A terceira seção da Fundamentação da metafísica dos costumes tem seus argumentos expostos, não raro, de forma extremamente condensada, reclamando, ademais, um apelo sistemático não apenas às teses expostas em seções anteriores da própria Fundamentação, mas também a teses centrais à filosofia transcendental expostas na Crítica da razão pura, teses essas que são retomadas, no mais das vezes, de modo excessivamente simplificado. Em vista disso, pouco ou nenhum acordo tem sido logrado acerca do que se pretende provar na terceira seção, acerca da estrutura de seus argumentos (acerca, portanto, do modo como se prova) e, por isso mesmo, acerca do sucesso ou insucesso na consecução de seus objetivos. No presente trabalho, não se buscará solucionar um a um os problemas que se enfrenta na interpretação da terceira seção, problemas que, estando sujeitos a uma pletora de respostas diferentes, aguardam ainda um tratamento capaz de lograr algum acordo. Buscar-se-á, ao contrário, examinar tão-somente uma dificuldade, a qual condiciona a compreensão das demais: a suposta confusão entre espontaneidade e autonomia da vontade, confusão essa que seria cometida por Kant no início mesmo da terceira seção.
{"title":"Espontaneidade e autonomia na Fundamentação da Metafísica dos Costumes","authors":"Gerson Louzado","doi":"10.5380/sk.v18i1.89988","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i1.89988","url":null,"abstract":"A terceira seção da Fundamentação da metafísica dos costumes tem seus argumentos expostos, não raro, de forma extremamente condensada, reclamando, ademais, um apelo sistemático não apenas às teses expostas em seções anteriores da própria Fundamentação, mas também a teses centrais à filosofia transcendental expostas na Crítica da razão pura, teses essas que são retomadas, no mais das vezes, de modo excessivamente simplificado. Em vista disso, pouco ou nenhum acordo tem sido logrado acerca do que se pretende provar na terceira seção, acerca da estrutura de seus argumentos (acerca, portanto, do modo como se prova) e, por isso mesmo, acerca do sucesso ou insucesso na consecução de seus objetivos. No presente trabalho, não se buscará solucionar um a um os problemas que se enfrenta na interpretação da terceira seção, problemas que, estando sujeitos a uma pletora de respostas diferentes, aguardam ainda um tratamento capaz de lograr algum acordo. Buscar-se-á, ao contrário, examinar tão-somente uma dificuldade, a qual condiciona a compreensão das demais: a suposta confusão entre espontaneidade e autonomia da vontade, confusão essa que seria cometida por Kant no início mesmo da terceira seção.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Borges, Maria de Lourdes. Emotion, Reason, and Action in Kant. New York/London: Bloomsbury, 2019","authors":"Joel Thiago Klein","doi":"10.5380/sk.v17i2.89935","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i2.89935","url":null,"abstract":"Resenha","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"164 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364330","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Na 3ª Seção da Fundamentação, Kant procura estabelecer o "princípio supremo da moralidade" oferecendo o rationale para o que sua "determinação correta", alcançada na 2ª Seção através de uma investigação metafísica, apresentou como resultado maior: que uma vontade livre e uma vontade sob leis morais é uma e a mesma coisa (a tese da Einerleiheit). Ao esclarecer o que isso requer quanto ao tipo de atividade de uma razão prática, que o "eu devo" moral para os seres humanos é o necessário "eu quero" das suas vontades, que pode ser tal na medida em que é a atividade puramente racional da vontace, eu procuro explicar a "justificação" da moralidade que Kant oferece nessa Seção através a identificação do que está à base do necessário "eu quero": ele encontra sua justificação "objetiva" ao ser a constituição do "eu conheço" prático. Meu argumento é desenvolvido através da atenção aos detalhes da intrincada dialética de Kant na Seção.
{"title":"O \"eu devo\" moral, o necessário \"eu quero\" e o \"eu conheço\" prático na Fundamentação 3","authors":"André Klaudat","doi":"10.5380/sk.v18i1.89991","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i1.89991","url":null,"abstract":"Na 3ª Seção da Fundamentação, Kant procura estabelecer o \"princípio supremo da moralidade\" oferecendo o rationale para o que sua \"determinação correta\", alcançada na 2ª Seção através de uma investigação metafísica, apresentou como resultado maior: que uma vontade livre e uma vontade sob leis morais é uma e a mesma coisa (a tese da Einerleiheit). Ao esclarecer o que isso requer quanto ao tipo de atividade de uma razão prática, que o \"eu devo\" moral para os seres humanos é o necessário \"eu quero\" das suas vontades, que pode ser tal na medida em que é a atividade puramente racional da vontace, eu procuro explicar a \"justificação\" da moralidade que Kant oferece nessa Seção através a identificação do que está à base do necessário \"eu quero\": ele encontra sua justificação \"objetiva\" ao ser a constituição do \"eu conheço\" prático. Meu argumento é desenvolvido através da atenção aos detalhes da intrincada dialética de Kant na Seção.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364528","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
The essay assesses the character, extent and limits of Kant’s republican commitments in political philosophy in a twofold perspective. Historically, Kant’s recourse to republican political principles is placed in the context of the early modern discourse about forms of rule and types of government in general and about the relative merits of monarchical and republican constitutions in particular. Systematically, Kant’s political republicanism is tied to his philosophy of law in general and to his account of public law in particular. Throughout the paper argues for a non-republican republicanism in Kant that imports basic features of modern republican theory and practice into a juridico-political context marked by enlightened monarchical absolutism and by an anti-revolutionary conception of political history. Section 1 opens with reflections on the timeliness and
{"title":"Republicanism Without Republic. Kant's Political Philosophy in its Historico-Systematic Context","authors":"Günter Zöller","doi":"10.5380/sk.v18i3.90192","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i3.90192","url":null,"abstract":"The essay assesses the character, extent and limits of Kant’s republican commitments in political philosophy in a twofold perspective. Historically, Kant’s recourse to republican political principles is placed in the context of the early modern discourse about forms of rule and types of government in general and about the relative merits of monarchical and republican constitutions in particular. Systematically, Kant’s political republicanism is tied to his philosophy of law in general and to his account of public law in particular. Throughout the paper argues for a non-republican republicanism in Kant that imports basic features of modern republican theory and practice into a juridico-political context marked by enlightened monarchical absolutism and by an anti-revolutionary conception of political history. Section 1 opens with reflections on the timeliness and","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364529","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Kant´s critical philosophy as a whole operates on the condition of possibility that the faculties of pure reason can be isolated analytically in order to evaluate them, while at the same time they work together in various effective forms of inter-play. As one of these forms, Kant in the Critique of the Power of Judgment introduces the "free play of imagination and understanding", which plays an important role in setting together the four moments of the aesthetic judgement. Within the last two decades or so it has been discussed widely how this cooperation between these two faculties works, but it barely has been reflected on the question how to address the "free play" properly in terms of a methodological classification. This paper follows the various contexts in which the "free play" is referred to, focusses primarily on the dysfunctional cases in which the cooperation between the two faculties fails or comes to a halt and thus evaluates the basic structure of the "free play" under the perspective of theoretical technique on the horizon of transcendental philosophy. The aim is to eventually propose a more precise title of the free play or alternatively give a reason why such a labelling could not be possible after all.
{"title":"Bewußtseinslust. Das freie Spiel der Vermögen in Kants Kritik der Urteilskraft als transzendentales Verhältnis","authors":"Michael Bastian Weiß","doi":"10.5380/sk.v18i3.90194","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i3.90194","url":null,"abstract":"Kant´s critical philosophy as a whole operates on the condition of possibility that the faculties of pure reason can be isolated analytically in order to evaluate them, while at the same time they work together in various effective forms of inter-play. As one of these forms, Kant in the Critique of the Power of Judgment introduces the \"free play of imagination and understanding\", which plays an important role in setting together the four moments of the aesthetic judgement. Within the last two decades or so it has been discussed widely how this cooperation between these two faculties works, but it barely has been reflected on the question how to address the \"free play\" properly in terms of a methodological classification. This paper follows the various contexts in which the \"free play\" is referred to, focusses primarily on the dysfunctional cases in which the cooperation between the two faculties fails or comes to a halt and thus evaluates the basic structure of the \"free play\" under the perspective of theoretical technique on the horizon of transcendental philosophy. The aim is to eventually propose a more precise title of the free play or alternatively give a reason why such a labelling could not be possible after all.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar o debate entre duas interpretações sobre a GMS III de Kant. As interpretações aqui analisadas são as de Dieter Schönecker e Henry Allison. Isso será feito por meio da reconstrução de seus argumentos e teses centrais, bem como da consideração das críticas recíprocas. Para isso serão identificadas primeiramente as passagens da obra de Kant às quais estas interpretações se relacionam. Em seguida, serão apresentados e analisados os argumentos e a perspectiva de um e de outro intérprete. Por fim, estabelecemos um resumo das questõees centrais da controvérsia.
{"title":"Entre analiticidade e reciprocidade: Schönecker e Allison sobre GMS III","authors":"Robinson dos Santos","doi":"10.5380/sk.v18i1.89989","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i1.89989","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho consiste em apresentar o debate entre duas interpretações sobre a GMS III de Kant. As interpretações aqui analisadas são as de Dieter Schönecker e Henry Allison. Isso será feito por meio da reconstrução de seus argumentos e teses centrais, bem como da consideração das críticas recíprocas. Para isso serão identificadas primeiramente as passagens da obra de Kant às quais estas interpretações se relacionam. Em seguida, serão apresentados e analisados os argumentos e a perspectiva de um e de outro intérprete. Por fim, estabelecemos um resumo das questõees centrais da controvérsia.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215728","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Embora seja bastante claro que Kant atribua a animais não-racionais algo pelo menos bastante próximo do que em nós chamamos de representação, bem como uma faculdade da sensibilidade, ele lhes nega entendimento e cognição ou conhecimento. Mais relevante, contudo, é observar que Kant nega aos animais não-racionais a possibilidade de cognição porque, segundo ele, eles não têm capacidade de consciência. Meu propósito nesse texto é examinar algumas observações kantianas sobre capacidades cognitivas visando a explicar por que mesmo nossa faculdade dos sentidos pode ser dita especificamente humana em função da relação dos sentidos com a apercepção, em particular, em razão da relação entre percepção e unidade originariamente sintética da apercepção.
{"title":"Representações sensíveis e apercepção originária","authors":"Silvia Altmann","doi":"10.5380/sk.v16i3.89811","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i3.89811","url":null,"abstract":"Embora seja bastante claro que Kant atribua a animais não-racionais algo pelo menos bastante próximo do que em nós chamamos de representação, bem como uma faculdade da sensibilidade, ele lhes nega entendimento e cognição ou conhecimento. Mais relevante, contudo, é observar que Kant nega aos animais não-racionais a possibilidade de cognição porque, segundo ele, eles não têm capacidade de consciência. Meu propósito nesse texto é examinar algumas observações kantianas sobre capacidades cognitivas visando a explicar por que mesmo nossa faculdade dos sentidos pode ser dita especificamente humana em função da relação dos sentidos com a apercepção, em particular, em razão da relação entre percepção e unidade originariamente sintética da apercepção.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215740","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A intuição formal é a definição que Kant dá às representações de espaço e de tempo como intuições mesmas (KrV, B160-161n.). Na literatura de comentários de Kant, trata-se mais amplamente das implicações dessa definição para a compreensão da economia argumentativa da Crítica da Razão Pura, mais especificamente da relação entre a Estética Transcendental e a dedução transcendental B (2ª edição). Contudo, mesmo que se busque investigar essa questão, é preciso que se questione a função que a intuição formal tem na dedução transcendental B, a fim de se verificar por que as intuições do espaço e do tempo são necessárias. O presente artigo tem o objetivo de esclarecer essa função, demonstrando que a prova da validade objetiva das categorias depende das representações de espaço e de tempo como intuições formais, pois, sem elas, a determinação completa dos objetos da sensibilidade humana não seria possível. Esclarecer esse ponto não apenas permite a compreensão da prova contida na dedução transcendental B, mas confere um primeiro passo para solucionar os problemas argumentativos da Crítica, uma vez que se compreende o papel do espaço e do tempo na aplicação das categorias aos objetos sensíveis.
{"title":"A Intuição Formal na Dedução Transcendental B","authors":"José Luciano Verçosa Marques","doi":"10.5380/sk.v16i3.89812","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i3.89812","url":null,"abstract":"A intuição formal é a definição que Kant dá às representações de espaço e de tempo como intuições mesmas (KrV, B160-161n.). Na literatura de comentários de Kant, trata-se mais amplamente das implicações dessa definição para a compreensão da economia argumentativa da Crítica da Razão Pura, mais especificamente da relação entre a Estética Transcendental e a dedução transcendental B (2ª edição). Contudo, mesmo que se busque investigar essa questão, é preciso que se questione a função que a intuição formal tem na dedução transcendental B, a fim de se verificar por que as intuições do espaço e do tempo são necessárias. O presente artigo tem o objetivo de esclarecer essa função, demonstrando que a prova da validade objetiva das categorias depende das representações de espaço e de tempo como intuições formais, pois, sem elas, a determinação completa dos objetos da sensibilidade humana não seria possível. Esclarecer esse ponto não apenas permite a compreensão da prova contida na dedução transcendental B, mas confere um primeiro passo para solucionar os problemas argumentativos da Crítica, uma vez que se compreende o papel do espaço e do tempo na aplicação das categorias aos objetos sensíveis.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215741","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Recensão da Antropologia de Immanuel Kant por Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher: Apresentação e tradução","authors":"Alexandre Hahn","doi":"10.5380/sk.v19i1.90220","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i1.90220","url":null,"abstract":"Tradução.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364146","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Trata-se de efetuar uma comparação entre Kant e Rawls, limitada ao âmbito do Direito. Mais especificamente, o texto se debruça sobre a questão da justiça procedimental. Partindo da “Doutrina do Direito”, segunda parte da Metafísica dos Costumes, de Kant, o texto aborda a necessidade de se introduzir questões substantivas para uma teoria da justiça que se pretenda efetiva. Desta forma, a primeira parte do texto (1) efetua uma exposição geral dos principais aspectos da doutrina kantiana do Direito. A segunda parte do texto (2) aborda aspectos gerais da Teoria da Justiça como Equidade (TJE), de John Rawls, problematizando o procedimentalismo ou da chamada justiça procedimental como sendo a mais adequada a uma concepção de justiça que se pretenda efetiva. Nota-se certa derivação no pensamento de Rawls a esse respeito, desde Uma teoria da justiça até os textos mais recentes, como Liberalismo político e Justiça como equidade – uma reformulação.
{"title":"Kant e Rawls: Notas em torno da noção de justiça procedimental imperfeita","authors":"Luiz Paulo Rouanet","doi":"10.5380/sk.v19i3.90251","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i3.90251","url":null,"abstract":"Trata-se de efetuar uma comparação entre Kant e Rawls, limitada ao âmbito do Direito. Mais especificamente, o texto se debruça sobre a questão da justiça procedimental. Partindo da “Doutrina do Direito”, segunda parte da Metafísica dos Costumes, de Kant, o texto aborda a necessidade de se introduzir questões substantivas para uma teoria da justiça que se pretenda efetiva. Desta forma, a primeira parte do texto (1) efetua uma exposição geral dos principais aspectos da doutrina kantiana do Direito. A segunda parte do texto (2) aborda aspectos gerais da Teoria da Justiça como Equidade (TJE), de John Rawls, problematizando o procedimentalismo ou da chamada justiça procedimental como sendo a mais adequada a uma concepção de justiça que se pretenda efetiva. Nota-se certa derivação no pensamento de Rawls a esse respeito, desde Uma teoria da justiça até os textos mais recentes, como Liberalismo político e Justiça como equidade – uma reformulação.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364148","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}