Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a5197
Caroline Gonçalves dos Santos, Melissa Mota Alcides
A cidade de Maceió, capital de Alagoas, tem sidopalco de um êxodo intraurbano em meio à pandemia do novo coronavírus. A atividade de mineração de sal-gema, por mais de quarenta anos, levou à desestabilização do solo, provocando rachaduras em imóveis e vias localizados nas superfícies dos poços de extração, que foram evidenciadas a partir de 2018, demandando a desocupação de pelo menos quatro bairros. O processo de remoção foi iniciado em janeiro de 2020 e teve continuidade, apesar da crise sanitária gerada pelo novo coronavírus, de modo que se tem mais de 57 mil refugiados ambientais diante de um contexto complexo de riscos, sejam eles: geológico-geotécnico, de contaminação pelo novo vírus, e/ou social, quando se agudizam as situações de vulnerabilidade. Este artigo objetiva discutir os impactos territoriais da mineração na cidade de Maceió e, sobretudo, na população atingida. Para tanto, foram feitos levantamentos de notícias, consulta aos relatórios divulgados, documentos oficiais, e entrevistas com as famílias realocadas. Com isso, identificam-se profundas modificações na dinâmica territorial da cidade, ainda não percebidas na sua totalidade em face à diminuição de circulação de pessoas durante a pandemia, bem como a grande pressão sobre o mercado imobiliário e o Estado em razão do aumento repentino pela busca de novas moradias. Entretanto, são os refugiados ambientais e a população do entorno imediato que convivem com o acúmulo de riscos.
{"title":"Entre riscos","authors":"Caroline Gonçalves dos Santos, Melissa Mota Alcides","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a5197","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5197","url":null,"abstract":"A cidade de Maceió, capital de Alagoas, tem sidopalco de um êxodo intraurbano em meio à pandemia do novo coronavírus. A atividade de mineração de sal-gema, por mais de quarenta anos, levou à desestabilização do solo, provocando rachaduras em imóveis e vias localizados nas superfícies dos poços de extração, que foram evidenciadas a partir de 2018, demandando a desocupação de pelo menos quatro bairros. O processo de remoção foi iniciado em janeiro de 2020 e teve continuidade, apesar da crise sanitária gerada pelo novo coronavírus, de modo que se tem mais de 57 mil refugiados ambientais diante de um contexto complexo de riscos, sejam eles: geológico-geotécnico, de contaminação pelo novo vírus, e/ou social, quando se agudizam as situações de vulnerabilidade. Este artigo objetiva discutir os impactos territoriais da mineração na cidade de Maceió e, sobretudo, na população atingida. Para tanto, foram feitos levantamentos de notícias, consulta aos relatórios divulgados, documentos oficiais, e entrevistas com as famílias realocadas. Com isso, identificam-se profundas modificações na dinâmica territorial da cidade, ainda não percebidas na sua totalidade em face à diminuição de circulação de pessoas durante a pandemia, bem como a grande pressão sobre o mercado imobiliário e o Estado em razão do aumento repentino pela busca de novas moradias. Entretanto, são os refugiados ambientais e a população do entorno imediato que convivem com o acúmulo de riscos.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44586012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4948
J. Pereira, V. Pontual
O presente artigo apresenta a contribuição de dois teóricos do urbanismo do século XX. Marcel Poëte participou das primeiras instituições e mobilizou a criação do primeiro curso de urbanismo na França. Gaston Bardet foi seu aluno e desenvolveu um vasto conjunto de investigações metodológicas, livros, artigos e cursos neste campo disciplinar. O interesse por ambos se justifica por terem compreendido a cidade do passado e do futuro como unidade, algo metaforicamente semelhante a um organismo vivo em contínua evolução. A partir da noção de “evolução”, eles buscaram desenvolver formas de apreender o que chamaram de “vida” e “alma” da cidade, antes de qualquer plano ou proposta de intervenção. Tanto através dos estudos históricos, formulados por Poëte, quanto das investigações sociológicas, desenvolvidas por Bardet, o Urbanismo deveria ultrapassar os limites das formas, das leituras setorizadas para abarcar uma totalidade complexa.
{"title":"Cidades, evolução e urbanismo","authors":"J. Pereira, V. Pontual","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4948","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4948","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta a contribuição de dois teóricos do urbanismo do século XX. Marcel Poëte participou das primeiras instituições e mobilizou a criação do primeiro curso de urbanismo na França. Gaston Bardet foi seu aluno e desenvolveu um vasto conjunto de investigações metodológicas, livros, artigos e cursos neste campo disciplinar. O interesse por ambos se justifica por terem compreendido a cidade do passado e do futuro como unidade, algo metaforicamente semelhante a um organismo vivo em contínua evolução. A partir da noção de “evolução”, eles buscaram desenvolver formas de apreender o que chamaram de “vida” e “alma” da cidade, antes de qualquer plano ou proposta de intervenção. Tanto através dos estudos históricos, formulados por Poëte, quanto das investigações sociológicas, desenvolvidas por Bardet, o Urbanismo deveria ultrapassar os limites das formas, das leituras setorizadas para abarcar uma totalidade complexa.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48629149","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4989
Natalia Cappellari Rezende, M. A. P. C. S. Bortolucci
Este artigo investiga e problematiza a ingerência de práticas higienistas, das legislações e do poder local na redefinição dos espaços da cidade de São José do Rio Pardo. Evidencia a preocupação com a situação sanitária, em virtude da epidemia de febre amarela, fazendo com que a medicina higienista e a engenharia sanitarista condicionassem a transformação da paisagem. Revela ainda as ações de autoridades guiadas pela política republicana e pelos interesses de uma parcela dessa sociedade, nas duas primeiras décadas do século XX. Por meio de estudo decaso, contribui para a historiografia da arquitetura e da cidade paulista ao ampliar o conhecimento de questões basilares na construção do espaço urbano vigente na Primeira República.
本文调查并讨论了卫生实践、法律和地方政府在sao jose do里约热内卢Pardo城市空间重新定义中的干预。突出了对黄热病流行造成的卫生状况的关注,使卫生医学和卫生工程制约了景观的转变。它还揭示了在20世纪头20年里,在共和政治和社会部分利益的指导下,当局的行动。通过对decaso的研究,它有助于建筑和sao保罗城市的史学,扩大了第一共和国当前城市空间建设的基本问题的知识。
{"title":"A ingerência de práticas higienistas, da legislação e do poder local a transformação da paisagem urbana na Primeira República","authors":"Natalia Cappellari Rezende, M. A. P. C. S. Bortolucci","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4989","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4989","url":null,"abstract":"Este artigo investiga e problematiza a ingerência de práticas higienistas, das legislações e do poder local na redefinição dos espaços da cidade de São José do Rio Pardo. Evidencia a preocupação com a situação sanitária, em virtude da epidemia de febre amarela, fazendo com que a medicina higienista e a engenharia sanitarista condicionassem a transformação da paisagem. Revela ainda as ações de autoridades guiadas pela política republicana e pelos interesses de uma parcela dessa sociedade, nas duas primeiras décadas do século XX. Por meio de estudo decaso, contribui para a historiografia da arquitetura e da cidade paulista ao ampliar o conhecimento de questões basilares na construção do espaço urbano vigente na Primeira República.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45248280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a5033
S. Leal, W. Morais, Riviane Monteiro Lopes, Mônica Luize Sarabia
Os Grandes Projetos Urbanos são empreendimentos plurifuncionais que demandam um longo tempo para serem concluídos. São concebidos sob uma lógica global-local em que o território se ajusta aos preceitos do capital como condição para se adequarem aos novos padrões de modernização dos espaços. A governança desses Grandes Projetos Urbanos evidencia o protagonismo privado, ainda que o Estado seja fundamental como agente regulador eviabilizador do negócio. Sendo assim, neste artigo são analisadas as relações de governança a partir do levantamento dos atores envolvidos, considerando aspectos ideacionais e funcionais que foram realizados para a implantação do grande projeto urbano denominado Reserva do Paiva, localizado na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, Brasil. Dentre os aspectos evidenciados na pesquisa têm-se a governança no empreendimento, a gestão corporativa estabelecida, os atores da governança do empreendimento e a segregação socioespacial considerando o discurso de exclusividade e de preservação ambiental o que pressupõe maior confiabilidade e atratividade para classes de alto poder aquisitivo.
大型城市项目是需要很长时间才能完成的多功能项目。它们是在全球-本地逻辑下设计的,在这种逻辑下,领土适应资本的规则,作为适应空间现代化新标准的条件。这些大型城市项目的治理突出了私人的作用,尽管国家作为商业的监管者是基本的。因此,本文从参与者的调查出发,考虑到位于巴西伯南布哥累西腓大都市地区的大型城市项目Reserva do Paiva的实施所涉及的概念和功能方面,分析了治理关系。这方面的研究已经建立公司治理在企业,企业的管理,企业的治理和种族隔离的演员socioespacial根据单一的演讲和保护环境,进一步加强可靠性和吸引力的高购买力类。
{"title":"Reserva do Paiva","authors":"S. Leal, W. Morais, Riviane Monteiro Lopes, Mônica Luize Sarabia","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a5033","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5033","url":null,"abstract":"Os Grandes Projetos Urbanos são empreendimentos plurifuncionais que demandam um longo tempo para serem concluídos. São concebidos sob uma lógica global-local em que o território se ajusta aos preceitos do capital como condição para se adequarem aos novos padrões de modernização dos espaços. A governança desses Grandes Projetos Urbanos evidencia o protagonismo privado, ainda que o Estado seja fundamental como agente regulador eviabilizador do negócio. Sendo assim, neste artigo são analisadas as relações de governança a partir do levantamento dos atores envolvidos, considerando aspectos ideacionais e funcionais que foram realizados para a implantação do grande projeto urbano denominado Reserva do Paiva, localizado na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, Brasil. Dentre os aspectos evidenciados na pesquisa têm-se a governança no empreendimento, a gestão corporativa estabelecida, os atores da governança do empreendimento e a segregação socioespacial considerando o discurso de exclusividade e de preservação ambiental o que pressupõe maior confiabilidade e atratividade para classes de alto poder aquisitivo.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44515591","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-11DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4754
Andrea Ribeiro Gomes, Ricardo de Souza Moretti, V. Oliveira
O presente artigo apresenta e debate os critérios para enquadramentos tipológicos dos municípios brasileiros, buscando compreendê-los na perspectiva do avanço das estruturas de governança, considerando a especificidade do federalismo brasileiro, com elevado grau de autonomia das esferas federal, estadual e municipal. A partir desta análise, são apresentados os desafios de gestão e formulação de políticas públicas para grandes grupos de municípios: aqueles que constituem aglomerações de caráter metropolitano; os arranjos populacionais com mais de um município com algum grau de contiguidade e movimentos pendulares entre eles; os municípios isolados de grande e médio porte e os isolados de pequeno porte. Argumentamos que há contradições estruturais no planejamento dos quatro grandes grupos, no que tange à governança e à formulação de políticas públicas. As considerações finais enfatizam a necessidade de maior presença da esfera de governo estadual, suprindo apoio para responder à baixa capacidade institucional dos pequenos municípios, dando suporte para formação e funcionamento de consórcios, construindo uma interação efetiva entre os investimentos e decisões tomadas na esfera federal e a sua implementação nos municípios.
{"title":"Tipologia dos municípios e a gestão das políticas públicas urbanas no federalismo brasileiro","authors":"Andrea Ribeiro Gomes, Ricardo de Souza Moretti, V. Oliveira","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4754","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4754","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta e debate os critérios para enquadramentos tipológicos dos municípios brasileiros, buscando compreendê-los na perspectiva do avanço das estruturas de governança, considerando a especificidade do federalismo brasileiro, com elevado grau de autonomia das esferas federal, estadual e municipal. A partir desta análise, são apresentados os desafios de gestão e formulação de políticas públicas para grandes grupos de municípios: aqueles que constituem aglomerações de caráter metropolitano; os arranjos populacionais com mais de um município com algum grau de contiguidade e movimentos pendulares entre eles; os municípios isolados de grande e médio porte e os isolados de pequeno porte. Argumentamos que há contradições estruturais no planejamento dos quatro grandes grupos, no que tange à governança e à formulação de políticas públicas. As considerações finais enfatizam a necessidade de maior presença da esfera de governo estadual, suprindo apoio para responder à baixa capacidade institucional dos pequenos municípios, dando suporte para formação e funcionamento de consórcios, construindo uma interação efetiva entre os investimentos e decisões tomadas na esfera federal e a sua implementação nos municípios.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68800626","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-07DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4941
Yara Cristina Labronici Baiardi, A. B. Alvim
Área de uma Estação pode ser base de tensões espaciais entre Nó de Transporte e Lugar, mas também pode ser considerada como um ponto estratégico para estruturação urbana e transformação espacial desse território: um Hub Urbano de Mobilidade. Ele é entendido como um Lugar que interconecta simultaneamente diversas escalas urbanas e modos de transporte sem ambivalências espaciais; concentra e irradia múltiplas atividades e funções urbanas e articula as partes interessadas no processo de planejamento. Assim, este artigo investiga as relações físico-espaciais entre um Nó de Transporte e Lugar, evidencia aspectos de Desenho Urbano a partir do estudo de caso da Estação Central de Utrecht, por meio de categorias elaboradas no âmbito do Transporte e do Urbano. Os resultados indicam, por um lado, os dilemas e desafios espaciais entre Nó e Lugar, por outro, relacionamum conjunto de diretrizes projetuais voltadas para potencializar as Áreas das Estações como um Hub Urbano de Mobilidade.
{"title":"Hub urbano de mobilidade: o caminho da estação central de Utrecht","authors":"Yara Cristina Labronici Baiardi, A. B. Alvim","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4941","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4941","url":null,"abstract":"Área de uma Estação pode ser base de tensões espaciais entre Nó de Transporte e Lugar, mas também pode ser considerada como um ponto estratégico para estruturação urbana e transformação espacial desse território: um Hub Urbano de Mobilidade. Ele é entendido como um Lugar que interconecta simultaneamente diversas escalas urbanas e modos de transporte sem ambivalências espaciais; concentra e irradia múltiplas atividades e funções urbanas e articula as partes interessadas no processo de planejamento. Assim, este artigo investiga as relações físico-espaciais entre um Nó de Transporte e Lugar, evidencia aspectos de Desenho Urbano a partir do estudo de caso da Estação Central de Utrecht, por meio de categorias elaboradas no âmbito do Transporte e do Urbano. Os resultados indicam, por um lado, os dilemas e desafios espaciais entre Nó e Lugar, por outro, relacionamum conjunto de diretrizes projetuais voltadas para potencializar as Áreas das Estações como um Hub Urbano de Mobilidade.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44238619","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-07DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4831
Suzany Rangel Ramos, L. Ramos
Atualmente, a cidade, marcada por um processo de introversão da vida urbana, é também palco do ativismo social que reconhece os espaços públicos como fundamentais para a qualidade de vida urbana. Nesse contexto, a partir da necessidade de espaços públicos qualificados, a sociedade civil, através de ações colaborativas, toma para si a responsabilidade de transformar espaços ociosos potenciais em locais de interação e convívio. O presente artigo busca refletir sobre o papel dessas intervenções na transformação da cidade, além de compreender a relevância do envolvimento de diferentes atores sociais no processo intitulado, neste trabalho, “microintervenções urbanas colaborativas”. O estudo foi realizado através de revisão bibliográfica sobre práticas criativas de transformação do espaço urbano, além da identificação, mapeamento e análise das microintervenções realizadas no contexto do município de Vitória (Espírito Santo). Com o estudo foi possível observar a participação, nas intervenções, dos atores sociais: sociedade civil, poder público e iniciativa privada, além da identificação de um quarto ator social relevante: os especialistas, com experiência técnica para condução do processo. A partir do estudo, considera-se que a participação de diferentes atores no processo colaborativo interfere positivamente na qualidade das transformações socioespaciais e no posterior sucesso das microintervenções urbanas.
{"title":"Microintervenções urbanas colaborativas: transformações socioespaciais na cidade de Vitória (Espírito Santo, Brasl)","authors":"Suzany Rangel Ramos, L. Ramos","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4831","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4831","url":null,"abstract":"Atualmente, a cidade, marcada por um processo de introversão da vida urbana, é também palco do ativismo social que reconhece os espaços públicos como fundamentais para a qualidade de vida urbana. Nesse contexto, a partir da necessidade de espaços públicos qualificados, a sociedade civil, através de ações colaborativas, toma para si a responsabilidade de transformar espaços ociosos potenciais em locais de interação e convívio. O presente artigo busca refletir sobre o papel dessas intervenções na transformação da cidade, além de compreender a relevância do envolvimento de diferentes atores sociais no processo intitulado, neste trabalho, “microintervenções urbanas colaborativas”. O estudo foi realizado através de revisão bibliográfica sobre práticas criativas de transformação do espaço urbano, além da identificação, mapeamento e análise das microintervenções realizadas no contexto do município de Vitória (Espírito Santo). Com o estudo foi possível observar a participação, nas intervenções, dos atores sociais: sociedade civil, poder público e iniciativa privada, além da identificação de um quarto ator social relevante: os especialistas, com experiência técnica para condução do processo. A partir do estudo, considera-se que a participação de diferentes atores no processo colaborativo interfere positivamente na qualidade das transformações socioespaciais e no posterior sucesso das microintervenções urbanas.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42983040","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-07DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4863
José Rodolfo Pacheco Thiesen
As altas culturas pré-colombianas eram sociedades capazes de edificar grandes obras no espaço urbano, e isso resultava de um modo determinado de organizar e se relacionar com o trabalho. A colonização impõe muito mais do que outra forma para a arquitetura e o urbanismo, a ser absorvida pelos trabalhadores indígenas: ela impõe outro tipo de relação dos trabalhadores da construção com o trabalho, seus processos e produtos. À luz de categorias da economia política e com centralidade no trabalho, serão analisados aspectos da produção da arquitetura mexicana no século XVI (pré-colonial e colonial), buscando revelar os efeitos da transformação do canteiro de obras em uma manufatura de tipo europeia.
{"title":"Templos do trabalho: o canteiro de obras de no Méxicodo século XVI","authors":"José Rodolfo Pacheco Thiesen","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a4863","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a4863","url":null,"abstract":"As altas culturas pré-colombianas eram sociedades capazes de edificar grandes obras no espaço urbano, e isso resultava de um modo determinado de organizar e se relacionar com o trabalho. A colonização impõe muito mais do que outra forma para a arquitetura e o urbanismo, a ser absorvida pelos trabalhadores indígenas: ela impõe outro tipo de relação dos trabalhadores da construção com o trabalho, seus processos e produtos. À luz de categorias da economia política e com centralidade no trabalho, serão analisados aspectos da produção da arquitetura mexicana no século XVI (pré-colonial e colonial), buscando revelar os efeitos da transformação do canteiro de obras em uma manufatura de tipo europeia.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48606211","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-07DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a5157
R. Kalinoski, José Ricardo Vargas de Faria
produção do espaço urbano é crescentemente pautada por interesses privados. Os grandes projetos urbanos, apesar de sua natureza pública, demandam altos investimentos e justapõe interesses locais e globais no espaço urbano. Neste artigo, será explorado o caso do Aeroporto de Guarulhos por meio de uma metodologia multidimensional desenvolvida no Brasil para a análise de grandes projetosurbanos. O objetivo é definir quais tipos de rupturas de gestão e espaciais ocorrem à medida que um GPU passa a ser explorado pelo setor privado. Os resultados dialogam com estudos anteriores e corroboram evidências de que esses projetos geram contradições socioespaciais. As conclusões apontam que as rupturas geradas pelos GPUs ocorrem de forma transescalar, da escala do sítio aeroportuário à escala da macrometrópole, e intensificam afragmentação do espaço físico e social da cidade à medida em que a atuação de agentes privados foca na eficiência e na lucratividade da atividade-fim do projeto, mas não necessariamente nas funções públicas de interesse comum.
{"title":"Justaposição de interesses transescalaresem grandes projetos urbanos de infraestrutura","authors":"R. Kalinoski, José Ricardo Vargas de Faria","doi":"10.24220/2318-0919v19e2022a5157","DOIUrl":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5157","url":null,"abstract":"produção do espaço urbano é crescentemente pautada por interesses privados. Os grandes projetos urbanos, apesar de sua natureza pública, demandam altos investimentos e justapõe interesses locais e globais no espaço urbano. Neste artigo, será explorado o caso do Aeroporto de Guarulhos por meio de uma metodologia multidimensional desenvolvida no Brasil para a análise de grandes projetosurbanos. O objetivo é definir quais tipos de rupturas de gestão e espaciais ocorrem à medida que um GPU passa a ser explorado pelo setor privado. Os resultados dialogam com estudos anteriores e corroboram evidências de que esses projetos geram contradições socioespaciais. As conclusões apontam que as rupturas geradas pelos GPUs ocorrem de forma transescalar, da escala do sítio aeroportuário à escala da macrometrópole, e intensificam afragmentação do espaço físico e social da cidade à medida em que a atuação de agentes privados foca na eficiência e na lucratividade da atividade-fim do projeto, mas não necessariamente nas funções públicas de interesse comum.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48961039","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-04DOI: 10.24220/2318-0919v19e2022a4971
Jéssica Ragonha, L. Schenk
Ao longo do histórico de práticas relevantes de Planejamento Urbano e Regional em nível nacional e internacional, observa-se que muitas vezes a paisagem foi tomada como elemento fundamental para se pensar o ordenamento do território. Desde as primeiras propostas de inserção do verde na cidade, com o nascente Urbanismo no século XIX, até o desenvolvimento de alternativas de planejamento para a região, distintas abordagens que tomavam a paisagem e suas questões se consolidaram enquanto modelo de intervenção territorial. O que esse artigo se propõe a desvendar é justamente esse contato e a interação entre paisagem e planejamento, em um recorte que percorre as práticas ocorridas nos Estados Unidos e na Europa desde o final do século XIX até o século XX. Nessa trajetória, revela-se uma perspectiva metodológica histórica desse campo de conhecimento ligado à paisagem: uma estratégia que se alicerça no necessário trânsito entre escalas, da regional à local, para o conhecimento e intervenção em um território. Essa perspectiva que promove a chamada multiescale nos países de língua inglesa em muito contribui para a compreensão da complexidade do território, bem como para a qualificação do processo de planejamento e projeto das intervenções sobre o fenômeno na contemporaneidade.
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