Pub Date : 2022-01-06DOI: 10.14393/dl49-v16n1a2022-6
G. Carvalho
Entendendo, como Possenti (2001, 2013), que os textos escolares podem apresentar traços de autoria e, como Orlandi (2012), que é papel da escola promover a passagem do sujeito-enunciador para sujeito-autor, este artigo apresenta uma proposta de trabalho do tema bullying para o gênero Redação do ENEM, que favorece o desenvolvimento de marcas de autoria. Entretanto, como normalmente a escola apresenta um discurso pedagógico autoritário, que impede essa passagem, nossa proposta se fundamenta em um discurso pedagógico polêmico que promove a reversibilidade discursiva e a disputa do objeto discursivo (ORLANDI, 1987b). À luz da Semântica da Enunciação, desenvolvida por Dias (2018) e Guimarães (2002), definimos autoria como uma função enunciativa que delimita um ponto de vista (um posicionamento político que reorganiza o “real”), o qual organiza os referenciais históricos (o funcionamento da memória discursiva sócio-histórica) e os conforma à situação de palavra (no caso, a Redação do ENEM). A análise da redação de um aluno do 1º ano do ensino médio demonstra os benefícios da proposta adotada.
{"title":"Autoria e ensino","authors":"G. Carvalho","doi":"10.14393/dl49-v16n1a2022-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl49-v16n1a2022-6","url":null,"abstract":"Entendendo, como Possenti (2001, 2013), que os textos escolares podem apresentar traços de autoria e, como Orlandi (2012), que é papel da escola promover a passagem do sujeito-enunciador para sujeito-autor, este artigo apresenta uma proposta de trabalho do tema bullying para o gênero Redação do ENEM, que favorece o desenvolvimento de marcas de autoria. Entretanto, como normalmente a escola apresenta um discurso pedagógico autoritário, que impede essa passagem, nossa proposta se fundamenta em um discurso pedagógico polêmico que promove a reversibilidade discursiva e a disputa do objeto discursivo (ORLANDI, 1987b). À luz da Semântica da Enunciação, desenvolvida por Dias (2018) e Guimarães (2002), definimos autoria como uma função enunciativa que delimita um ponto de vista (um posicionamento político que reorganiza o “real”), o qual organiza os referenciais históricos (o funcionamento da memória discursiva sócio-histórica) e os conforma à situação de palavra (no caso, a Redação do ENEM). A análise da redação de um aluno do 1º ano do ensino médio demonstra os benefícios da proposta adotada.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45779865","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-22DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-11
Gislane Aparecida Martins Siqueira
Neste trabalho, propõe-se o estudo da microconstrução amazonense olha já, apoiado teoricamente em pressupostos da Gramática de Construções, com foco especial na menção de Croft (2007) de que as estruturas sintática e semântica compõem a anatomia de uma construção podendo ser os conceitos fundamentais e os termos descritivos para a análise da estrutura de uma construção gramatical. Por meio das análises sintática e semântica se constatam a organização da composição e a compreensão global da microconstrução. Propõe-se ainda uma sugestão de sua atuação na língua. No decorrer do trabalho, constata-se no português brasileiro a existência de outras microconstruções compostas pela mesma regra da composição de olha já, o que permitiu atestar a produtividade do padrão.
{"title":"Olha Já! Construção gramatical no Amazonas","authors":"Gislane Aparecida Martins Siqueira","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-11","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-11","url":null,"abstract":"Neste trabalho, propõe-se o estudo da microconstrução amazonense olha já, apoiado teoricamente em pressupostos da Gramática de Construções, com foco especial na menção de Croft (2007) de que as estruturas sintática e semântica compõem a anatomia de uma construção podendo ser os conceitos fundamentais e os termos descritivos para a análise da estrutura de uma construção gramatical. Por meio das análises sintática e semântica se constatam a organização da composição e a compreensão global da microconstrução. Propõe-se ainda uma sugestão de sua atuação na língua. No decorrer do trabalho, constata-se no português brasileiro a existência de outras microconstruções compostas pela mesma regra da composição de olha já, o que permitiu atestar a produtividade do padrão.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45528213","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-8
Tharlles Lopes Gervasio
Neste trabalho, propomos uma análise acerca da construção “#SóQueSim”, recrutada como indicador de ironia em interações estabelecidas por meio de postagens escritas na difundida rede social Facebook, gênero digital multimodal. Na rede social em questão, podemos notar grande frequência de uso da construção tema de nosso artigo, principalmente sob a forma das hashtags “#SóQueSim” ou “#SQS”. Tomamos por base pressupostos teóricos ancorados na Linguística Cognitiva, sobretudo, a Gramática de Construções, de Goldberg (1995) e a Mesclagem Conceptual, de Fauconnier e Turner (2002). Buscamos mostrar que as extensões de sentido veiculadoras da ironia – entendida segundo Coulson (2001; 2005) – são fornecidas pragmaticamente, a partir do contexto de uso dessa expressão. A ironia é um recurso linguístico muito utilizado nos mais variados textos da modalidade escrita e oral. A análise revelou que a real compreensão dos efeitos de sentido da construção “#SóQueSim” apenas se torna possível dentro de um dado contexto de uso, o que reforça, nesse sentido, a importância do cenário comunicativo. Constatamos, também, que “#SóQueSim”, além de marcar discursivamente o efeito de ironia, desempenha, nas porções textuais em que figura, o papel de gatilho para reiteração das ideias apresentadas.
{"title":"uso da construção “#SóQueSim” no Facebook","authors":"Tharlles Lopes Gervasio","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-8","url":null,"abstract":"Neste trabalho, propomos uma análise acerca da construção “#SóQueSim”, recrutada como indicador de ironia em interações estabelecidas por meio de postagens escritas na difundida rede social Facebook, gênero digital multimodal. Na rede social em questão, podemos notar grande frequência de uso da construção tema de nosso artigo, principalmente sob a forma das hashtags “#SóQueSim” ou “#SQS”. Tomamos por base pressupostos teóricos ancorados na Linguística Cognitiva, sobretudo, a Gramática de Construções, de Goldberg (1995) e a Mesclagem Conceptual, de Fauconnier e Turner (2002). Buscamos mostrar que as extensões de sentido veiculadoras da ironia – entendida segundo Coulson (2001; 2005) – são fornecidas pragmaticamente, a partir do contexto de uso dessa expressão. A ironia é um recurso linguístico muito utilizado nos mais variados textos da modalidade escrita e oral. A análise revelou que a real compreensão dos efeitos de sentido da construção “#SóQueSim” apenas se torna possível dentro de um dado contexto de uso, o que reforça, nesse sentido, a importância do cenário comunicativo. Constatamos, também, que “#SóQueSim”, além de marcar discursivamente o efeito de ironia, desempenha, nas porções textuais em que figura, o papel de gatilho para reiteração das ideias apresentadas.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42736504","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-10
G. Pires, L. Rocha
Neste trabalho, discutimos acionamento de pressuposição e mesclagem conceptual, a partir de contribuições da Teoria dos Espaços Mentais (FAUCONNIER,1994, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002), na estrutura que chamamos de Construção Concessivo-Comparativa, esquematizada como “ATÉ QUE PARA X, Y” e instanciada em ocorrências como “Até que pra um avô você ainda está em forma, hein”. Seguindo o aporte sociocognitivista da Gramática das Construções (GOLDBERG, 1995, 2006; FILLMORE, LEE-GOLDMAN & RHOMIEUX, 2012), a partir de abordagem teórico-metodológica baseada no uso, com um banco de dados formado por ocorrências autênticas retiradas da internet, objetivamos legitimar a Construção Concessivo-Comparativa como um recurso avaliativo da língua que pode promover uma crítica velada. Após análise empírica dos dados, destacamos que esta construção parece promover um processo de mesclagem conceptual, que relaciona escalas entre os espaços mentais e promove o surgimento de categoria ad hoc, em que a avaliação feita é relativizada a um grupo de expectativas.
在这项工作中,我们讨论了预设和概念混合的激活,基于心理空间理论的贡献(FAUCONNIER,19941997;FAUCONNIER;TURNER,2002),在我们称之为让步比较结构的结构中,被示意为“UNTO the PARA X,Y”,并在“UNTO THAT FOR A GRANDATHER YOU STILL In FORM,HEN”等事件中实例化。根据建构语法的社会认知贡献(GOLDBERG,19952006;FILLMORE,LEE-GOLDMAN&RHOMIEUX,2012),从基于使用的理论方法论方法出发,利用从互联网上获取的真实事件形成的数据库,我们的目的是使让步比较结构合法化,使其成为一种可以促进隐性批评的语言评价资源。在对数据进行实证分析后,我们强调,这种构建似乎促进了概念融合的过程,它将心理空间之间的尺度联系起来,并促进了一个特设类别的出现,在这个类别中,所做的评估与一组期望相对应。
{"title":"Construção Concessivo-Comparativa “Até que para um palhaço, você escreve legal” como um elogio estranho","authors":"G. Pires, L. Rocha","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-10","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-10","url":null,"abstract":"Neste trabalho, discutimos acionamento de pressuposição e mesclagem conceptual, a partir de contribuições da Teoria dos Espaços Mentais (FAUCONNIER,1994, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002), na estrutura que chamamos de Construção Concessivo-Comparativa, esquematizada como “ATÉ QUE PARA X, Y” e instanciada em ocorrências como “Até que pra um avô você ainda está em forma, hein”. Seguindo o aporte sociocognitivista da Gramática das Construções (GOLDBERG, 1995, 2006; FILLMORE, LEE-GOLDMAN & RHOMIEUX, 2012), a partir de abordagem teórico-metodológica baseada no uso, com um banco de dados formado por ocorrências autênticas retiradas da internet, objetivamos legitimar a Construção Concessivo-Comparativa como um recurso avaliativo da língua que pode promover uma crítica velada. Após análise empírica dos dados, destacamos que esta construção parece promover um processo de mesclagem conceptual, que relaciona escalas entre os espaços mentais e promove o surgimento de categoria ad hoc, em que a avaliação feita é relativizada a um grupo de expectativas.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45711925","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-2
Vitor Cordeiro Costa
Este artigo apresenta os achados de um estudo exploratório sobre a correlação entre usos literais e metafóricos do verbo ‘construir’ e o padrão [verbo + (determinante) + substantivo + adjetivo], no qual o adjetivo dá diferentes indicações. Com base na Teoria da Metáfora Conceptual e na Gramática de Construções, ocorrências do item alvo no Corpus Brasileiro foram analisadas por metaforicidade e resultatividade do adjetivo no uso. Argumenta-se que os padrões de correlação podem ser analisados em relação a construções causativas e resultativas ou apenas causativas. Não se encontraram usos literais de ‘construir’ em que o adjetivo no padrão indique resultatividade, e esse arranjo foi considerado impossível no português brasileiro. O artigo recomenda a realização de estudos complementares sobre a relação entre construções e metáforas.
{"title":"Correlações entre um padrão construcional e usos metafóricos e literais do verbo construir","authors":"Vitor Cordeiro Costa","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-2","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-2","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta os achados de um estudo exploratório sobre a correlação entre usos literais e metafóricos do verbo ‘construir’ e o padrão [verbo + (determinante) + substantivo + adjetivo], no qual o adjetivo dá diferentes indicações. Com base na Teoria da Metáfora Conceptual e na Gramática de Construções, ocorrências do item alvo no Corpus Brasileiro foram analisadas por metaforicidade e resultatividade do adjetivo no uso. Argumenta-se que os padrões de correlação podem ser analisados em relação a construções causativas e resultativas ou apenas causativas. Não se encontraram usos literais de ‘construir’ em que o adjetivo no padrão indique resultatividade, e esse arranjo foi considerado impossível no português brasileiro. O artigo recomenda a realização de estudos complementares sobre a relação entre construções e metáforas.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43495924","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-9
Jussara Abraçado, Eduardo Santana Moreira
Neste artigo, com o suporte teórico da Linguística Cognitiva, mais especificamente, da Gramática Cognitiva, são analisadas ocorrências de construções idiomáticas com o verbo pagar levantadas em diferentes sites da internet com o auxílio da ferramenta de busca Google. Como resultados (i) demonstra-se que tais construções idiomáticas decorrem da construção esquemática SN TRANSFERIR SN PARA SN que, por sua vez, provém de construção ainda mais esquemática SN V SN SPREP; (ii) são explicitadas peculiaridades no uso das construções levantadas, relações que mantêm entre si, no que diz respeito ao encadeamento de significados e a contextos de usos relacionados ao surgimento das construções analisadas; (iii) é formulada a rede construcional do verbo pagar contendo as construções em questão.
本文在认知语言学的理论支持下,更具体地说,在认知语法的支持下,利用谷歌搜索工具,分析了在不同网站上出现的带有付费动词的习语结构。结果(i)表明,这些习语结构来源于示意图结构SN转移SN到SN,而示意图结构SN又来源于示意图结构SN V SN SPREP;(ii)解释所提出的结构的使用特点、它们之间的关系、与所分析的结构的出现有关的意义链和使用上下文;(iii)构成动词pay的构网,其中包含所讨论的构网。
{"title":"Construções idiomáticas com o verbo pagar no português brasileiro","authors":"Jussara Abraçado, Eduardo Santana Moreira","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-9","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-9","url":null,"abstract":"Neste artigo, com o suporte teórico da Linguística Cognitiva, mais especificamente, da Gramática Cognitiva, são analisadas ocorrências de construções idiomáticas com o verbo pagar levantadas em diferentes sites da internet com o auxílio da ferramenta de busca Google. Como resultados (i) demonstra-se que tais construções idiomáticas decorrem da construção esquemática SN TRANSFERIR SN PARA SN que, por sua vez, provém de construção ainda mais esquemática SN V SN SPREP; (ii) são explicitadas peculiaridades no uso das construções levantadas, relações que mantêm entre si, no que diz respeito ao encadeamento de significados e a contextos de usos relacionados ao surgimento das construções analisadas; (iii) é formulada a rede construcional do verbo pagar contendo as construções em questão.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42807899","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-4
Wellington Araujo Mendes Junior, E. Mattos
Este trabalho apresenta uma análise da construção [because X] com base nos preceitos teóricos da Gramática de Construções (FILLMORE et al., 1988; GOLDBERG, 1995, 2006; BYBEE, 2016) e na Linguística de Corpus (McENERY; HARDIE, 2013; SINCLAIR, 2005) como metodologia. Os dados foram coletados com um código computacional no corpus EnTenTen (JAKUBÍČEK et al. 2013), de acordo com padrões lexicogramaticais de because. Os resultados indicam forte preferência da construção [because X] por substantivos, adjetivos e interjeições em [X], muitas vezes se comportando como [because + sintagma preposicional]. Com base nos parâmetros de Fillmore et al. (1988), [because X] pode ser vista como construção aberta, codificável, formal e extragramatical. Sugerimos que [because X] é usada principalmente em contextos informais, favorecendo a brevidade.
本文基于构式语法的理论原则对构式[因为X]进行了分析(FILLMORE et al., 1988;GOLDBERG, 1995,2006;BYBEE, 2016)和语料库语言学(McENERY;哈迪,2013;辛克莱,2005)作为方法论。收集到的数据和一个计算机代码在语料库EnTenTen (jakubíČEK et al . 2013年),根据攻略lexicogramaticais因为。结果表明[because X]结构对[X]中的名词、形容词和感叹词有强烈的偏好,通常表现为[because +介词短语]。基于Fillmore等人(1988)的参数,[because X]可以被视为开放的、可编码的、正式的和非代数结构。我们认为[because X]主要用于非正式语境,有利于简洁。
{"title":"Because X sob a perspectiva da Gramática de Construções","authors":"Wellington Araujo Mendes Junior, E. Mattos","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-4","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta uma análise da construção [because X] com base nos preceitos teóricos da Gramática de Construções (FILLMORE et al., 1988; GOLDBERG, 1995, 2006; BYBEE, 2016) e na Linguística de Corpus (McENERY; HARDIE, 2013; SINCLAIR, 2005) como metodologia. Os dados foram coletados com um código computacional no corpus EnTenTen (JAKUBÍČEK et al. 2013), de acordo com padrões lexicogramaticais de because. Os resultados indicam forte preferência da construção [because X] por substantivos, adjetivos e interjeições em [X], muitas vezes se comportando como [because + sintagma preposicional]. Com base nos parâmetros de Fillmore et al. (1988), [because X] pode ser vista como construção aberta, codificável, formal e extragramatical. Sugerimos que [because X] é usada principalmente em contextos informais, favorecendo a brevidade.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45935485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-5
L. Carvalho
O imperativo de 2ª pessoa do singular no português brasileiro pode ser visto como uma construção com propriedades específicas nos termos de Goldberg (1995, 2006) bem como de Traugott e Trousdale (2013). Essa construção expressa-se por meio três instâncias construcionais: o imperativo verdadeiro (indicativo + tu), o imperativo supletivo (subjuntivo + você) e o imperativo abrasileirado (indicativo + você), conforme Scherre (2007), Paredes Silva et al. (2000) e Carvalho (2020). Neste artigo, com o intuito de estabelecer relações entre a Linguística Cognitiva e a Sociolinguística, discutem-se as interações entre essas construções com base na Teoria da Mesclagem Conceptual, de Fauconnier e Turner (2002), bem como a produtividade das formas imperativas na língua à luz da Teoria Baseada no Uso, de Bybee (2013). Nesse sentido, é possível entender que o imperativo abrasileirado tenha se originado a partir de um processo de mesclagem entre o imperativo verdadeiro e o imperativo supletivo e se espraiado no território nacional ao longo do tempo como uma construção típica do português brasileiro.
{"title":"expressão variável do imperativo no português brasileiro","authors":"L. Carvalho","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-5","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-5","url":null,"abstract":"O imperativo de 2ª pessoa do singular no português brasileiro pode ser visto como uma construção com propriedades específicas nos termos de Goldberg (1995, 2006) bem como de Traugott e Trousdale (2013). Essa construção expressa-se por meio três instâncias construcionais: o imperativo verdadeiro (indicativo + tu), o imperativo supletivo (subjuntivo + você) e o imperativo abrasileirado (indicativo + você), conforme Scherre (2007), Paredes Silva et al. (2000) e Carvalho (2020). Neste artigo, com o intuito de estabelecer relações entre a Linguística Cognitiva e a Sociolinguística, discutem-se as interações entre essas construções com base na Teoria da Mesclagem Conceptual, de Fauconnier e Turner (2002), bem como a produtividade das formas imperativas na língua à luz da Teoria Baseada no Uso, de Bybee (2013). Nesse sentido, é possível entender que o imperativo abrasileirado tenha se originado a partir de um processo de mesclagem entre o imperativo verdadeiro e o imperativo supletivo e se espraiado no território nacional ao longo do tempo como uma construção típica do português brasileiro.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43644249","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-7
Monclar Guimarães Lopes, Maria Suely Machado Martins
Neste trabalho, temos como objetivo descrever as propriedades da forma e da função da construção [por X tempo], um subesquema em que X é um slot preenchido pelos pronomes indefinidos tanto, muito, pouco e algum. Nosso particular interesse por esse objeto está no seu valor aspectual imanente. Mesmo nas ocorrências em que temos um verbo télico, em tempo perfectivo, o emprego de [por X tempo] agrega-lhe uma trajetória cursiva e/ou iterativa, como podemos notar, por exemplo, na contraposição das frases: a) “Ele leu o livro” e “Ele leu o livro por muito tempo”; b) “Sonhei com isso” e “Sonhei com isso por muito tempo”. Para nosso estudo, selecionamos 400 ocorrências do Corpus Now (www.corpusdoportugues.org/now/) e analisamo-las à luz dos pressupostos teóricos da Linguística Funcional Centrada no Uso (OLIVEIRA; ROSÁRIO, 2016; CUNHA; BISPO; SILVA, 2013; TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013; entre outros), também conhecida sob o rótulo Linguística Cognitivo-Funcional. Os resultados mostram-nos que a cursividade e a iteratividade devem ser interpretadas como categorias gradientes, em que as construções podem assumir valores aspectuais mais ou menos durativos/iterativos, dependentes de fatores de natureza diversa, dentre os quais destacamos: a) a semântica dos pronomes indefinidos que ocupam o slot X; b) as classes acionais dos verbos (que envolvem as noções da telicidade, da duratividade e da estaticidade); c) o contexto linguístico imediato em que o evento ocorre.
在这项工作中,我们的目的是描述[对于X时间]的结构的形式和功能的性质,在这个子系统中,X是一个由不定代词填充的槽,包括非常、很少和一些。我们对这个物体的特别兴趣在于它内在的价值。即使在我们有一个telic动词的情况下,在完成时,[for X tempo]的使用也会增加草书和/或迭代的轨迹,例如,我们可以在短语的对位中看到:a)“他读了这本书”和“他读这本书很长时间了”;b) “我梦想着它”,“我梦想了很长时间。”在我们的研究中,我们选择了400次语料库Now(www.Corpus-doportugues.org/Now/),并根据以使用为中心的功能语言学的理论假设对其进行了分析(OLIVEIRA;ROSÁRIO,2016;CUNHA;BISPO;SILVA,2013;TRAUGOTT;TROUSDALE,2013;以及其他),也被称为认知功能语言学。结果表明,草书性和迭代性应被解释为梯度范畴,其中结构可以根据不同性质的因素,或多或少地具有持久/迭代的方面值,其中我们强调:a)占据X槽的不定代词的语义;b) 动词的动作类(包括时态、持续性和静态性的概念);c) 事件发生的直接语境。
{"title":"Um estudo sobre a construção [por X tempo] à luz da Linguística Funcional Centrada no Uso","authors":"Monclar Guimarães Lopes, Maria Suely Machado Martins","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-7","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-7","url":null,"abstract":"Neste trabalho, temos como objetivo descrever as propriedades da forma e da função da construção [por X tempo], um subesquema em que X é um slot preenchido pelos pronomes indefinidos tanto, muito, pouco e algum. Nosso particular interesse por esse objeto está no seu valor aspectual imanente. Mesmo nas ocorrências em que temos um verbo télico, em tempo perfectivo, o emprego de [por X tempo] agrega-lhe uma trajetória cursiva e/ou iterativa, como podemos notar, por exemplo, na contraposição das frases: a) “Ele leu o livro” e “Ele leu o livro por muito tempo”; b) “Sonhei com isso” e “Sonhei com isso por muito tempo”. Para nosso estudo, selecionamos 400 ocorrências do Corpus Now (www.corpusdoportugues.org/now/) e analisamo-las à luz dos pressupostos teóricos da Linguística Funcional Centrada no Uso (OLIVEIRA; ROSÁRIO, 2016; CUNHA; BISPO; SILVA, 2013; TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013; entre outros), também conhecida sob o rótulo Linguística Cognitivo-Funcional. Os resultados mostram-nos que a cursividade e a iteratividade devem ser interpretadas como categorias gradientes, em que as construções podem assumir valores aspectuais mais ou menos durativos/iterativos, dependentes de fatores de natureza diversa, dentre os quais destacamos: a) a semântica dos pronomes indefinidos que ocupam o slot X; b) as classes acionais dos verbos (que envolvem as noções da telicidade, da duratividade e da estaticidade); c) o contexto linguístico imediato em que o evento ocorre.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49327098","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-21DOI: 10.14393/dl48-v15n4a2021-6
Flávia Saboya da Luz Rosa
O principal objetivo do presente artigo é apresentar e aplicar a proposta de análise dos nanopassos (ROSA, 2019), isto é, alterações graduais, de forma ou conteúdo, ocorridas num mesmo contexto de mudança construcional. Para esse fim, o objeto de estudo selecionado é a microconstrução marcadora discursiva refreador-argumentativa calma aí. Inserido no âmbito da Línguística Cognitivo-Funcional ou Linguística Funcional Centrada no Uso, tal tratamento tem como bases teóricas fundamentais a abordagem construcionalista (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013) e os princípios dos contextos de mudança linguística (DIEWALD, 2002, 2006; DIEWALD; SMIRNOVA, 2012). Por se tratar de um recorte de pesquisa pancrônica mais abrangente, este trabalho contém dados coletados no Diário do Congresso Nacional, com publicações dos séculos XX e XXI. Constata-se que as análises por meio do exame dos nanopassos proporcionam verificação mais acurada de processos, como metonimização e metaforização, que resultam em mudança construcional. Além disso, é possível flagrar de modo mais preciso as características da forma (sintática, morfológica e fonológica) e do conteúdo (semântico, pragmático e discursivo) da construção em cada estágio de mudança.
本文的主要目的是提出并应用所提出的纳米台阶分析(ROSA,2019),即在结构变化的相同背景下,在形式或内容上发生逐渐变化。为此,本文选取的研究对象是那里的话语标记微观建构折射者或议论文冷静者。在认知功能语言学或以功能使用为中心的语言学的范围内,这种处理具有作为基本理论基础的建构主义方法(TRAUGOTT;TROUSDALE,2013)和语言变化的语境原则(DIEWARD,20022006;DIEWARD;SMIRNOVA,2012)。因为这是一个更全面的历时性研究,所以这项工作包含了在Diário do Congresso Nacional收集的数据,以及20世纪和21世纪的出版物。研究发现,通过对纳米台阶的检查进行分析,可以更准确地验证转喻和隐喻等导致结构变化的过程。此外,在每个变化阶段,可以更准确地捕捉结构的形式(句法、形态和语音)和内容(语义、语用和话语)的特征。
{"title":"nanopassos da mudança construcional","authors":"Flávia Saboya da Luz Rosa","doi":"10.14393/dl48-v15n4a2021-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl48-v15n4a2021-6","url":null,"abstract":"O principal objetivo do presente artigo é apresentar e aplicar a proposta de análise dos nanopassos (ROSA, 2019), isto é, alterações graduais, de forma ou conteúdo, ocorridas num mesmo contexto de mudança construcional. Para esse fim, o objeto de estudo selecionado é a microconstrução marcadora discursiva refreador-argumentativa calma aí. Inserido no âmbito da Línguística Cognitivo-Funcional ou Linguística Funcional Centrada no Uso, tal tratamento tem como bases teóricas fundamentais a abordagem construcionalista (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013) e os princípios dos contextos de mudança linguística (DIEWALD, 2002, 2006; DIEWALD; SMIRNOVA, 2012). Por se tratar de um recorte de pesquisa pancrônica mais abrangente, este trabalho contém dados coletados no Diário do Congresso Nacional, com publicações dos séculos XX e XXI. Constata-se que as análises por meio do exame dos nanopassos proporcionam verificação mais acurada de processos, como metonimização e metaforização, que resultam em mudança construcional. Além disso, é possível flagrar de modo mais preciso as características da forma (sintática, morfológica e fonológica) e do conteúdo (semântico, pragmático e discursivo) da construção em cada estágio de mudança.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48261233","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}