, mantém e necessita de uma forte interligação com outras categorias da taxonomia, especialmente dos setores baseados na ciência, que contribuem para o processo de mudança técnica em toda cadeia automotiva. E no que concerne ao fomento e disseminação de inovações no setor, destaca-se a importância de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento industrial direcionadas para estímulo à pesquisa e desenvolvimento, com foco nas principais tendências e rotas tecnológicas que têm surgido no contexto das economias globalizadas.
{"title":"Padrões setoriais de mudança técnica e fomento de inovações na indústria brasileira: considerações sobre o setor automotivo","authors":"A. Silva, M. A. Bortolotti, W. Shima","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v1.n2.17","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v1.n2.17","url":null,"abstract":"O presente trabalho procura apresentar uma discussão relacionada aos padrões setoriais de mudança técnica e fomento de inovações no setor automotivo brasileiro. A partir da concepção de que concorrência pressupõe fundamentalmente inovação, as experiências observadas no setor automotivo brasileiro são discutidas por meio de uma abordagem que envolve os elementos de organização do setor, interação com outros setores e fornecedores, assim como os principais aspectos de produção e desenvolvimento de inovações ao longo do tempo. Enquanto elemento analítico, considera-se a classificação da taxonomia para as empresas de Pavitt (1984), que compreende os setores dominados por fornecedores, produção intensiva e baseados na ciência. Conclui-se indicando que o setor automotivo, embora classificado na taxonomia de produção intensiva, mantém e necessita de uma forte interligação com outras categorias da taxonomia, especialmente dos setores baseados na ciência, que contribuem para o processo de mudança técnica em toda cadeia automotiva. E no que concerne ao fomento e disseminação de inovações no setor, destaca-se a importância de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento industrial direcionadas para estímulo à pesquisa e desenvolvimento, com foco nas principais tendências e rotas tecnológicas que têm surgido no contexto das economias globalizadas.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123239311","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2017-07-01DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v1.n2.14
Izidro Tomaz Nunes, J. Sansón
Verifica-se o possível impacto da rodovia BR-101, inaugurada em 1971, sobre a movimentação populacional do interior para o litoral no Estado de Santa Catarina. Os Censos compreendidos na análise são os de 1950 a 1991. Como diferencial metodológico, dividiu-se o Estado em duas grandes regiões, o Litoral e o Interior, com homogeneização desse espaço entre os Censos. Como resultados principais, verificou-se que, entre 1950 e 1970, o Litoral, na verdade, vinha perdendo participação, atingindo ao redor de 50% da população em 1970, para depois ganhar participação até atingir 57% em 1991. Esse resultado, já constatado para décadas recentes, mas agora com uma medição mais precisa até 1991, corrobora a hipótese de que a inauguração da BR-101 está positivamente correlacionada com esse movimento migratório. A imigração total para as duas regiões teve ritmos de aumento não muito diferentes, acompanhando de perto o ritmo de imigração interna do país como um todo. Os imigrantes do Litoral em sua maioria vieram de Santa Catarina, em proporção decrescente a partir de 1980. Os imigrantes de outros Estados vieram principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul, embora não tenha sido possível discriminar para que região de Santa Catarina eles foram. Esse resultado reforça o que se observou para a população total, mostrando que a rodovia deve ter facilitado a migração. Quanto às taxas de urbanização em cada uma das duas regiões, houve pouco impacto diferenciado entre elas.
1971年开通的BR-101高速公路可能对圣卡塔琳娜州从内陆到沿海的人口流动产生影响。所分析的人口普查是1950年至1991年的人口普查。作为方法上的差异,该州被划分为两个大区域,沿海和内陆,人口普查之间的空间均质化。主要结果发现,在1950年至1970年间,沿海地区的参与实际上有所下降,1970年达到人口的50%左右,1991年达到57%。这一结果在最近几十年已经得到证实,但直到1991年才得到更精确的测量,这证实了BR-101的开通与移民运动呈正相关的假设。流入这两个地区的移民总数的增长速度差别不大,与整个国家的国内移民速度密切相关。沿海移民大多来自圣卡塔琳娜,自1980年以来比例有所下降。来自其他州的移民主要来自parana和里约热内卢Grande do Sul,尽管无法区分他们来自圣卡塔琳娜的哪个地区。这一结果加强了对总人口的观察,表明道路一定促进了移民。至于这两个地区的城市化率,它们之间的影响差别不大。
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