Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023016.es
Eleana Paola Catacora Salas, Gustavo Elmer Gutiérrez Suárez
RESUMEN En este trabajo estudiamos las relaciones vecinales observadas en torno a la organización de las ollas comunes en los asentamientos humanos de La Nueva Rinconada (Lima, Perú), durante la pandemia de Covid-19. Organizadas por madres de familia vecinas, las ollas comunes constituyen núcleos de cocina y alimentación autónomos y comunitarios, que emergen con el propósito de sostener la alimentación vecinal en un contexto de desigualdad socioeconómica y condiciones de precariedad urbana. Las mujeres que dedican su tiempo y trabajo a las ollas comunes, despliegan en ellas conocimientos situados desde su posición como mujeres, madres y migrantes, en su mayoría de origen Quechua. Además, despliegan prácticas de cuidado colectivo que dan lugar a lazos significativos cruciales para la organización de las ollas comunes. Asimismo, revisamos las diferencias básicas entre ollas comunes y comedores populares en tanto experiencias de agencia femenina alimentaria, con distinto grado de articulación con el Estado peruano. Finalmente, enfocamos el rol del Estado-nación peruano en la reproducción de la desigualdad alimentaria.
{"title":"CARTOGRAFÍA DE LA DESIGUALDAD ALIMENTARIA EN LIMA SUR: Ollas comunes, Agencia femenina y Relaciones vecinales en tiempos de Covid-19","authors":"Eleana Paola Catacora Salas, Gustavo Elmer Gutiérrez Suárez","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023016.es","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023016.es","url":null,"abstract":"RESUMEN En este trabajo estudiamos las relaciones vecinales observadas en torno a la organización de las ollas comunes en los asentamientos humanos de La Nueva Rinconada (Lima, Perú), durante la pandemia de Covid-19. Organizadas por madres de familia vecinas, las ollas comunes constituyen núcleos de cocina y alimentación autónomos y comunitarios, que emergen con el propósito de sostener la alimentación vecinal en un contexto de desigualdad socioeconómica y condiciones de precariedad urbana. Las mujeres que dedican su tiempo y trabajo a las ollas comunes, despliegan en ellas conocimientos situados desde su posición como mujeres, madres y migrantes, en su mayoría de origen Quechua. Además, despliegan prácticas de cuidado colectivo que dan lugar a lazos significativos cruciales para la organización de las ollas comunes. Asimismo, revisamos las diferencias básicas entre ollas comunes y comedores populares en tanto experiencias de agencia femenina alimentaria, con distinto grado de articulación con el Estado peruano. Finalmente, enfocamos el rol del Estado-nación peruano en la reproducción de la desigualdad alimentaria.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023025.pt
Adriana Vianna
Resumo: O texto aborda, sob forma de comentário a Textures of the Ordinary: Doing anthropology after Wittgenstein, de Veena Das, a complexidade do tempo etnográfico e suas relações com a escrita na obra da autora. Busca, dessa forma, destacar o quanto a atenção ao cotidiano e ao ordinário sublinhada pela antropóloga implica modos bastante singulares de registrar limites e compromissos de nossa atuação enquanto etnógrafas. Discute ainda que, em seu livro, a capacidade de “tolerar a obscuridade” implica movimentos de ordem ética e estética que se revelam na capacidade de retomar escritos anteriores, compor tempos heterogêneos e deixar marcadas hesitações reflexivas que produzem aberturas únicas na compreensão do trabalho antropológico como algo marcado por perdas e reconfigurações.
{"title":"A antropologia como ofício feito de reencontros, perdas e curas","authors":"Adriana Vianna","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023025.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023025.pt","url":null,"abstract":"Resumo: O texto aborda, sob forma de comentário a Textures of the Ordinary: Doing anthropology after Wittgenstein, de Veena Das, a complexidade do tempo etnográfico e suas relações com a escrita na obra da autora. Busca, dessa forma, destacar o quanto a atenção ao cotidiano e ao ordinário sublinhada pela antropóloga implica modos bastante singulares de registrar limites e compromissos de nossa atuação enquanto etnógrafas. Discute ainda que, em seu livro, a capacidade de “tolerar a obscuridade” implica movimentos de ordem ética e estética que se revelam na capacidade de retomar escritos anteriores, compor tempos heterogêneos e deixar marcadas hesitações reflexivas que produzem aberturas únicas na compreensão do trabalho antropológico como algo marcado por perdas e reconfigurações.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67511043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023019.pt
Isaura de Aguiar, Lucas da Costa Maciel
Resumo Nos últimos anos, assiste-se a uma onda de remoções e derrubadas de monumentos públicos, intensificadas após as manifestações antirracistas de 2020, depois o assassinato de George Floyd, homem negro asfixiado por um policial branco, nos Estados Unidos. A partir dos atos que contestaram o monumentalismo na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Chile, busca-se refletir neste artigo sobre a forma com que tais eventos desestabilizam a concepção predominante da existência de um comum no espaço e no tempo. Propõe-se como exercício imaginar o surgimento dos possíveis incomuns da história através de casos que, neste ensaio, serão apresentados enquanto uma especulação ontológica. Serão abordadas as dissonâncias em torno dos debates que se seguiram aos atos de contestação das representações monumentais mostrando que, embora eles tenham ocorrido no mesmo recorte temporal e em lugares distintos, persiste a impossibilidade de traçar uma linha de similitudes que enquadre cada um destes casos a fundo comum.
{"title":"Remoções e derrubadas de monumentos como política dos incomuns","authors":"Isaura de Aguiar, Lucas da Costa Maciel","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023019.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023019.pt","url":null,"abstract":"Resumo Nos últimos anos, assiste-se a uma onda de remoções e derrubadas de monumentos públicos, intensificadas após as manifestações antirracistas de 2020, depois o assassinato de George Floyd, homem negro asfixiado por um policial branco, nos Estados Unidos. A partir dos atos que contestaram o monumentalismo na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Chile, busca-se refletir neste artigo sobre a forma com que tais eventos desestabilizam a concepção predominante da existência de um comum no espaço e no tempo. Propõe-se como exercício imaginar o surgimento dos possíveis incomuns da história através de casos que, neste ensaio, serão apresentados enquanto uma especulação ontológica. Serão abordadas as dissonâncias em torno dos debates que se seguiram aos atos de contestação das representações monumentais mostrando que, embora eles tenham ocorrido no mesmo recorte temporal e em lugares distintos, persiste a impossibilidade de traçar uma linha de similitudes que enquadre cada um destes casos a fundo comum.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510947","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023030.pt
Célia Xakriabá
Resumo Até o ano de 2022, só haviam sido eleitos dois deputados federais indígenas no Brasil: Mário Juruna, em 1982, e Joênia Wapixana, em 2018. O ano de 2022 é um marco histórico, contando com um recorde de candidaturas indígenas e a eleição de importantes lideranças, como Célia Xakriabá e Sônia Guajajara. Publicamos, aqui, três discursos de Célia Xakriabá, gravados em eventos de sua pré-campanha a deputada federal pelo estado de Minas Gerais. A publicação é um registro do papel central ocupado pelas mulheres indígenas nas lutas progressistas do país e na política institucional brasileira.
{"title":"A política e a poética de Célia Xakriabá: três discursos da primeira deputada indígena eleita por Minas Gerais (2022)","authors":"Célia Xakriabá","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023030.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023030.pt","url":null,"abstract":"Resumo Até o ano de 2022, só haviam sido eleitos dois deputados federais indígenas no Brasil: Mário Juruna, em 1982, e Joênia Wapixana, em 2018. O ano de 2022 é um marco histórico, contando com um recorde de candidaturas indígenas e a eleição de importantes lideranças, como Célia Xakriabá e Sônia Guajajara. Publicamos, aqui, três discursos de Célia Xakriabá, gravados em eventos de sua pré-campanha a deputada federal pelo estado de Minas Gerais. A publicação é um registro do papel central ocupado pelas mulheres indígenas nas lutas progressistas do país e na política institucional brasileira.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67511178","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023014.es
M. Epele
Resumen Partiendo de las perspectivas de Donna Haraway sobre los conocimientos situados y sus modos de apropiación en el cono sur, el objetivo de este trabajo consiste en examinar qué involucra producir conocimientos situados a través de etnografías antropológicas como críticas del presente y en geografías del sur. Específicamente, este artículo problematiza tres condiciones mínimas para situar la producción de saberes etnográficos a través de prácticas enunciativas, tecnológicamente mediadas y relativas a sufrimientos, aflicciones y salud, bajo el régimen de seguridad sanitaria durante la pandemia del Sars-Covid-2 en la región de Buenos Aires: a) las etnografías tecnológicamente mediadas; b) en zonas de emergencia y catástrofes; c) en contextos atravesados por sanciones morales y criminalización generalizada. Finalmente, la producción de los saberes situados exige modificar nuestras prácticas críticas como ejercicio académico, desde la reflexividad hacia la difracción, revolviendo y transformando sus fronteras, lógicas y geografías.
{"title":"De Gramáticas y Emergencias. Algunas cuestiones sobre etnografías situadas bajo condiciones de seguridad sanitaria","authors":"M. Epele","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023014.es","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023014.es","url":null,"abstract":"Resumen Partiendo de las perspectivas de Donna Haraway sobre los conocimientos situados y sus modos de apropiación en el cono sur, el objetivo de este trabajo consiste en examinar qué involucra producir conocimientos situados a través de etnografías antropológicas como críticas del presente y en geografías del sur. Específicamente, este artículo problematiza tres condiciones mínimas para situar la producción de saberes etnográficos a través de prácticas enunciativas, tecnológicamente mediadas y relativas a sufrimientos, aflicciones y salud, bajo el régimen de seguridad sanitaria durante la pandemia del Sars-Covid-2 en la región de Buenos Aires: a) las etnografías tecnológicamente mediadas; b) en zonas de emergencia y catástrofes; c) en contextos atravesados por sanciones morales y criminalización generalizada. Finalmente, la producción de los saberes situados exige modificar nuestras prácticas críticas como ejercicio académico, desde la reflexividad hacia la difracción, revolviendo y transformando sus fronteras, lógicas y geografías.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"84 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510720","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023024.pt
Camila Pierobon
Resumo Este texto reflete sobre a escrita de Veena Das em Textures of the Ordinary. Argumenta que, no processo de descrição das formas de vida e de elaboração de conceitos, a autora mantém os traços da vida de seus interlocutores em seus escritos quanto aos distintos tons e subtons das histórias que ela ouviu e viveu. Defende que os capítulos do livro nos abrem para a possibilidade de imaginar formas de escrita etnográfica em que os tons e os subtons presentes na vida diária apareçam como constitutivos da linguagem e dos processos de transmissão de experiência.
{"title":"Fronteiras do nós: um caminho aberto para a escrita","authors":"Camila Pierobon","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023024.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023024.pt","url":null,"abstract":"Resumo Este texto reflete sobre a escrita de Veena Das em Textures of the Ordinary. Argumenta que, no processo de descrição das formas de vida e de elaboração de conceitos, a autora mantém os traços da vida de seus interlocutores em seus escritos quanto aos distintos tons e subtons das histórias que ela ouviu e viveu. Defende que os capítulos do livro nos abrem para a possibilidade de imaginar formas de escrita etnográfica em que os tons e os subtons presentes na vida diária apareçam como constitutivos da linguagem e dos processos de transmissão de experiência.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510981","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023021.pt
Gabriel Holliver
Resumo Baseado em um engajamento etnográfico desde 2015, o presente artigo pretende oferecer uma descrição do cultivo de alguns vegetais presentes no sistema agrícola tradicional do semiárido paraibano. Dividido em quatro partes, no primeiro momento descrevo a história e contextualizo a paisagem local e esses agricultores que se autodenominam como “agricultores experimentadores”, aqui, a noção nativa de “experiência” é central para a compreensão de suas práticas. Em seguida me concentro nos roçados sazonais de milho e feijão, momento em que ressalto a diversidade de variedades presentes nessas culturas. Posteriormente, quando descrevo o cultivo de arroz-vermelho, trago à superfície sua história e as relações multiespecíficas presentes no cultivo desta planta. Por fim, abordo de maneira mais ampla as chamadas “sementes da paixão”; quando enfatizo este gênero de conhecimento tradicional, abordo as relações de parentesco, vizinhança e outras parcerias por meio do cultivo e da circulação das plantas.
{"title":"Como amar uma planta: experiência, diversidade e relações multiespecíficas no semiárido paraibano","authors":"Gabriel Holliver","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023021.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023021.pt","url":null,"abstract":"Resumo Baseado em um engajamento etnográfico desde 2015, o presente artigo pretende oferecer uma descrição do cultivo de alguns vegetais presentes no sistema agrícola tradicional do semiárido paraibano. Dividido em quatro partes, no primeiro momento descrevo a história e contextualizo a paisagem local e esses agricultores que se autodenominam como “agricultores experimentadores”, aqui, a noção nativa de “experiência” é central para a compreensão de suas práticas. Em seguida me concentro nos roçados sazonais de milho e feijão, momento em que ressalto a diversidade de variedades presentes nessas culturas. Posteriormente, quando descrevo o cultivo de arroz-vermelho, trago à superfície sua história e as relações multiespecíficas presentes no cultivo desta planta. Por fim, abordo de maneira mais ampla as chamadas “sementes da paixão”; quando enfatizo este gênero de conhecimento tradicional, abordo as relações de parentesco, vizinhança e outras parcerias por meio do cultivo e da circulação das plantas.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67511304","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023032.pt
K. Castro
{"title":"KRENAK, Ailton. 2017. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras. 104 p.","authors":"K. Castro","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023032.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023032.pt","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67511874","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023015.pt
A. Gutterres
Resumo Neste artigo reflito sobre as ambivalências e as acomodações descritas por Ruth em seu cotidiano na Vila Gaúcha, em Porto Alegre, a partir de um percurso por fotografias familiares que entrelaçam narrativas sobre casa, maternidade, violência, vida e morte. Realizo este percurso em diálogo com os escritos de Carolina de Jesus (2007) e Conceição Evaristo (2016 e 2018), seguindo o caminho sugerido por Han e Das (2016) de olhar para as formas de vida enquanto linguagem de fabricação de mundos. Busco, portanto, descrever táticas de mediação e elaboração de formas de habitar o mundo e de produzir a casa entre eventos modelados por questões históricas atravessadas pela raça e pelo gênero - no caso, a produção da cidade, as dinâmicas impostas entre fixação e circulação na fabricação de corpos e lugares removíveis.
在这篇文章中，我反思了露丝在阿雷格里港维拉gaucha的日常生活中所描述的矛盾和住宿，通过一段家庭照片的旅程，这些照片交织了关于家庭、母亲、暴力、生与死的叙述。我与Carolina de Jesus(2007)和conceicao Evaristo(2016和2018)的著作进行了对话，遵循了Han和Das(2016)提出的将生命形式视为世界制造语言的路径。追寻,所以描述中介策略和政策形式生存的世界和历史事件的模型问题之间的房子受到种族和性别-在这种情况下,城市的产量,固定和运动之间的动态在制造身体移动的地区。
{"title":"Fotografias guardadas, corpos marcados, trabalho do tempo: raça e gênero na produção da casa e da cidade","authors":"A. Gutterres","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023015.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023015.pt","url":null,"abstract":"Resumo Neste artigo reflito sobre as ambivalências e as acomodações descritas por Ruth em seu cotidiano na Vila Gaúcha, em Porto Alegre, a partir de um percurso por fotografias familiares que entrelaçam narrativas sobre casa, maternidade, violência, vida e morte. Realizo este percurso em diálogo com os escritos de Carolina de Jesus (2007) e Conceição Evaristo (2016 e 2018), seguindo o caminho sugerido por Han e Das (2016) de olhar para as formas de vida enquanto linguagem de fabricação de mundos. Busco, portanto, descrever táticas de mediação e elaboração de formas de habitar o mundo e de produzir a casa entre eventos modelados por questões históricas atravessadas pela raça e pelo gênero - no caso, a produção da cidade, as dinâmicas impostas entre fixação e circulação na fabricação de corpos e lugares removíveis.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67510782","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/1678-49442023v29n2e2023022.pt
Tatiana Massaro
Resumo Em 2019, a antropóloga Berta Ribeiro (1924-1997) foi homenageada com um vestido. Através do tributo pouco comum, procuramos mostrar como a roupa que a homenageia carrega relações e histórias da trajetória e da obra de Berta. Pretende-se também mostrar como interesses de pesquisa da antropóloga, como saberes ancestrais, técnicas de produção de cestaria indígena, plantas, pessoas e preservação da floresta, se relacionam com esse traje, criado pela estilista Flavia Aranha, e dialogam com discussões latentes tanto no conhecimento científico da antropologia e da filosofia contemporânea quanto com os saberes tradicionais indígenas. Neste sentido, através da homenagem vestível feita pelo evento “Selvagem: ciclo de estudos sobre a vida”, tomamos a antropóloga e seu vestido em um só feixe, cujas fibras serão estendidas ao longo deste artigo, buscando olhar mais de perto e mostrar seus fios reminiscentes, suas linhas têxteis, seus matizes tintórios, seus filamentos vegetais, suas gradações humanas, antropológicas e filosóficas.
{"title":"Berta Ribeiro: enlace de saberes, plantas e antropologia","authors":"Tatiana Massaro","doi":"10.1590/1678-49442023v29n2e2023022.pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-49442023v29n2e2023022.pt","url":null,"abstract":"Resumo Em 2019, a antropóloga Berta Ribeiro (1924-1997) foi homenageada com um vestido. Através do tributo pouco comum, procuramos mostrar como a roupa que a homenageia carrega relações e histórias da trajetória e da obra de Berta. Pretende-se também mostrar como interesses de pesquisa da antropóloga, como saberes ancestrais, técnicas de produção de cestaria indígena, plantas, pessoas e preservação da floresta, se relacionam com esse traje, criado pela estilista Flavia Aranha, e dialogam com discussões latentes tanto no conhecimento científico da antropologia e da filosofia contemporânea quanto com os saberes tradicionais indígenas. Neste sentido, através da homenagem vestível feita pelo evento “Selvagem: ciclo de estudos sobre a vida”, tomamos a antropóloga e seu vestido em um só feixe, cujas fibras serão estendidas ao longo deste artigo, buscando olhar mais de perto e mostrar seus fios reminiscentes, suas linhas têxteis, seus matizes tintórios, seus filamentos vegetais, suas gradações humanas, antropológicas e filosóficas.","PeriodicalId":35315,"journal":{"name":"Mana: Estudos de Antropologia Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67511377","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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