Pub Date : 2022-06-13DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185695
Beatriz Parisi
Haja vista a emergência de novas religiosidades e práticas rituais esotéricas a partir do final do século XIX, tendo como ápice o movimento da Nova Era, este artigo pretende analisar a Missa Gnóstica thelêmica e suas reconfigurações contemporâneas enquanto performances que permitem aos sujeitos que as praticam uma transformação ativa de si e do mundo, promovendo um estar-no-mundo outro segundo valores. A Missa é um dos principais ritos de Thelema, sistema mágico-religioso fundado e desenvolvido por Aleister Crowley a partir de 1904. Para tal análise, utilizar-se-á das considerações de Ernesto de Martino (2004[1948]; 2012[1956]) acerca da crise de presença e reintegração religiosa, de Silvia Mancini (2018), sobre os estados alterados de consciência, e de Stanley Tambiah (2018[1985]) no que tange à análise performativa de ritual.
宗教性的新出现的和深奥的礼仪习俗从19世纪末,新时代运动的时候,这篇文章旨在分析thelêmica和诺斯替他们面对当代的表现,使得这些实践的积极处理你和他的世界,展现一个微观一秒值。弥撒是特莱玛的主要仪式之一,特莱玛是由阿莱斯特·克劳利在1904年创立和发展的魔法宗教体系。在这一分析中,我们将使用Ernesto de Martino (2004[1948];2012[1956])关于存在危机和宗教重新融合,西尔维亚·曼奇尼(2018)关于意识状态的改变,斯坦利·坦巴(2018[1985])关于仪式的表演分析。
{"title":"Visões de liberdade, práticas da “carne”: uma abordagem performativa da Missa Gnóstica thelêmica e suas reconfigurações contemporâneas","authors":"Beatriz Parisi","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185695","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185695","url":null,"abstract":"Haja vista a emergência de novas religiosidades e práticas rituais esotéricas a partir do final do século XIX, tendo como ápice o movimento da Nova Era, este artigo pretende analisar a Missa Gnóstica thelêmica e suas reconfigurações contemporâneas enquanto performances que permitem aos sujeitos que as praticam uma transformação ativa de si e do mundo, promovendo um estar-no-mundo outro segundo valores. A Missa é um dos principais ritos de Thelema, sistema mágico-religioso fundado e desenvolvido por Aleister Crowley a partir de 1904. Para tal análise, utilizar-se-á das considerações de Ernesto de Martino (2004[1948]; 2012[1956]) acerca da crise de presença e reintegração religiosa, de Silvia Mancini (2018), sobre os estados alterados de consciência, e de Stanley Tambiah (2018[1985]) no que tange à análise performativa de ritual.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121800993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-12DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.191244
Alan Faber do Nascimento, Nilmar Lage
O Vale do Jequitinhonha é conhecido pelas suas riquezas minerais e diversidade cultural, contudo, oportunamente, o reconhecimento “vale da miséria” foi construído por ações políticas e pela imprensa para representar a região. A proposta deste trabalho é ressignificar essa representação social, a partir de uma fotoetnografia desenvolvida com as pessoas da Comunidade Quilombola do Ausente, no município do Serro/MG. Para isso, com base em trabalhos anteriores que discutiram essa atuação da imprensa e os interesses econômicos por trás desse reconhecimento construído, buscamos ampliar os debates já apresentados e a partir da convivência com os quilombolas, construímos uma fotoetnografia que possa ser uma alternativa de representar a região. Uma relação construída repensando conceitos e valores, e provocando-os para que também trouxessem um olhar particular para apresentar sua comunidade, além de participarem, de alguma forma, da edição final das imagens.
{"title":"Sim Sinhô, fotoetnografia da comunidade quilombola do ausente","authors":"Alan Faber do Nascimento, Nilmar Lage","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.191244","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.191244","url":null,"abstract":"O Vale do Jequitinhonha é conhecido pelas suas riquezas minerais e diversidade cultural, contudo, oportunamente, o reconhecimento “vale da miséria” foi construído por ações políticas e pela imprensa para representar a região. A proposta deste trabalho é ressignificar essa representação social, a partir de uma fotoetnografia desenvolvida com as pessoas da Comunidade Quilombola do Ausente, no município do Serro/MG. Para isso, com base em trabalhos anteriores que discutiram essa atuação da imprensa e os interesses econômicos por trás desse reconhecimento construído, buscamos ampliar os debates já apresentados e a partir da convivência com os quilombolas, construímos uma fotoetnografia que possa ser uma alternativa de representar a região. Uma relação construída repensando conceitos e valores, e provocando-os para que também trouxessem um olhar particular para apresentar sua comunidade, além de participarem, de alguma forma, da edição final das imagens.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124498081","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-12DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185880
Renata Rodrigues da Silva, Carlos Andrés Oviedo
Em Timor-Leste o Dia dos Mortos é um feriado nacional, um evento em que muitas pessoas residentes em Díli, a capital do país, se organizam para retornar às suas uma lulik ou casas sagradas nos municípios. Este ensaio trata da importância do culto aos ancestrais, tal como configurada na celebração do Dia dos Mortos na Casa Sagrada Dom Caileto, no município de Bobonaro, em novembro de 2016. Este evento mobiliza investimentos de ordens diversas. Isto implica um intenso trânsito de pessoas e circulação de comidas, bebidas, cigarros, velas e flores de Díli para os municípios ou, como é dito localmente, “da cidade para as montanhas”.
{"title":"“Da cidade às montanhas”: experiências de deslocamentos, reencontros na celebração do Dia dos Mortos em Bobonaro, Timor-Leste","authors":"Renata Rodrigues da Silva, Carlos Andrés Oviedo","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185880","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185880","url":null,"abstract":"Em Timor-Leste o Dia dos Mortos é um feriado nacional, um evento em que muitas pessoas residentes em Díli, a capital do país, se organizam para retornar às suas uma lulik ou casas sagradas nos municípios. Este ensaio trata da importância do culto aos ancestrais, tal como configurada na celebração do Dia dos Mortos na Casa Sagrada Dom Caileto, no município de Bobonaro, em novembro de 2016. Este evento mobiliza investimentos de ordens diversas. Isto implica um intenso trânsito de pessoas e circulação de comidas, bebidas, cigarros, velas e flores de Díli para os municípios ou, como é dito localmente, “da cidade para as montanhas”.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126467779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185690
A. Godoy
Este artigo analisa a forma contemporânea de exibição da imagem original de Nossa Senhora Aparecida. A partir do projeto de modernização da sua basílica no começo dos anos 2000, localizada no Santuário Nacional (Aparecida/SP), a proposta é entender as motivações institucionais e os efeitos práticos do projeto artístico em relação à devoção a Padroeira do Brasil. Argumento que, recorrendo à plasticidade da imagem de Aparecida, a Igreja Católica opta pela iconoclastia neobizantina como reação à iconoclastia neopentecostal. A partir da elaboração de um novo “nicho” na basílica para abrigar a santa, o qual foi concebido concomitantemente à ascensão evangélica no país e tendo como referência teológica o Concílio Vaticano II, abordo a imagem de Aparecida partir do conceito antropológico de “forma sensorial”: como o seu engajamento estético é institucionalmente produzido no decorrer do tempo, além de como o catolicismo brasileiro busca se atualizar através de formas modernas.
{"title":"A modernização neobizantina da imagem de Aparecida","authors":"A. Godoy","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185690","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185690","url":null,"abstract":"Este artigo analisa a forma contemporânea de exibição da imagem original de Nossa Senhora Aparecida. A partir do projeto de modernização da sua basílica no começo dos anos 2000, localizada no Santuário Nacional (Aparecida/SP), a proposta é entender as motivações institucionais e os efeitos práticos do projeto artístico em relação à devoção a Padroeira do Brasil. Argumento que, recorrendo à plasticidade da imagem de Aparecida, a Igreja Católica opta pela iconoclastia neobizantina como reação à iconoclastia neopentecostal. A partir da elaboração de um novo “nicho” na basílica para abrigar a santa, o qual foi concebido concomitantemente à ascensão evangélica no país e tendo como referência teológica o Concílio Vaticano II, abordo a imagem de Aparecida partir do conceito antropológico de “forma sensorial”: como o seu engajamento estético é institucionalmente produzido no decorrer do tempo, além de como o catolicismo brasileiro busca se atualizar através de formas modernas. ","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"134 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123446403","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Etnomusicologia Audiovisual: um velho-novo campo de estudos","authors":"Yuri Prado","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.191615","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.191615","url":null,"abstract":"Resenha de Audiovisual Ethnomusicology: Filming Musical Cultures, de Leonardo D’Amico. Bern: Peter Lang, 2020, 470 p.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131456406","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185773
Konrad J Kuhn
Este artigo mostra como a “magia da máscara” é uma narrativa importante e dinâmica que fortalece a vivacidade dos rituais e a atenção do público. A partir do exemplo dos Tschäggättä, máscaras carnavalescas da região do Vale de Lötschen, situado no cantão de Valais na Suíça, este trabalho aponta para a importância de interpretações científicas para: discursos populares sobre a magia das máscaras; formulação de discursos locais; imagens turísticas e autorrepresentativas atualmente. Máscaras que funcionam como “relíquias de tempos antigos” são objetos altamente valorizados por identidades comunitárias frágeis numa região alpina.
{"title":"Relíquias do “Vale Perdido”: discursos sobre a magia das máscaras","authors":"Konrad J Kuhn","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185773","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185773","url":null,"abstract":"Este artigo mostra como a “magia da máscara” é uma narrativa importante e dinâmica que fortalece a vivacidade dos rituais e a atenção do público. A partir do exemplo dos Tschäggättä, máscaras carnavalescas da região do Vale de Lötschen, situado no cantão de Valais na Suíça, este trabalho aponta para a importância de interpretações científicas para: discursos populares sobre a magia das máscaras; formulação de discursos locais; imagens turísticas e autorrepresentativas atualmente. Máscaras que funcionam como “relíquias de tempos antigos” são objetos altamente valorizados por identidades comunitárias frágeis numa região alpina.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122157878","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185817
Daniela Oliveira dos Santos, Sebastião Rios
Este artigo apresenta o altar como um lugar do qual emanam performances visualizadas em símbolos, ações, gestos, cantos advindos da prática religiosa. Com o olhar voltado à religiosidade popular, destaca-se as vivências das Folias de Reis a fim de propiciar a reflexão acerca das performances do altar. À luz dos estudos em Performances Culturais, o destaque dado aos gestos, sons, imagens e toadas possibilitam reflexões acerca da performatividade revelada na materialidade dinâmica do altar, que se mantém viva em diversos contextos. O altar se configura, assim, como local do sagrado que ressalta o conjunto das qualidades sinestésicas das várias performances envolvidas neles ou perante eles; inclusive aquelas constituídas por sua simples materialidade e presença.
{"title":"O altar como performance na religiosidade popular","authors":"Daniela Oliveira dos Santos, Sebastião Rios","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185817","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185817","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta o altar como um lugar do qual emanam performances visualizadas em símbolos, ações, gestos, cantos advindos da prática religiosa. Com o olhar voltado à religiosidade popular, destaca-se as vivências das Folias de Reis a fim de propiciar a reflexão acerca das performances do altar. À luz dos estudos em Performances Culturais, o destaque dado aos gestos, sons, imagens e toadas possibilitam reflexões acerca da performatividade revelada na materialidade dinâmica do altar, que se mantém viva em diversos contextos. O altar se configura, assim, como local do sagrado que ressalta o conjunto das qualidades sinestésicas das várias performances envolvidas neles ou perante eles; inclusive aquelas constituídas por sua simples materialidade e presença.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123990007","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.190822
Dorival Bonfá Neto
A pesca artesanal é uma prática desenvolvida em todo o litoral brasileiro, envolvendo territórios e significados culturais, sendo uma das principais atividades produtivas realizada por algumas comunidades tradicionais, entre elas, os jangadeiros, no litoral do Nordeste brasileiro. Entre as modalidades de pesca praticadas por eles está a “puxada de rede” (pesca de tresmalho), uma prática comunitária que agrega ajuda mútua e cooperação em que pescadores se reúnem para lançar e puxar a rede, compartilhando os pescados. Aqui, pretende-se demonstrar a configuração e os significados culturais imbuídos na puxada de rede, bem como debater a importância da produção fotográfica nos trabalhos de campo com comunidades tradicionais para captar os elementos simbólicos presentes no modo de vida tradicional. Dessa forma, o uso de fotografias possibilitou fazer registros que demonstram elementos de cooperação e coletividade presentes nessa atividade.
{"title":"A puxada de rede: cooperação, coletividade e ajuda mútua em imagens","authors":"Dorival Bonfá Neto","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.190822","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.190822","url":null,"abstract":"A pesca artesanal é uma prática desenvolvida em todo o litoral brasileiro, envolvendo territórios e significados culturais, sendo uma das principais atividades produtivas realizada por algumas comunidades tradicionais, entre elas, os jangadeiros, no litoral do Nordeste brasileiro. Entre as modalidades de pesca praticadas por eles está a “puxada de rede” (pesca de tresmalho), uma prática comunitária que agrega ajuda mútua e cooperação em que pescadores se reúnem para lançar e puxar a rede, compartilhando os pescados. Aqui, pretende-se demonstrar a configuração e os significados culturais imbuídos na puxada de rede, bem como debater a importância da produção fotográfica nos trabalhos de campo com comunidades tradicionais para captar os elementos simbólicos presentes no modo de vida tradicional. Dessa forma, o uso de fotografias possibilitou fazer registros que demonstram elementos de cooperação e coletividade presentes nessa atividade.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128230703","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.184633
Díjna Andrade Torres
Este artigo discute representações do Candomblé produzidas por quem faz parte dele, em três terreiros sergipanos, de linhagens distintas. O recorte imagético escolhido é a fotografia, uma vez que, apesar de as fotografias serem vistas como recortes de realidades e contextos, elas apresentam uma série de interpretações acerca daquilo que querem comunicar. Busco pensar nos atos performativos e políticos que esses sujeitos realizam ao tornar visíveis ou não as imagens que são produzidas nestas três casas. Potência foi pensada justamente pelo fato de a palavra Axé representar Força, e, portanto, me remeter à sua potencialidade enquanto mantenedora da religião. Em campo, ouvi muito as frases como “dá pra sentir o axé na foto”; “esse santo aí tem muito axé”, a uma força ritual, que apesar de estar fixada numa imagem, é sentida por aqueles que a reconhecem em seus cotidianos.
{"title":"A potência do axé e suas relações entre imagem, transformações e visibilidade","authors":"Díjna Andrade Torres","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.184633","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.184633","url":null,"abstract":"Este artigo discute representações do Candomblé produzidas por quem faz parte dele, em três terreiros sergipanos, de linhagens distintas. O recorte imagético escolhido é a fotografia, uma vez que, apesar de as fotografias serem vistas como recortes de realidades e contextos, elas apresentam uma série de interpretações acerca daquilo que querem comunicar. Busco pensar nos atos performativos e políticos que esses sujeitos realizam ao tornar visíveis ou não as imagens que são produzidas nestas três casas. Potência foi pensada justamente pelo fato de a palavra Axé representar Força, e, portanto, me remeter à sua potencialidade enquanto mantenedora da religião. Em campo, ouvi muito as frases como “dá pra sentir o axé na foto”; “esse santo aí tem muito axé”, a uma força ritual, que apesar de estar fixada numa imagem, é sentida por aqueles que a reconhecem em seus cotidianos. ","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126385816","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-31DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.182838
Vitor Miranda Ciochetti
Neste artigo, propõe-se pensar a reconfiguração do secularismo brasileiro, marcada pelo ativismo evangélico pentecostal na esfera pública e o consequente declínio da hegemonia da Igreja Católica no país. A partir de uma revisão crítica da literatura sobre religião, mídia e secularismo, tomamos o Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, como objeto privilegiado desta reflexão. Analisando a visibilidade midiática de algumas cenas e narrativas sobre o Templo de Salomão, apontamos para a importância da incorporação de novas mídias no repertório religioso da IURD como fator de transformação das práticas de mediação religiosa em curso no país. Busca-se sustentar que as dinâmicas de publicidade da formação estética inspirada em uma concepção mítica de Israel, materializada nos mais diversos objetos, edifícios, cerimônias, gestos, performances e símbolos pelas igrejas pentecostais, tornaram-se um fator importante para a emergência do Pentecostalismo como uma religião pública.
{"title":"A Igreja Universal e suas “mídias”: uma análise crítica sobre religião, mídia e secularismo","authors":"Vitor Miranda Ciochetti","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.182838","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.182838","url":null,"abstract":"Neste artigo, propõe-se pensar a reconfiguração do secularismo brasileiro, marcada pelo ativismo evangélico pentecostal na esfera pública e o consequente declínio da hegemonia da Igreja Católica no país. A partir de uma revisão crítica da literatura sobre religião, mídia e secularismo, tomamos o Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, como objeto privilegiado desta reflexão. Analisando a visibilidade midiática de algumas cenas e narrativas sobre o Templo de Salomão, apontamos para a importância da incorporação de novas mídias no repertório religioso da IURD como fator de transformação das práticas de mediação religiosa em curso no país. Busca-se sustentar que as dinâmicas de publicidade da formação estética inspirada em uma concepção mítica de Israel, materializada nos mais diversos objetos, edifícios, cerimônias, gestos, performances e símbolos pelas igrejas pentecostais, tornaram-se um fator importante para a emergência do Pentecostalismo como uma religião pública.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123870745","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}