La función que la disciplina desempeña para la adquisición de la prudencia en el marco de la teoría kantiana de la educación recupera rasgos esenciales del obligado sometimiento de la razón a un examen que afecta al método del conocimiento derivado de ella. Nos proponemos discriminar algunas de las razones por las que el hombre, precisamente cuando pretende hacerse dueño de su propia razón, debe recurrir a aquellos medios que ésta le suministra para enfrentarse por sí mismo "'como un hombre libre y no como un esclavo'” a su disposición a la animalidad y a la salvaje sustracción a las leyes que esta comporta. Con ello, se pretende subrayar la importancia de una legislación negativa, del aprendizaje del obstáculo y del ejercicio del desprecio como una suerte de sustrato negativo de la moral, imprescindible para facilitar a las leyes de la razón pura práctica acceso e influencia duraderos en el ánimo.
{"title":"La función de la disciplina para la adquisición de la prudencia: una lectura de la teoría kantiana de la educación","authors":"Nuria Sanchez-Madrid","doi":"10.5380/sk.v17i1.89921","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i1.89921","url":null,"abstract":"La función que la disciplina desempeña para la adquisición de la prudencia en el marco de la teoría kantiana de la educación recupera rasgos esenciales del obligado sometimiento de la razón a un examen que afecta al método del conocimiento derivado de ella. Nos proponemos discriminar algunas de las razones por las que el hombre, precisamente cuando pretende hacerse dueño de su propia razón, debe recurrir a aquellos medios que ésta le suministra para enfrentarse por sí mismo \"'como un hombre libre y no como un esclavo'” a su disposición a la animalidad y a la salvaje sustracción a las leyes que esta comporta. Con ello, se pretende subrayar la importancia de una legislación negativa, del aprendizaje del obstáculo y del ejercicio del desprecio como una suerte de sustrato negativo de la moral, imprescindible para facilitar a las leyes de la razón pura práctica acceso e influencia duraderos en el ánimo.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"195 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364331","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Apesar de Kant ter iniciado sua reflexão com a crítica à metafísica sob os paradigmas da ciência, ele flexionou, nossa visão, seu pensamento, após 1793, em favor de uma antropologia. Defendemos, seguindo esta interpretação, a hipótese de que o Opus Postumum seria uma obra de viés antropológico, em vez de apenas uma passagem da filosofia transcendental à física. A tese da passagem é mais sedutora por dois motivos: primeiro, os escritos sobre esta são mais claros; segundo, Kant realmente tentou cumprir sua promessa de escrever a metafísica da natureza. No entanto, esta passagem, em nossa visão, seria um braço daquilo que Kant no Opus Postumum chama de Mundo (filosofia da natureza), sendo, por conseguinte, Deus (moral) o seu outro braço: ambos sustentados pelo Homem (Antropologia) como finalidade do sistema. Apesar de não ser possível afirmar qualquer fim para a obra de modo endógeno, é, entretanto, viável defender fins possíveis para o Opus Postumum, desde que respaldados pelos escritos dos últimos dez anos de vida de Kant. Com isso, é plausível afirmar que o Opus Postumum seria uma obra que fecharia um sistema de antropologia e responderia a pergunta "o que é o homem?"
{"title":"A antropologia póstuma de Kant: o Opus Postumum como uma obra de antropologia","authors":"Henrique Azevedo","doi":"10.5380/sk.v17i3.89965","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89965","url":null,"abstract":"Apesar de Kant ter iniciado sua reflexão com a crítica à metafísica sob os paradigmas da ciência, ele flexionou, nossa visão, seu pensamento, após 1793, em favor de uma antropologia. Defendemos, seguindo esta interpretação, a hipótese de que o Opus Postumum seria uma obra de viés antropológico, em vez de apenas uma passagem da filosofia transcendental à física. A tese da passagem é mais sedutora por dois motivos: primeiro, os escritos sobre esta são mais claros; segundo, Kant realmente tentou cumprir sua promessa de escrever a metafísica da natureza. No entanto, esta passagem, em nossa visão, seria um braço daquilo que Kant no Opus Postumum chama de Mundo (filosofia da natureza), sendo, por conseguinte, Deus (moral) o seu outro braço: ambos sustentados pelo Homem (Antropologia) como finalidade do sistema. Apesar de não ser possível afirmar qualquer fim para a obra de modo endógeno, é, entretanto, viável defender fins possíveis para o Opus Postumum, desde que respaldados pelos escritos dos últimos dez anos de vida de Kant. Com isso, é plausível afirmar que o Opus Postumum seria uma obra que fecharia um sistema de antropologia e responderia a pergunta \"o que é o homem?\"","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364333","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Trata-se de examinar a suposta rejeição de Kant da tese rousseauísta sobre a bipedia humana na sua resenha, publicada anonimamente, da obra do anatomista e médico italiano Pietro Moscati. Após uma apresentação sucinta sobre o contexto da recensão, será interrogado o real interesse de Kant em contrapor um dos pilares do Segundo Discurso de Rousseau à tese do italiano sobre a origem quadrúpede da espécie humana. Ao trazer para o primeiro plano da exposição o antagonismo entre animalidade e racionalidade que de algum modo parece sustentar a argumentação de Moscati, Kant estaria na verdade avaliando os dois grandes sistemas classificatórios da História Natural que ganharam um arranjo paradoxal nas mãos de Rousseau: os de Lineu e Buffon. Com isso, é possível ampliar a importância de Rousseau na filosofia de Kant demonstrando que o pensamento do genebrino também funciona como matriz teórica para a estruturação kantiana da sua antropologia física.
{"title":"Sobre a Bipedia e Destinação da Razão: Rousseau entre (contra?) Kant e Moscati","authors":"Leonardo Rennó Ribeiro Santos","doi":"10.5380/sk.v16i3.89813","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i3.89813","url":null,"abstract":"Trata-se de examinar a suposta rejeição de Kant da tese rousseauísta sobre a bipedia humana na sua resenha, publicada anonimamente, da obra do anatomista e médico italiano Pietro Moscati. Após uma apresentação sucinta sobre o contexto da recensão, será interrogado o real interesse de Kant em contrapor um dos pilares do Segundo Discurso de Rousseau à tese do italiano sobre a origem quadrúpede da espécie humana. Ao trazer para o primeiro plano da exposição o antagonismo entre animalidade e racionalidade que de algum modo parece sustentar a argumentação de Moscati, Kant estaria na verdade avaliando os dois grandes sistemas classificatórios da História Natural que ganharam um arranjo paradoxal nas mãos de Rousseau: os de Lineu e Buffon. Com isso, é possível ampliar a importância de Rousseau na filosofia de Kant demonstrando que o pensamento do genebrino também funciona como matriz teórica para a estruturação kantiana da sua antropologia física.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364341","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Although Kant did not have much original to say about the human body, he did have highly original and influential ideas about the nature of the human species. Before Kant, two divergent approaches to humankind had dominated the intellectual landscape. On the one hand, one would try to understand human nature by focusing on the immaterial soul, the latter taken to be that which is uniquely endowed with reason (an approach prominent in rational psychology as well as Leibniz-Wolffian substance metaphysics and theology), On the other hand, by contrast, one would try by focusing on the physiology of the human body and its unique features (as it is done in natural history and medicine). Kant rejects both. Direct knowledge of the soul is impossible, he maintains, on the grounds that it does not fulfill the transcendental conditions of knowledge that he has demonstrated to be the case in his critical philosophy; and merely observational knowledge of the physiology of the homo sapiens, as we call it today, is meaningless as long as it remains disconnected from the means and
{"title":"Kant's Anthropology as a Theory of Integration","authors":"Ansgar Lyssy","doi":"10.5380/sk.v18i3.90195","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i3.90195","url":null,"abstract":"Although Kant did not have much original to say about the human body, he did have highly original and influential ideas about the nature of the human species. Before Kant, two divergent approaches to humankind had dominated the intellectual landscape. On the one hand, one would try to understand human nature by focusing on the immaterial soul, the latter taken to be that which is uniquely endowed with reason (an approach prominent in rational psychology as well as Leibniz-Wolffian substance metaphysics and theology), On the other hand, by contrast, one would try by focusing on the physiology of the human body and its unique features (as it is done in natural history and medicine). Kant rejects both. Direct knowledge of the soul is impossible, he maintains, on the grounds that it does not fulfill the transcendental conditions of knowledge that he has demonstrated to be the case in his critical philosophy; and merely observational knowledge of the physiology of the homo sapiens, as we call it today, is meaningless as long as it remains disconnected from the means and","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364538","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Seja uma das tarefas da Crítica do Juízo a fundamentação transcendental de uma faculdade que, como Entendimento e Razão, possui a priori seus princípios legislantes. Em virtude desta fundamentação atribui Kant à faculdade do Juízo "e ao sentimento de prazer envolvido em juízos-de-gosto estéticos“ validade universal. Contudo, em meio ao segundo momento da Analítica do Belo, afirma Kant que quem profere um juízo-de-gosto "crê ter em seu favor uma voz universal (baseada num sensus communis) e reivindica a adesão de qualquer um" (KU, AA 05: 216). Sendo assim, voz universal e sensus communis parecem colidir com a fundamentação transcendental dos juízos-de-gosto: porque ou reivindicamos universalidade graças à sua localização transcendental; ou porque, proferindo tais juízos, cremos ouvir uma voz universal. O presente artigo se debruça sobre algumas obscuridades da argumentação kantiana referente às figuras de voz universal e sensus communis em juízos-de-gosto, numa tentativa de situá-las no contexto da terceira Crítica.
判断批判的任务之一是一种能力的先验基础，这种能力就像理解和理性一样，具有先验的立法原则。由于这一推理，康德将判断的能力归因于“审美品味判断所涉及的愉悦感”的普遍有效性。然而，在对美的分析的第二阶段，康德断言，那些做出品味判断的人“相信他们有一个普遍的声音(基于一种共同的感觉)，并要求每个人都遵守”(KU, AA 05: 216)。因此，普遍的声音和共同的感觉似乎与味觉判断的先验基础发生了冲突:因为或因为它的先验位置而声称普遍性;或者是因为在做出这样的判断时，我们相信我们听到了一个普遍的声音。本文着重探讨康德关于品味判断中的普遍声音和共感的论证的一些模糊之处，试图将它们置于第三批判的语境中。
{"title":"Onde (não) entram voz universal e sensus communis nos juízos-de-gosto?","authors":"Rômulo Eisinger Guimarães","doi":"10.5380/sk.v16i1.89783","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i1.89783","url":null,"abstract":"Seja uma das tarefas da Crítica do Juízo a fundamentação transcendental de uma faculdade que, como Entendimento e Razão, possui a priori seus princípios legislantes. Em virtude desta fundamentação atribui Kant à faculdade do Juízo \"e ao sentimento de prazer envolvido em juízos-de-gosto estéticos“ validade universal. Contudo, em meio ao segundo momento da Analítica do Belo, afirma Kant que quem profere um juízo-de-gosto \"crê ter em seu favor uma voz universal (baseada num sensus communis) e reivindica a adesão de qualquer um\" (KU, AA 05: 216). Sendo assim, voz universal e sensus communis parecem colidir com a fundamentação transcendental dos juízos-de-gosto: porque ou reivindicamos universalidade graças à sua localização transcendental; ou porque, proferindo tais juízos, cremos ouvir uma voz universal. O presente artigo se debruça sobre algumas obscuridades da argumentação kantiana referente às figuras de voz universal e sensus communis em juízos-de-gosto, numa tentativa de situá-las no contexto da terceira Crítica.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135214990","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste artigo, buscaremos mostrar que os epigramasas Escrúpulos da Consciência e Decisão não devem ser tomados como uma crítica por parte de Schiller à tese kantiana sobre o valor moral das ações moralmente exigidas, tal como apresentada nos famosos exemplos da primeira seção das Fundamentação; também não devem ser interpretados como uma forma de crítica à psicologia moral de Kant, mais exatamente, à sua teoria sobre a motivação moral. Ao invés disso, veremos que aqueles famigerados epigramas são uma espécie de sátira não da filosofia moral kantiana, mas de uma interpretação equivocada da mesma, muito difundida já à quela época.
{"title":"Schiller crítico de Kant?","authors":"Carlos Eduardo Moreno Pires","doi":"10.5380/sk.v16i2.89793","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89793","url":null,"abstract":"Neste artigo, buscaremos mostrar que os epigramasas Escrúpulos da Consciência e Decisão não devem ser tomados como uma crítica por parte de Schiller à tese kantiana sobre o valor moral das ações moralmente exigidas, tal como apresentada nos famosos exemplos da primeira seção das Fundamentação; também não devem ser interpretados como uma forma de crítica à psicologia moral de Kant, mais exatamente, à sua teoria sobre a motivação moral. Ao invés disso, veremos que aqueles famigerados epigramas são uma espécie de sátira não da filosofia moral kantiana, mas de uma interpretação equivocada da mesma, muito difundida já à quela época.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135214995","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende mostrar em que medida a admissão da razão em juízos sobre o belo é oportuna para a coesão na doutrina do gosto. Partimos da hipótese de que certas inconsistências conceituais da Analítica do belo, que circundam a definição de forma bela, podem ser resolvidas na Analítica do sublime, onde os juízos estéticos são pensados sob a influência da razão e das ideias estéticas. Iniciaremos nossa exposição com uma breve apresentação da doutrina do gosto kantiana, o que deverá incluir a análise dos principais aspectos do juízo estético reflexionante. A partir daí, poderemos discutir alguns impasses interpretativos relativos ao conceito de forma introduzido no terceiro momento da Analítica do belo. Em seguida, procuraremos mostrar como a análise da relação entre a imaginação e ideias estéticas pode lançar luz sob as dificuldades supracitadas, sem que o desinteresse do juízo de gosto puro seja comprometido.
{"title":"Um elemento a mais: A influência das ideias estéticas na doutrina do gosto","authors":"Ana Carolina de Carvalho Belmani","doi":"10.5380/sk.v17i3.89962","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89962","url":null,"abstract":"Este artigo pretende mostrar em que medida a admissão da razão em juízos sobre o belo é oportuna para a coesão na doutrina do gosto. Partimos da hipótese de que certas inconsistências conceituais da Analítica do belo, que circundam a definição de forma bela, podem ser resolvidas na Analítica do sublime, onde os juízos estéticos são pensados sob a influência da razão e das ideias estéticas. Iniciaremos nossa exposição com uma breve apresentação da doutrina do gosto kantiana, o que deverá incluir a análise dos principais aspectos do juízo estético reflexionante. A partir daí, poderemos discutir alguns impasses interpretativos relativos ao conceito de forma introduzido no terceiro momento da Analítica do belo. Em seguida, procuraremos mostrar como a análise da relação entre a imaginação e ideias estéticas pode lançar luz sob as dificuldades supracitadas, sem que o desinteresse do juízo de gosto puro seja comprometido.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215722","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nesse artigo, pretendo analisar as faculdades da mente em Kant. Seguiremos o trajeto das obras kantianas, desde as Lições sobre Metafísica e as Lições sobre Antropologia ministradas nos anos 70 e 80, comparando-as com as três Críticas. Tomando como fio condutor os textos acima mencionados, procederei à análise da obra kantiana, em busca de elementos que nos permitam elaborar um mapeamento das faculdades da mente em Kant. Esse mapeamento nos parece interessante, pois ele irá mostrar a refinada e complexa relação entre a filosofia transcendental kantiana, sua busca por princípios a priori, e sua antropologia prática, que inclui elementos da psicologia empírica.
{"title":"As faculdades em Kant: onde a filosofia transcendental supera a psicologia empírica","authors":"Maria de Lourdes Alves Borges","doi":"10.5380/sk.v18i2.90172","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i2.90172","url":null,"abstract":"Nesse artigo, pretendo analisar as faculdades da mente em Kant. Seguiremos o trajeto das obras kantianas, desde as Lições sobre Metafísica e as Lições sobre Antropologia ministradas nos anos 70 e 80, comparando-as com as três Críticas. Tomando como fio condutor os textos acima mencionados, procederei à análise da obra kantiana, em busca de elementos que nos permitam elaborar um mapeamento das faculdades da mente em Kant. Esse mapeamento nos parece interessante, pois ele irá mostrar a refinada e complexa relação entre a filosofia transcendental kantiana, sua busca por princípios a priori, e sua antropologia prática, que inclui elementos da psicologia empírica.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215730","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
In the Preface of the Phenomenology o Spirit , Hegel famously claims that “everything turns on grasping and expressing the True, not only as Substance , but equally as Subject ”. This article aims to put Hegel’s claim into the context of the preceding discussion about the relation between the concepts of subject and substance in Kant and Fichte. Whereas Kant adopted a concept of subject which goes together with agnosticism regarding the question if subjects are substances, Fichte transformed the concept of subject into a concept which signifies a peculiar ontological status, that is, a mode of being which is characterized by the self-positing nature which distinguishes subjects from things. At the same time, Fichte understands the concept of substance as being subordinated to that of subject. It is the central thesis of the article that the Hegelian claim presupposes the Fichtean ontologicalization of the concept of subject. However, it is also argued that Hegel, in contrast to Fichte, construes the concepts of subject and of substance as being equally original.
{"title":"Substance and Subject, from Kant to Hegel","authors":"Christian Klotz","doi":"10.5380/sk.v18i3.90193","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i3.90193","url":null,"abstract":"In the Preface of the Phenomenology o Spirit , Hegel famously claims that “everything turns on grasping and expressing the True, not only as Substance , but equally as Subject ”. This article aims to put Hegel’s claim into the context of the preceding discussion about the relation between the concepts of subject and substance in Kant and Fichte. Whereas Kant adopted a concept of subject which goes together with agnosticism regarding the question if subjects are substances, Fichte transformed the concept of subject into a concept which signifies a peculiar ontological status, that is, a mode of being which is characterized by the self-positing nature which distinguishes subjects from things. At the same time, Fichte understands the concept of substance as being subordinated to that of subject. It is the central thesis of the article that the Hegelian claim presupposes the Fichtean ontologicalization of the concept of subject. However, it is also argued that Hegel, in contrast to Fichte, construes the concepts of subject and of substance as being equally original.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215733","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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