Maria Eduarda Andrade de Faria, Lana De Souza Cavalcanti
O presente artigo tem como discussão central o conceito de Escala Geográfica e sua importância para a Geografia Escolar e para a formação do pensamento geográfico pelos estudantes da Educação Básica. Para elucidar essa importância, o trabalho inicia com a distinção entre os conceitos de Escala Geográfica e escala cartográfica, evidenciando as discussões acerca desse conceito para a teoria geográfica e para as discussões do ensino de Geografia. Objetivou-se compreender de que forma a Escala Geográfica pode potencializar a formação do pensamento geográfico no aluno da Educação Básica, evidenciando as possibilidades, a partir de um raciocínio escalar. Para isso, foi discutido ao longo do trabalho o processo de formação de conceitos na escola e a prática docente do professor de Geografia. A metodologia de trabalho empregada foi a abordagem qualitativa, com etapas de entrevista semiestruturada com cinco professores da Rede Estadual de Educação do Estado de Goiás. O objetivo das entrevistas, para o estudo aqui realizado, foi o de compreender de que forma os professores entendem o conceito de Escala Geográfica e o seu papel para a Geografia Escolar e para a formação do pensamento geográfico dos alunos. Assim, busca-se evidenciar a Escala Geográfica enquanto um conhecimento poderoso a ser trabalhado na escola, atuando como um princípio para a formação do pensamento geográfico dos alunos da Educação Básica.
{"title":"A ESCALA GEOGRÁFICA COMO PRINCÍPIO PARA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NA ESCOLA","authors":"Maria Eduarda Andrade de Faria, Lana De Souza Cavalcanti","doi":"10.5216/signos.v4.73411","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.73411","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como discussão central o conceito de Escala Geográfica e sua importância para a Geografia Escolar e para a formação do pensamento geográfico pelos estudantes da Educação Básica. Para elucidar essa importância, o trabalho inicia com a distinção entre os conceitos de Escala Geográfica e escala cartográfica, evidenciando as discussões acerca desse conceito para a teoria geográfica e para as discussões do ensino de Geografia. Objetivou-se compreender de que forma a Escala Geográfica pode potencializar a formação do pensamento geográfico no aluno da Educação Básica, evidenciando as possibilidades, a partir de um raciocínio escalar. Para isso, foi discutido ao longo do trabalho o processo de formação de conceitos na escola e a prática docente do professor de Geografia. A metodologia de trabalho empregada foi a abordagem qualitativa, com etapas de entrevista semiestruturada com cinco professores da Rede Estadual de Educação do Estado de Goiás. O objetivo das entrevistas, para o estudo aqui realizado, foi o de compreender de que forma os professores entendem o conceito de Escala Geográfica e o seu papel para a Geografia Escolar e para a formação do pensamento geográfico dos alunos. Assim, busca-se evidenciar a Escala Geográfica enquanto um conhecimento poderoso a ser trabalhado na escola, atuando como um princípio para a formação do pensamento geográfico dos alunos da Educação Básica.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124975287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Odair Ribeiro de Carvalho Filho, Andrea Coelho Lastória, Sérgio Claudino, Silvia Aparecida de Sousa Fernandes
O presente trabalho objetiva identificar e analisar as contribuições do projeto “Nós Propomos!” para os professores e para os alunos participantes, na ótica dos professores. Para tanto, este trabalho é um recorte de uma pesquisa maior desenvolvida no programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP). A metodologia empregada foi no âmbito qualitativo, no qual foram realizadas entrevistas com cinco professores participantes do projeto citado anteriormente, nos municípios de Ibitinga, Marília, Mococa e Serrana, no estado de São Paulo/Brasil. O trabalho é dividido em quatro partes, iniciando com uma explanação sobre a relação entre ensino de Geografia Tradicional e o Inovador. Na segunda parte, destacamos algumas considerações do projeto, em uma perspectiva que atende as demandas da cidadania e de um ensino de Geografia Inovador. Na terceira parte, realizamos uma análise da categoria “As contribuições do projeto para professores e alunos”, como um recorte da pesquisa de mestrado. Na quarta parte elaboramos considerações finais. Os resultados obtidos indicam um caminho possível para a ressignificação pessoal e profissional dos professores participantes. Além disso, a realização do projeto contou com alunos participativos e críticos por meio de práticas pedagógicas de investigação e intervenção dos problemas locais.
本研究旨在识别和分析“我们建议!”项目的贡献“从教师的角度为教师和参与的学生。因此,这项工作是在ribeirao Preto, sao保罗大学(FFCLRP/USP)的哲学、科学和文学学院的教育研究生项目中进行的一项更大的研究的一部分。所采用的方法是定性的,在sao Paulo/ brazil州的Ibitinga、marilia、Mococa和Serrana市,对参与上述项目的五名教师进行了访谈。本文共分为四个部分,首先阐述了传统地理教学与创新地理教学的关系。在第二部分,我们从满足公民需求和创新地理教学的角度强调了项目的一些考虑。在第三部分,我们分析了“项目对教师和学生的贡献”这一类别,作为硕士研究的一部分。第四部分是最后的考虑。结果表明,参与教师的个人和专业重新定义可能的途径。此外,通过研究和干预当地问题的教学实践,项目的实现依靠学生的参与和批判性。
{"title":"OLHARES DOCENTES SOBRE A CIDADANIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS AVANÇOS E DESAFIOS DO PROJETO “NÓS PROPOMOS!” NO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"Odair Ribeiro de Carvalho Filho, Andrea Coelho Lastória, Sérgio Claudino, Silvia Aparecida de Sousa Fernandes","doi":"10.5216/signos.v4.72572","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72572","url":null,"abstract":"O presente trabalho objetiva identificar e analisar as contribuições do projeto “Nós Propomos!” para os professores e para os alunos participantes, na ótica dos professores. Para tanto, este trabalho é um recorte de uma pesquisa maior desenvolvida no programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP). A metodologia empregada foi no âmbito qualitativo, no qual foram realizadas entrevistas com cinco professores participantes do projeto citado anteriormente, nos municípios de Ibitinga, Marília, Mococa e Serrana, no estado de São Paulo/Brasil. O trabalho é dividido em quatro partes, iniciando com uma explanação sobre a relação entre ensino de Geografia Tradicional e o Inovador. Na segunda parte, destacamos algumas considerações do projeto, em uma perspectiva que atende as demandas da cidadania e de um ensino de Geografia Inovador. Na terceira parte, realizamos uma análise da categoria “As contribuições do projeto para professores e alunos”, como um recorte da pesquisa de mestrado. Na quarta parte elaboramos considerações finais. Os resultados obtidos indicam um caminho possível para a ressignificação pessoal e profissional dos professores participantes. Além disso, a realização do projeto contou com alunos participativos e críticos por meio de práticas pedagógicas de investigação e intervenção dos problemas locais.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"289 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127407762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Joines Gustavo Ruiz Garcia, Jerusa Vilhena de Moraes
O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa de mestrado, que teve como objetivo encontrar indícios de aprendizagem conceitual a partir da contextualização do ensino, aproximando conhecimentos prévios e científicos na promoção da Alfabetização Científica em Geografia, a partir da Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas Online. Com base na pesquisa ação (Thiollent, 2011) aplicamos a proposta junto a estudantes de graduação da Universidade Federal de São Paulo. Nosso intento em mensurar os conteúdos conceituais foi viabilizado por meio dos Indicadores de Alfabetização Geográfica (MORAES; RODRIGUES, 2021). Os indicadores contemplam sete categorias do raciocínio geográfico: vocabulário, escala de análise, representação do espaço, interação entre a sociedade e a natureza, espacialização e temporalização, o papel da sociedade na transformação do espaço e avaliação crítica, mensurando-os a partir do grau de complexidade de cada um, utilizando a seguinte escala: básico (1), intermediário (2) e complexo (3). Os resultados permitem-nos inferir que a proposta propiciou o desenvolvimento do raciocínio geográfico, da compreensão acerca do funcionamento da ciência e da relação entre a sociedade e seu meio físico, de trabalho em grupo, da comunicação oral e escrita e da capacidade argumentativa, além de ser uma experiência positiva, segundo a avaliação feita pelos estudantes.
{"title":"CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA POR MEIO DA APRENDIZAGEM BASEADA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS","authors":"Joines Gustavo Ruiz Garcia, Jerusa Vilhena de Moraes","doi":"10.5216/signos.v4.72286","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72286","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa de mestrado, que teve como objetivo encontrar indícios de aprendizagem conceitual a partir da contextualização do ensino, aproximando conhecimentos prévios e científicos na promoção da Alfabetização Científica em Geografia, a partir da Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas Online. Com base na pesquisa ação (Thiollent, 2011) aplicamos a proposta junto a estudantes de graduação da Universidade Federal de São Paulo. Nosso intento em mensurar os conteúdos conceituais foi viabilizado por meio dos Indicadores de Alfabetização Geográfica (MORAES; RODRIGUES, 2021). Os indicadores contemplam sete categorias do raciocínio geográfico: vocabulário, escala de análise, representação do espaço, interação entre a sociedade e a natureza, espacialização e temporalização, o papel da sociedade na transformação do espaço e avaliação crítica, mensurando-os a partir do grau de complexidade de cada um, utilizando a seguinte escala: básico (1), intermediário (2) e complexo (3). Os resultados permitem-nos inferir que a proposta propiciou o desenvolvimento do raciocínio geográfico, da compreensão acerca do funcionamento da ciência e da relação entre a sociedade e seu meio físico, de trabalho em grupo, da comunicação oral e escrita e da capacidade argumentativa, além de ser uma experiência positiva, segundo a avaliação feita pelos estudantes.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"118 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124566267","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Há certo consenso social de que a escola é um lócus fundamental na promoção de conteúdos e conhecimentos para crianças e jovens. Da estrutura legislativa educacional de nível federal, estadual e municipal, chegando aos Projetos Políticos Pedagógicos de cada instituição, a escola é entendida e produzida como instituição por excelência no processo de produção de saberes por meio das disciplinas específicas. Todavia, a escola detém também um viés de formação que tem sido pouco observado: o uso de seus espaços e tempos como lugar de convívio e sociabilidade entre crianças e jovens, dimensão qualitativa profunda que gera processos de aprendizado para além dos conteúdos, alcançando algo que diz respeito à cidadania e ao exercício de direito à cidade. Este texto aborda as restrições e possibilidades postas em curso, por meio do exercício de uma pesquisa qualitativa, na espacialidade escolar a partir da vivência e das pesquisas em curso no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE-UFG).
社会上有一定的共识,认为学校是促进儿童和青少年内容和知识的基本场所。从联邦、州和市各级的教育立法结构,到每个机构的政治教育项目,学校被理解和生产为通过特定学科的知识生产过程中的卓越机构。然而,学校也有它的训练一直观察:我们使用的空间和时间和休闲的地方和社会性之间的儿童和青少年,规模大,除了学习过程产生的过程,达到和公民权利的城市。本文从goias联邦大学(CEPAE-UFG)教学与教育应用研究中心(Centro de Ensino e pesquisa Aplicada a educacao)的经验和正在进行的研究中,通过对学校空间性的定性研究,探讨了限制和可能性。
{"title":"O INTERVALO É O CENTRO: ESPAÇO E TEMPO DO CONVÍVIO NA ESCOLA","authors":"Glauco Roberto Gonçalves","doi":"10.5216/signos.v4.72555","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72555","url":null,"abstract":"Há certo consenso social de que a escola é um lócus fundamental na promoção de conteúdos e conhecimentos para crianças e jovens. Da estrutura legislativa educacional de nível federal, estadual e municipal, chegando aos Projetos Políticos Pedagógicos de cada instituição, a escola é entendida e produzida como instituição por excelência no processo de produção de saberes por meio das disciplinas específicas. Todavia, a escola detém também um viés de formação que tem sido pouco observado: o uso de seus espaços e tempos como lugar de convívio e sociabilidade entre crianças e jovens, dimensão qualitativa profunda que gera processos de aprendizado para além dos conteúdos, alcançando algo que diz respeito à cidadania e ao exercício de direito à cidade. Este texto aborda as restrições e possibilidades postas em curso, por meio do exercício de uma pesquisa qualitativa, na espacialidade escolar a partir da vivência e das pesquisas em curso no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE-UFG).","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125291611","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carolina Machado Rocha Busch Pereira, Jaciara Araújo de Moura
O presente trabalho tem como objetivo analisar as imagens do livro didático como potenciais recursos ao processo de ensino e aprendizagem da educação geográfica, a partir dos fundamentos de uma educação geográfica baseada na problematização de uma situação geográfica. Considerando que todas as escolas da rede pública estadual de Porto Nacional – TO estão utilizando os mesmos livros didáticos, o recorte da pesquisa foi a coleção didática de Geografia dos Anos Finais do ensino fundamental – PNLD 2020 – escolhida e utilizada pelas mesmas escolas. A discussão teórica que fundamenta a pesquisa ampara-se no debate sobre o livro didático e o ensino de Geografia a partir de diálogos com a BNCC que é o documento norteador não apenas dos currículos estaduais mas também dos materiais didáticos. O trabalho apresenta também uma reflexão sobre o uso da imagem para a compreensão do espaço geográfico e o potencial que as mesmas possuem para a aprendizagem geográfica baseada na ideia de eventos de uma situação geográfica. Foram escolhidas para a empiria do trabalho, e são apresentadas neste artigo, as imagens fotográficas do livro didático do 6º ano. A fundamentação teórica do trabalho é orientada pelas reflexões de Santos (1996, 2013, 2017) sobre o sentido de evento para compreender o espaço geográfico e a contribuição de Silveira (1993, 1999, 2004, 2006) para pensar a situação geográfica enquanto totalidade de um evento a ser estudado.
{"title":"CAMINHOS DE APRENDIZAGEM GEOGRÁFICA PARA O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ENTRE IMAGENS, EVENTOS E HABILIDADES","authors":"Carolina Machado Rocha Busch Pereira, Jaciara Araújo de Moura","doi":"10.5216/signos.v4.72606","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72606","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo analisar as imagens do livro didático como potenciais recursos ao processo de ensino e aprendizagem da educação geográfica, a partir dos fundamentos de uma educação geográfica baseada na problematização de uma situação geográfica. Considerando que todas as escolas da rede pública estadual de Porto Nacional – TO estão utilizando os mesmos livros didáticos, o recorte da pesquisa foi a coleção didática de Geografia dos Anos Finais do ensino fundamental – PNLD 2020 – escolhida e utilizada pelas mesmas escolas. A discussão teórica que fundamenta a pesquisa ampara-se no debate sobre o livro didático e o ensino de Geografia a partir de diálogos com a BNCC que é o documento norteador não apenas dos currículos estaduais mas também dos materiais didáticos. O trabalho apresenta também uma reflexão sobre o uso da imagem para a compreensão do espaço geográfico e o potencial que as mesmas possuem para a aprendizagem geográfica baseada na ideia de eventos de uma situação geográfica. Foram escolhidas para a empiria do trabalho, e são apresentadas neste artigo, as imagens fotográficas do livro didático do 6º ano. A fundamentação teórica do trabalho é orientada pelas reflexões de Santos (1996, 2013, 2017) sobre o sentido de evento para compreender o espaço geográfico e a contribuição de Silveira (1993, 1999, 2004, 2006) para pensar a situação geográfica enquanto totalidade de um evento a ser estudado.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"220 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132485655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo é uma fabulação com e sobre a Geografia Escolar. Produto de pensares e quereres das experiências com estudos e práticas desta Geografia, é embasado por uma tradução, hibridação, descolamentos que seus autores engendram da Estética do absurdo – o absurdismo – de Albert Camus. Nos inspiramos no Mito de Sísifo para defender a incorporação do absurdo na escola, o que nos autorizou a compor operações do incontrolável, do que não se pode banir do currículo, numa tensão insuperável, do rolar incessante de uma pedra-currículo. Valendo-nos das contribuições de Judith Butler, imaginamos um currículo sem amanhã, tensionado pela precariedade marcada pelo absurdo. Provocados por Larrosa, Deleuze e Guattari argumentamos pela defesa do currículo incontrolável, valorizando a experiência, aberta ao sensível e que potencializa devires. Nesse trajeto, refletiremos o Campo Curricular e a Geografia Escolar, focalizando na Base Nacional Comum (BNCC) para pautar seus movimentos de afirmação de univocidade curricular; e ficcionar Sísifo, em um passeio de volta para o futuro, elogiando e fabulando a Geografia no currículo escolar.
{"title":"A NOÇÃO DO ABSURDO EM CAMUS E A GEOGRAFIA ESCOLAR","authors":"Vitor Marques, M. I. Carvalho","doi":"10.5216/signos.v4.72510","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72510","url":null,"abstract":"Este artigo é uma fabulação com e sobre a Geografia Escolar. Produto de pensares e quereres das experiências com estudos e práticas desta Geografia, é embasado por uma tradução, hibridação, descolamentos que seus autores engendram da Estética do absurdo – o absurdismo – de Albert Camus. Nos inspiramos no Mito de Sísifo para defender a incorporação do absurdo na escola, o que nos autorizou a compor operações do incontrolável, do que não se pode banir do currículo, numa tensão insuperável, do rolar incessante de uma pedra-currículo. Valendo-nos das contribuições de Judith Butler, imaginamos um currículo sem amanhã, tensionado pela precariedade marcada pelo absurdo. Provocados por Larrosa, Deleuze e Guattari argumentamos pela defesa do currículo incontrolável, valorizando a experiência, aberta ao sensível e que potencializa devires. Nesse trajeto, refletiremos o Campo Curricular e a Geografia Escolar, focalizando na Base Nacional Comum (BNCC) para pautar seus movimentos de afirmação de univocidade curricular; e ficcionar Sísifo, em um passeio de volta para o futuro, elogiando e fabulando a Geografia no currículo escolar.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132561213","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jackson Junio Paulino de Morais, Valéria De Oliveira Roque Ascenção
Este trabalho se debruça sobre a potencialidade do Ensino de Geografia por Investigação por meio de sequências didáticas, que tenha como norte uma pergunta geográfica construída a partir de dada situação geográfica como um caminho para a aprendizagem. Aqui são expostas teorias e interpretações, objetivando contribuir para a reflexão sobre a estruturação da prática pedagógica em Geografia para além da mera informação sobre componentes espaciais e que esta seja capaz de favorecer a construção do raciocínio geográfico, buscando a interpretação da espacialidade do fenômeno. Para tanto, foram interseccionadas as bases teóricas preconizadas por ROQUE ASCENÇÃO e VALADÃO (2014, 2017, 2018, 2020), SILVEIRA (1999), SANTOS (2006), CARVALHO (2013) e SASSERON (2015). Essa interseccionalidade e os diálogos dela decorrente se estabeleceram por meio de reflexões que nos permitiram inferir que a operação com os princípios do raciocínio geográfico, conceitos estruturadores, estruturantes e o tripé metodológico da Geografia a partir de uma situação geográfica a ser investigada no Ensino de Geografia, tem potencial de favorecer o desenvolvimento e mobilizar o raciocínio geográfico para a construção de interpretações da espacialidade do fenômeno.
{"title":"SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS À LUZ DO ENSINO DE GEOGRAFIA POR INVESTIGAÇÃO","authors":"Jackson Junio Paulino de Morais, Valéria De Oliveira Roque Ascenção","doi":"10.5216/signos.v4.72439","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72439","url":null,"abstract":"Este trabalho se debruça sobre a potencialidade do Ensino de Geografia por Investigação por meio de sequências didáticas, que tenha como norte uma pergunta geográfica construída a partir de dada situação geográfica como um caminho para a aprendizagem. Aqui são expostas teorias e interpretações, objetivando contribuir para a reflexão sobre a estruturação da prática pedagógica em Geografia para além da mera informação sobre componentes espaciais e que esta seja capaz de favorecer a construção do raciocínio geográfico, buscando a interpretação da espacialidade do fenômeno. Para tanto, foram interseccionadas as bases teóricas preconizadas por ROQUE ASCENÇÃO e VALADÃO (2014, 2017, 2018, 2020), SILVEIRA (1999), SANTOS (2006), CARVALHO (2013) e SASSERON (2015). Essa interseccionalidade e os diálogos dela decorrente se estabeleceram por meio de reflexões que nos permitiram inferir que a operação com os princípios do raciocínio geográfico, conceitos estruturadores, estruturantes e o tripé metodológico da Geografia a partir de uma situação geográfica a ser investigada no Ensino de Geografia, tem potencial de favorecer o desenvolvimento e mobilizar o raciocínio geográfico para a construção de interpretações da espacialidade do fenômeno.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"04 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130862990","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste artigo é analisar em que medida a mobilização do raciocínio geográfico pode ser potencializada a partir do uso do desenho feito por estudantes, como metodologia de aprendizagem, em aulas de Geografia. A pesquisa teve como sujeitos 24 estudantes de uma turma de sexto ano do Ensino Fundamental, anos finais, de uma escola pública localizada em Brasília, Distrito Federal. Para produzir as informações empíricas, foram utilizados grupo focal, diário da pesquisadora e os desenhos feitos pelos estudantes no quadro. Para embasar a análise, combinou-se a perspectiva da pedagogia de Paulo Freire à teoria Histórico-Cultural de Vigotski, e recorreu-se ainda à Teoria Fundamentada nos Dados. Os resultados mostraram que a apropriação do desenho como ferramenta explicativa de um modo de pensar geográfico viabilizou o desenvolvimento do raciocínio geográfico, pois permitiu aos estudantes organizarem as ideias que envolvem espacialização de fenômenos e processos e, a partir disso, expressarem-nas graficamente. Estudos futuros poderão ampliar o conhecimento sobre o raciocínio geográfico para identificar em que medida os docentes estão aptos a criar situações de aprendizagem que acionem modos de pensar e de raciocinar geográficos.
{"title":"O DESENHO COMO METODOLOGIA PARA DESENVOLVER O RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO DE ESTUDANTES DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL","authors":"Denise Mota Pereira da Silva","doi":"10.5216/signos.v4.72620","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72620","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar em que medida a mobilização do raciocínio geográfico pode ser potencializada a partir do uso do desenho feito por estudantes, como metodologia de aprendizagem, em aulas de Geografia. A pesquisa teve como sujeitos 24 estudantes de uma turma de sexto ano do Ensino Fundamental, anos finais, de uma escola pública localizada em Brasília, Distrito Federal. Para produzir as informações empíricas, foram utilizados grupo focal, diário da pesquisadora e os desenhos feitos pelos estudantes no quadro. Para embasar a análise, combinou-se a perspectiva da pedagogia de Paulo Freire à teoria Histórico-Cultural de Vigotski, e recorreu-se ainda à Teoria Fundamentada nos Dados. Os resultados mostraram que a apropriação do desenho como ferramenta explicativa de um modo de pensar geográfico viabilizou o desenvolvimento do raciocínio geográfico, pois permitiu aos estudantes organizarem as ideias que envolvem espacialização de fenômenos e processos e, a partir disso, expressarem-nas graficamente. Estudos futuros poderão ampliar o conhecimento sobre o raciocínio geográfico para identificar em que medida os docentes estão aptos a criar situações de aprendizagem que acionem modos de pensar e de raciocinar geográficos.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"150 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134464070","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Andrecksa Viana Oliveira Sampaio, Luciana Amorim de Oliveira, Vilomar Sandes Sampaio, Adriana De Mello Amorim Novais Silva
Esse artigo apresenta a importância da formação continuada, por meio das atividades desenvolvidas no Grupo de Pesquisa no Ensino de Geografia (GRUPEG/CNPq)[1]. Trata-se do projeto Diálogo com o Autor que teve como premissa a leitura e debate de ideias contidas nos textos teóricos, com a presença do próprio autor. Dentre esses diálogos, esse artigo destaca as participações e discussões realizadas pelos autores: Lana Cavalcanti, Rafael Straforini e Carina Copatti. Os textos selecionados pelos professores abordam as bases teórico metodológicas que orientam a atuação docente, as propostas metodológicas que podem tornar viável ao aluno pensar geograficamente, por meio da problematização, sistematização e síntese, o ensinar Geografia como uma prática espacial de significação discursiva e o pensamento pedagógico e geográfico. Os professores apresentaram, de forma didática e coerente, alguns tópicos para motivar o diálogo. Para esse artigo, foram selecionados alguns aspectos mais importantes das narrativas e a relação com os textos teóricos. As referências utilizadas para embasar teoricamente o artigo foram, essencialmente, os próprios textos sugeridos pelos professores. Essa atividade de formação continuada contribuiu, de forma significativa, para os participantes do GRUPEG, visto que mobilizou a reflexão da própria prática.
{"title":"PROJETO DIÁLOGO COM O AUTOR: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA","authors":"Andrecksa Viana Oliveira Sampaio, Luciana Amorim de Oliveira, Vilomar Sandes Sampaio, Adriana De Mello Amorim Novais Silva","doi":"10.5216/signos.v4.72053","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.72053","url":null,"abstract":"Esse artigo apresenta a importância da formação continuada, por meio das atividades desenvolvidas no Grupo de Pesquisa no Ensino de Geografia (GRUPEG/CNPq)[1]. Trata-se do projeto Diálogo com o Autor que teve como premissa a leitura e debate de ideias contidas nos textos teóricos, com a presença do próprio autor. Dentre esses diálogos, esse artigo destaca as participações e discussões realizadas pelos autores: Lana Cavalcanti, Rafael Straforini e Carina Copatti. Os textos selecionados pelos professores abordam as bases teórico metodológicas que orientam a atuação docente, as propostas metodológicas que podem tornar viável ao aluno pensar geograficamente, por meio da problematização, sistematização e síntese, o ensinar Geografia como uma prática espacial de significação discursiva e o pensamento pedagógico e geográfico. Os professores apresentaram, de forma didática e coerente, alguns tópicos para motivar o diálogo. Para esse artigo, foram selecionados alguns aspectos mais importantes das narrativas e a relação com os textos teóricos. As referências utilizadas para embasar teoricamente o artigo foram, essencialmente, os próprios textos sugeridos pelos professores. Essa atividade de formação continuada contribuiu, de forma significativa, para os participantes do GRUPEG, visto que mobilizou a reflexão da própria prática.\u0000 ","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126553408","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No conjunto das medidas e ações empreendidas a partir do estabelecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) nos anos 2000, destaca-se a Prática como Componente Curricular (PCC), com o propósito de romper com o modelo 3+1, que durante anos caracterizou a formação de professores no país e, por conseguinte, superar a dicotomia entre teoria e prática. Diante disto, o presente texto, recorte teórico e resultado de pesquisas bibliográficas, propõe uma discussão acerca das contribuições da Prática como Componente Curricular na mediação entre saberes e práticas e a constituição da identidade docente em Geografia. Para tal, apresentam-se alguns dos possíveis entraves em torno da interlocução entre a dimensão acadêmica e escolar do conhecimento geográfico no cenário de formação de professores de Geografia no Brasil, considerando como pressuposto basilar a reflexão em torno dos saberes docentes e, mais notadamente, dos saberes docentes em Geografia. Dimensiona-se a prática sob a perspectiva de práxis, determinante da dialética entre teoria e prática e entre saberes docentes e epistemologia do conhecimento geográfico.
{"title":"A PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: DOS SABERES E PRÁTICAS À IDENTIDADE DOCENTE EM GEOGRAFIA","authors":"Viviane Caetano Ferreira Gomes","doi":"10.5216/signos.v4.71994","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/signos.v4.71994","url":null,"abstract":"No conjunto das medidas e ações empreendidas a partir do estabelecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) nos anos 2000, destaca-se a Prática como Componente Curricular (PCC), com o propósito de romper com o modelo 3+1, que durante anos caracterizou a formação de professores no país e, por conseguinte, superar a dicotomia entre teoria e prática. Diante disto, o presente texto, recorte teórico e resultado de pesquisas bibliográficas, propõe uma discussão acerca das contribuições da Prática como Componente Curricular na mediação entre saberes e práticas e a constituição da identidade docente em Geografia. Para tal, apresentam-se alguns dos possíveis entraves em torno da interlocução entre a dimensão acadêmica e escolar do conhecimento geográfico no cenário de formação de professores de Geografia no Brasil, considerando como pressuposto basilar a reflexão em torno dos saberes docentes e, mais notadamente, dos saberes docentes em Geografia. Dimensiona-se a prática sob a perspectiva de práxis, determinante da dialética entre teoria e prática e entre saberes docentes e epistemologia do conhecimento geográfico.","PeriodicalId":413955,"journal":{"name":"Revista Signos Geográficos","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121789166","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}