Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023003.pt
Cecilia dos Guimarães Bastos
Resumo Este artigo investiga o sentido que estudantes de Vedanta e praticantes de yoga do Rio de Janeiro, que realizaram duas viagens de peregrinação à Índia, atribuem ao que entendem por devoção e conversão a um grupo “neo-hindu”. As questões principais são entender os significados que assumem essas viagens e o sentido de devoção por parte de alguns integrantes do grupo. Observo que a devoção foi frequentemente mobilizada ao se depararem com templos e símbolos da cultura hindu - uma vivência propícia para a manifestação e renegociação de suas crenças e do significado de “ser hindu” naquele contexto. Faço, a partir disso, uma reflexão crítica do individualismo inerente ao entendimento da espiritualidade como oposta à religião, mostrando como os interlocutores aderem à autoridade e à tradição e se adaptam às normas sociais no processo da construção de um olhar que é socialmente organizado e sistematizado.
{"title":"PEREGRINAÇÃO, DEVOÇÃO E INDIVIDUALISMO: O CONTEXTO DO YOGA E VEDANTA NO RIO DE JANEIRO","authors":"Cecilia dos Guimarães Bastos","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023003.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023003.pt","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo investiga o sentido que estudantes de Vedanta e praticantes de yoga do Rio de Janeiro, que realizaram duas viagens de peregrinação à Índia, atribuem ao que entendem por devoção e conversão a um grupo “neo-hindu”. As questões principais são entender os significados que assumem essas viagens e o sentido de devoção por parte de alguns integrantes do grupo. Observo que a devoção foi frequentemente mobilizada ao se depararem com templos e símbolos da cultura hindu - uma vivência propícia para a manifestação e renegociação de suas crenças e do significado de “ser hindu” naquele contexto. Faço, a partir disso, uma reflexão crítica do individualismo inerente ao entendimento da espiritualidade como oposta à religião, mostrando como os interlocutores aderem à autoridade e à tradição e se adaptam às normas sociais no processo da construção de um olhar que é socialmente organizado e sistematizado.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510758","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023001.pt
E. Giumbelli
Resumo Este texto enfoca um conjunto de imagens de Madre Paulina, mulher canonizada pela Igreja Católica em 2002 e que tem seu santuário no sul do Brasil. Esculturas com distintas características participam dos esforços de difusão da devoção à santa. A análise da produção dessas imagens - e suas reproduções em suportes variados - é realizada tendo como referência discussões antropológicas sobre representação e presentificação. Argumenta-se que não é necessário opor estas duas ideias, e a análise demonstra que a multiplicação de representações da santa, com a sua produção de variações, combina-se com o projeto de atrair pessoas para sua devoção. Para a constituição dos dados da pesquisa, foram utilizadas observações nos locais onde as imagens estão, bem como entrevistas com religiosas da congregação que administra o santuário e com os manufaturadores das esculturas da santa.
{"title":"Paulina são várias: os poderes da representação nas imagens de uma santa católica","authors":"E. Giumbelli","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023001.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023001.pt","url":null,"abstract":"Resumo Este texto enfoca um conjunto de imagens de Madre Paulina, mulher canonizada pela Igreja Católica em 2002 e que tem seu santuário no sul do Brasil. Esculturas com distintas características participam dos esforços de difusão da devoção à santa. A análise da produção dessas imagens - e suas reproduções em suportes variados - é realizada tendo como referência discussões antropológicas sobre representação e presentificação. Argumenta-se que não é necessário opor estas duas ideias, e a análise demonstra que a multiplicação de representações da santa, com a sua produção de variações, combina-se com o projeto de atrair pessoas para sua devoção. Para a constituição dos dados da pesquisa, foram utilizadas observações nos locais onde as imagens estão, bem como entrevistas com religiosas da congregação que administra o santuário e com os manufaturadores das esculturas da santa.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510595","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023012.pt
Leonardo do Amaral Pedrete
{"title":"FASSIN, Didier & FOURCADE, Marion (eds). 2021. Pandemic Exposures: Economy and Society in the Time of Coronavirus, The University of Chicago Press/ Hau Books, 475 pp.","authors":"Leonardo do Amaral Pedrete","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023012.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023012.pt","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510662","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023002.pt
Guilherme Fians
Resumo Desde a primeira metade do século XX, um coletivo de esquerda de Paris organiza encontros semanais para debater política a partir de perspectivas progressistas diversas. Curiosamente, esses debates são realizados em esperanto, uma língua construída para combater rivalidades nacionalistas e estimular a comunicação internacional. A partir de uma etnografia desse grupo de debates, este artigo nos convida a repensar a forma como a antropologia tem usado o termo prefiguração como uma categoria classificatória para distinguir as práticas políticas da new left daquelas das velhas esquerdas. Examinando como o esperanto foi historicamente rotulado como um projeto universalista, mostro como a perspectiva da prefiguração nos permite salientar o uso cotidiano desta língua na criação de espaços horizontais de coprodução de conhecimento político entre ativistas. A partir disso, argumento que o uso de prefiguração como um atalho para distinguir e tipificar movimentos sociais não só é etnograficamente contraprodutivo, como também nos leva a negligenciar as convergências que novas e velhas esquerdas muitas vezes buscam construir para enriquecer seus diálogos e suas lutas coletivas.
{"title":"O que falar em esperanto quer dizer: Revisitando políticas prefigurativas, movimentos sociais e as novas esquerdas","authors":"Guilherme Fians","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023002.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023002.pt","url":null,"abstract":"Resumo Desde a primeira metade do século XX, um coletivo de esquerda de Paris organiza encontros semanais para debater política a partir de perspectivas progressistas diversas. Curiosamente, esses debates são realizados em esperanto, uma língua construída para combater rivalidades nacionalistas e estimular a comunicação internacional. A partir de uma etnografia desse grupo de debates, este artigo nos convida a repensar a forma como a antropologia tem usado o termo prefiguração como uma categoria classificatória para distinguir as práticas políticas da new left daquelas das velhas esquerdas. Examinando como o esperanto foi historicamente rotulado como um projeto universalista, mostro como a perspectiva da prefiguração nos permite salientar o uso cotidiano desta língua na criação de espaços horizontais de coprodução de conhecimento político entre ativistas. A partir disso, argumento que o uso de prefiguração como um atalho para distinguir e tipificar movimentos sociais não só é etnograficamente contraprodutivo, como também nos leva a negligenciar as convergências que novas e velhas esquerdas muitas vezes buscam construir para enriquecer seus diálogos e suas lutas coletivas.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023008.pt
Joana Miller
RESUMO Este artigo pretende retomar o evento histórico da passagem das linhas telegráficas pelo território ocupado pelos povos Nambiquara, a partir do que eu proponho chamar de uma teoria das linhas formulada pelos grupos Nambiquara no contexto ritual. Minha intenção não é especular se o ritual de algum modo reproduz a imagem das linhas telegráficas ou das estradas que atravessaram o território nambiquara, originando-se de uma experiência histórica. Pretendo argumentar que, para os Nambiquara, a estrada, os fios telegráficos e as linhas usadas durante o ritual podem ser considerados condutores ontológicos a partir dos quais podemos refletir sobre a noção de transformação nesse contexto etnográfico. Minha hipótese é a de que essa teoria nambiquara das linhas deixa à mostra uma concepção de território na qual a mesma topografia constitui pessoas e lugares e tem sua expressão material nas linhas que atravessam o espaço e os corpos.
{"title":"Na linha: os Nambiquara e as linhas telegráficas","authors":"Joana Miller","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023008.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023008.pt","url":null,"abstract":"RESUMO Este artigo pretende retomar o evento histórico da passagem das linhas telegráficas pelo território ocupado pelos povos Nambiquara, a partir do que eu proponho chamar de uma teoria das linhas formulada pelos grupos Nambiquara no contexto ritual. Minha intenção não é especular se o ritual de algum modo reproduz a imagem das linhas telegráficas ou das estradas que atravessaram o território nambiquara, originando-se de uma experiência histórica. Pretendo argumentar que, para os Nambiquara, a estrada, os fios telegráficos e as linhas usadas durante o ritual podem ser considerados condutores ontológicos a partir dos quais podemos refletir sobre a noção de transformação nesse contexto etnográfico. Minha hipótese é a de que essa teoria nambiquara das linhas deixa à mostra uma concepção de território na qual a mesma topografia constitui pessoas e lugares e tem sua expressão material nas linhas que atravessam o espaço e os corpos.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510967","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023009.pt
Ana Paula Lima Rodgers
Resumo Estudos sobre a estatalidade ou contraestatalidade na América do Sul indígena são ainda incipientes. Apesar de o tema ter conhecido uma recente atenção maior desde que a tese de A Sociedade Contra o Estado, de Pierre Clastres, foi publicada em 1974, pouco tem sido feito no sentido de suprir uma lacuna crucial: aquela que conecta as sociedades andinas às sociedades das terras baixas. O presente artigo busca fornecer sinteticamente, e tendo como pano de fundo a etnografia de um povo aruaque (Enawene Nawe), certos contornos teórico-filosóficos no sentido de preencher essa lacuna. A partir de uma recensão interessada de preceitos importantes da filosofia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, por um lado, e um engajamento com estudos de música indígena, por outro, o artigo passa por questões ecologicamente imprescindíveis, como uma chamada ao cotejamento sistemático de estudos de Arqueologia nas sínteses etnológicas, mas também uma apreciação geral do regime de “pequenos intervalos” que vigora nas musicalidades do continente.
关于南美洲土著国家或反国家的研究仍处于初级阶段。尽管自从皮埃尔·克拉特雷斯(Pierre Clastres) 1974年发表的《社会反对国家》(the society against the national)论文以来,这个问题最近受到了更大的关注,但在弥合安第斯社会与低地社会之间的关键差距方面,几乎没有采取什么行动。本文试图在阿鲁阿克民族志(Enawene Nawe)的背景下,综合提供一些理论和哲学轮廓,以填补这一空白。从一个审查感兴趣是重要的哲学德勒兹和“认真研究,一方面,一个人气的原住民音乐,另一方面,这篇文章必不可少的生态问题,如电话系统整理总结民族学的考古学研究,但也是一个综合评价系统的“小范围”,在musicalidades大陆。
{"title":"Da transversalidade sociopolítica: Por uma antropologia dos interstícios na América do Sul indígena","authors":"Ana Paula Lima Rodgers","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023009.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023009.pt","url":null,"abstract":"Resumo Estudos sobre a estatalidade ou contraestatalidade na América do Sul indígena são ainda incipientes. Apesar de o tema ter conhecido uma recente atenção maior desde que a tese de A Sociedade Contra o Estado, de Pierre Clastres, foi publicada em 1974, pouco tem sido feito no sentido de suprir uma lacuna crucial: aquela que conecta as sociedades andinas às sociedades das terras baixas. O presente artigo busca fornecer sinteticamente, e tendo como pano de fundo a etnografia de um povo aruaque (Enawene Nawe), certos contornos teórico-filosóficos no sentido de preencher essa lacuna. A partir de uma recensão interessada de preceitos importantes da filosofia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, por um lado, e um engajamento com estudos de música indígena, por outro, o artigo passa por questões ecologicamente imprescindíveis, como uma chamada ao cotejamento sistemático de estudos de Arqueologia nas sínteses etnológicas, mas também uma apreciação geral do regime de “pequenos intervalos” que vigora nas musicalidades do continente.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510486","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-08DOI: 10.1590/1678-49442023v29n1e2023006.pt
C. Engel
Resumo A família e as relações familiares são um objeto de intervenção da geriatria quando a especialidade diagnostica e cuida das demências. Por meio de uma etnografia das práticas médicas, observo como as categorias “insuficiência familiar” e “sobrecarga da cuidadora” são diagnosticadas como parte do “conjunto” no qual se irá intervir. Tais diagnósticos orientam e movimentam as decisões terapêuticas de modo bastante amplo, modificando as escolhas sobre quais medicamentos utilizar e em qual quantidade. Famílias com tais diagnósticos podem experimentar maiores dosagens, o que as afasta do ideal de cuidado pretendido. Observo, ainda, o histórico do manejo dessa categoria por uma área que se pretende “biopsicossocial”.
{"title":"“A gente medica de acordo com a família”: a geriatria cuidando das demências","authors":"C. Engel","doi":"10.1590/1678-49442023v29n1e2023006.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n1e2023006.pt","url":null,"abstract":"Resumo A família e as relações familiares são um objeto de intervenção da geriatria quando a especialidade diagnostica e cuida das demências. Por meio de uma etnografia das práticas médicas, observo como as categorias “insuficiência familiar” e “sobrecarga da cuidadora” são diagnosticadas como parte do “conjunto” no qual se irá intervir. Tais diagnósticos orientam e movimentam as decisões terapêuticas de modo bastante amplo, modificando as escolhas sobre quais medicamentos utilizar e em qual quantidade. Famílias com tais diagnósticos podem experimentar maiores dosagens, o que as afasta do ideal de cuidado pretendido. Observo, ainda, o histórico do manejo dessa categoria por uma área que se pretende “biopsicossocial”.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510927","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023023.pt
Taniele Rui
{"title":"Apresentação: leituras (com)partilhadas de Textures of the ordinary","authors":"Taniele Rui","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023023.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023023.pt","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135001987","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-49442022v28n1a202
Aline Moreira Magalhães
Resumo O artigo visa esboçar um panorama histórico e político sobre a relação entre indígenas e Estado no Brasil à luz do processo da Reforma Sanitária ocorrida a partir da década de 1970. Recupera e problematiza, com base em pesquisa e literatura em torno do tema, as concepções políticas subjacentes à diretriz participação, conforme prevista pela Constituição de 1988 e pela Lei Arouca de 1999, que implementa o subsistema de saúde indígena (SASI-SUS), assim como, em contrapartida, as operacionalidades efetivas da participação. À diferença do SUS, o SASI-SUS priorizou o aspecto federativo da gestão e a incorporação sistemática do debate sobre práticas e estratégias de cuidado indígenas no âmbito do atendimento cotidiano do subsistema, ambos apropriados pelo movimento indígena. Argumenta-se que a incorporação desses princípios constitui um elemento importante das relações entre movimento indígena e Estado.
{"title":"O subsistema é nosso: mobilizações indígenas e a coletivização do cuidado no Brasil","authors":"Aline Moreira Magalhães","doi":"10.1590/1678-49442022v28n1a202","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442022v28n1a202","url":null,"abstract":"Resumo O artigo visa esboçar um panorama histórico e político sobre a relação entre indígenas e Estado no Brasil à luz do processo da Reforma Sanitária ocorrida a partir da década de 1970. Recupera e problematiza, com base em pesquisa e literatura em torno do tema, as concepções políticas subjacentes à diretriz participação, conforme prevista pela Constituição de 1988 e pela Lei Arouca de 1999, que implementa o subsistema de saúde indígena (SASI-SUS), assim como, em contrapartida, as operacionalidades efetivas da participação. À diferença do SUS, o SASI-SUS priorizou o aspecto federativo da gestão e a incorporação sistemática do debate sobre práticas e estratégias de cuidado indígenas no âmbito do atendimento cotidiano do subsistema, ambos apropriados pelo movimento indígena. Argumenta-se que a incorporação desses princípios constitui um elemento importante das relações entre movimento indígena e Estado.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67509231","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}