Pub Date : 2022-09-12DOI: 10.14393/dl52-v16n4a2022-6
L. F. D. Alencar, Alexandre Rademaker
A HPSG é uma teoria gramatical lexicalista que propõe a formalização em paralelo das estruturas morfossintáticas e semânticas. Este trabalho descreve a implementação computacional de valências verbais numa nova gramática do português nesse formalismo. Essa gramática é relevante não somente para aplicações de compreensão textual, mas representa também uma contribuição à documentação formal das estruturas da língua, destacando-se pelo tratamento das construções de controle e alçamento. A gramática tem sido implementada incrementalmente por meio da sua aplicação a conjuntos de teste cada vez mais abrangentes. Com 278 entradas e um total de 215 lemas, o léxico verbal ainda é pequeno. No entanto, a hierarquia de tipos proposta modela as propriedades de 118 classes valenciais, das quais 57 são tipos que codificam classes de verbos. A gramática analisa 94% de um total de 581 sentenças gramaticais, apresentando, ao mesmo tempo, baixa hipergeração em um conjunto de 167 exemplos agramaticais.
{"title":"Modelação da valência verbal numa gramática computacional do português no formalismo HPSG","authors":"L. F. D. Alencar, Alexandre Rademaker","doi":"10.14393/dl52-v16n4a2022-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl52-v16n4a2022-6","url":null,"abstract":"A HPSG é uma teoria gramatical lexicalista que propõe a formalização em paralelo das estruturas morfossintáticas e semânticas. Este trabalho descreve a implementação computacional de valências verbais numa nova gramática do português nesse formalismo. Essa gramática é relevante não somente para aplicações de compreensão textual, mas representa também uma contribuição à documentação formal das estruturas da língua, destacando-se pelo tratamento das construções de controle e alçamento. A gramática tem sido implementada incrementalmente por meio da sua aplicação a conjuntos de teste cada vez mais abrangentes. Com 278 entradas e um total de 215 lemas, o léxico verbal ainda é pequeno. No entanto, a hierarquia de tipos proposta modela as propriedades de 118 classes valenciais, das quais 57 são tipos que codificam classes de verbos. A gramática analisa 94% de um total de 581 sentenças gramaticais, apresentando, ao mesmo tempo, baixa hipergeração em um conjunto de 167 exemplos agramaticais.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46815294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-12DOI: 10.14393/dl52-v16n4a2022-13
M. Duran, M. Nunes, Lucelene Lopes, T. Pardo
Com o avanço da área de Processamento de Linguagem Natural (PLN), corpora são recursos que têm tido um lugar de destaque. Mais do que subsidiar estudos linguísticos, eles constituem as bases para o treinamento de modelos de Aprendizagem de Máquina e para o desenvolvimento de aplicações computacionais de ponta. Particularmente, há grande necessidade de corpora anotados, porém sua geração requer outro recurso essencial, o manual de anotação, que instancia o modelo de anotação de interesse para a língua em questão e delineia as decisões de anotação que devem ser adotadas. Neste artigo, exploramos questões relacionadas ao desenvolvimento de manuais para a anotação de corpus em português brasileiro segundo o modelo internacional Universal Dependencies, amplamente adotado na área. Partimos da discussão da evolução do PLN e o uso de corpora, passamos pelas questões, recursos e ferramentas fundamentais relacionados à representação sintática, discutimos o modelo Universal Dependencies e apresentamos as principais decisões tomadas na instanciação de suas diretrizes no português brasileiro. Por questões práticas e de didática, dividimos o manual em duas partes: o Manual de Anotação de PoS tags (anotação morfossintática) e o Manual de Anotação Relações de Dependência. Ambos foram resultado do processo relatado neste artigo e estão disponíveis para livre acesso no site do projeto POeTiSA na Web.
{"title":"Manual de anotação como recurso de Processamento de Linguagem Natural","authors":"M. Duran, M. Nunes, Lucelene Lopes, T. Pardo","doi":"10.14393/dl52-v16n4a2022-13","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl52-v16n4a2022-13","url":null,"abstract":"Com o avanço da área de Processamento de Linguagem Natural (PLN), corpora são recursos que têm tido um lugar de destaque. Mais do que subsidiar estudos linguísticos, eles constituem as bases para o treinamento de modelos de Aprendizagem de Máquina e para o desenvolvimento de aplicações computacionais de ponta. Particularmente, há grande necessidade de corpora anotados, porém sua geração requer outro recurso essencial, o manual de anotação, que instancia o modelo de anotação de interesse para a língua em questão e delineia as decisões de anotação que devem ser adotadas. Neste artigo, exploramos questões relacionadas ao desenvolvimento de manuais para a anotação de corpus em português brasileiro segundo o modelo internacional Universal Dependencies, amplamente adotado na área. Partimos da discussão da evolução do PLN e o uso de corpora, passamos pelas questões, recursos e ferramentas fundamentais relacionados à representação sintática, discutimos o modelo Universal Dependencies e apresentamos as principais decisões tomadas na instanciação de suas diretrizes no português brasileiro. Por questões práticas e de didática, dividimos o manual em duas partes: o Manual de Anotação de PoS tags (anotação morfossintática) e o Manual de Anotação Relações de Dependência. Ambos foram resultado do processo relatado neste artigo e estão disponíveis para livre acesso no site do projeto POeTiSA na Web.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42895669","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-18DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-10
Marta Deysiane Alves Faria Sousa, Victor Rafael Andrade Prata de Guimarães Souza
Objetiva-se com este trabalho demonstrar como as ferramentas de transcrição de dados ELAN 5.9 (2020) e de análise de corpora LancsBox 5.1.2 (BREZINA; WEILL-TESSIER; MCENERY, 2020) têm contribuído para a transcrição de entrevistas sociolinguísticas realizadas no escopo do Grupo de Estudos em Linguagem, Interação e Sociedade (GELINS) da Universidade Federal de Sergipe, bem como para extração automatizada de fenômenos linguísticos variáveis. Para tanto, apresenta-se as normas pelas quais as entrevistas são transcritas, formas de utilizar o ELAN 5.9 (2020) para transcrição, e por fim, a maneira de fazer a etiquetagem morfológica dos dados e buscas por fenômenos variáveis nos dados de fala utilizando-se a ferramenta LancsBox 5.1.2 (BREZINA; WEILL-TESSIER; MCENERY, 2020). As duas ferramentas têm se mostrado eficientes para uma transcrição alinhada com áudio, para anotação morfológica e buscas automáticas em grandes volumes de textos orais. Este texto contribui para exploração de ferramentas que permitam uma transcrição mais rápida e acurada de dados orais bem como buscas mais automatizadas de grandes volumes de dados.
{"title":"Transcrição e anotação de dados linguísticos usando as ferramentas ELAN e LancsBox","authors":"Marta Deysiane Alves Faria Sousa, Victor Rafael Andrade Prata de Guimarães Souza","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-10","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-10","url":null,"abstract":"Objetiva-se com este trabalho demonstrar como as ferramentas de transcrição de dados ELAN 5.9 (2020) e de análise de corpora LancsBox 5.1.2 (BREZINA; WEILL-TESSIER; MCENERY, 2020) têm contribuído para a transcrição de entrevistas sociolinguísticas realizadas no escopo do Grupo de Estudos em Linguagem, Interação e Sociedade (GELINS) da Universidade Federal de Sergipe, bem como para extração automatizada de fenômenos linguísticos variáveis. Para tanto, apresenta-se as normas pelas quais as entrevistas são transcritas, formas de utilizar o ELAN 5.9 (2020) para transcrição, e por fim, a maneira de fazer a etiquetagem morfológica dos dados e buscas por fenômenos variáveis nos dados de fala utilizando-se a ferramenta LancsBox 5.1.2 (BREZINA; WEILL-TESSIER; MCENERY, 2020). As duas ferramentas têm se mostrado eficientes para uma transcrição alinhada com áudio, para anotação morfológica e buscas automáticas em grandes volumes de textos orais. Este texto contribui para exploração de ferramentas que permitam uma transcrição mais rápida e acurada de dados orais bem como buscas mais automatizadas de grandes volumes de dados.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48961634","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-18DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-11
Lucielma de Oliveira Batista
Resenha da obra "A gramática tradicional: história crítica", de autoria do pesquisador e professor Francisco Eduardo Vieira, publicada pela Parábola Editorial, no ano de 2018.
{"title":"Origem, difusão e estabilidade da gramática tradicional: a proposta de Vieira a partir de uma perspectiva crítica","authors":"Lucielma de Oliveira Batista","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-11","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-11","url":null,"abstract":"Resenha da obra \"A gramática tradicional: história crítica\", de autoria do pesquisador e professor Francisco Eduardo Vieira, publicada pela Parábola Editorial, no ano de 2018.\u0000 ","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45868395","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-4
A. Balduino, M. Bandeira
Este artigo discute a ascensão do português em São Tomé e Príncipe. Com base em processos históricos de interação social nos períodos colonial e pós-colonial, observou-se a difusão da língua portuguesa em detrimento das línguas locais, ainda que o input em português fosse, inicialmente, limitado. Em decorrência de pressões assimilatórias, reforçadas ao longo dos séculos XIX e XX, a população não portuguesa favoreceu o uso e a transmissão intergeracional do português, comportamento validado pelas elites locais. Após 1975, o português foi, então, consolidado, como a língua transmitida pelas gerações mais velhas, tornando-se a língua materna da maior parte da população de São Tomé e Príncipe, possibilitando, assim, a emergência de variedades singulares do português, as quais são marcadas pelo contato com as demais línguas locais.
{"title":"ascensão da Língua Portuguesa em São Tomé e Príncipe","authors":"A. Balduino, M. Bandeira","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-4","url":null,"abstract":"Este artigo discute a ascensão do português em São Tomé e Príncipe. Com base em processos históricos de interação social nos períodos colonial e pós-colonial, observou-se a difusão da língua portuguesa em detrimento das línguas locais, ainda que o input em português fosse, inicialmente, limitado. Em decorrência de pressões assimilatórias, reforçadas ao longo dos séculos XIX e XX, a população não portuguesa favoreceu o uso e a transmissão intergeracional do português, comportamento validado pelas elites locais. Após 1975, o português foi, então, consolidado, como a língua transmitida pelas gerações mais velhas, tornando-se a língua materna da maior parte da população de São Tomé e Príncipe, possibilitando, assim, a emergência de variedades singulares do português, as quais são marcadas pelo contato com as demais línguas locais.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44842836","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-6
Aline Andrea Zamboni Milanez, André Luiz Siqueira Alencar
O objetivo deste artigo é a análise da variação das dimensões de relatos de Experiências de Quase Morte (EQM). Nas últimas décadas, diversas áreas do conhecimento têm investigado o fenômeno, desde o lançamento do livro de Moody (1975), dentre as quais a linguística. Nenhum estudo, até o presente momento, investigou sua variação de dimensões na língua inglesa, por meio da Linguística de Corpus (LC) (BERBER SARDINHA, 2004) e da Análise Multidimensional (AMD) (BIBER, 1988). Como método principal do estudo, usou-se a AMD aditiva (BIBER; CONRAD, 2001) e AMD completa (BIBER, 1988), a fim de mapear 1223 relatos nas dimensões de variação do inglês e desvendar suas dimensões próprias. Em relação à AMD aditiva, o corpus de estudo apresentou escore positivo nas dimensões um, dois e cinco e escore negativo nas dimensões três e quatro. Quanto à AMD completa, três dimensões funcionais foram identificadas e interpretadas como (1) Discurso relatado vs. Descrição elaborada, (2) Discurso Deôntico e (3) Discurso com enfoque no posicionamento.
{"title":"Representações de experiências de quase morte","authors":"Aline Andrea Zamboni Milanez, André Luiz Siqueira Alencar","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-6","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é a análise da variação das dimensões de relatos de Experiências de Quase Morte (EQM). Nas últimas décadas, diversas áreas do conhecimento têm investigado o fenômeno, desde o lançamento do livro de Moody (1975), dentre as quais a linguística. Nenhum estudo, até o presente momento, investigou sua variação de dimensões na língua inglesa, por meio da Linguística de Corpus (LC) (BERBER SARDINHA, 2004) e da Análise Multidimensional (AMD) (BIBER, 1988). Como método principal do estudo, usou-se a AMD aditiva (BIBER; CONRAD, 2001) e AMD completa (BIBER, 1988), a fim de mapear 1223 relatos nas dimensões de variação do inglês e desvendar suas dimensões próprias. Em relação à AMD aditiva, o corpus de estudo apresentou escore positivo nas dimensões um, dois e cinco e escore negativo nas dimensões três e quatro. Quanto à AMD completa, três dimensões funcionais foram identificadas e interpretadas como (1) Discurso relatado vs. Descrição elaborada, (2) Discurso Deôntico e (3) Discurso com enfoque no posicionamento.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47884404","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-1
Lucas Tcacenco
Este trabalho apresenta uma experiência de tradução interlinguística envolvendo um texto de divulgação científica para uma audiência composta por leitores com baixo letramento. Primeiramente, situa-se a tradução interlinguística em meio aos Estudos da Tradução. Na sequência, tratam-se sobre questões relevantes para o tradutor no atendimento às especificidades do leitor consumidor da tradução: leitura e letramento. Logo após, apresentam- características da Linguagem Facilitada e Linguagem Simplificada, como diferentes níveis de gradação da linguagem. A partir daí, resgatam-se as contribuições da Linguística Textual, em especial os sete fatores de textualidade. O material sob estudo inclui a versão em inglês de um texto originalmente escrito em português apresentado em uma exposição do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) de Porto Alegre. Ao analisar-se a versão em inglês do referido texto com o aporte teórico apresentado, evidencia-se a relevância dos fatores de textualidade na produção de um texto facilitado ou simplificado que seja entendível pela sua audiência consumidora. Ao final, reforça-se o papel do tradutor como mediador, investido de uma importante função na interlocução entre línguas e culturas, mas também na transposição de barreiras internas de uma língua.
{"title":"Tradução Interlinguística de textos de museus para Leitores com Baixo Letramento","authors":"Lucas Tcacenco","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-1","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-1","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta uma experiência de tradução interlinguística envolvendo um texto de divulgação científica para uma audiência composta por leitores com baixo letramento. Primeiramente, situa-se a tradução interlinguística em meio aos Estudos da Tradução. Na sequência, tratam-se sobre questões relevantes para o tradutor no atendimento às especificidades do leitor consumidor da tradução: leitura e letramento. Logo após, apresentam- características da Linguagem Facilitada e Linguagem Simplificada, como diferentes níveis de gradação da linguagem. A partir daí, resgatam-se as contribuições da Linguística Textual, em especial os sete fatores de textualidade. O material sob estudo inclui a versão em inglês de um texto originalmente escrito em português apresentado em uma exposição do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) de Porto Alegre. Ao analisar-se a versão em inglês do referido texto com o aporte teórico apresentado, evidencia-se a relevância dos fatores de textualidade na produção de um texto facilitado ou simplificado que seja entendível pela sua audiência consumidora. Ao final, reforça-se o papel do tradutor como mediador, investido de uma importante função na interlocução entre línguas e culturas, mas também na transposição de barreiras internas de uma língua.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49424237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-8
Gabriela Pacheco Amaral
O objetivo deste artigo é analisar como o narrador de Memórias do Cárcere constrói discursivamente o papel de vítima dos outros personagens. Memórias do Cárcere é uma obra de publicação póstuma, do canônico Graciliano Ramos. Tal obra é um clássico brasileiro no qual o enunciador de Graciliano Ramos faz um relato e um testemunho do período político brasileiro na Era Vargas. Em tais relatos, o narrador realiza diversos enunciados para descrever e para narrar os companheiros do cárcere. Será, pois, no relato alheio que buscaremos investigar como o narrador constrói o papel de vítima de outros personagens. Dito isso, a base teórica-metodológica ancora-se nos pressupostos de CHARAUDEAU (2014) e de MOSCOVICI (1978). As análises são qualitativas e linguístico-discursivas sobre os imaginários sociodiscursivos do papel de vítima do outro. Para alcançar tal empreitada, lançaremos mão dos modos de organização do discursivo, segundo Charaudeau (2014). De tal modo, como resultados esperados, busca-se a presença dos imaginários sociodiscursivos na construção discursiva do outro.
{"title":"Imaginários sociodiscursivos de papel de vítima","authors":"Gabriela Pacheco Amaral","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-8","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar como o narrador de Memórias do Cárcere constrói discursivamente o papel de vítima dos outros personagens. Memórias do Cárcere é uma obra de publicação póstuma, do canônico Graciliano Ramos. Tal obra é um clássico brasileiro no qual o enunciador de Graciliano Ramos faz um relato e um testemunho do período político brasileiro na Era Vargas. Em tais relatos, o narrador realiza diversos enunciados para descrever e para narrar os companheiros do cárcere. Será, pois, no relato alheio que buscaremos investigar como o narrador constrói o papel de vítima de outros personagens. Dito isso, a base teórica-metodológica ancora-se nos pressupostos de CHARAUDEAU (2014) e de MOSCOVICI (1978). As análises são qualitativas e linguístico-discursivas sobre os imaginários sociodiscursivos do papel de vítima do outro. Para alcançar tal empreitada, lançaremos mão dos modos de organização do discursivo, segundo Charaudeau (2014). De tal modo, como resultados esperados, busca-se a presença dos imaginários sociodiscursivos na construção discursiva do outro.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48541126","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-5
A. Araújo
Este trabalho busca apresentar algumas discussões acerca da relação entre língua e gramática e seu ensino nas aulas de língua materna. Tem-se como objetivo apresentar formas de trabalhar conteúdos gramaticais, abordando um ensino reflexivo. Considera-se a capacidade dos estudantes de refletir sobre o funcionamento da língua, buscando apresentar alternativas para explorar a atividade de linguagem em sala de aula. Autores como Antunes (2003), Bagno (2002) e Travaglia (2006), Franchi (1991) nos auxiliam na discussão sobre o ensino de língua materna. Na perspectiva enunciativa, o estudo da atividade de linguagem é um conceito básico da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas (TOPE) e será embasado por Culioli (1990), Romero (2019), Rezende (2011). Estes autores veem a linguagem como uma atividade criativa de construção de experiências e que se deve, portanto, buscar desenvolver, em sala de aula, métodos eficientes de exploração da língua sem se deter em elementos classificatórios e regras normativas. Parte-se de uma atividade tradicional realizada em sala de aula e, em seguida, propõe-se formas de trabalhar o mesmo conteúdo proposto na atividade, porém tendo como suporte os autores supracitados. Esse tipo de atividade resulta em um aluno muito mais independente que manipula a língua sem se preocupar em aprender classificações e, em resposta, há um nível de compreensão muito maior bem como um rendimento interessante em termos de participação, aprendizagem e produção.
{"title":"Aula de português","authors":"A. Araújo","doi":"10.14393/dl51-v16n3a2022-5","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/dl51-v16n3a2022-5","url":null,"abstract":"Este trabalho busca apresentar algumas discussões acerca da relação entre língua e gramática e seu ensino nas aulas de língua materna. Tem-se como objetivo apresentar formas de trabalhar conteúdos gramaticais, abordando um ensino reflexivo. Considera-se a capacidade dos estudantes de refletir sobre o funcionamento da língua, buscando apresentar alternativas para explorar a atividade de linguagem em sala de aula. Autores como Antunes (2003), Bagno (2002) e Travaglia (2006), Franchi (1991) nos auxiliam na discussão sobre o ensino de língua materna. Na perspectiva enunciativa, o estudo da atividade de linguagem é um conceito básico da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas (TOPE) e será embasado por Culioli (1990), Romero (2019), Rezende (2011). Estes autores veem a linguagem como uma atividade criativa de construção de experiências e que se deve, portanto, buscar desenvolver, em sala de aula, métodos eficientes de exploração da língua sem se deter em elementos classificatórios e regras normativas. Parte-se de uma atividade tradicional realizada em sala de aula e, em seguida, propõe-se formas de trabalhar o mesmo conteúdo proposto na atividade, porém tendo como suporte os autores supracitados. Esse tipo de atividade resulta em um aluno muito mais independente que manipula a língua sem se preocupar em aprender classificações e, em resposta, há um nível de compreensão muito maior bem como um rendimento interessante em termos de participação, aprendizagem e produção.","PeriodicalId":53262,"journal":{"name":"Dominios de Lingugem","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42450863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-17DOI: 10.14393/dl51-v16n3a2022-2
Gustavo Gil da Silveira
Este estudo apresenta evidências de que diferenças graduais na frequência do terceiro formante da pronúncia aproximante do /r/ em coda podem provocar diferenças igualmente graduais no modo como falantes são socialmente avaliados em São Bernardo do Campo, município da Grande São Paulo. Conduziu-se um experimento de percepção sociolinguística, elaborado de acordo com a técnica matched-guise (LAMBERT et al., 1960), com 58 residentes do município, que foram solicitados a escutar uma gravação da fala de uma pessoa lendo uma frase e, em seguida, responder a um questionário acerca do falante. Os estímulos auditivos diferiam unicamente nas ocorrências do /r/ em coda, cada um apresentando apenas um de três graus de abaixamento do terceiro formante. Os resultados indicam correlação entre o grau de abaixamento e a maneira como os falantes foram avaliados. A queda na frequência do terceiro formante se correlacionou com o crescimento na taxa das respostas que avaliaram os falantes como tendo mais sotaque e sendo residentes de São Bernardo do Campo. Esse resultado sugere que significados sociais de formas linguísticas podem variar gradativamente quando veiculados por variáveis fonéticas graduais.
这项研究提供了证据,表明在sao Bernardo do Campo, sao Paulo的一个城市,尾声/r/近似音的第三次共振频率的逐渐差异可能会导致说话者被社会评价的方式的同样的逐渐差异。一项社会语言学知觉实验,根据匹配-吉斯技术(LAMBERT et al., 1960)进行,58名城市居民被要求听一个人阅读一个句子的演讲录音,然后回答一份关于说话人的问卷。听觉刺激只在尾声/r/的出现上有所不同,每一种都只表现出第三个共振峰的三个降低度中的一个。结果表明,降低程度与说话者被评价的方式之间存在相关性。第三个应答者频率的下降与反应率的增长相关,这些反应率认为说话者有更多的口音,并且是sao Bernardo do Campo的居民。这一结果表明,语言形式的社会意义可能会随着语音变量的变化而逐渐变化。
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