Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3169
Luiz Paulo Da Cas Cichoski
Neste artigo pretendo apresentar de forma introdutória o campo de investigação da Intencionalidade Coletiva. Entretanto, optei por concentrar a exposição em um tipo particular de explicação do fenômeno. Na primeira seção, apresento as dificuldades que motivam o desenvolvimento de teorias no campo da Intencionalidade Coletiva dentro da Filosofia da Ação. Na segunda seção, identifico a origem da linhagem teórica tratada com a explicação da noção de intenção compartilhada, uma interligação reflexiva dos estados mentais dos indivíduos envolvidos em uma ação coletiva, desenvolvida por Michael Bratman. Na terceira seção, apresento a reforma proposta por Deborah Tollefsen para diminuir as demandas cognitivas exigidas pela proposta Bratman, tornando possível que crianças pequenas possam satisfazer as condições da teoria. Por fim, na quarta seção discuto a proposta de Olle Blomberg de uma intenção em ação socialmente estendida que objetiva explicar como seria possível incluir resultados das ações de outros indivíduos no conteúdo de uma intenção em ação individual.
{"title":"Intencionalidade coletiva: a linhagem interacionista","authors":"Luiz Paulo Da Cas Cichoski","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3169","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3169","url":null,"abstract":"Neste artigo pretendo apresentar de forma introdutória o campo de investigação da Intencionalidade Coletiva. Entretanto, optei por concentrar a exposição em um tipo particular de explicação do fenômeno. Na primeira seção, apresento as dificuldades que motivam o desenvolvimento de teorias no campo da Intencionalidade Coletiva dentro da Filosofia da Ação. Na segunda seção, identifico a origem da linhagem teórica tratada com a explicação da noção de intenção compartilhada, uma interligação reflexiva dos estados mentais dos indivíduos envolvidos em uma ação coletiva, desenvolvida por Michael Bratman. Na terceira seção, apresento a reforma proposta por Deborah Tollefsen para diminuir as demandas cognitivas exigidas pela proposta Bratman, tornando possível que crianças pequenas possam satisfazer as condições da teoria. Por fim, na quarta seção discuto a proposta de Olle Blomberg de uma intenção em ação socialmente estendida que objetiva explicar como seria possível incluir resultados das ações de outros indivíduos no conteúdo de uma intenção em ação individual. ","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"64 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85852197","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3119
J. Rosauro
Conhecimento e sorte parecem dois conceitos excludentes, isto é, em ordem de atribuirmos conhecimento a alguém, tal sucesso cognitivo deve excluir elementos de sorte da aquisição intelectual. Entretanto, desde o artigo de Edmund Gettier “Is Justified True Belief Knowledge?” (1963), tem se reconhecido cada vez mais a envergadura que elementos de sorte assume no conhecimento, a ponto de chegarmos a uma conclusão cética no campo epistemológico. A questão que fica, então, é como solucionar a atribuição de conhecimento, com fatores de sorte praticamente onipresentes. Dito isso, o objetivo do trabalho será dois: (i) primeiro, irei expor os desdobramentos do debate da sorte epistêmica, ou seja, mostrar sua amplitude, classificações, conceituação e algumas respostas ao problema. Após (ii) pretendo argumentar sobre as vantagens de se abordar a sorte epistêmica fora do campo proposicional a partir de uma abordagem da epistemologia das virtudes que foque em outros bens epistêmicos além da crença verdadeira.
{"title":"Os desafios da sorte epistêmica e uma possível solução por meio da epistemologia das virtudes","authors":"J. Rosauro","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3119","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3119","url":null,"abstract":"Conhecimento e sorte parecem dois conceitos excludentes, isto é, em ordem de atribuirmos conhecimento a alguém, tal sucesso cognitivo deve excluir elementos de sorte da aquisição intelectual. Entretanto, desde o artigo de Edmund Gettier “Is Justified True Belief Knowledge?” (1963), tem se reconhecido cada vez mais a envergadura que elementos de sorte assume no conhecimento, a ponto de chegarmos a uma conclusão cética no campo epistemológico. A questão que fica, então, é como solucionar a atribuição de conhecimento, com fatores de sorte praticamente onipresentes. Dito isso, o objetivo do trabalho será dois: (i) primeiro, irei expor os desdobramentos do debate da sorte epistêmica, ou seja, mostrar sua amplitude, classificações, conceituação e algumas respostas ao problema. Após (ii) pretendo argumentar sobre as vantagens de se abordar a sorte epistêmica fora do campo proposicional a partir de uma abordagem da epistemologia das virtudes que foque em outros bens epistêmicos além da crença verdadeira.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91266906","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3107
Camilo Lelis Jota Pereira
Este artigo tem o objetivo de expor a contra doutrina dionisíaca ao otimismo a partir da discussão sobre a interpretação que o filósofo Friedrich Nietzsche faz de Sócrates no livro O nascimento da tragédia. Nossa discussão traz em perspectiva a crítica nietzschiana ao denominado socratismo estético, o qual coloca a filosofia socrática longe da sua proposta para o dionisíaco na arte. Para tanto, reconstruímos os argumentos de Nietzsche e investigamos o alcance dos mesmos, como também apresentamos as considerações de Paul de Man sobre a tensão emergente. Como conclusão, apontamos para a abrangência dos conceitos de pessimismo e otimismo dentro do escopo construído.
{"title":"Dioniso contra Sócrates: notas sobre metafísica, otimismo e pessimismo em O nascimento da tragédia de Friedrich Nietzsche","authors":"Camilo Lelis Jota Pereira","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3107","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3107","url":null,"abstract":"Este artigo tem o objetivo de expor a contra doutrina dionisíaca ao otimismo a partir da discussão sobre a interpretação que o filósofo Friedrich Nietzsche faz de Sócrates no livro O nascimento da tragédia. Nossa discussão traz em perspectiva a crítica nietzschiana ao denominado socratismo estético, o qual coloca a filosofia socrática longe da sua proposta para o dionisíaco na arte. Para tanto, reconstruímos os argumentos de Nietzsche e investigamos o alcance dos mesmos, como também apresentamos as considerações de Paul de Man sobre a tensão emergente. Como conclusão, apontamos para a abrangência dos conceitos de pessimismo e otimismo dentro do escopo construído. ","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82450145","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3200
Alisson Ramos de Souza
O conceito de outrem (autrui) não recebeu a devida atenção no conjunto da filosofia de Deleuze até recentemente (VENTURA, 2020; FERREIRA, 2021). Outrem aparece na obra deleuziana em alguns momentos de Diferença e Repetição, em O que é a filosofia? – obra escrita juntamente a Félix Guattari – mas, sobretudo, num texto presente no apêndice de Lógica do sentido intitulado “Michel Tournier e o mundo sem outrem”, no qual ele comenta o romance de M. Tournier, Sexta-feira ou os limbos do pacífico. Outrem nada mais é do que a expressão de um mundo possível, ou ainda, uma estrutura que organiza a percepção e assegura as margens e transições do mundo. Quando esta estrutura se dissolve, os simulacros ascendem às superfícies, destruindo as formas e libertando as forças e intensidades. Acreditamos que o agente dessa dissolução é Sexta-feira, cuja vinda desarranja a ordem forjada por Robinson em sua ilha. Sexta-feira já não funciona como a estrutura outrem, visto que ele é um outro de outrem, que vai possibilitar o acesso a um campo transcendental impessoal, pré-individual, povoado de singularidades livres. Os conceitos de Emmanuel Lévinas de “rosto” e “absolutamente outro” (tout autre) auxiliará nesse movimento a fim de compreender o outro de Deleuze, embora seja necessário apontar a sua pertinência e as suas limitações.
{"title":"Deleuze e seu outro","authors":"Alisson Ramos de Souza","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3200","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3200","url":null,"abstract":"O conceito de outrem (autrui) não recebeu a devida atenção no conjunto da filosofia de Deleuze até recentemente (VENTURA, 2020; FERREIRA, 2021). Outrem aparece na obra deleuziana em alguns momentos de Diferença e Repetição, em O que é a filosofia? – obra escrita juntamente a Félix Guattari – mas, sobretudo, num texto presente no apêndice de Lógica do sentido intitulado “Michel Tournier e o mundo sem outrem”, no qual ele comenta o romance de M. Tournier, Sexta-feira ou os limbos do pacífico. Outrem nada mais é do que a expressão de um mundo possível, ou ainda, uma estrutura que organiza a percepção e assegura as margens e transições do mundo. Quando esta estrutura se dissolve, os simulacros ascendem às superfícies, destruindo as formas e libertando as forças e intensidades. Acreditamos que o agente dessa dissolução é Sexta-feira, cuja vinda desarranja a ordem forjada por Robinson em sua ilha. Sexta-feira já não funciona como a estrutura outrem, visto que ele é um outro de outrem, que vai possibilitar o acesso a um campo transcendental impessoal, pré-individual, povoado de singularidades livres. Os conceitos de Emmanuel Lévinas de “rosto” e “absolutamente outro” (tout autre) auxiliará nesse movimento a fim de compreender o outro de Deleuze, embora seja necessário apontar a sua pertinência e as suas limitações.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"126 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72797420","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3127
Janilce Silva Praseres
A reflexão a seguir centra-se na leitura e interpretação opúsculo moral intitulado Regra da Vida Virtuosa, de São Martinho de Dume. Nesse sentido, apresentamos as quatro virtudes cardeais como uma reflexão moral, pois trata-se de dar conselhos que visam uma preocupação sobre a ação prática, apontamos, ainda que São Martinho, no século VI, marcou o início da cultura portuguesa.
{"title":"São Martinho de Dume: entre conselhos ou preceitos morais como preocupação prática","authors":"Janilce Silva Praseres","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3127","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3127","url":null,"abstract":"A reflexão a seguir centra-se na leitura e interpretação opúsculo moral intitulado Regra da Vida Virtuosa, de São Martinho de Dume. Nesse sentido, apresentamos as quatro virtudes cardeais como uma reflexão moral, pois trata-se de dar conselhos que visam uma preocupação sobre a ação prática, apontamos, ainda que São Martinho, no século VI, marcou o início da cultura portuguesa.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"128 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88175194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3209
Vítor Hugo Dos Reis Costa
Trata-se de um estudo comparativo entre as ideias do filósofo Paul Ricoeur (1913 – 2005) e do romancista Milan Kundera (1929-) sobre as experiências do tempo e da memória. Parte-se de uma comparação inicial das ideias de ambos os pensadores acerca dos temas da ipseidade, da História e da experiência do tempo. Em um segundo momento, o pensamento de ambos os autores é colocado em confrontação crítica, em especial no que concerne aos seus respectivos entendimentos sobre a natureza da experiência humana do tempo e os limites da memória. Em seguida, passa-se ao exame das ideias e hipóteses de Kundera sob a luz da hermenêutica filosófica de Ricoeur, com o intento de mostrar que essa é onde essa hermenêutica é mais intensamente desafiada que melhor mostra suas valências filosóficas. Em um último momento, pretende-se mostrar que dessa confrontação crítica resultam interessantes convergências por meio das quais ambos os pensadores oferecem perspectivas similares e complementares para fins do cultivo de uma memória feliz e de uma experiência viva do tempo.
{"title":"A jardinagem das memórias e o miosótis de um planeta desconhecido: memória e experiência do tempo na hermenêutica narrativista","authors":"Vítor Hugo Dos Reis Costa","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3209","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3209","url":null,"abstract":"Trata-se de um estudo comparativo entre as ideias do filósofo Paul Ricoeur (1913 – 2005) e do romancista Milan Kundera (1929-) sobre as experiências do tempo e da memória. Parte-se de uma comparação inicial das ideias de ambos os pensadores acerca dos temas da ipseidade, da História e da experiência do tempo. Em um segundo momento, o pensamento de ambos os autores é colocado em confrontação crítica, em especial no que concerne aos seus respectivos entendimentos sobre a natureza da experiência humana do tempo e os limites da memória. Em seguida, passa-se ao exame das ideias e hipóteses de Kundera sob a luz da hermenêutica filosófica de Ricoeur, com o intento de mostrar que essa é onde essa hermenêutica é mais intensamente desafiada que melhor mostra suas valências filosóficas. Em um último momento, pretende-se mostrar que dessa confrontação crítica resultam interessantes convergências por meio das quais ambos os pensadores oferecem perspectivas similares e complementares para fins do cultivo de uma memória feliz e de uma experiência viva do tempo.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72533453","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3177
L. Vollet
Kant's theory of judgment involves his answer to the question "How is knowledge of the pattern underlying intentional strategies of objective - true and justified - representation of empirical events possible?" When we problematize this question, the problem of the scope of our notion of consistency in empirical reasoning emerges. We will argue in this article that Kant's theory includes a thesis about the circular nature of our patterns of consistency, based on the ability to protect the conceptual presuppositions that harmonize knowledge of truth as opposed to falsity in any paradigm of theoretical reflection. This thesis allows Kant to develop a foundationalism about the knowledge of the content of judgments (the ability to recognize conceptual correctness or rule consistency) without committing to a static and transcendent view of the ideal object of our assertion strategies. In our view, this view is still one of the most competitive in describing the necessary - though not static - status of the propositions of empirical science.
{"title":"Kant's dynamic metaphysics: kant's theory of judgment and the nature of the theoretical knowledge of consistency in empirical reasoning","authors":"L. Vollet","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3177","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3177","url":null,"abstract":"Kant's theory of judgment involves his answer to the question \"How is knowledge of the pattern underlying intentional strategies of objective - true and justified - representation of empirical events possible?\" When we problematize this question, the problem of the scope of our notion of consistency in empirical reasoning emerges. We will argue in this article that Kant's theory includes a thesis about the circular nature of our patterns of consistency, based on the ability to protect the conceptual presuppositions that harmonize knowledge of truth as opposed to falsity in any paradigm of theoretical reflection. This thesis allows Kant to develop a foundationalism about the knowledge of the content of judgments (the ability to recognize conceptual correctness or rule consistency) without committing to a static and transcendent view of the ideal object of our assertion strategies. In our view, this view is still one of the most competitive in describing the necessary - though not static - status of the propositions of empirical science.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74396662","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3210
Hamilton Cezar Gondim
Sartre, na obra os Cadernos para uma moral (1947-1948), apresenta apontamentos sobre a dimensão da história que começa a se desenvolver inicialmente no interior de sua reflexão moral. Sartre, entretanto, não tem uma versão finalizada de sua teoria da história, vinculando sua reflexão a uma comparação e crítica da filosofia da história hegeliana e do materialismo histórico marxiano. Objetivamos neste artigo analisar a crítica sartriana à Hegel nos Cadernos para uma moral sobre a história, mostrando um esboço das noções iniciais de Sartre sobre a história. Sartre se utiliza amplamente de uma crítica à possibilidade de dialética hegeliana, questionando a dimensão desse movimento do real como verdadeiro. É analisada a idealização desse movimento na dialética do senhor e do escravo em obras como Fenomenologia do Espírito (1807) e se tematiza sobre a noção de totalidade da história. Sartre indicia a partir dessa crítica uma noção própria de história vinculada a uma totalidade destotalizada e um devir histórica centralizado na liberdade.
{"title":"Sartre leitor de Hegel: avaliação da história nos Cadernos para uma moral","authors":"Hamilton Cezar Gondim","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3210","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3210","url":null,"abstract":"Sartre, na obra os Cadernos para uma moral (1947-1948), apresenta apontamentos sobre a dimensão da história que começa a se desenvolver inicialmente no interior de sua reflexão moral. Sartre, entretanto, não tem uma versão finalizada de sua teoria da história, vinculando sua reflexão a uma comparação e crítica da filosofia da história hegeliana e do materialismo histórico marxiano. Objetivamos neste artigo analisar a crítica sartriana à Hegel nos Cadernos para uma moral sobre a história, mostrando um esboço das noções iniciais de Sartre sobre a história. Sartre se utiliza amplamente de uma crítica à possibilidade de dialética hegeliana, questionando a dimensão desse movimento do real como verdadeiro. É analisada a idealização desse movimento na dialética do senhor e do escravo em obras como Fenomenologia do Espírito (1807) e se tematiza sobre a noção de totalidade da história. Sartre indicia a partir dessa crítica uma noção própria de história vinculada a uma totalidade destotalizada e um devir histórica centralizado na liberdade.\u0000 ","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84778527","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3114
Tiago Mendonça dos Santos
O presente artigo tem o objetivo de discutir os regimes socioeconômicos que permitem a realização da justiça como equidade, focando em especial nos dois regimes apontados por Rawls como capazes de constituir uma sociedade bem ordenada, a democracia de cidadãos proprietários (property-owning democracy ou POD) de um lado e o socialismo liberal do outro. Para tanto, em um primeiro momento serão considerados os argumentos de Rawls a respeito dos regimes socioeconômicos dentro da Uma teoria da justiça. Em seguida, com base em Justiça como equidade: uma reafirmação, serão discutidos os argumentos em favor da POD e do socialismo liberal e contra as outras três opções: capitalismo de laissez-faire, socialismo de Estado dirigido por um partido único e o Estado de bem-estar social. Em seguida, serão considerados os argumentos a favor da POD ou do socialismo liberal, procurando em grande medida traçar quais são as distinções entre ambos os regimes, a partir dos autores que buscam ir além de Rawls. Ao final, conclui-se que nos limites de uma teoria da justiça Rawls está correto ao não definir quem é o regime vencedor, a POD ou o socialismo liberal, mas no avanço atual do capitalismo liberal e no seu movimento de distanciamento das democracias liberais mostra-se necessário discutir qual é o regime mais adequado a partir das bases fornecidas pela justiça como equidade.
{"title":"Qual regime socioeconômico é mais adequado à realização da justiça como equidade?","authors":"Tiago Mendonça dos Santos","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3114","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3114","url":null,"abstract":"O presente artigo tem o objetivo de discutir os regimes socioeconômicos que permitem a realização da justiça como equidade, focando em especial nos dois regimes apontados por Rawls como capazes de constituir uma sociedade bem ordenada, a democracia de cidadãos proprietários (property-owning democracy ou POD) de um lado e o socialismo liberal do outro. Para tanto, em um primeiro momento serão considerados os argumentos de Rawls a respeito dos regimes socioeconômicos dentro da Uma teoria da justiça. Em seguida, com base em Justiça como equidade: uma reafirmação, serão discutidos os argumentos em favor da POD e do socialismo liberal e contra as outras três opções: capitalismo de laissez-faire, socialismo de Estado dirigido por um partido único e o Estado de bem-estar social. Em seguida, serão considerados os argumentos a favor da POD ou do socialismo liberal, procurando em grande medida traçar quais são as distinções entre ambos os regimes, a partir dos autores que buscam ir além de Rawls. Ao final, conclui-se que nos limites de uma teoria da justiça Rawls está correto ao não definir quem é o regime vencedor, a POD ou o socialismo liberal, mas no avanço atual do capitalismo liberal e no seu movimento de distanciamento das democracias liberais mostra-se necessário discutir qual é o regime mais adequado a partir das bases fornecidas pela justiça como equidade.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"401 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76462474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3223
Carlos Machado
Célebre por um tipo de filosofia que se caracteriza pelas linhas de fuga e pela desterritorialização de um pensamento nômade, Deleuze se reconhece como um filósofo sistemático. Como todo sistema, uma filosofia sistemática se define por um conjunto de elementos que se compõem e se alinham de modo a conferir a ele uma coerência. O presente artigo pretende demonstrar como o conjunto da filosofia de Deleuze confere uma organicidade e verosimilhança a seu sistema de pensamento a partir da articulação entre a imanência, o acontecimento e o conceito. Esta tríade atravessa todo o seu trabalho e irá caracterizar aquilo que Deleuze chama de heterogênese; uma tentativa de fazer com que a filosofia se desprenda dos estados de coisas e vá na direção das intensidades, levando o pensamento ao limite e à máxima potência. Queremos demonstrar o modo como Deleuze opera em seu sistema de forma a associar e criar aproximações entre elementos mais ou menos heterogêneos, ora criando zonas de aproximação, ora provocando afastamentos.
{"title":"A filosofia de Deleuze a partir da imanência, do acontecimento e do conceito","authors":"Carlos Machado","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3223","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3223","url":null,"abstract":"Célebre por um tipo de filosofia que se caracteriza pelas linhas de fuga e pela desterritorialização de um pensamento nômade, Deleuze se reconhece como um filósofo sistemático. Como todo sistema, uma filosofia sistemática se define por um conjunto de elementos que se compõem e se alinham de modo a conferir a ele uma coerência. O presente artigo pretende demonstrar como o conjunto da filosofia de Deleuze confere uma organicidade e verosimilhança a seu sistema de pensamento a partir da articulação entre a imanência, o acontecimento e o conceito. Esta tríade atravessa todo o seu trabalho e irá caracterizar aquilo que Deleuze chama de heterogênese; uma tentativa de fazer com que a filosofia se desprenda dos estados de coisas e vá na direção das intensidades, levando o pensamento ao limite e à máxima potência. Queremos demonstrar o modo como Deleuze opera em seu sistema de forma a associar e criar aproximações entre elementos mais ou menos heterogêneos, ora criando zonas de aproximação, ora provocando afastamentos.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80581823","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}