Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3221
Leopoldo Edgardo Tillería Aqueveque
Se plantea que la estética posmoderna, alejada de la posibilidad de concebirse como estética filosófica o filosofía del arte (al menos como la presentó Alexander G. Baumgarten al inicio de la Modernidad), adquiriría en la era actual la fisonomía de una pop estética, cuya expresión fundante pareciese ser la propia experiencia estética y no otras condiciones atribuibles a un determinado canon estético. En relación a esta conjetura, que por lo visto implica una cierta superación de la idea de obra, se discute, por un lado, la conexión entre arte e inteligencia artificial y, por otro, las implicancias de la Everyday Aesthetics sobre el concepto de experiencia. Una y otra práctica, testimoniarían en la actualidad un renovado sentido común estético.
{"title":"Después de Baumgarten: la pop estética como manifiesto posmoderno","authors":"Leopoldo Edgardo Tillería Aqueveque","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3221","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3221","url":null,"abstract":"Se plantea que la estética posmoderna, alejada de la posibilidad de concebirse como estética filosófica o filosofía del arte (al menos como la presentó Alexander G. Baumgarten al inicio de la Modernidad), adquiriría en la era actual la fisonomía de una pop estética, cuya expresión fundante pareciese ser la propia experiencia estética y no otras condiciones atribuibles a un determinado canon estético. En relación a esta conjetura, que por lo visto implica una cierta superación de la idea de obra, se discute, por un lado, la conexión entre arte e inteligencia artificial y, por otro, las implicancias de la Everyday Aesthetics sobre el concepto de experiencia. Una y otra práctica, testimoniarían en la actualidad un renovado sentido común estético.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85323686","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3154
Jose Sepúlveda
A contribuição do personalismo para a Logoterapia, será de fundamental importância, especificamente através do conceito de pessoa como dimensão noética. Para V. Frankl conhecer a pessoa para trata-la terapeuticamente, se tornará o lema que fará da Logoterapia essa busca positiva por sentido, por meio das vivências e da realização de valores superiores. Max Scheler será um filósofo que inspirará de forma ampla e direta o pensamento logoterapêutico de Frankl, fundamentalmente através da teoria dos valores e com sua contribuição fenomenológica da antropologia. A busca por sentido e valor é uma espécie de motivação humana intuída emocionalmente em nossas vivências e compreendida pela nossa consciência. Por isso conceitos como o de pessoa e o de valor são peças importantíssimas para a Logoterapia e a Análise Existencial.
{"title":"Contribuições do personalismo para a logoterapia e análise existencial","authors":"Jose Sepúlveda","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3154","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3154","url":null,"abstract":"A contribuição do personalismo para a Logoterapia, será de fundamental importância, especificamente através do conceito de pessoa como dimensão noética. Para V. Frankl conhecer a pessoa para trata-la terapeuticamente, se tornará o lema que fará da Logoterapia essa busca positiva por sentido, por meio das vivências e da realização de valores superiores. Max Scheler será um filósofo que inspirará de forma ampla e direta o pensamento logoterapêutico de Frankl, fundamentalmente através da teoria dos valores e com sua contribuição fenomenológica da antropologia. A busca por sentido e valor é uma espécie de motivação humana intuída emocionalmente em nossas vivências e compreendida pela nossa consciência. Por isso conceitos como o de pessoa e o de valor são peças importantíssimas para a Logoterapia e a Análise Existencial.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"85 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74804256","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3147
C. Fernandes
Esse trabalho pretende apresentar a problemática da ação moral e da normatividade em Ser e tempo a partir da posição de Steven Crowell expressa no texto Conscience and Reason: Heidegger and the Grouds of Intentionality [2007], em face da interpretação de Ernst Tugendhat, exposta no texto “Wir sind nicht fest verdrahtet”: Heideggers “Man” und die Tiefendimensionen der Gründe [1999].
{"title":"O fundamento de deliberação moral e a dimensão da normatividade em Ser e tempo: a posição de Steven Crowell em face da interpretação de E. Tugendhat","authors":"C. Fernandes","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3147","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3147","url":null,"abstract":"Esse trabalho pretende apresentar a problemática da ação moral e da normatividade em Ser e tempo a partir da posição de Steven Crowell expressa no texto Conscience and Reason: Heidegger and the Grouds of Intentionality [2007], em face da interpretação de Ernst Tugendhat, exposta no texto “Wir sind nicht fest verdrahtet”: Heideggers “Man” und die Tiefendimensionen der Gründe [1999].","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82938478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3137
J. Assai
Sob o ponto de vista da teoria crítica e de uma crítica social, e mais recentemente, a ideia do progresso parece se estabelecer em uma ambivalência: de um lado, os postulados de Amy Allen encetaram uma “Aufklärung” da concepção de progresso (ao qual eu chamo de concepção “negativa”) e os seus possíveis desdobramentos para a teoria crítica bem como para a crítica social; por outro, a concepção de progresso pode ser compreendida como uma “forma positiva” na qual se orienta junto ao escopo constitutivo de uma teoria crítica ao corporificar, por exemplo, a justiça social enquanto mediação socionormativa ao processo de emancipação. Levando em consideração as assertivas supracitadas, revisitarei, nesta pesquisa, a centralidade da concepção de progresso em Amy Allen (1) para daí interpor uma ideia “positiva”. Nesse sentido, tomarei por referência socioinstitucional e empírica a política pública do programa social ‘Mais IDH’ ao qual se constitui tanto como uma resposta ao conceito de progresso em Amy Allen quanto uma condição possível de efetivação à justiça social (entendida basicamente pelas condições mínimas de existência) (2).
{"title":"Crítica social e política pública: rearticulando a ideia de progresso como mediação à justiça social no programa “Mais IDH”","authors":"J. Assai","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3137","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3137","url":null,"abstract":"Sob o ponto de vista da teoria crítica e de uma crítica social, e mais recentemente, a ideia do progresso parece se estabelecer em uma ambivalência: de um lado, os postulados de Amy Allen encetaram uma “Aufklärung” da concepção de progresso (ao qual eu chamo de concepção “negativa”) e os seus possíveis desdobramentos para a teoria crítica bem como para a crítica social; por outro, a concepção de progresso pode ser compreendida como uma “forma positiva” na qual se orienta junto ao escopo constitutivo de uma teoria crítica ao corporificar, por exemplo, a justiça social enquanto mediação socionormativa ao processo de emancipação. Levando em consideração as assertivas supracitadas, revisitarei, nesta pesquisa, a centralidade da concepção de progresso em Amy Allen (1) para daí interpor uma ideia “positiva”. Nesse sentido, tomarei por referência socioinstitucional e empírica a política pública do programa social ‘Mais IDH’ ao qual se constitui tanto como uma resposta ao conceito de progresso em Amy Allen quanto uma condição possível de efetivação à justiça social (entendida basicamente pelas condições mínimas de existência) (2).","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77347762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3124
David Pessoa de Lira
O tópico do presente artigo é a teoria da εἱμαρμένη [heimarmenē]. Ele analisa focalmente a relação da teoria da εἱμαρμένη do Corp. Herm. 12.5-9 e de fontes médio-platônicas. Os resultados da análise se limitam a responder as teorias da εἱμαρμένη do hermetismo e do médio-platonismo. No entanto, existem diferentes pontos de vista sobre a teoria da εἱμαρμένη no médio-platonismo. Assim, o escopo envolve principalmente o Corp. Herm. 12.5-9, De Fato de Plutarco de Queroneia, De Doctrina Platonis de Alcínoo e De Platone de Apuleio de Madaura. O presente artigo demonstra, por meio do método filosófico histórico-comparativo, que a teoria da εἱμαρμένη do Corp. Herm. 12.5-9 é predominantemente médio-platônica apesar das incidências das proposições (neo)estoicas. Assim, em particular, este artigo assume que o Corp. Herm. 12.5-9 tem uma combinação da heimarmenologia com a teoria platônica do νοῦς [nous]. Primeiramente, serão apontados os significados de εἱμαρμένη e seus correlatos no Corp. Herm. como um todo em comparação com o platonismo. Depois, discutir-se-á a escolha de ações prudentes e apaixonadas pela alma no Corp. Herm. 12.-5-9. Em seguida, procurar-se-á explicar quais são as implicações da εἱμαρμένη no ἐλλόγιμοι (prudentes) no Corp. Herm. 12.-5-9. Por fim, será demonstrado que este texto é influenciado pela teoria do destino condicional ou hipotético diferentemente de uma doutrina puramente estoica.
{"title":"A teoria do destino condicional no Corpus hermeticum 12.5-9","authors":"David Pessoa de Lira","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3124","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3124","url":null,"abstract":"O tópico do presente artigo é a teoria da εἱμαρμένη [heimarmenē]. Ele analisa focalmente a relação da teoria da εἱμαρμένη do Corp. Herm. 12.5-9 e de fontes médio-platônicas. Os resultados da análise se limitam a responder as teorias da εἱμαρμένη do hermetismo e do médio-platonismo. No entanto, existem diferentes pontos de vista sobre a teoria da εἱμαρμένη no médio-platonismo. Assim, o escopo envolve principalmente o Corp. Herm. 12.5-9, De Fato de Plutarco de Queroneia, De Doctrina Platonis de Alcínoo e De Platone de Apuleio de Madaura. O presente artigo demonstra, por meio do método filosófico histórico-comparativo, que a teoria da εἱμαρμένη do Corp. Herm. 12.5-9 é predominantemente médio-platônica apesar das incidências das proposições (neo)estoicas. Assim, em particular, este artigo assume que o Corp. Herm. 12.5-9 tem uma combinação da heimarmenologia com a teoria platônica do νοῦς [nous]. Primeiramente, serão apontados os significados de εἱμαρμένη e seus correlatos no Corp. Herm. como um todo em comparação com o platonismo. Depois, discutir-se-á a escolha de ações prudentes e apaixonadas pela alma no Corp. Herm. 12.-5-9. Em seguida, procurar-se-á explicar quais são as implicações da εἱμαρμένη no ἐλλόγιμοι (prudentes) no Corp. Herm. 12.-5-9. Por fim, será demonstrado que este texto é influenciado pela teoria do destino condicional ou hipotético diferentemente de uma doutrina puramente estoica.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"103 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78387289","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3151
Douglas Bassani
A pesquisa tem como objetivo analisar aspectos/elementos da cosmologia de Aristóteles a partir da filosofia da ciência de Larry Laudan. A tentativa é apresentar neste artigo uma interpretação possível sobre como o processo evolutivo da cosmologia da época sob o enfoque da filosofia de Laudan, baseado nas tradições de pesquisa, teorias específicas, modelo reticulado, progresso científico, metodologia, axiologia, etc. Abordaremos sobre a questão da aceitação das teorias específicas, a questão da eficácia na resolução de problemas, entre outras questões importantes para a interpretação mencionada. O recorte histórico será importante enquanto elemento que permitiria visualizar esta interpretação filosófica e sobre como seria possível pensar em um modelo de reticulação neste contexto, na tentativa de apresentar os tensionamentos entre os componentes da tradição de pesquisa, como forma de destacar a necessidade de revisão constante destes elementos historicamente, dentro do processo evolutivo das tradições de pesquisa. Utilizaremos como base especialmente as obras O progresso e seus problemas: rumo a uma teoria do crescimento científico (2011) [1977] e Science and Values (1984).
{"title":"Análise da interpretação possível do geocentrismo através das tradições de pesquisa","authors":"Douglas Bassani","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3151","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3151","url":null,"abstract":"A pesquisa tem como objetivo analisar aspectos/elementos da cosmologia de Aristóteles a partir da filosofia da ciência de Larry Laudan. A tentativa é apresentar neste artigo uma interpretação possível sobre como o processo evolutivo da cosmologia da época sob o enfoque da filosofia de Laudan, baseado nas tradições de pesquisa, teorias específicas, modelo reticulado, progresso científico, metodologia, axiologia, etc. Abordaremos sobre a questão da aceitação das teorias específicas, a questão da eficácia na resolução de problemas, entre outras questões importantes para a interpretação mencionada. O recorte histórico será importante enquanto elemento que permitiria visualizar esta interpretação filosófica e sobre como seria possível pensar em um modelo de reticulação neste contexto, na tentativa de apresentar os tensionamentos entre os componentes da tradição de pesquisa, como forma de destacar a necessidade de revisão constante destes elementos historicamente, dentro do processo evolutivo das tradições de pesquisa. Utilizaremos como base especialmente as obras O progresso e seus problemas: rumo a uma teoria do crescimento científico (2011) [1977] e Science and Values (1984).","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87175710","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3156
Léo Spagnolo
Para John Stuart Mill prazer e felicidade não são a mesma coisa, pois uma determinada quantidade de prazer desfrutado não significa necessariamente que a pessoa alcance a felicidade na mesma proporção. A felicidade seria um apanhado geral de bem estar presente não apenas no indivíduo, mas em toda a sociedade na qual ele vive. Desta forma Mill compreende que não pode haver uma sociedade onde todos os indivíduos tenham uma quantidade ilimitada de prazeres e que sendo assim existiram pessoas sofrendo e infelizes dentro da sociedade. Contudo essa situação se alterna com o tempo entre os indivíduos, e seu ponto de vista valoriza o somatório do bem estar presente entre todas as pessoas, levando ao seu princípio da maior felicidade. Felicidade esta que não é igual a presente na escola das virtudes ou mesmo na deontológica, ela se diferencia por abordar outras questões como a razão para promover o bem, a implementação do princípio da prevenção de danos, da ajuda aos inocentes e a consideração de que os números efetivamente contam, ou seja, sua preocupação vai além do aspecto individual. Para tanto, a felicidade não pode estar desvinculada da moralidade, assim a análise das consequências das ações em pro da maior felicidade não deve contrapor os princípios morais da sociedade humana. Esses princípios morais servem como um guia para o julgamento das ações humanas, que por sua vez se são considerados corretos e bons, tendem ao caminho do prazer e consequentemente da felicidade do ponto de vista utilitarista de Mill.
{"title":"A felicidade utilitarista de John Stuart Mill","authors":"Léo Spagnolo","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3156","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3156","url":null,"abstract":"Para John Stuart Mill prazer e felicidade não são a mesma coisa, pois uma determinada quantidade de prazer desfrutado não significa necessariamente que a pessoa alcance a felicidade na mesma proporção. A felicidade seria um apanhado geral de bem estar presente não apenas no indivíduo, mas em toda a sociedade na qual ele vive. Desta forma Mill compreende que não pode haver uma sociedade onde todos os indivíduos tenham uma quantidade ilimitada de prazeres e que sendo assim existiram pessoas sofrendo e infelizes dentro da sociedade. Contudo essa situação se alterna com o tempo entre os indivíduos, e seu ponto de vista valoriza o somatório do bem estar presente entre todas as pessoas, levando ao seu princípio da maior felicidade. Felicidade esta que não é igual a presente na escola das virtudes ou mesmo na deontológica, ela se diferencia por abordar outras questões como a razão para promover o bem, a implementação do princípio da prevenção de danos, da ajuda aos inocentes e a consideração de que os números efetivamente contam, ou seja, sua preocupação vai além do aspecto individual. Para tanto, a felicidade não pode estar desvinculada da moralidade, assim a análise das consequências das ações em pro da maior felicidade não deve contrapor os princípios morais da sociedade humana. Esses princípios morais servem como um guia para o julgamento das ações humanas, que por sua vez se são considerados corretos e bons, tendem ao caminho do prazer e consequentemente da felicidade do ponto de vista utilitarista de Mill.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"108 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87570447","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3108
Marcelo Prates
Este artigo tem por objetivo analisar os princípios da ontologia de Sartre. Partindo da discussão acerca do fundamento e da separação entre ser e nada, e ser e fenômeno, procuramos ressaltar a unidade sintética de tais princípios a partir da finitude e do indivíduo. Este movimento permite compreender o caráter prático desta filosofia e a forma própria da ontologia de Sartre, a saber, como uma antropologia existencial.
{"title":"O drama da existência: a ontologia de Sartre","authors":"Marcelo Prates","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3108","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3108","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo analisar os princípios da ontologia de Sartre. Partindo da discussão acerca do fundamento e da separação entre ser e nada, e ser e fenômeno, procuramos ressaltar a unidade sintética de tais princípios a partir da finitude e do indivíduo. Este movimento permite compreender o caráter prático desta filosofia e a forma própria da ontologia de Sartre, a saber, como uma antropologia existencial.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76219475","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3220
Anderson Luiz do Vale Fonseca
A semelhança entre o padrão de interação dos neurônios do cérebro humano e a colônia de formigas torna esta última objeto da hipótese de ser uma estrutura apta a ter uma consciência. Assim, neste artigo, a definição de Thomas Nagel da consciência como algo que é ser para um organismo se torna basilar para o exame dela como um possível sujeito experiencial. A colônia de formigas, se considerada um organismo, poderia ser um sujeito apto a ter experiências internas. Por isso, neste artigo, eu desenvolvo com base no Pampsiquismo, critérios de análise da colônia, apresentando quais características ela deve atender para ser qualificada como consciente. Dessa maneira, ela se torna um modelo apropriado para o exame da relação corpo-mente. Não defendo que a colônia de formigas é um organismo genuíno, mas que, caso seja, terá algum tipo de experiência consciente. No tratamento dessa questão, eu examino se a colônia é um indivíduo biológico, e, em seguida, se é possível que as mentes das formigas embasem a mente da colônia. Concluo que, a partir do modo de interação das partes com o todo, pode haver mais de uma resolução para o problema, i.e., a consciência da colônia depende do modo como seus componentes estão física e fenomenalmente integrados.
{"title":"É a colônia de formigas um organismo consciente?","authors":"Anderson Luiz do Vale Fonseca","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3220","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3220","url":null,"abstract":"A semelhança entre o padrão de interação dos neurônios do cérebro humano e a colônia de formigas torna esta última objeto da hipótese de ser uma estrutura apta a ter uma consciência. Assim, neste artigo, a definição de Thomas Nagel da consciência como algo que é ser para um organismo se torna basilar para o exame dela como um possível sujeito experiencial. A colônia de formigas, se considerada um organismo, poderia ser um sujeito apto a ter experiências internas. Por isso, neste artigo, eu desenvolvo com base no Pampsiquismo, critérios de análise da colônia, apresentando quais características ela deve atender para ser qualificada como consciente. Dessa maneira, ela se torna um modelo apropriado para o exame da relação corpo-mente. Não defendo que a colônia de formigas é um organismo genuíno, mas que, caso seja, terá algum tipo de experiência consciente. No tratamento dessa questão, eu examino se a colônia é um indivíduo biológico, e, em seguida, se é possível que as mentes das formigas embasem a mente da colônia. Concluo que, a partir do modo de interação das partes com o todo, pode haver mais de uma resolução para o problema, i.e., a consciência da colônia depende do modo como seus componentes estão física e fenomenalmente integrados.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"45 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86929978","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-26DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3135
Thana Mara De Souza
Trata-se de compreender a noção de intelectual clássico no pensamento de Sartre, mais especificamente a partir das conferências Plaidoyer pour les intellectuels. Veremos que o percurso de transformação do técnico do saber prático em intelectual se inicia com o desvelamento da contradição da sociedade e de seu próprio papel, na descoberta da falsidade do humanismo burguês, abstrato e excludente. Contra a ideologia que o selecionou e o educou, o intelectual coloca a necessidade de pensar a partir do concreto e das particularidades, o que não implica um relativismo subjetivista. Ao abandonar o universal abstrato, o intelectual propõe, em seu lugar, uma universalização singular, assumindo o paradoxo proposto por Kierkegaard e atualizado por Sartre. Neste sentido, aproximar as conferências de 1965 sobre o intelectual com a conferência sobre Kierkegaard, ministrada no ano seguinte, é fundamental para melhor compreendermos o papel do intelectual clássico e como, no questionamento teórico do falso humanismo da classe dominante e no questionamento prático de suas atitudes cotidianas, ele mantém a ambiguidade entre universal e singular, objetividade e subjetividade. Assim, podemos por fim compreender como o humanismo existencialista se coloca.
{"title":"Do humanismo burguês ao humanismo existencialista: o caminho do intelectual clássico para Sartre","authors":"Thana Mara De Souza","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3135","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3135","url":null,"abstract":"Trata-se de compreender a noção de intelectual clássico no pensamento de Sartre, mais especificamente a partir das conferências Plaidoyer pour les intellectuels. Veremos que o percurso de transformação do técnico do saber prático em intelectual se inicia com o desvelamento da contradição da sociedade e de seu próprio papel, na descoberta da falsidade do humanismo burguês, abstrato e excludente. Contra a ideologia que o selecionou e o educou, o intelectual coloca a necessidade de pensar a partir do concreto e das particularidades, o que não implica um relativismo subjetivista. Ao abandonar o universal abstrato, o intelectual propõe, em seu lugar, uma universalização singular, assumindo o paradoxo proposto por Kierkegaard e atualizado por Sartre. Neste sentido, aproximar as conferências de 1965 sobre o intelectual com a conferência sobre Kierkegaard, ministrada no ano seguinte, é fundamental para melhor compreendermos o papel do intelectual clássico e como, no questionamento teórico do falso humanismo da classe dominante e no questionamento prático de suas atitudes cotidianas, ele mantém a ambiguidade entre universal e singular, objetividade e subjetividade. Assim, podemos por fim compreender como o humanismo existencialista se coloca.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"68 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75632333","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}