Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1051
B. Oliveira
O presente trabalho procura refletir quais foram alguns efeitos para sujeitos crianças durante a pandemia do Coronavírus. Tanto o convívio familiar constante quanto a angústia diante das notícias de doença e morte tiveram consequências levando muitas crianças a apresentarem sintomas que antes não haviam aparecido. Tais consequências não acometeram apenas as crianças, mas a especificidade destes sujeitos ficarem submetidos aos cuidados do outro, implicou em formas sintomáticas de expressar seu incômodo e mal-estar quando não conseguiram usar a palavra para serem escutados.
{"title":"silêncio em tempos de pandemia","authors":"B. Oliveira","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1051","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1051","url":null,"abstract":"O presente trabalho procura refletir quais foram alguns efeitos para sujeitos crianças durante a pandemia do Coronavírus. Tanto o convívio familiar constante quanto a angústia diante das notícias de doença e morte tiveram consequências levando muitas crianças a apresentarem sintomas que antes não haviam aparecido. Tais consequências não acometeram apenas as crianças, mas a especificidade destes sujeitos ficarem submetidos aos cuidados do outro, implicou em formas sintomáticas de expressar seu incômodo e mal-estar quando não conseguiram usar a palavra para serem escutados.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"8 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140436958","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1016
Pablo Peusner
Parto de uma tese central de Lacan, atualizada em 2015 por Soler nos seguintes termos: “a foraclusão mais radical, genérica, causada pela linguagem é a da proporção [rapport] sexual”. Propus fazer dessa tese uma ferramenta clínica, um orientador para nosso fazer de analistas que não retrocedemos ante as crianças. Trata-se de um uso novo para o termo “foraclusão” que estávamos acostumados a encontrar no ensino lacaniano, sempre ligado à lógica da psicose, seja na operação da “foraclusão do significante do Nome-do-Pai” — descrita por Lacan nos anos 1950 — seja, mais tardiamente, nos anos 1970, em seu seminário sobre Joyce, sob a forma da “foraclusão de fato”. Mas, nesse caso, Soler propõe a foraclusão como uma operação radical e genérica, isto é, uma operação fundamental, que afeta o gênero humano. E qual é a causa dessa foraclusão radical e genérica? A linguagem. Essa linguagem, que Lacan considerou condição do inconsciente, foraclui a proporção sexual.
{"title":"criança psicótica e o laço social na clínica de Lacan","authors":"Pablo Peusner","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1016","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1016","url":null,"abstract":"Parto de uma tese central de Lacan, atualizada em 2015 por Soler nos seguintes termos: “a foraclusão mais radical, genérica, causada pela linguagem é a da proporção [rapport] sexual”. Propus fazer dessa tese uma ferramenta clínica, um orientador para nosso fazer de analistas que não retrocedemos ante as crianças. Trata-se de um uso novo para o termo “foraclusão” que estávamos acostumados a encontrar no ensino lacaniano, sempre ligado à lógica da psicose, seja na operação da “foraclusão do significante do Nome-do-Pai” — descrita por Lacan nos anos 1950 — seja, mais tardiamente, nos anos 1970, em seu seminário sobre Joyce, sob a forma da “foraclusão de fato”. Mas, nesse caso, Soler propõe a foraclusão como uma operação radical e genérica, isto é, uma operação fundamental, que afeta o gênero humano. E qual é a causa dessa foraclusão radical e genérica? A linguagem. Essa linguagem, que Lacan considerou condição do inconsciente, foraclui a proporção sexual.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"26 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140437274","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.572
Carla Martins de Carvalho Góes
A aparição de um novo vírus, que mobilizou o mundo inteiro, configurou-se como um acontecimento de real como nos diz Soler (2018), na medida em que marcou um antes e um depois com efeitos ainda incalculáveis. Diante dessa contingência, fomos convocados a responder não somente como sujeitos de nossa vida pessoal, mas também como analistas. Como dar seguimento às análises diante da urgência do isolamento social e do confinamento? Se, para muitos pacientes adultos e adolescentes, o trabalho de escuta a distância, de forma online, parecia poder se sustentar, como proceder com aqueles que transitam pela infância, já que sua produção coloca o corpo em cena através do brincar? A partir de recortes de dois casos clínicos, o presente artigo discute os limites e as possibilidades da análise online de crianças no contexto da pandemia, à luz dos conceitos fundamentais que orientam a clínica psicanalítica.
{"title":"Desejo do analista e transferência na análise online com crianças","authors":"Carla Martins de Carvalho Góes","doi":"10.31683/stylus.v1i44.572","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.572","url":null,"abstract":"A aparição de um novo vírus, que mobilizou o mundo inteiro, configurou-se como um acontecimento de real como nos diz Soler (2018), na medida em que marcou um antes e um depois com efeitos ainda incalculáveis. Diante dessa contingência, fomos convocados a responder não somente como sujeitos de nossa vida pessoal, mas também como analistas. Como dar seguimento às análises diante da urgência do isolamento social e do confinamento? Se, para muitos pacientes adultos e adolescentes, o trabalho de escuta a distância, de forma online, parecia poder se sustentar, como proceder com aqueles que transitam pela infância, já que sua produção coloca o corpo em cena através do brincar? A partir de recortes de dois casos clínicos, o presente artigo discute os limites e as possibilidades da análise online de crianças no contexto da pandemia, à luz dos conceitos fundamentais que orientam a clínica psicanalítica.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"2 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140437309","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1062
M. Palacio
O texto, que originalmente foi uma conferência, aborda a relevância do trabalho em rede para a transmissão da psicanálise, destacando os esforços da RHIPNA (Red Hispanohablante de Psicoanálisis com Niños y Adolescentes) nesse sentido. A ênfase é colocada na necessidade de abordar as especificidades da psicanálise com crianças, particularmente naquilo que em várias ocasiões se presta a confusão, inclusive em meios psicanalíticos lacanianos, entre o sujeito e o indivíduo. Coloca-se a questão da noção de “criança” e se examina a relação entre o corpo e a linguagem em psicanálise, destacando a introdução feita por Lacan do conceito de “ser falante”. Exploram-se as ideias de marca e erotização em relação ao corpo da criança, assim como as implicações clínicas da intervenção farmacológica nos corpos de crianças e jovens. O texto conclui destacando a importância de abordar o corpo desde a singularidade do ser falante para compreender e tratar os sintomas no contexto da psicanálise.
该文本最初是一次会议,讨论了网络对于精神分析传播的意义,强调了 RHIPNA(Red Hispanohablante de Psicoanálisis com Niños y Adolescentes)在这方面所做的努力。重点强调需要解决儿童精神分析的特殊性,特别是在主体和个体之间经常混淆的问题,甚至在拉康精神分析界也是如此。提出了 "儿童 "概念的问题,并探讨了精神分析中身体与语言之间的关系,强调了拉康提出的 "会说话的存在 "概念。探讨了与儿童身体相关的烙印和情色化概念,以及对儿童和青少年身体进行药物干预的临床意义。文章最后强调了从 "会说话的存在 "的独特性出发来看待身体的重要性,以便在精神分析的背景下理解和治疗症状。
{"title":"corpo da criança","authors":"M. Palacio","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1062","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1062","url":null,"abstract":"O texto, que originalmente foi uma conferência, aborda a relevância do trabalho em rede para a transmissão da psicanálise, destacando os esforços da RHIPNA (Red Hispanohablante de Psicoanálisis com Niños y Adolescentes) nesse sentido. A ênfase é colocada na necessidade de abordar as especificidades da psicanálise com crianças, particularmente naquilo que em várias ocasiões se presta a confusão, inclusive em meios psicanalíticos lacanianos, entre o sujeito e o indivíduo. Coloca-se a questão da noção de “criança” e se examina a relação entre o corpo e a linguagem em psicanálise, destacando a introdução feita por Lacan do conceito de “ser falante”. Exploram-se as ideias de marca e erotização em relação ao corpo da criança, assim como as implicações clínicas da intervenção farmacológica nos corpos de crianças e jovens. O texto conclui destacando a importância de abordar o corpo desde a singularidade do ser falante para compreender e tratar os sintomas no contexto da psicanálise.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"223 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140437839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1033
Thalita Castello Branco Fontenele
Este artigo parte de Um pequeno herói, livro de Dostoiévski escrito em 1849, que versa sobre o final da infância de um garoto. Na história, o artista antecipa questões que Freud só levou ao público décadas depois, e que concernem ao infantil ou ao que dele resta. Esse resto, desprezado pela ciência em sua formalização matemática, é material de trabalho do psicanalista. Aposta-se, portanto, em uma maneira de se servir da literatura em psicanálise que vá além do “roça-roça literário” denunciado por Lacan (1971), e que se volte àquilo que resta à maneira do “truque analítico”, um truque que é ao mesmo tempo lógico, poético e ético.
{"title":"truque analítico e o infantil que se formaliza em uma história de Dostoiévski","authors":"Thalita Castello Branco Fontenele","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1033","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1033","url":null,"abstract":"Este artigo parte de Um pequeno herói, livro de Dostoiévski escrito em 1849, que versa sobre o final da infância de um garoto. Na história, o artista antecipa questões que Freud só levou ao público décadas depois, e que concernem ao infantil ou ao que dele resta. Esse resto, desprezado pela ciência em sua formalização matemática, é material de trabalho do psicanalista. Aposta-se, portanto, em uma maneira de se servir da literatura em psicanálise que vá além do “roça-roça literário” denunciado por Lacan (1971), e que se volte àquilo que resta à maneira do “truque analítico”, um truque que é ao mesmo tempo lógico, poético e ético.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"2 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140436327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1061
Lujan Iuale
O infantil, contrariamente a tudo o que se pode pensar, é coisa séria. Sua configuração em tempos constitutivos portará as marcas sobre as quais se sustentará o enlaçamento. Freud enlaçou já muito cedo o inconsciente ao infantil e isso o levou a tentar constatar, uma e outra vez, como o infantil se apresentava nas modalidades próprias da satisfação. Porque para o falasser a satisfação será sempre perversa e polimorfa, na medida em que depende da parcialidade da pulsão. O infantil remete, além disso, à relação com o corpo, esse corpo afetado por lalíngua. As lalações, as palavras, as canções que ressoaram, a poética que habita a infância e configuram o infantil são alguns dos vieses que iremos abordar. Tomaremos o “brincar” como esse gesto político e constituinte do infantil.
{"title":"infantil é habitar poeticamente o mundo","authors":"Lujan Iuale","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1061","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1061","url":null,"abstract":"O infantil, contrariamente a tudo o que se pode pensar, é coisa séria. Sua configuração em tempos constitutivos portará as marcas sobre as quais se sustentará o enlaçamento. Freud enlaçou já muito cedo o inconsciente ao infantil e isso o levou a tentar constatar, uma e outra vez, como o infantil se apresentava nas modalidades próprias da satisfação. Porque para o falasser a satisfação será sempre perversa e polimorfa, na medida em que depende da parcialidade da pulsão. O infantil remete, além disso, à relação com o corpo, esse corpo afetado por lalíngua. As lalações, as palavras, as canções que ressoaram, a poética que habita a infância e configuram o infantil são alguns dos vieses que iremos abordar. Tomaremos o “brincar” como esse gesto político e constituinte do infantil.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"25 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140436420","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1008
Luis Achilles Rodrigues Furtado
Neste trabalho, pretendemos articular uma hipótese em torno do fenômeno da disseminação desenfreada de diagnóstico de transtorno do espectro autista a partir da lógica do fascínio que implica a foraclusão do sujeito. Aqui, abordamos a correspondência, sem mediação, entre o Ideal do eu e o objeto, considerando as indicações de Freud e de Lacan. A partir de uma leitura do texto “Nota sobre a criança” (Lacan, 1969/2003), pretendemos relacionar a clínica do autismo e a função de desconhecimento provocada pelo discurso capitalista das evidências científicas.
{"title":"Espectro do autismo","authors":"Luis Achilles Rodrigues Furtado","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1008","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1008","url":null,"abstract":"Neste trabalho, pretendemos articular uma hipótese em torno do fenômeno da disseminação desenfreada de diagnóstico de transtorno do espectro autista a partir da lógica do fascínio que implica a foraclusão do sujeito. Aqui, abordamos a correspondência, sem mediação, entre o Ideal do eu e o objeto, considerando as indicações de Freud e de Lacan. A partir de uma leitura do texto “Nota sobre a criança” (Lacan, 1969/2003), pretendemos relacionar a clínica do autismo e a função de desconhecimento provocada pelo discurso capitalista das evidências científicas.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"118 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140438399","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1022
V. França
O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão a partir de estudos vivenciados em uma rede de pesquisa e um cartel da Escola de Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano onde foi possível discutir como a clínica com crianças, a partir dos conceitos de constituição do sujeito (alienação e separação), assim como o de travessia da fantasia infantil podem contribuir para a constituição do desejo do analista e da sua formação, através da análise pessoal e da sua implicação em uma instituição denominada como Escola, por Lacan.
{"title":"constituição do sujeito e a formação do analista","authors":"V. França","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1022","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1022","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão a partir de estudos vivenciados em uma rede de pesquisa e um cartel da Escola de Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano onde foi possível discutir como a clínica com crianças, a partir dos conceitos de constituição do sujeito (alienação e separação), assim como o de travessia da fantasia infantil podem contribuir para a constituição do desejo do analista e da sua formação, através da análise pessoal e da sua implicação em uma instituição denominada como Escola, por Lacan.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"4 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140436319","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-23DOI: 10.31683/stylus.v1i44.1021
Joseana Simone Deckmann Lima
O presente trabalho aborda brevemente a especificidade da clínica em um Centro de Internação de Adolescentes, dos atendimentos com adolescentes que cumprem “medida sócioeducativa”, através do encaminhamento judicial. Leva em conta, tanto Lacan, como Freud, apontando o desejo inextricavelmente vinculado à Lei que institui o simbólico, que indica mais do que uma proibição, a presença da impossibilidade. Em alguns casos, o adolescente em seu Ato burla a Lei, em um movimento paradoxal de ultrapassá-la e provar a possibilidade de alcançar a plenitude, e ao mesmo tempo numa demanda de contenção buscando no Estado, uma proteção / responsabilização que promova um apaziguamento da angustia e lhe dê um lugar no mundo. Além disso, o texto propõe a possibilidade de escutar esse sujeito adolescente e seu sofrimento, levando em consideração, principalmente, a ética da psicanálise, que longe de propor um discurso moral, é a ética do desejo fundada no referenciamento da ação humana ao Real, ao impossível do gozo. Na aposta de uma escuta que possibilite ao sujeito suportar o real que o invade e que este se responsabilize pelo mal do qual se queixa. Palavras-chave: Adolescente, Psicanálise, Desejo, Lei, Ética.
{"title":"Lei e desejo na clínica com adolescentes","authors":"Joseana Simone Deckmann Lima","doi":"10.31683/stylus.v1i44.1021","DOIUrl":"https://doi.org/10.31683/stylus.v1i44.1021","url":null,"abstract":"O presente trabalho aborda brevemente a especificidade da clínica em um Centro de Internação de Adolescentes, dos atendimentos com adolescentes que cumprem “medida sócioeducativa”, através do encaminhamento judicial. Leva em conta, tanto Lacan, como Freud, apontando o desejo inextricavelmente vinculado à Lei que institui o simbólico, que indica mais do que uma proibição, a presença da impossibilidade. Em alguns casos, o adolescente em seu Ato burla a Lei, em um movimento paradoxal de ultrapassá-la e provar a possibilidade de alcançar a plenitude, e ao mesmo tempo numa demanda de contenção buscando no Estado, uma proteção / responsabilização que promova um apaziguamento da angustia e lhe dê um lugar no mundo. Além disso, o texto propõe a possibilidade de escutar esse sujeito adolescente e seu sofrimento, levando em consideração, principalmente, a ética da psicanálise, que longe de propor um discurso moral, é a ética do desejo fundada no referenciamento da ação humana ao Real, ao impossível do gozo. Na aposta de uma escuta que possibilite ao sujeito suportar o real que o invade e que este se responsabilize pelo mal do qual se queixa. \u0000Palavras-chave: \u0000Adolescente, Psicanálise, Desejo, Lei, Ética.","PeriodicalId":509451,"journal":{"name":"Revista de Psicanálise Stylus","volume":"27 13","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140437812","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}