Pub Date : 2019-03-10DOI: 10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826
Susi Castro Silva
Milhares de colombianos, e dentre eles cerca de cento e setenta mil crianças, empreenderam deslocamentos forçados, internamente ou para outras nações, em fuga da grave e sistemática violação de direitos humanos decorrente de mais de cinquenta anos de guerrilha na Colômbia. Até 2013, eles eram a maioria dentre os solicitantes de refúgio ao Brasil, mas após a adesão da Colômbia ao Acordo de Residência do Mercosul a maioria passou a solicitar esse tipo de residência, reduzindo sua contabilização como refugiados. Desde 2012, o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociavam um acordo de paz, que finalmente foi assinado em 2016, e, desde então, tem-se propagandeado o fim do conflito e a rendição dos guerrilheiros. Entretanto, ações de dissidentes e de outros grupos criminosos, e uma sucessão de acontecimentos políticos põem em risco a efetivação da chamada “Paz de Havana”. Diante deste panorama, analisou-se a continuidade de concessão de refúgio aos colombianos pelo Brasil, examinando especialmente a situação dos menores, sob a perspectiva do melhor interesse da criança.
{"title":"paz de Havana e os niños colombianos no Brasil","authors":"Susi Castro Silva","doi":"10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826","url":null,"abstract":" Milhares de colombianos, e dentre eles cerca de cento e setenta mil crianças, empreenderam deslocamentos forçados, internamente ou para outras nações, em fuga da grave e sistemática violação de direitos humanos decorrente de mais de cinquenta anos de guerrilha na Colômbia. Até 2013, eles eram a maioria dentre os solicitantes de refúgio ao Brasil, mas após a adesão da Colômbia ao Acordo de Residência do Mercosul a maioria passou a solicitar esse tipo de residência, reduzindo sua contabilização como refugiados. Desde 2012, o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociavam um acordo de paz, que finalmente foi assinado em 2016, e, desde então, tem-se propagandeado o fim do conflito e a rendição dos guerrilheiros. Entretanto, ações de dissidentes e de outros grupos criminosos, e uma sucessão de acontecimentos políticos põem em risco a efetivação da chamada “Paz de Havana”. Diante deste panorama, analisou-se a continuidade de concessão de refúgio aos colombianos pelo Brasil, examinando especialmente a situação dos menores, sob a perspectiva do melhor interesse da criança. \u0000 ","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566563","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-30DOI: 10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V7I12.977
Alexandre Barbalho
O artigo analisa as políticas culturais no Brasil e na Costa Rica entre 1950- 80, tendo como referencial a experiência histórica das duas sociedades. Com base nesse contexto, discute como a presença do Estado na cultura responde, ou não, à tarefa de estabelecer uma identidade latino-americana plural.
{"title":"Política e cultura no Brasil e na Costa Rica (1950 -1980)","authors":"Alexandre Barbalho","doi":"10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V7I12.977","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V7I12.977","url":null,"abstract":"\u0000 \u0000 \u0000O artigo analisa as políticas culturais no Brasil e na Costa Rica entre 1950- 80, tendo como referencial a experiência histórica das duas sociedades. Com base nesse contexto, discute como a presença do Estado na cultura responde, ou não, à tarefa de estabelecer uma identidade latino-americana plural. \u0000 \u0000 \u0000","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566482","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-07DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.885
Jefferson Euclides Moura Vasconcelos
Analiso a organização cubana para a defesa nacional e a guerra, buscando compreender de que forma a mobilização popular é a chave estratégica para garantir a vitória contra inimigos militarmente superiores – considerando, inclusive, que a vitória se efetiva mesmo quando o embate não acontece, uma vez que a correta preparação funciona como elemento de dissuasão do inimigo.
{"title":"Defesa nacional e mobilização popular na doutrina militar cubana","authors":"Jefferson Euclides Moura Vasconcelos","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.885","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.885","url":null,"abstract":"Analiso a organização cubana para a defesa nacional e a guerra, buscando compreender de que forma a mobilização popular é a chave estratégica para garantir a vitória contra inimigos militarmente superiores – considerando, inclusive, que a vitória se efetiva mesmo quando o embate não acontece, uma vez que a correta preparação funciona como elemento de dissuasão do inimigo.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47859355","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-05DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.261
L. Nóbrega
A Bolívia passou por um longo processo de insatisfação popular com os modelos políticos apresentados à América Latina, afundando em crises e em governos ditatoriais, o que deixou abertas as portas ao neoliberalismo a partir dos anos de 1980. Fazendo frente a essa realidade, surgiu o Movimento ao Socialismo (MAS) que, congregando os interesses dos grupos explorados da sociedade boliviana, propunha outro modelo de sociabilidades fundado em concepções indígenas. Após a eleição do indígena Evo Morales à Presidência da Bolívia em 2005, foi aprovado, por referendo popular, em 2009, a Nova Constituição do país. De acordo com a definição constitucional, a Bolívia é um Estado Unitário Social de Direito Plurinacional Comunitário, que reconhece a autonomia dos territórios indígenas. Efetivando essa idéia, em 20 de setembro de 2015, foi aprovado, por referendo popular, o primeiro território autônomo Guarani de Charagua Iyambae, tendo as autoridades escolhidas por processo próprio tomado posse em 08 de janeiro de 2017. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou analisar a experiência boliviana a partir das teorias descoloniais, dando relevo ao contraponto entre as ideias de Estado, entendido em sua acepção moderna-ocidental, e de autonomias indígenas. No caso da Bolívia, a implementação de um novo modelo de Estado que reconhece as autonomias indígenas tem implicado na necessidade de redefinir e reconfigurar o próprio conceito de Estado moderno e ocidental, ainda fundado na idéia de um só povo, um só território e uma só nação. A adoção desse novo conceito, entretanto, tem igualmente implicado em uma limitação da idéia de autonomia indígena, a qual deve estar circunscrita a um espaço territorial e simbólico definido e delimitado pelo direito estatal.
{"title":"Estado e autonomias indígenas na nova constituição da Bolívia","authors":"L. Nóbrega","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.261","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.261","url":null,"abstract":"A Bolívia passou por um longo processo de insatisfação popular com os modelos políticos apresentados à América Latina, afundando em crises e em governos ditatoriais, o que deixou abertas as portas ao neoliberalismo a partir dos anos de 1980. Fazendo frente a essa realidade, surgiu o Movimento ao Socialismo (MAS) que, congregando os interesses dos grupos explorados da sociedade boliviana, propunha outro modelo de sociabilidades fundado em concepções indígenas. Após a eleição do indígena Evo Morales à Presidência da Bolívia em 2005, foi aprovado, por referendo popular, em 2009, a Nova Constituição do país. De acordo com a definição constitucional, a Bolívia é um Estado Unitário Social de Direito Plurinacional Comunitário, que reconhece a autonomia dos territórios indígenas. Efetivando essa idéia, em 20 de setembro de 2015, foi aprovado, por referendo popular, o primeiro território autônomo Guarani de Charagua Iyambae, tendo as autoridades escolhidas por processo próprio tomado posse em 08 de janeiro de 2017. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou analisar a experiência boliviana a partir das teorias descoloniais, dando relevo ao contraponto entre as ideias de Estado, entendido em sua acepção moderna-ocidental, e de autonomias indígenas. No caso da Bolívia, a implementação de um novo modelo de Estado que reconhece as autonomias indígenas tem implicado na necessidade de redefinir e reconfigurar o próprio conceito de Estado moderno e ocidental, ainda fundado na idéia de um só povo, um só território e uma só nação. A adoção desse novo conceito, entretanto, tem igualmente implicado em uma limitação da idéia de autonomia indígena, a qual deve estar circunscrita a um espaço territorial e simbólico definido e delimitado pelo direito estatal.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-05DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.874
L. G. Moreira, M. Martins, C. Costa, Bas'Ilele Malomalo
Em meio aos preparativos para o VI Encontro Tensões Mundiais, uma atividade se destacou: a entrevista em 7 de maio de 2018 na Rádio Universitária FM, uma antiga parceria do Observatório das Nacionalidades/ON, firmada à época do saudoso amigo, o jornalista Agostinho Gósson. Para discutir o tema do evento “Política Externa Brasileira: novos rumos e desafios epistemológicos”, estiveram presentes os professores Bas’Ilele Malomalo (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/UNILAB), Camila Costa (Universidade Paulista) e Mônica Martins (Universidade Estadual do Ceará/UECE). Fomos recebidos pela produtora do programa, Raquel Chaves, e pelo apresentador Pedro Vitor, com quem iniciamos uma proveitosa troca de ideias antes mesmo de irmos ao ar.
在第六届世界紧张局势会议的筹备工作中,有一项活动脱颖而出:2018年5月7日在大学FM电台接受采访,该电台是observatorio das nationalos /ON的前合作伙伴,在他已故的朋友、记者Agostinho gosson的时代签署。Bas ' Ilele Malomalo教授(Universidade da integracao international da Lusofonia Afro-Brasileira/UNILAB)、Camila Costa教授(Universidade Paulista)和monica Martins教授(Universidade Estadual do ceara /UECE)出席了会议,讨论了“巴西外交政策:新的方向和认识论挑战”的主题。节目制作人拉奎尔·查维斯(Raquel Chaves)和主持人佩德罗·维托(Pedro Vitor)接待了我们,甚至在节目播出之前,我们就开始了富有成效的交流。
{"title":"Política Externa Brasileira","authors":"L. G. Moreira, M. Martins, C. Costa, Bas'Ilele Malomalo","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.874","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.874","url":null,"abstract":"Em meio aos preparativos para o VI Encontro Tensões Mundiais, uma atividade se destacou: a entrevista em 7 de maio de 2018 na Rádio Universitária FM, uma antiga parceria do Observatório das Nacionalidades/ON, firmada à época do saudoso amigo, o jornalista Agostinho Gósson. Para discutir o tema do evento “Política Externa Brasileira: novos rumos e desafios epistemológicos”, estiveram presentes os professores Bas’Ilele Malomalo (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/UNILAB), Camila Costa (Universidade Paulista) e Mônica Martins (Universidade Estadual do Ceará/UECE). Fomos recebidos pela produtora do programa, Raquel Chaves, e pelo apresentador Pedro Vitor, com quem iniciamos uma proveitosa troca de ideias antes mesmo de irmos ao ar.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.881
Milton Waldemar Riquelme
En esta reflexión se elabora una breve presentación de las obras “Nacionalismo y petróleo” de Gabriel Cohn y “Petróleo y política” de Arturo Frondizi. Exponemos las tensiones previas a la creación de las empresas Petrobras en Brasil e YPF en Argentina frente a los intereses de empresas extranjeras. Finalmente, nos proponemos un contrapunto sobre las políticas en el área petrolera entre ambos países desde el descubrimiento hacia mediados del siglo pasado.
{"title":"Petróleo y nación","authors":"Milton Waldemar Riquelme","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.881","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.881","url":null,"abstract":"En esta reflexión se elabora una breve presentación de las obras “Nacionalismo y petróleo” de Gabriel Cohn y “Petróleo y política” de Arturo Frondizi. Exponemos las tensiones previas a la creación de las empresas Petrobras en Brasil e YPF en Argentina frente a los intereses de empresas extranjeras. Finalmente, nos proponemos un contrapunto sobre las políticas en el área petrolera entre ambos países desde el descubrimiento hacia mediados del siglo pasado.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.878
M. Martins, Beatriz Perote
As insurreições nacionalistas em África ganham força no período pós-segunda guerra. A insistência do regime colonial português em continuar explorando os territórios africanos fomentou a necessidade de adesão dos militantes bissau-guineenses à luta armada. Guiné-Bissau declara independência em 24 de setembro de 1973. Este percurso histórico e seus atores sociais ecoam ainda hoje nas trajetórias dos estudantes bissau-guineenses da UNILAB.
{"title":"luta de Libertação em Guiné-Bissau e os estudantes da Unilab","authors":"M. Martins, Beatriz Perote","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.878","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.878","url":null,"abstract":"As insurreições nacionalistas em África ganham força no período pós-segunda guerra. A insistência do regime colonial português em continuar explorando os territórios africanos fomentou a necessidade de adesão dos militantes bissau-guineenses à luta armada. Guiné-Bissau declara independência em 24 de setembro de 1973. Este percurso histórico e seus atores sociais ecoam ainda hoje nas trajetórias dos estudantes bissau-guineenses da UNILAB.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566077","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i26.890
Wesley Sousa Sampaio
Em 2018, a movimentação política, o conflito entre os poderes, o surgimento de presidenciáveis ultraconservadores, o crescimento de manifestações e discursos de ódio e a descrença no Estado são as pautas das rodas de conversas em grupos, mídias sociais e sites de notícia que configuram a aura de inquietação que paira neste atual momento de eleições. Já expressivas no processo eleitoral de 2010, agravaram-se em 2014. Jessé Souza1 se dedica a estudar o pensamento social, a desigualdade e as classes sociais no Brasil contemporâneo. Em sua obra A Elite do Atraso, da escravidão à Lava Jato, parte do pressuposto de que a ideia dominante é a da “classe dominante” (MARX; ENGELS, 1998), e analisa a formação do senso comum que propicia o surgimento de homens “incorruptíveis”, os quais travam verdadeiras cruzadas contra a corrupção do Estado. Estes “templários” são a classe média, na posição de “exército” particular da elite financeira – a “Elite do Atraso”, segundo o autor. Munido de uma linguagem espontânea, Jessé estabelece um diálogo com o leitor, manifestando suas inquietações e preocupações em uma análise de conjuntura ousada. Por meio de ironias, propõe
{"title":"escravidão como berço do Brasil contemporâneo","authors":"Wesley Sousa Sampaio","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i26.890","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i26.890","url":null,"abstract":"Em 2018, a movimentação política, o conflito entre os poderes, o surgimento de presidenciáveis ultraconservadores, o crescimento de manifestações e discursos de ódio e a descrença no Estado são as pautas das rodas de conversas em grupos, mídias sociais e sites de notícia que configuram a aura de inquietação que paira neste atual momento de eleições. Já expressivas no processo eleitoral de 2010, agravaram-se em 2014. Jessé Souza1 se dedica a estudar o pensamento social, a desigualdade e as classes sociais no Brasil contemporâneo. Em sua obra A Elite do Atraso, da escravidão à Lava Jato, parte do pressuposto de que a ideia dominante é a da “classe dominante” (MARX; ENGELS, 1998), e analisa a formação do senso comum que propicia o surgimento de homens “incorruptíveis”, os quais travam verdadeiras cruzadas contra a corrupção do Estado. Estes “templários” são a classe média, na posição de “exército” particular da elite financeira – a “Elite do Atraso”, segundo o autor. Munido de uma linguagem espontânea, Jessé estabelece um diálogo com o leitor, manifestando suas inquietações e preocupações em uma análise de conjuntura ousada. Por meio de ironias, propõe","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.33956/tensoesmundiais.v14i27.837
Felipe Mendes Pinto, C. M. M. Jales
Este artigo busca discutir as representações de refugiados sírios construídas na mídia a partir de agências de notícias internacionais. Para isso, foram utilizados os conceitos de Sontag (2003; 2004) sobre fotografia de guerra, dor alheia e foto-choque, bem como os de Freund (1983) sobre fotografia enquanto documento social. Abordamos as ponderações de Benjamin (1987) acerca da reprodutibilidade técnica da arte e da fotografia. Reconhecendo a complexidade do tema, não nos propomos a responder perguntas, mas a discutir ideias em uma tentativa de avançar a discussão sobre a temática. A partir do estudo, foi possível compreender que a representação de refugiados na mídia, embora necessária para a visibilidade dos problemas que enfrentam, influencia na construção de um senso comum imagético sobre a situação, que reforça estereótipos e, simultaneamente, relativiza o sofrimento.
{"title":"Entre a foto e o choque","authors":"Felipe Mendes Pinto, C. M. M. Jales","doi":"10.33956/tensoesmundiais.v14i27.837","DOIUrl":"https://doi.org/10.33956/tensoesmundiais.v14i27.837","url":null,"abstract":"Este artigo busca discutir as representações de refugiados sírios construídas na mídia a partir de agências de notícias internacionais. Para isso, foram utilizados os conceitos de Sontag (2003; 2004) sobre fotografia de guerra, dor alheia e foto-choque, bem como os de Freund (1983) sobre fotografia enquanto documento social. Abordamos as ponderações de Benjamin (1987) acerca da reprodutibilidade técnica da arte e da fotografia. Reconhecendo a complexidade do tema, não nos propomos a responder perguntas, mas a discutir ideias em uma tentativa de avançar a discussão sobre a temática. A partir do estudo, foi possível compreender que a representação de refugiados na mídia, embora necessária para a visibilidade dos problemas que enfrentam, influencia na construção de um senso comum imagético sobre a situação, que reforça estereótipos e, simultaneamente, relativiza o sofrimento.","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69566571","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}