Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.13495
João Vitor Gobis Verges, Fabio Mariani, Nivea Massaretto Verges, C. Pires
Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) surgiram com a reorganização da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil em 2008. Possuem a obrigação em dispor de 20% de suas vagas para a formação de professores. Um dos aspectos intencionados é a interiorização de cursos de licenciaturas, auxiliando a supressão da carência nacional neste âmbito. Assim sendo, este trabalho levantou o cenário das licenciaturas em Geografia nos IFs brasileiros, compreendendo a dinâmica de interiorização do ensino superior, o surgimentos dos cursos e suas motivações. Adotou-se como metodologia o levantamento de dados através de revisão bibliográfica, nos sítios eletrônicos das autarquias e nos projetos pedagógicos de cursos (PPCs), com período terminando em 2020. Elaboraram-se quadros de surgimentos, justificativas e um mapeamento através do software livre QGIS. Conclui-se que as licenciaturas em Geografia nos IFs se mantiveram majoritariamente na faixa de ocupação tradicional do território, sobretudo nas regiões Nordeste e Sudeste. Como principais pontos de interiorização regional, encontram-se os estados do Pará e Rondônia. Com exceção do Distrito Federal, o Centro-Oeste não possuía nos IFs o curso em questão, acompanhado da região Sul. Na perspectiva estadual, Rondônia e o Ceará são os que demonstram maior distribuição espacial dos cursos. Verifica-se, também, que a licenciatura em Geografia nos IFs é um acontecimento recente, maiormente manifestada na última fase da expansão das autarquias, tendo como argumentos centrais a carência de profissionais qualificados nas regiões de alcance das diferentes unidades, o deficit de professores no Brasil e se comportando como complementaridade.
{"title":"EXPANSÃO E INTERIORIZAÇÃO DAS LICENCIATURAS EM GEOGRAFIA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IFS)","authors":"João Vitor Gobis Verges, Fabio Mariani, Nivea Massaretto Verges, C. Pires","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.13495","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.13495","url":null,"abstract":"Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) surgiram com a reorganização da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil em 2008. Possuem a obrigação em dispor de 20% de suas vagas para a formação de professores. Um dos aspectos intencionados é a interiorização de cursos de licenciaturas, auxiliando a supressão da carência nacional neste âmbito. Assim sendo, este trabalho levantou o cenário das licenciaturas em Geografia nos IFs brasileiros, compreendendo a dinâmica de interiorização do ensino superior, o surgimentos dos cursos e suas motivações. Adotou-se como metodologia o levantamento de dados através de revisão bibliográfica, nos sítios eletrônicos das autarquias e nos projetos pedagógicos de cursos (PPCs), com período terminando em 2020. Elaboraram-se quadros de surgimentos, justificativas e um mapeamento através do software livre QGIS. Conclui-se que as licenciaturas em Geografia nos IFs se mantiveram majoritariamente na faixa de ocupação tradicional do território, sobretudo nas regiões Nordeste e Sudeste. Como principais pontos de interiorização regional, encontram-se os estados do Pará e Rondônia. Com exceção do Distrito Federal, o Centro-Oeste não possuía nos IFs o curso em questão, acompanhado da região Sul. Na perspectiva estadual, Rondônia e o Ceará são os que demonstram maior distribuição espacial dos cursos. Verifica-se, também, que a licenciatura em Geografia nos IFs é um acontecimento recente, maiormente manifestada na última fase da expansão das autarquias, tendo como argumentos centrais a carência de profissionais qualificados nas regiões de alcance das diferentes unidades, o deficit de professores no Brasil e se comportando como complementaridade.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48534920","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14419
M. Pederiva, Amanda Aliende da Matta, Alice Martins Pederiva, P. Pederiva
This paper discusses education, access to culture and social vulnerability in the context of the Paraense Amazon, based on the experience of Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP), in the light of liberation psychology, social identity theory, and moral recognition theory. It contextualizes both the Amazon in a broader sense as well as Pará’s Amazon, in order to present part of Brazil’s northern reality, some of the possibilities and challenges faced because of geographic, cultural and social idiosyncrasies of the region. After briefly presenting FCP's history and structure, it shares some educational experiences in arts in non-formal environments. Finally, it dialogues with the mentioned theories to help us think about education and access to culture, especially in a context of social vulnerability, as well as to explore different possibilities for intervening in this reality. To sum up, it brings concepts from the fields of education, art, psychology, law and others to gaze upon a part of education and culture in the Paraense Amazon.
{"title":"ART AND EMANCIPATION: the educational experience of Fundação Cultural do Pará","authors":"M. Pederiva, Amanda Aliende da Matta, Alice Martins Pederiva, P. Pederiva","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14419","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14419","url":null,"abstract":"This paper discusses education, access to culture and social vulnerability in the context of the Paraense Amazon, based on the experience of Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP), in the light of liberation psychology, social identity theory, and moral recognition theory. It contextualizes both the Amazon in a broader sense as well as Pará’s Amazon, in order to present part of Brazil’s northern reality, some of the possibilities and challenges faced because of geographic, cultural and social idiosyncrasies of the region. After briefly presenting FCP's history and structure, it shares some educational experiences in arts in non-formal environments. Finally, it dialogues with the mentioned theories to help us think about education and access to culture, especially in a context of social vulnerability, as well as to explore different possibilities for intervening in this reality. To sum up, it brings concepts from the fields of education, art, psychology, law and others to gaze upon a part of education and culture in the Paraense Amazon.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69957039","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14505
Marcia Lisbôa Costa de Oliveira, Karina Rivelli Gonçalves Lima
O artigo apresenta o recorte de uma pesquisa-ação socialmente crítica que implementou oficinas de língua portuguesa com jovens em vulnerabilidade que integram projetos de inclusão social do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e participam de projeto de extensão Letrajovem. O foco deste trabalho recai sobre a leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, o qual foi escolhido pela proximidade da variante linguística empregada, bem como das situações ficcionais, com aquelas vividas pelos participantes das oficinas. A abordagem funda-se na epistemologia freireana e na perspectiva do Letramento Crítico, compreendendo-se a educação como ato político, a literatura como direito humano e a leitura literária como experiência estética singular e multidimensional. Aplicou-se na interpretação dos dados do caderno de campo e da gravação a Análise de Conteúdo, identificando-se categorias neles recorrentes, organizadas em eixos temáticos: conhecimentos sobre o mundo; língua e poder; reconhecimento de desigualdades vividas; ilusão do real e identificação. Nas rodas, a leitura do mundo, as referências culturais e conhecimentos do grupo são acionados. Os resultados indicam que as características do conto e a estratégia de mediação favoreceram o engajamento dos jovens no processo de construção de sentidos, em que acionaram conhecimentos prévios, vivenciaram catarses e elaboraram reflexões crítica. A experiência corroborou a hipótese de que a aproximação com as vivências dos participantes estimularia a interação com o texto e reafirmou a relevância da adoção de perspectivas críticas e colaborativas na democratização da leitura literária com pessoas em vulnerabilidade social. Palavras-chave: Democratização da Leitura. Literatura. Justiça Social.
{"title":"“FALA DA GENTE, SABE?”: cenas de leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, com jovens em vulnerabilidade social","authors":"Marcia Lisbôa Costa de Oliveira, Karina Rivelli Gonçalves Lima","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14505","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14505","url":null,"abstract":"O artigo apresenta o recorte de uma pesquisa-ação socialmente crítica que implementou oficinas de língua portuguesa com jovens em vulnerabilidade que integram projetos de inclusão social do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e participam de projeto de extensão Letrajovem. O foco deste trabalho recai sobre a leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, o qual foi escolhido pela proximidade da variante linguística empregada, bem como das situações ficcionais, com aquelas vividas pelos participantes das oficinas. A abordagem funda-se na epistemologia freireana e na perspectiva do Letramento Crítico, compreendendo-se a educação como ato político, a literatura como direito humano e a leitura literária como experiência estética singular e multidimensional. Aplicou-se na interpretação dos dados do caderno de campo e da gravação a Análise de Conteúdo, identificando-se categorias neles recorrentes, organizadas em eixos temáticos: conhecimentos sobre o mundo; língua e poder; reconhecimento de desigualdades vividas; ilusão do real e identificação. Nas rodas, a leitura do mundo, as referências culturais e conhecimentos do grupo são acionados. Os resultados indicam que as características do conto e a estratégia de mediação favoreceram o engajamento dos jovens no processo de construção de sentidos, em que acionaram conhecimentos prévios, vivenciaram catarses e elaboraram reflexões crítica. A experiência corroborou a hipótese de que a aproximação com as vivências dos participantes estimularia a interação com o texto e reafirmou a relevância da adoção de perspectivas críticas e colaborativas na democratização da leitura literária com pessoas em vulnerabilidade social. Palavras-chave: Democratização da Leitura. Literatura. Justiça Social.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69957230","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14761
Luiz Renato Rodrigues Carreiro, M. V. Araújo, Edna Martins
O presente dossiê “Educação e Vulnerabilidade Social” da Revista Olhares traz artigos que abordaram questões teórico-metodológicas e resultados de pesquisas sobre processos educacionais e práticas de formação de professores fundamentados na discussão sobre Educação e sua relação com vulnerabilidade e risco social. Há nele produções sobre arte e emancipação, trajetórias de jovens na escola, vulnerabilidade e educação de jovens e adultos, estudos sobre vulnerabilidade social e projetos do terceiro setor, atuação dos professores e experiências de oficinas com jovens em situação de vulnerabilidade social. Os trabalhos têm representações de diferentes regiões e estados brasileiros como Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Maranhão, Amapá, o que demonstra o quanto as instituições de pesquisa e universidades, ao longo de todo o Brasil, tem compreensão da relevância desse tema de pesquisa para compreender as situações vividas e os horizontes de mudanças que precisam ser vislumbrados.
{"title":"EDUCAÇÃO E VULNERABILIDADE SOCIAL: reflexões, práticas, desafios e um novo horizonte de mudanças","authors":"Luiz Renato Rodrigues Carreiro, M. V. Araújo, Edna Martins","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14761","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14761","url":null,"abstract":"O presente dossiê “Educação e Vulnerabilidade Social” da Revista Olhares traz artigos que abordaram questões teórico-metodológicas e resultados de pesquisas sobre processos educacionais e práticas de formação de professores fundamentados na discussão sobre Educação e sua relação com vulnerabilidade e risco social. Há nele produções sobre arte e emancipação, trajetórias de jovens na escola, vulnerabilidade e educação de jovens e adultos, estudos sobre vulnerabilidade social e projetos do terceiro setor, atuação dos professores e experiências de oficinas com jovens em situação de vulnerabilidade social. Os trabalhos têm representações de diferentes regiões e estados brasileiros como Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Maranhão, Amapá, o que demonstra o quanto as instituições de pesquisa e universidades, ao longo de todo o Brasil, tem compreensão da relevância desse tema de pesquisa para compreender as situações vividas e os horizontes de mudanças que precisam ser vislumbrados.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69957736","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.13972
G. Santos, Liliane Gomes de Oliveira, Marlene Neris de Almeida, Maria Gabriela Cavalcanti Pereira
Este artigo focaliza a Língua Portuguesa como objeto de ensino escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo é evidenciar, a partir da análise documental, os sentidos projetados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às práticas pedagógicas desenvolvidas pelo pedagogo. O estudo assume a compreensão de linguagem como construção cultural (MORTATTI, 2000, 2004; SMOLKA, 1993; VYGOTSKY, 1991) e a definição de currículo como território de disputas por significação (LOPES, 2019). A partir do levantamento realizado, foi possível compreender que a história desse componente curricular marca os sentidos que privilegiaram a leitura e a literatura como síntese de aprendizagem, mecanismo de apropriação/democratização de conhecimento e significação que foi parcialmente acolhida nas produções curriculares nacionais contemporâneas, como nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na BNCC. No contexto da BNCC, mais especificamente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é possível destacar um esvaziamento da compreensão da leitura e do trabalho com a literatura em uma perspectiva discursiva, tendo em vista a ênfase nos processos de alfabetização baseados na ortografização e na aquisição da escrita.
{"title":"LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO ENSINO ESCOLAR: sentidos projetados aos anos iniciais do Ensino Fundamental","authors":"G. Santos, Liliane Gomes de Oliveira, Marlene Neris de Almeida, Maria Gabriela Cavalcanti Pereira","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.13972","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.13972","url":null,"abstract":"Este artigo focaliza a Língua Portuguesa como objeto de ensino escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo é evidenciar, a partir da análise documental, os sentidos projetados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às práticas pedagógicas desenvolvidas pelo pedagogo. O estudo assume a compreensão de linguagem como construção cultural (MORTATTI, 2000, 2004; SMOLKA, 1993; VYGOTSKY, 1991) e a definição de currículo como território de disputas por significação (LOPES, 2019). A partir do levantamento realizado, foi possível compreender que a história desse componente curricular marca os sentidos que privilegiaram a leitura e a literatura como síntese de aprendizagem, mecanismo de apropriação/democratização de conhecimento e significação que foi parcialmente acolhida nas produções curriculares nacionais contemporâneas, como nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na BNCC. No contexto da BNCC, mais especificamente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é possível destacar um esvaziamento da compreensão da leitura e do trabalho com a literatura em uma perspectiva discursiva, tendo em vista a ênfase nos processos de alfabetização baseados na ortografização e na aquisição da escrita.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47504194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14489
Ana Lucia Ferreira da Silva, Isabela Cristina dos Santos Porto
Este artigo discute a temática referente aos direitos de crianças e adolescentes e, como ponto de partida e base teórica, tem-se a Constituição Federal (BRASIL, 1988), a partir da qual crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direitos passando a ter uma legislação própria, o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA (BRASIL, 1990). Paralelamente a este marco, cabe destacar que a sociedade brasileira é marcada pela desigualdade social e econômica, sendo regida a partir da reforma do Estado nos anos de 1990 pelo ideário neoliberal, o qual retira deste a responsabilidade direta pelas políticas sociais, favorecendo a entrada do terceiro setor no desenvolvimento de ações neste campo. Objetiva-se, neste contexto, analisar como se deu a constituição dos direitos de crianças e adolescentes e, nessa trajetória, identificar e discutir o marco legal, trazendo para o centro das reflexões, na perspectiva dos direitos que lhes são conferidos em lei, a discussão acerca de processos educativos em âmbito não formal, a fim de situar possíveis contribuições advindas desse campo. A pesquisa foi pautada em estudo de cunho bibliográfico e análise documental e análise de dados amparada em abordagem qualitativa. Conclui-se pelo reconhecimento dos instrumentos legais, na consolidação da doutrina de proteção integral e pela importância da legislação, no sentido de que esta favorece a continuidade das lutas em favor da garantia e efetivação desses direitos. Destaca-se por fim, as parcerias público-privadas no campo das ações socioeducativas, atuando junto a crianças e adolescentes no atendimento ao princípio da proteção integral, por meio de ações educativas não formais.
{"title":"VULNERABILIDADE SOCIAL E PROCESSOS EDUCATIVOS DESENVOLVIDOS POR INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR","authors":"Ana Lucia Ferreira da Silva, Isabela Cristina dos Santos Porto","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14489","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14489","url":null,"abstract":"Este artigo discute a temática referente aos direitos de crianças e adolescentes e, como ponto de partida e base teórica, tem-se a Constituição Federal (BRASIL, 1988), a partir da qual crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direitos passando a ter uma legislação própria, o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA (BRASIL, 1990). Paralelamente a este marco, cabe destacar que a sociedade brasileira é marcada pela desigualdade social e econômica, sendo regida a partir da reforma do Estado nos anos de 1990 pelo ideário neoliberal, o qual retira deste a responsabilidade direta pelas políticas sociais, favorecendo a entrada do terceiro setor no desenvolvimento de ações neste campo. Objetiva-se, neste contexto, analisar como se deu a constituição dos direitos de crianças e adolescentes e, nessa trajetória, identificar e discutir o marco legal, trazendo para o centro das reflexões, na perspectiva dos direitos que lhes são conferidos em lei, a discussão acerca de processos educativos em âmbito não formal, a fim de situar possíveis contribuições advindas desse campo. A pesquisa foi pautada em estudo de cunho bibliográfico e análise documental e análise de dados amparada em abordagem qualitativa. Conclui-se pelo reconhecimento dos instrumentos legais, na consolidação da doutrina de proteção integral e pela importância da legislação, no sentido de que esta favorece a continuidade das lutas em favor da garantia e efetivação desses direitos. Destaca-se por fim, as parcerias público-privadas no campo das ações socioeducativas, atuando junto a crianças e adolescentes no atendimento ao princípio da proteção integral, por meio de ações educativas não formais.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48779880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14404
Adriana Pereira da Silva, Nivia Dantas Ribeiro Zanardo
Esse artigo objetiva analisar o Projeto político pedagógico (PPP) de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), observando suas contribuições para superação de uma sociedade de risco e de vulnerabilidades sociais que os (as) trabalhadores (as) estudantes dessa modalidade vivenciam, tendo a referência da concepção crítico-libertadora. Para isso foi organizada uma pesquisa qualitativa, situada na metodologia de estudo bibliográfico, referendado em Salvador (1986) e uma investigação de documento, em que a abordagem metodológica para análise de conteúdos esteve estruturada nas reflexões de Bardin (2016). O referencial teórico do estudo se fundamenta nos pensamentos de Paulo Freire (1979; 2002; 2005), Monteiro (2011) e Beck (2011). As conclusões da pesquisa bibliográfica elucidaram que é possível aproximar os conceitos vulnerabilidade social, sociedade de risco com as categorias: sociedade fechada e situações limites, sob a luz de uma reflexão histórico-crítica, pois essa permite tratar a realidade para além das responsabilidades individuais e circunstâncias ocasionais. Ademais apontaram que os projetos políticos pedagógicos sustentados na concepção crítico-libertadora podem contribuir para a superação de sociedade de risco, pois tem como finalidade educativa a conscientização, condição formativa para que os sujeitos da EJA possam se fazer “ser mais” humano, tornando-se agente histórico de transformação social, na forma comunitária-solidária.
{"title":"VULNERABILIDADE SOCIAL E SOCIEDADE DE RISCO: As contribuições de um Projeto Político Pedagógico de turmas de EJA, sob a concepção crítico-libertadora","authors":"Adriana Pereira da Silva, Nivia Dantas Ribeiro Zanardo","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14404","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14404","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000Esse artigo objetiva analisar o Projeto político pedagógico (PPP) de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), observando suas contribuições para superação de uma sociedade de risco e de vulnerabilidades sociais que os (as) trabalhadores (as) estudantes dessa modalidade vivenciam, tendo a referência da concepção crítico-libertadora. Para isso foi organizada uma pesquisa qualitativa, situada na metodologia de estudo bibliográfico, referendado em Salvador (1986) e uma investigação de documento, em que a abordagem metodológica para análise de conteúdos esteve estruturada nas reflexões de Bardin (2016). O referencial teórico do estudo se fundamenta nos pensamentos de Paulo Freire (1979; 2002; 2005), Monteiro (2011) e Beck (2011). As conclusões da pesquisa bibliográfica elucidaram que é possível aproximar os conceitos vulnerabilidade social, sociedade de risco com as categorias: sociedade fechada e situações limites, sob a luz de uma reflexão histórico-crítica, pois essa permite tratar a realidade para além das responsabilidades individuais e circunstâncias ocasionais. Ademais apontaram que os projetos políticos pedagógicos sustentados na concepção crítico-libertadora podem contribuir para a superação de sociedade de risco, pois tem como finalidade educativa a conscientização, condição formativa para que os sujeitos da EJA possam se fazer “ser mais” humano, tornando-se agente histórico de transformação social, na forma comunitária-solidária.\u0000\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48540927","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14096
Artur Eugênio Jacobus, C. Rocha, Janaina Kunzler, Juliana Dutra de Déos Machado
Este estudo objetiva conhecer e analisar a produção acadêmica sobre a gestão da inclusão no Ensino Superior brasileiro, identificando as ações realizadas nas instituições a fim de proporcionar a inclusão de estudantes com deficiência. A pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório-descritivo, foi realizada no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre maio e junho de 2020, contemplando artigos publicados entre 2011 e 2020. As análises foram desdobradas em duas etapas: análise bibliométrica e análise qualitativa. Identificou-se que, embora o ingresso de estudantes com deficiência no Ensino Superior venha crescendo anualmente, ainda há um longo percurso a ser trilhado para a construção de Instituições de Ensino Superior (IES) inclusivas. Constatou-se, igualmente, a presença não só de barreiras físicas, mas também de barreiras relacionadas à formação de professores para o trabalho com os estudantes com deficiências, à elaboração de materiais didáticos, à oferta de tecnologias assistivas, à criação de núcleos de atendimento especializado e ao desenvolvimento de políticas de inclusão educacional específicas para cada IES. Conclui-se, a partir dos artigos analisados, que o acesso, a permanência e a conclusão do curso por estudantes com deficiência no Ensino Superior brasileiro ainda configuram um campo que necessita receber mais atenção dos pesquisadores e que o aspecto mais urgente a ser transformado não é a arquitetura das instituições, mas a mentalidade dos profissionais que atuam na Educação Superior, em especial de seus gestores.
{"title":"UM OLHAR PARA A GESTÃO DA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO","authors":"Artur Eugênio Jacobus, C. Rocha, Janaina Kunzler, Juliana Dutra de Déos Machado","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14096","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14096","url":null,"abstract":"Este estudo objetiva conhecer e analisar a produção acadêmica sobre a gestão da inclusão no Ensino Superior brasileiro, identificando as ações realizadas nas instituições a fim de proporcionar a inclusão de estudantes com deficiência. A pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório-descritivo, foi realizada no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre maio e junho de 2020, contemplando artigos publicados entre 2011 e 2020. As análises foram desdobradas em duas etapas: análise bibliométrica e análise qualitativa. Identificou-se que, embora o ingresso de estudantes com deficiência no Ensino Superior venha crescendo anualmente, ainda há um longo percurso a ser trilhado para a construção de Instituições de Ensino Superior (IES) inclusivas. Constatou-se, igualmente, a presença não só de barreiras físicas, mas também de barreiras relacionadas à formação de professores para o trabalho com os estudantes com deficiências, à elaboração de materiais didáticos, à oferta de tecnologias assistivas, à criação de núcleos de atendimento especializado e ao desenvolvimento de políticas de inclusão educacional específicas para cada IES. Conclui-se, a partir dos artigos analisados, que o acesso, a permanência e a conclusão do curso por estudantes com deficiência no Ensino Superior brasileiro ainda configuram um campo que necessita receber mais atenção dos pesquisadores e que o aspecto mais urgente a ser transformado não é a arquitetura das instituições, mas a mentalidade dos profissionais que atuam na Educação Superior, em especial de seus gestores.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47770601","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14295
Edson Manoel dos Santos, Valéria Trigueiro Santos Adinolfi
O Programa Saúde na Escola é uma política interministerial dos Ministério da Saúde e da Educação com o objetivo de levar prevenção e promoção à saúde aos estudantes das escolas públicas brasileiras. Neste sentido este artigo tem como objetivo analisar o Programa Saúde na Escola sob o olhar dos gestores educacionais quanto às parcerias estabelecidas entre as unidades escolares e unidades de saúde, buscando identificar o lugar (ou não) da educação no planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas. Participaram desta pesquisa 58 gestores escolares de uma Diretoria Regional de Educação da cidade de São Paulo, que preencheram um questionário online sobre o seu envolvimento e percepção quanto ao Programa Saúde na Escola. O questionário foi avaliado com base no Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se nos resultados que a percepção dos gestores para as relações intersetoriais entre educação e saúde são muito frágeis, cabendo ao setor saúde o planejamento, execução e avaliação das atividades, aos gestores. Cabe, às vezes, elaborar os cronogramas em conjunto com os profissionais de saúde e colaborar no apoio operacional para a realização das ações, resultando em um “não lugar” da educação nas práticas desenvolvidas no âmbito do Programa Saúde na Escola.
{"title":"PERCEPÇÃO DOS GESTORES ESCOLARES AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA","authors":"Edson Manoel dos Santos, Valéria Trigueiro Santos Adinolfi","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14295","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14295","url":null,"abstract":"O Programa Saúde na Escola é uma política interministerial dos Ministério da Saúde e da Educação com o objetivo de levar prevenção e promoção à saúde aos estudantes das escolas públicas brasileiras. Neste sentido este artigo tem como objetivo analisar o Programa Saúde na Escola sob o olhar dos gestores educacionais quanto às parcerias estabelecidas entre as unidades escolares e unidades de saúde, buscando identificar o lugar (ou não) da educação no planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas. Participaram desta pesquisa 58 gestores escolares de uma Diretoria Regional de Educação da cidade de São Paulo, que preencheram um questionário online sobre o seu envolvimento e percepção quanto ao Programa Saúde na Escola. O questionário foi avaliado com base no Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se nos resultados que a percepção dos gestores para as relações intersetoriais entre educação e saúde são muito frágeis, cabendo ao setor saúde o planejamento, execução e avaliação das atividades, aos gestores. Cabe, às vezes, elaborar os cronogramas em conjunto com os profissionais de saúde e colaborar no apoio operacional para a realização das ações, resultando em um “não lugar” da educação nas práticas desenvolvidas no âmbito do Programa Saúde na Escola.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69956829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-28DOI: 10.34024/olhares.2022.v10.14119
B. Rossato, N. S. D. Sousa, Rafael Chaves Vasconcelos Barreto
Este ensaio tem como proposta pensar o percurso de uma disciplina curricular do curso de Pedagogia - de uma universidade pública do Rio de Janeiro - e, oferecida no período pandêmico. Tal reflexão surge pelo fato de as aulas terem acontecido - exclusivamente - no contexto on-line, com o uso das audiovisualidades (KILPP, 2018) para produzir aulas com conexões de afeto, mesmo em tempos que resvalam o capitalismo e as noções opressoras no campo da governabilidade. O propósito é problematizar a produção performativa na formação de professoras, considerando que as prescrições têm que ser praticadas pelas discentes, em suas articulações com os processos curriculares, e, que as aprendizagens se forjam num cotidiano que é vivido e experimentado. Tais processos, que se realizam principalmente na relação docentediscente (ALVES; FERRAÇO, SOARES, 2019), criam relações com o mundo que se modificam permanentemente, produzindo diferença, sendo, o audiovisual, um disparador das convivências estabelecidas. Conforme a tendência conhecida como “pesquisas nos/dos/com os cotidianos”, na qual o ensaio se insere, assumimos que as inventividades das discentes, com os usos das audiovisualidades, impulsionaram a autoria na/com a formação. Assim, os vínculos construídos, mesmo que num percurso on-line, alavancaram a desconstrução nas relações docentediscente, produzindo subjetividades que extrapolam as expectativas sociais sobre a atuação na sala de aula. Como pressuposto, esse ensaio pensa a formação entendendo-a como a experiência dos vaga-lumes (DIDI-HURBEMAN, 2011), que, embora sejam tecidas na contingência das normas estabelecidas, transbordam as fronteiras do instituído como uma sobrevivência num momento tão duro da vida.
{"title":"INVENÇÕES COTIDIANAS, FORMAÇÃO DE PROFESSORAS E AS AUDIOVISUALIDADES: uma turma de pedagogia na pandemia","authors":"B. Rossato, N. S. D. Sousa, Rafael Chaves Vasconcelos Barreto","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.14119","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14119","url":null,"abstract":"Este ensaio tem como proposta pensar o percurso de uma disciplina curricular do curso de Pedagogia - de uma universidade pública do Rio de Janeiro - e, oferecida no período pandêmico. Tal reflexão surge pelo fato de as aulas terem acontecido - exclusivamente - no contexto on-line, com o uso das audiovisualidades (KILPP, 2018) para produzir aulas com conexões de afeto, mesmo em tempos que resvalam o capitalismo e as noções opressoras no campo da governabilidade. O propósito é problematizar a produção performativa na formação de professoras, considerando que as prescrições têm que ser praticadas pelas discentes, em suas articulações com os processos curriculares, e, que as aprendizagens se forjam num cotidiano que é vivido e experimentado. Tais processos, que se realizam principalmente na relação docentediscente (ALVES; FERRAÇO, SOARES, 2019), criam relações com o mundo que se modificam permanentemente, produzindo diferença, sendo, o audiovisual, um disparador das convivências estabelecidas. Conforme a tendência conhecida como “pesquisas nos/dos/com os cotidianos”, na qual o ensaio se insere, assumimos que as inventividades das discentes, com os usos das audiovisualidades, impulsionaram a autoria na/com a formação. Assim, os vínculos construídos, mesmo que num percurso on-line, alavancaram a desconstrução nas relações docentediscente, produzindo subjetividades que extrapolam as expectativas sociais sobre a atuação na sala de aula. Como pressuposto, esse ensaio pensa a formação entendendo-a como a experiência dos vaga-lumes (DIDI-HURBEMAN, 2011), que, embora sejam tecidas na contingência das normas estabelecidas, transbordam as fronteiras do instituído como uma sobrevivência num momento tão duro da vida.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69956807","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}