Nesta estrevista, Adriana Schmidt Dias, presidente da SAB na gestão 2022-2023, nos fala de suas experiências na Comissão Editorial da SAB e na editoria da Revista de Arqueologia, e conta um pouco das grandes mudanças do perfil editorial da revista desde a década de 1990, as quais acompanharam de perto as mudanças das características da publicação científica em Arqueologia e a transformação do sistema de pós-gradruação brasileiro ocorridas ao longo dos últimos 30 anos.
{"title":"Em Revista: memórias da comissão editorial da SAB. Entrevista: Adriana Schmidt Dias","authors":"Fernanda Codevilla, Veronica Wesolowski","doi":"10.24885/sab.v36i1.1079","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1079","url":null,"abstract":"Nesta estrevista, Adriana Schmidt Dias, presidente da SAB na gestão 2022-2023, nos fala de suas experiências na Comissão Editorial da SAB e na editoria da Revista de Arqueologia, e conta um pouco das grandes mudanças do perfil editorial da revista desde a década de 1990, as quais acompanharam de perto as mudanças das características da publicação científica em Arqueologia e a transformação do sistema de pós-gradruação brasileiro ocorridas ao longo dos últimos 30 anos.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78787810","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Danielle Gomes Samia, Ana Luisa Meneses Lage do Nascimento
A perspectiva adotada nesta pesquisa se baseia no desenvolvimento do mapeamento profundo para especializar eventos, com intuito de compreender a continuidade da ocupação na confluência. Os resultados aqui apresentados se referem ao levantamento e estudo de quarenta sítios arqueológicos correlacionados aos eventos de ocupação humana na confluência. Considerando os dados numa perspectiva decolonial e crítica a historiografia positivista busquei a compreensão do fluxo de ocupação humana na Confluência e suas relações com a paisagem. Os resultados foram expostos em forma de textos, planilhas, mas também explorando a abordagem do mapeamento profundo e ArcGis Story Maps (ERSI). Durante o percurso do estudo foi possível perceber como o fluxo dos rios, coisas e pessoas nos permitem compreender os processos de ocupação humana na confluência.
{"title":"fluidez das paisagens: arqueologia na confluência dos rios Parnaíba e Poti","authors":"Danielle Gomes Samia, Ana Luisa Meneses Lage do Nascimento","doi":"10.24885/sab.v36i1.1054","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1054","url":null,"abstract":"A perspectiva adotada nesta pesquisa se baseia no desenvolvimento do mapeamento profundo para especializar eventos, com intuito de compreender a continuidade da ocupação na confluência. Os resultados aqui apresentados se referem ao levantamento e estudo de quarenta sítios arqueológicos correlacionados aos eventos de ocupação humana na confluência. Considerando os dados numa perspectiva decolonial e crítica a historiografia positivista busquei a compreensão do fluxo de ocupação humana na Confluência e suas relações com a paisagem. Os resultados foram expostos em forma de textos, planilhas, mas também explorando a abordagem do mapeamento profundo e ArcGis Story Maps (ERSI). Durante o percurso do estudo foi possível perceber como o fluxo dos rios, coisas e pessoas nos permitem compreender os processos de ocupação humana na confluência. ","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"55 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80172203","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-18DOI: 10.11606/t.71.2022.tde-17022023-153451
Maurício André da Silva
Esta tese tem como objetivo compreender o papel da socialização do patrimônio arqueológico com comunidades tradicionais inseridas em Unidades de Conservação de Uso Sustentável na Amazônia. Foram desenvolvidas ações com as comunidades de Boa Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDS Amanã), e de Tauary, na Floresta Nacional de Tefé (FLONA Tefé),ambas no Médio Solimões, estado do Amazonas. Foram realizadas escutas das histórias de vida de lideranças mais velhas, de professores/as e jovens, marcadas por um hibridismo entre a educação, a etnografia arqueológica e a história oral em decorrência da localização desta pesquisa na fronteira desses campos disciplinares. Também foram desenvolvidas práticas de educação patrimonial nas localidades, uma demanda constante e antiga das famílias e das escolas. Devido à organização de base comunitária das famílias, ao papel das relações de compadrio e ajuda mútua que mudaram suas histórias de vida, existe uma forte gramática local, que convida para a realização das pesquisas de forma colaborativa. Dessa forma, por meio dos aprendizados com as famílias, são apresentados alguns caminhos para uma tradução possível da arqueologia colaborativa, como uma “arqueologia parente”, que tem em sua centralidade a dialogia inerente aos trabalhos educativos. As ações de socialização se diluem nessa abordagem, pois são constitutivas de qualquer arqueologia realizada com essas comunidades. Também é favorecida a produção de histórias não lineares correlacionada às concepções e às memórias locais da materialidade com o tempo da história de longa duração indígena produzida pela arqueologia. Como resultado, é indicado o impacto latente de nossas práticas junto às famílias, o que faz emergir um rico contexto para a continuidade dos trabalhos, especialmente nessa perspectiva de se “tornar parente”. Também é discutido o contexto propício para a criação de museus comunitários, os quais podem contribuir para o gerenciamento dos referenciais culturais locais e para a gestão do patrimônio arqueológico, compreendido como um meio e não um fim em si mesmo.
{"title":"Abordagens educacionais para uma arqueologia parente com comunidades tradicionais da RDS Amanã e da FLONA Tefé, Amazonas","authors":"Maurício André da Silva","doi":"10.11606/t.71.2022.tde-17022023-153451","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/t.71.2022.tde-17022023-153451","url":null,"abstract":"Esta tese tem como objetivo compreender o papel da socialização do patrimônio arqueológico com comunidades tradicionais inseridas em Unidades de Conservação de Uso Sustentável na Amazônia. Foram desenvolvidas ações com as comunidades de Boa Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDS Amanã), e de Tauary, na Floresta Nacional de Tefé (FLONA Tefé),ambas no Médio Solimões, estado do Amazonas. Foram realizadas escutas das histórias de vida de lideranças mais velhas, de professores/as e jovens, marcadas por um hibridismo entre a educação, a etnografia arqueológica e a história oral em decorrência da localização desta pesquisa na fronteira desses campos disciplinares. Também foram desenvolvidas práticas de educação patrimonial nas localidades, uma demanda constante e antiga das famílias e das escolas. Devido à organização de base comunitária das famílias, ao papel das relações de compadrio e ajuda mútua que mudaram suas histórias de vida, existe uma forte gramática local, que convida para a realização das pesquisas de forma colaborativa. Dessa forma, por meio dos aprendizados com as famílias, são apresentados alguns caminhos para uma tradução possível da arqueologia colaborativa, como uma “arqueologia parente”, que tem em sua centralidade a dialogia inerente aos trabalhos educativos. As ações de socialização se diluem nessa abordagem, pois são constitutivas de qualquer arqueologia realizada com essas comunidades. Também é favorecida a produção de histórias não lineares correlacionada às concepções e às memórias locais da materialidade com o tempo da história de longa duração indígena produzida pela arqueologia. Como resultado, é indicado o impacto latente de nossas práticas junto às famílias, o que faz emergir um rico contexto para a continuidade dos trabalhos, especialmente nessa perspectiva de se “tornar parente”. Também é discutido o contexto propício para a criação de museus comunitários, os quais podem contribuir para o gerenciamento dos referenciais culturais locais e para a gestão do patrimônio arqueológico, compreendido como um meio e não um fim em si mesmo.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88674346","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Foz do Rio Amazonas conta com sítios arqueológicos funerários povoados por diversos corpos em cerâmica. No presente artigo é apresentada a pesquisa desenvolvida sobre alguns tipos de corpos-urnas em contextos do sul do Amapá e ilhas de sua costa estuarina. A ideia é narrar os percalços de se desenhar e aplicar um método pós-representacional de análise, por meio do qual buscamos tecer contribuições sobre a arte indígena que floresceu na região até o contato com as frentes europeias. Debatemos, por meio dessa abordagem, sobre um regime artístico e de corporeidade no qual a mimeses e o figurativismo são possíveis aparatos na composição de seres diversos, e não valores ou recursos visuais por si só.
{"title":"Corpos-urnas na arte e arqueologia da Foz do Amazonas: prerrogativas e percalços de uma pesquisa pretensamente pós-representacional","authors":"Mario Junior Alves Polo","doi":"10.24885/sab.v36i1.988","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.988","url":null,"abstract":"A Foz do Rio Amazonas conta com sítios arqueológicos funerários povoados por diversos corpos em cerâmica. No presente artigo é apresentada a pesquisa desenvolvida sobre alguns tipos de corpos-urnas em contextos do sul do Amapá e ilhas de sua costa estuarina. A ideia é narrar os percalços de se desenhar e aplicar um método pós-representacional de análise, por meio do qual buscamos tecer contribuições sobre a arte indígena que floresceu na região até o contato com as frentes europeias. Debatemos, por meio dessa abordagem, sobre um regime artístico e de corporeidade no qual a mimeses e o figurativismo são possíveis aparatos na composição de seres diversos, e não valores ou recursos visuais por si só.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87676888","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo apresenta uma análise dos estudos realizados após a publicação, em 2003, do artigo “Da pré-história à história indígena”, que constitui o resumo de sua tese de doutoramento, sobretudo no que se refere à continuidade de pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas no Pantanal e regiões adjacentes.
{"title":"Duas décadas depois da publicação do artigo “Da pré-história à história indígena”","authors":"Jorge Eremites de Oliveira","doi":"10.24885/sab.v36i1.1067","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1067","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma análise dos estudos realizados após a publicação, em 2003, do artigo “Da pré-história à história indígena”, que constitui o resumo de sua tese de doutoramento, sobretudo no que se refere à continuidade de pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas no Pantanal e regiões adjacentes.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"230 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77882998","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A ferramenta de aprimoramento de imagens DStretch® auxilia nas leituras de pinturas rupestres que apresentam baixo grau de conservação ou pouca visibilidade, facilitando a leitura de conjuntos parietais e ajudando na compreensão da cronologia de construção dos espaços ornados. Trabalhando sobre imagens fotográficas, a ferramenta possibilita a releitura de sítios já pesquisados, abrindo importante perspectiva na pesquisa em sítios rupestres. Este texto aborda os resultados da releitura do painel 5 do sítio rupestre Cosmezinho a partir da aplicação do DStretch® sobre os dados obtidos em 2009 . Essa nova leitura gerou elementos importantes para se discutir sobre a aplicação metodológica dessa ferramenta e o refinamento das leituras realizadas em relação à organização gráfica do painel estudado. [1] Os dados e imagens aqui utilizados foram obtidos no âmbito do Programa de mapeamento, cadastro e conservação dos sítios de Arte Rupestre do Baixo São Francisco coordenado por Paulo Zanettini e Antônio Cavalheiro e realizado em 2009, pela Zanettini Arqueologia.
{"title":"Antigas pesquisas, novas descobertas: a releitura do espaço ornado do sítio rupestre cosmezinho no sertão alagoano","authors":"Carolina Guedes","doi":"10.24885/sab.v36i1.970","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.970","url":null,"abstract":"A ferramenta de aprimoramento de imagens DStretch® auxilia nas leituras de pinturas rupestres que apresentam baixo grau de conservação ou pouca visibilidade, facilitando a leitura de conjuntos parietais e ajudando na compreensão da cronologia de construção dos espaços ornados. Trabalhando sobre imagens fotográficas, a ferramenta possibilita a releitura de sítios já pesquisados, abrindo importante perspectiva na pesquisa em sítios rupestres. Este texto aborda os resultados da releitura do painel 5 do sítio rupestre Cosmezinho a partir da aplicação do DStretch® sobre os dados obtidos em 2009 . Essa nova leitura gerou elementos importantes para se discutir sobre a aplicação metodológica dessa ferramenta e o refinamento das leituras realizadas em relação à organização gráfica do painel estudado.\u0000 \u0000[1] Os dados e imagens aqui utilizados foram obtidos no âmbito do Programa de mapeamento, cadastro e conservação dos sítios de Arte Rupestre do Baixo São Francisco coordenado por Paulo Zanettini e Antônio Cavalheiro e realizado em 2009, pela Zanettini Arqueologia.\u0000 ","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"67 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81193749","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Em 2012 publicamos um artigo sobre a entidade arqueológica Goya-Malabrigo e sua ligação com a expansão Arawak. Este artigo, escrito em espanhol na Revista de Arqueologia da Sociedade de Arqueologia Brasileira que será republicado neste volume especial, teve grande impacto na arqueologia das terras baixas da América do Sul, como atestam o alto número de citações e as discussões que gerou. Nele, redefiniu-se esta entidade arqueológica, que teve um significativo agenciamento histórico no Médio e Baixo Paraná, Baixo Uruguai e costa leste dos rios da Prata, e também explorou seu vínculo com a dispersão meridional do grupo etnolinguístico Arawak. Dez anos depois, houve um progresso substancial no conhecimento de Goya-Malabrigo e novos tópicos de pesquisa foram abertos. Como consequência do incentivo do artigo de 2012, foram realizados dois simpósios sobre esta entidade arqueológica, um no V Encontro de Discussão de Arqueologia do Nordeste Argentino (Goya, 2013) e outro no XIX Congresso Nacional de Arqueologia Argentina (Tucumán, 2016). Em 2018, uma série de artigos foi reunida relatando novos avanços sobre o assunto (Politis e Bonomo 2018) e novas questões foram geradas. Parte dessas contribuições serão resumidas e discutidas neste artigo.
2012年,我们发表了一篇关于戈雅-马拉布里戈考古实体及其与阿拉瓦克扩张的联系的文章。这篇文章用西班牙语发表在巴西考古学会的Revista de Arqueologia上,并将在本特别卷中再版。这篇文章对南美洲低地的考古学产生了巨大的影响,大量的引用和讨论证明了这一点。它重新定义了这个考古实体,它在parana中下游、乌拉圭下游和拉普拉塔河的东海岸有重要的历史组合,并探索了它与阿拉瓦克民族语言群体的南部分散的联系。十年后,戈雅-马拉布里戈里的知识有了很大的进步,新的研究主题也出现了。在2012年文章的鼓励下,举办了两次关于这个考古实体的研讨会,一次是在第五届阿根廷东北部考古学讨论会议(戈雅,2013)上,另一次是在第十九届阿根廷全国考古学大会(tucuman, 2016)上。2018年,收集了一系列文章,报告了该主题的新进展(Politis和Bonomo 2018),并产生了新的问题。本文将对其中一些贡献进行总结和讨论。
{"title":"Goya-Malabrigo e a expansão Arawak 10 anos depois","authors":"Gustavo Politis, Mariano Bonomo","doi":"10.24885/sab.v36i1.1073","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1073","url":null,"abstract":"Em 2012 publicamos um artigo sobre a entidade arqueológica Goya-Malabrigo e sua ligação com a expansão Arawak. Este artigo, escrito em espanhol na Revista de Arqueologia da Sociedade de Arqueologia Brasileira que será republicado neste volume especial, teve grande impacto na arqueologia das terras baixas da América do Sul, como atestam o alto número de citações e as discussões que gerou. Nele, redefiniu-se esta entidade arqueológica, que teve um significativo agenciamento histórico no Médio e Baixo Paraná, Baixo Uruguai e costa leste dos rios da Prata, e também explorou seu vínculo com a dispersão meridional do grupo etnolinguístico Arawak. Dez anos depois, houve um progresso substancial no conhecimento de Goya-Malabrigo e novos tópicos de pesquisa foram abertos. Como consequência do incentivo do artigo de 2012, foram realizados dois simpósios sobre esta entidade arqueológica, um no V Encontro de Discussão de Arqueologia do Nordeste Argentino (Goya, 2013) e outro no XIX Congresso Nacional de Arqueologia Argentina (Tucumán, 2016). Em 2018, uma série de artigos foi reunida relatando novos avanços sobre o assunto (Politis e Bonomo 2018) e novas questões foram geradas. Parte dessas contribuições serão resumidas e discutidas neste artigo.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83787863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karla Mylleane Silva Oliveira, Ângelo Alves Corrêa, F. Silva
Neste artigo apresentamos um experimento de análise morfológica, realizado a partir de preceitos da Morfometria Geométrica em vasilhas cerâmicas Asurini, do Xingu. Nosso objetivo é fomentar discussões sobre a construção de um protocolo de captura automática de perfil cerâmico, de baixo custo e complexidade, com alto grau de confiabilidade. Deste modo, com o auxílio de ferramentas da morfometria geométrica, buscamos capturar informações matemáticas de perfis de exemplares cerâmicos de alta variabilidade, e compará-los entre si. Para tal tarefa, adequamos o protocolo de execução a contextos não biológicos, no qual efetuamos uma dispersão de pontos de referência de modo arbitrário, aplicada igualmente a todos os exemplares. Com isso, efetuamos uma coleta de informações baseada em pixels de imagem. Os resultados confirmaram que a análise de representações digitais de artefatos usando a morfometria geométrica permite classificações semelhantes àquelas utilizadas pelos grupos sociais que os produziram. Além disso, tal análise pode fornecer indícios sobre possíveis mudanças de função e manutenção na morfologia de vasilhas cerâmicas. Isso demonstra o quanto análises exploratórias por meio de ferramentas digitais podem auxiliar na compreensão de mudanças e permanências nos conjuntos artefatuais. A análise explanatória proporcionada por este experimento se colocou como um passo relevante na construção de um algoritmo para análise morfológica automatizada, alinhada a um programa continuado de restituição histórica de longa duração dos povos associados ao tronco linguístico Tupi.
{"title":"Classificação morfológica automatizada em cerâmicas Asurini do Xingu","authors":"Karla Mylleane Silva Oliveira, Ângelo Alves Corrêa, F. Silva","doi":"10.24885/sab.v36i1.1028","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1028","url":null,"abstract":"Neste artigo apresentamos um experimento de análise morfológica, realizado a partir de preceitos da Morfometria Geométrica em vasilhas cerâmicas Asurini, do Xingu. Nosso objetivo é fomentar discussões sobre a construção de um protocolo de captura automática de perfil cerâmico, de baixo custo e complexidade, com alto grau de confiabilidade. Deste modo, com o auxílio de ferramentas da morfometria geométrica, buscamos capturar informações matemáticas de perfis de exemplares cerâmicos de alta variabilidade, e compará-los entre si. Para tal tarefa, adequamos o protocolo de execução a contextos não biológicos, no qual efetuamos uma dispersão de pontos de referência de modo arbitrário, aplicada igualmente a todos os exemplares. Com isso, efetuamos uma coleta de informações baseada em pixels de imagem. Os resultados confirmaram que a análise de representações digitais de artefatos usando a morfometria geométrica permite classificações semelhantes àquelas utilizadas pelos grupos sociais que os produziram. Além disso, tal análise pode fornecer indícios sobre possíveis mudanças de função e manutenção na morfologia de vasilhas cerâmicas. Isso demonstra o quanto análises exploratórias por meio de ferramentas digitais podem auxiliar na compreensão de mudanças e permanências nos conjuntos artefatuais. A análise explanatória proporcionada por este experimento se colocou como um passo relevante na construção de um algoritmo para análise morfológica automatizada, alinhada a um programa continuado de restituição histórica de longa duração dos povos associados ao tronco linguístico Tupi.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89526724","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A escrita deste texto impôs-se a partir da falta de articulação entre arqueólogos especialistas na época pré-colonial e etnólogos, o que revela o empobrecimento dos conhecimentos produzidos por ambas as áreas no Brasil. O objetivo da pesquisa é, através da discussão acadêmica sobre metodologias de campo e de análise (se é que é possível separar tão nitidamente estas etapas do trabalho de produção de conhecimentos arqueológicos), refletir sobre as várias possibilidades de se fazer arqueologia e, com isto, contribuir para a compreensão mais qualificada dos coletivos indígenas pré-coloniais no Brasil, objetivo e objeto de todos os arqueólogos pré-historiadores. Inicialmente, partiu-se da reflexão, desde o ponto de vista teórico-metodológico, sobre a relação entre a Arqueologia Pré-colonial e a Etnologia Indígena, a partir de um panorama, mas enfatizando o contexto brasileiro. Ao final, pretendeu-se discutir e problematizar métodos e técnicas utilizados pela comunidade arqueológica brasileira durante os trabalhos de campo e na análise das informações e materiais recolhidos, a fim de refletir sobre as implicações epistemológicas e teóricas advindas do emprego de determinada metodologia, apontando para ênfases e prioridades, sem o intuito, contudo, de enrijecer ou de normatizar classificações ou tipificações.
{"title":"Metodologias e arqueologia pré-colonial no Brasil: implicações epistemológicas e teóricas","authors":"Sergio Baptista da Silva","doi":"10.24885/sab.v36i1.1009","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.1009","url":null,"abstract":"A escrita deste texto impôs-se a partir da falta de articulação entre arqueólogos especialistas na época pré-colonial e etnólogos, o que revela o empobrecimento dos conhecimentos produzidos por ambas as áreas no Brasil. O objetivo da pesquisa é, através da discussão acadêmica sobre metodologias de campo e de análise (se é que é possível separar tão nitidamente estas etapas do trabalho de produção de conhecimentos arqueológicos), refletir sobre as várias possibilidades de se fazer arqueologia e, com isto, contribuir para a compreensão mais qualificada dos coletivos indígenas pré-coloniais no Brasil, objetivo e objeto de todos os arqueólogos pré-historiadores. Inicialmente, partiu-se da reflexão, desde o ponto de vista teórico-metodológico, sobre a relação entre a Arqueologia Pré-colonial e a Etnologia Indígena, a partir de um panorama, mas enfatizando o contexto brasileiro. Ao final, pretendeu-se discutir e problematizar métodos e técnicas utilizados pela comunidade arqueológica brasileira durante os trabalhos de campo e na análise das informações e materiais recolhidos, a fim de refletir sobre as implicações epistemológicas e teóricas advindas do emprego de determinada metodologia, apontando para ênfases e prioridades, sem o intuito, contudo, de enrijecer ou de normatizar classificações ou tipificações.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74303939","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este texto analisou a cultura material associada às crianças identificada no sítio arqueológico Praça das Artes, localizado no atual Centro Histórico da cidade de São Paulo. Buscou-se, em fontes escritas, delinear as realidades sociais das crianças que viveram naquele espaço urbano durante o século XIX e primeiras décadas do século XX. A partir da memória literária No Tempo de Dantes, de Maria Paes de Barros (1998), procurou-se refletir acerca das vivências das crianças sob a perspectiva das próprias crianças.
本文分析了在位于sao保罗市当前历史中心的考古遗址praca das Artes中发现的与儿童相关的物质文化。在书面资料中,我们试图描绘19世纪和20世纪头几十年生活在那个城市空间的儿童的社会现实。从玛丽亚·帕兹·德·巴罗斯(1998)的《昔日的文学记忆》中,我们试图从儿童自身的角度来反思儿童的经历。
{"title":"Pelos caminhos das infâncias paulistanas entre os séculos XIX e XX: A cultura material associada às crianças do sítio arqueológico Praça das Artes","authors":"Daniela Alves","doi":"10.24885/sab.v36i1.948","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v36i1.948","url":null,"abstract":"Este texto analisou a cultura material associada às crianças identificada no sítio arqueológico Praça das Artes, localizado no atual Centro Histórico da cidade de São Paulo. Buscou-se, em fontes escritas, delinear as realidades sociais das crianças que viveram naquele espaço urbano durante o século XIX e primeiras décadas do século XX. A partir da memória literária No Tempo de Dantes, de Maria Paes de Barros (1998), procurou-se refletir acerca das vivências das crianças sob a perspectiva das próprias crianças.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78151026","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}