Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194424
Tâmara Pacheco
A principal bandeira do movimento negro brasileiro na atualidade, o genocídio da juventude negra, tem ganhado evidência por meio de novas formas de protestos, ampliados por diversas demandas surgidas nos territórios periféricos em regimes democráticos. Utilizando o conceito de colonialidade do poder de Quijano (2005) e necropolítica de Mbembe (2012), trazemos a realidade de coletivos culturais das periferias da cidade de São Paulo ao proporem novos sentidos à esfera pública diante de diversas denúncias. Faz-se necessário discutirmos a formação social brasileira desde seu modo de produção escravista para entendermos o protesto radical negro que Moura (2001) vai chamar de quilombagem. Essa reflexão parte da experiência de atuação desses grupos durante a pandemia do coronavírus, por meio de um debate virtual promovido pelo Observatório de Coletivos Culturais das Periferias de São Paulo que traz na arena do trabalho e das políticas públicas culturais aspectos dessa exclusão no contrato social.
{"title":"Expressões da luta de coletivos culturais nas periferias de São Paulo em tempos de pandemia","authors":"Tâmara Pacheco","doi":"10.11606/extraprensa2022.194424","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194424","url":null,"abstract":"A principal bandeira do movimento negro brasileiro na atualidade, o genocídio da juventude negra, tem ganhado evidência por meio de novas formas de protestos, ampliados por diversas demandas surgidas nos territórios periféricos em regimes democráticos. Utilizando o conceito de colonialidade do poder de Quijano (2005) e necropolítica de Mbembe (2012), trazemos a realidade de coletivos culturais das periferias da cidade de São Paulo ao proporem novos sentidos à esfera pública diante de diversas denúncias. Faz-se necessário discutirmos a formação social brasileira desde seu modo de produção escravista para entendermos o protesto radical negro que Moura (2001) vai chamar de quilombagem. Essa reflexão parte da experiência de atuação desses grupos durante a pandemia do coronavírus, por meio de um debate virtual promovido pelo Observatório de Coletivos Culturais das Periferias de São Paulo que traz na arena do trabalho e das políticas públicas culturais aspectos dessa exclusão no contrato social.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42359594","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.193822
Silvania Francisca de Jesus
O presente artigo tem como objetivo apresentar o início de um estudo sobre mulheres mestras de tradição oral e sua relevância na construção de uma Pedagogia Decolonial Griô. A Pedagogia Griô através de diferentes práticas educacionais, anima e resgata os saberes ancestrais, com uma metodologia voltada para o encantamento e vivências de rituais de vínculos. Esta pesquisa antropológica de abordagem qualitativa busca problematizar o saber oral feminino, o saber corporal, reconhecendo seu lugar político e social. Quem são e como são reconhecidas as figuras femininas como mestres de tradição oral em seus espaços de ação? Priorizo apresentar o significado de mulheres mestras, sábias e ativas em sua comunidade e faço uma indicação sobre a dimensão poética, com força transformadora, no cotidiano dos cuidados da vida, nas cantigas e contos, como também no projeto histórico.
{"title":"Palavras e encantos femininos para uma pedagogia decolonial griô","authors":"Silvania Francisca de Jesus","doi":"10.11606/extraprensa2022.193822","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.193822","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo apresentar o início de um estudo sobre mulheres mestras de tradição oral e sua relevância na construção de uma Pedagogia Decolonial Griô. A Pedagogia Griô através de diferentes práticas educacionais, anima e resgata os saberes ancestrais, com uma metodologia voltada para o encantamento e vivências de rituais de vínculos. Esta pesquisa antropológica de abordagem qualitativa busca problematizar o saber oral feminino, o saber corporal, reconhecendo seu lugar político e social. Quem são e como são reconhecidas as figuras femininas como mestres de tradição oral em seus espaços de ação? Priorizo apresentar o significado de mulheres mestras, sábias e ativas em sua comunidade e faço uma indicação sobre a dimensão poética, com força transformadora, no cotidiano dos cuidados da vida, nas cantigas e contos, como também no projeto histórico. \u0000 ","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42634300","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.195341
Fernanda de França Gatto, Juarez Xavier
As ações das Comunidades Tradicionais de Terreiro (CTTro) constroem valores de oposição ao neoliberalismo e à necropolítica, que pautam a sociedade atual. Objetiva-se discutir a oposição entre a desumanização hegemônica, resultante de uma política de morte, e a humanização contra hegemônica, que promove a vida a partir de valores ancestrais afrobrasileiros. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com autores como Achille Mbembe, Milton Santos, Síkírù Sàlámì e Ronilda Iyakemi Ribeiro, aliada ao levantamento de dados, a partir dos meios corporativos de comunicação, de ações de combate à pandemia de Covid-19.
{"title":"As tradições afrobrasileiras e o combate à desumanização","authors":"Fernanda de França Gatto, Juarez Xavier","doi":"10.11606/extraprensa2022.195341","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.195341","url":null,"abstract":"As ações das Comunidades Tradicionais de Terreiro (CTTro) constroem valores de oposição ao neoliberalismo e à necropolítica, que pautam a sociedade atual. Objetiva-se discutir a oposição entre a desumanização hegemônica, resultante de uma política de morte, e a humanização contra hegemônica, que promove a vida a partir de valores ancestrais afrobrasileiros. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com autores como Achille Mbembe, Milton Santos, Síkírù Sàlámì e Ronilda Iyakemi Ribeiro, aliada ao levantamento de dados, a partir dos meios corporativos de comunicação, de ações de combate à pandemia de Covid-19.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43838652","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194390
Pilar Oliva, M. Toneto
A fotografia documental, na condição de registro da realidade, é provida de intencionalidades operacionalizadas por técnica. Este artigo contextualiza a fotografia documental sob a perspectiva da construção de uma relação afetiva entre fotógrafo e fotografado, superando as categorizações de objeto, projeto e imagem revelada, ao mesmo tempo em que propõe a concepção do processo fotográfico humanizador, elemento político-estético de desconstrução da invisibilidade ideológica a que são submetidos setores marginalizados da sociedade.
{"title":"Fotografia documental humanizadora e a construção político-estética na América Latina","authors":"Pilar Oliva, M. Toneto","doi":"10.11606/extraprensa2022.194390","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194390","url":null,"abstract":"A fotografia documental, na condição de registro da realidade, é provida de intencionalidades operacionalizadas por técnica. Este artigo contextualiza a fotografia documental sob a perspectiva da construção de uma relação afetiva entre fotógrafo e fotografado, superando as categorizações de objeto, projeto e imagem revelada, ao mesmo tempo em que propõe a concepção do processo fotográfico humanizador, elemento político-estético de desconstrução da invisibilidade ideológica a que são submetidos setores marginalizados da sociedade.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48924206","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194093
Martha Raquel Rodrigues
Este trabalho se debruça sobre os processos que se incidiram na Bolívia entre 20 de outubro e 14 de novembro de 2019 durante as eleições presidenciais e os dias que se sucederam e culminaram no Golpe de Estado que obrigou Evo Morales e Álvaro Garcia Linera, presidente e vice-presidente eleitos, a deixarem o país sob ameaças. Para isso, serão analisadas entrevistas, documentadas pela autora deste artigo durante o período, e dados oficiais relacionados com os conceitos de contrato social, racial e patriarcal de Charles W. Mills (1997), que disserta sobre a colonização latino-americana e os impactos atuais desta dinâmica racista e sexista incorporada nos países periféricos. Um marco significativo do período foi a queima da bandeira Wiphala, que carrega simbolismo dos povos originários da região da Cordilheira dos Andes.
{"title":"O racismo no Golpe de Estado de 2019 na Bolívia: registros entre 20 de outubro e 14 de novembro","authors":"Martha Raquel Rodrigues","doi":"10.11606/extraprensa2022.194093","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194093","url":null,"abstract":"\u0000Este trabalho se debruça sobre os processos que se incidiram na Bolívia entre 20 de outubro e 14 de novembro de 2019 durante as eleições presidenciais e os dias que se sucederam e culminaram no Golpe de Estado que obrigou Evo Morales e Álvaro Garcia Linera, presidente e vice-presidente eleitos, a deixarem o país sob ameaças. Para isso, serão analisadas entrevistas, documentadas pela autora deste artigo durante o período, e dados oficiais relacionados com os conceitos de contrato social, racial e patriarcal de Charles W. Mills (1997), que disserta sobre a colonização latino-americana e os impactos atuais desta dinâmica racista e sexista incorporada nos países periféricos. Um marco significativo do período foi a queima da bandeira Wiphala, que carrega simbolismo dos povos originários da região da Cordilheira dos Andes. \u0000","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47991332","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.193382
Hugo Leonardo Nascimento Gonçalves, H. Marback
O presente artigo investiga, mediante estudo de caso, o impacto do consumo de conteúdos divulgados pelos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA) em suas redes sociais, na pandemia. Logo, constatou-se a hipótese de que, no cenário em questão, a utilização frequente das plataformas digitais vem assegurando ao público uma forma inédita de fruição dessas publicações. Visando a elucidar tal teoria, foram analisados o engajamento e o alcance das postagens publicadas em maio de 2021 nos canais do NEOJIBA no Instagram e no YouTube. Além disso, este trabalho evidencia um panorama sucinto das orquestras, bem como estabelecer um paralelo entre elas e sua presença hoje recorrente nos meios digitais. A conclusão é que os entusiastas de música erudita vêm consumindo em potencial os conteúdos hospedados nas redes do programa.
{"title":"Ressoar digital: estudo de caso sobre os canais digitais do NEOJIBA","authors":"Hugo Leonardo Nascimento Gonçalves, H. Marback","doi":"10.11606/extraprensa2022.193382","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.193382","url":null,"abstract":"O presente artigo investiga, mediante estudo de caso, o impacto do consumo de conteúdos divulgados pelos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA) em suas redes sociais, na pandemia. Logo, constatou-se a hipótese de que, no cenário em questão, a utilização frequente das plataformas digitais vem assegurando ao público uma forma inédita de fruição dessas publicações. Visando a elucidar tal teoria, foram analisados o engajamento e o alcance das postagens publicadas em maio de 2021 nos canais do NEOJIBA no Instagram e no YouTube. Além disso, este trabalho evidencia um panorama sucinto das orquestras, bem como estabelecer um paralelo entre elas e sua presença hoje recorrente nos meios digitais. A conclusão é que os entusiastas de música erudita vêm consumindo em potencial os conteúdos hospedados nas redes do programa.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43657304","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194379
Edclay Lindoanna Oliveira Melo
Este artigo trata das relações construídas entre as integrantes de um grupo de apoio psicológico, oferecido em uma escola pública do município de São Paulo vinculado a um projeto temático da Faculdade de Educação da USP, como estratégia de enfrentamento aos impactos da pandemia e de interlocução entre a universidade e a escola. A descaracterização do trabalho dos professores em virtude da burocratização da educação, sobrecarga de trabalho e opressão de gênero e raça reacenderam questionamentos que foram apontados no grupo e acolhidos a partir da psicanálise e do pensamento feminista negro, recorrendo a autoras como bell hooks (2017) e Ângela Davis (2016), e do pensamento decolonial. Concluímos, ressaltando a relevância de psicólogos nas escolas e do grupo composto por mulheres como dispositivo de enfrentamento em tempos pandêmicos
{"title":"Grupo de escuta sensível analiticamente orientada para professoras de uma escola pública de São Paulo como estratégia de enfrentamento da pandemia COVID - 19","authors":"Edclay Lindoanna Oliveira Melo","doi":"10.11606/extraprensa2022.194379","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194379","url":null,"abstract":"Este artigo trata das relações construídas entre as integrantes de um grupo de apoio psicológico, oferecido em uma escola pública do município de São Paulo vinculado a um projeto temático da Faculdade de Educação da USP, como estratégia de enfrentamento aos impactos da pandemia e de interlocução entre a universidade e a escola. A descaracterização do trabalho dos professores em virtude da burocratização da educação, sobrecarga de trabalho e opressão de gênero e raça reacenderam questionamentos que foram apontados no grupo e acolhidos a partir da psicanálise e do pensamento feminista negro, recorrendo a autoras como bell hooks (2017) e Ângela Davis (2016), e do pensamento decolonial. Concluímos, ressaltando a relevância de psicólogos nas escolas e do grupo composto por mulheres como dispositivo de enfrentamento em tempos pandêmicos","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44359265","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.196954
Fábio Nogueira
Ideais de uma raça (1928-1931) foi um dos principais jornais negros cubanos entre os anos 1920 e 1930. Circulando pela ilha como suplemento do jornal Diário da Marina, a página negra do arquiteto, político e jornalista Gustavo Urrutia (1898-1958) alcançou um público inédito para publicações do gênero. Apesar de sua inegável importância como espaço em que a intelectualidade negra cubana apresenta seus dissabores e protestos contra o racismo durante a Primeira República (1898-1933) pouco se fala de sua contribuição ao movimento de renovação artística vanguardista conhecido como negrismo e afro-cubanismo que se iniciou no período que ficou conhecido como Década Crítica (1920-1930). No presente artigo, destacaremos como os intelectuais negros que publicam em Ideais de uma raça (1928-1931) inserem-se no movimento da vanguarda cultural dos anos 20 e 30 e estabelecem sua própria visão sobre a relação entre cultura negra/afro-cubana, orgulho negro e identidade nacional.
《理想国》(the ideal of a ideal)是一部上映于1984年的美国浪漫喜剧电影,由大卫·林奇(david rine)编剧和导演。建筑师、政治家和记者古斯塔沃·乌鲁蒂亚(Gustavo Urrutia, 1898-1958)的《pagina negra》作为diario da Marina报纸的增刊在岛上传播,这类出版物获得了前所未有的受众。尽管他不可否认的重要公共空间在古巴黑人知识分子中的挫折和抗议种族歧视在第一共和国(1898 - -1933)是前卫艺术运动的复兴贡献被称为negrismo和非裔-cubanismo开始在关键时期被称为十年(1920 - -1930)。在这篇文章中,我们将强调在《种族理想》(1928-1931)中发表文章的黑人知识分子是如何融入20世纪20年代和30年代的文化先锋运动的,并建立他们自己对黑人/非裔古巴文化、黑人骄傲和国家认同之间关系的看法。
{"title":"“Ideais de uma raça” (1928-1931): intelectuais negros e a vanguarda cultural cubana","authors":"Fábio Nogueira","doi":"10.11606/extraprensa2022.196954","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.196954","url":null,"abstract":"Ideais de uma raça (1928-1931) foi um dos principais jornais negros cubanos entre os anos 1920 e 1930. Circulando pela ilha como suplemento do jornal Diário da Marina, a página negra do arquiteto, político e jornalista Gustavo Urrutia (1898-1958) alcançou um público inédito para publicações do gênero. Apesar de sua inegável importância como espaço em que a intelectualidade negra cubana apresenta seus dissabores e protestos contra o racismo durante a Primeira República (1898-1933) pouco se fala de sua contribuição ao movimento de renovação artística vanguardista conhecido como negrismo e afro-cubanismo que se iniciou no período que ficou conhecido como Década Crítica (1920-1930). No presente artigo, destacaremos como os intelectuais negros que publicam em Ideais de uma raça (1928-1931) inserem-se no movimento da vanguarda cultural dos anos 20 e 30 e estabelecem sua própria visão sobre a relação entre cultura negra/afro-cubana, orgulho negro e identidade nacional.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49026050","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194038
G. Chrispiano
Este artigo tem como objetivo compreender a relação que a população em situação de rua estabelece com o território em duas localidades: São Paulo (Brasil) e Santiago (Chile), além de discutir os conflitos e tensões existentes entre essa população e o poder público. Considera-se que existe uma relação de assistência, por um lado, e de disputa, por outro, pois os governos devem, ao mesmo tempo, atender as necessidades dos que se encontram nessa situação, ao passo que devem cumprir com a demanda de residentes e comerciantes pela expulsão e deslocamento dos considerados “indesejáveis”. O método consiste em pesquisa documental, mapeamento dos locais de assistência a essa população e análise das motivações existentes por trás da realização de atos violentos e de expulsão contra essa população. Busca-se responder à pergunta de como as pessoas em situação de rua se organizam no meio urbano para manter sua sobrevivência e quais paralelos podem ser traçados entre as realidades brasileira e chilena.
{"title":"“Proibido deitar em frente à loja\": conflitos da população em situação de rua no meio urbano em São Paulo e em Santiago","authors":"G. Chrispiano","doi":"10.11606/extraprensa2022.194038","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194038","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo compreender a relação que a população em situação de rua estabelece com o território em duas localidades: São Paulo (Brasil) e Santiago (Chile), além de discutir os conflitos e tensões existentes entre essa população e o poder público. Considera-se que existe uma relação de assistência, por um lado, e de disputa, por outro, pois os governos devem, ao mesmo tempo, atender as necessidades dos que se encontram nessa situação, ao passo que devem cumprir com a demanda de residentes e comerciantes pela expulsão e deslocamento dos considerados “indesejáveis”. O método consiste em pesquisa documental, mapeamento dos locais de assistência a essa população e análise das motivações existentes por trás da realização de atos violentos e de expulsão contra essa população. Busca-se responder à pergunta de como as pessoas em situação de rua se organizam no meio urbano para manter sua sobrevivência e quais paralelos podem ser traçados entre as realidades brasileira e chilena.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41750327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/extraprensa2022.194246
Gabriela Maria Chabatura
Este artigo apresenta uma breve reflexão sobre a necessidade da criação de categorias epistemológicas autônomas às realidades de mulheres negras brasileiras. Por meio de um giro crítico às linhas de pensamento dos feminismos – branco, negro, decolonial e interseccional - além do Mulherismo Africana, de Clenora Hudson-Weems, este trabalho reivindica a aplicação da categoria de Amefricanidade, desenvolvida por Lélia Gonzalez, como exequível à realidade brasileira. A metodologia adotada neste texto está fundamentada na revisão bibliográfica, nos dados quantitativos-descritivos e nos diálogos contínuos dentro comunidade negra.
{"title":"A outridade subversiva: reflexões para uma categoria autóctone às negras brasileiras","authors":"Gabriela Maria Chabatura","doi":"10.11606/extraprensa2022.194246","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194246","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma breve reflexão sobre a necessidade da criação de categorias epistemológicas autônomas às realidades de mulheres negras brasileiras. Por meio de um giro crítico às linhas de pensamento dos feminismos – branco, negro, decolonial e interseccional - além do Mulherismo Africana, de Clenora Hudson-Weems, este trabalho reivindica a aplicação da categoria de Amefricanidade, desenvolvida por Lélia Gonzalez, como exequível à realidade brasileira. A metodologia adotada neste texto está fundamentada na revisão bibliográfica, nos dados quantitativos-descritivos e nos diálogos contínuos dentro comunidade negra.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47624496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}