Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3462
Adelino Francklin
A Lei nº 13.415/17, que instituiu o Novo Ensino Médio, classifica a Filosofia como estudos e práticas. Tal redação provoca a seguinte indagação: A Filosofia está presente ou não na Formação Geral Básica como disciplina nas matrizes curriculares elaboradas pelas 27 Secretarias Estaduais de Educação? O objetivo geral da pesquisa é analisar o quantitativo de aulas semanais de Filosofia no Novo Ensino Médio nos diferentes estados brasileiros, levando em consideração o ensino nas Redes Públicas Estaduais de Ensino. Assume relevância pelo fato de que há uma necessidade de despertar na comunidade filosófica um movimento de luta pela mudança da redação do texto da Lei nº 13.415/17 de estudos e práticas para disciplina. A pesquisa é bibliográfica, documental e com abordagem qualitativa. Além das fontes bibliográficas atualizadas e do referencial teórico na área de ensino de Filosofia, foram consultadas as leis federais e documentos normativos que se relacionam com a temática. Para o levantamento de dados, foi consultado o site do Observatório Movimento pela Base, que conta com informações sobre a implementação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular, a exemplo das matrizes curriculares. Constatou-se que o terceiro ano do Novo Ensino Médio, que possivelmente será implementado no ano de 2024, é o que possui menor carga horária da disciplina de Filosofia semanalmente. No geral, a carga horária da disciplina de Filosofia foi reduzida em 13 estados, nas redes públicas estaduais de ensino.
建立新高中的第13.415/17号法律将哲学归类为研究和实践。这样的措辞引发了以下问题:哲学是否作为27个国家教育部门制定的课程矩阵中的一门学科存在于基础通识教育中?本研究的总体目标是分析巴西不同州新高中每周哲学课的数量,并考虑到公立学校系统的教学。它的重要性在于,有必要在哲学界唤醒一场斗争运动,以改变第13.415/17号法律文本的措辞,从研究和实践到学科。本研究采用文献研究法、文献研究法和定性研究法。除了更新的文献来源和哲学教学领域的理论框架外,还参考了与该主题相关的联邦法律和规范性文件。为了收集数据,我们查阅了observatorio Movimento pela Base的网站,该网站有关于新高中和国家共同课程基础的实施情况的信息,例如课程矩阵。研究发现,可能在2024年实施的新高中第三年是每周哲学学科工作量最少的一年。总的来说,在13个州的公立学校系统中,哲学学科的工作量减少了。
{"title":"A carga horária do ensino de filosofia no novo ensino médio","authors":"Adelino Francklin","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3462","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3462","url":null,"abstract":"A Lei nº 13.415/17, que instituiu o Novo Ensino Médio, classifica a Filosofia como estudos e práticas. Tal redação provoca a seguinte indagação: A Filosofia está presente ou não na Formação Geral Básica como disciplina nas matrizes curriculares elaboradas pelas 27 Secretarias Estaduais de Educação? O objetivo geral da pesquisa é analisar o quantitativo de aulas semanais de Filosofia no Novo Ensino Médio nos diferentes estados brasileiros, levando em consideração o ensino nas Redes Públicas Estaduais de Ensino. Assume relevância pelo fato de que há uma necessidade de despertar na comunidade filosófica um movimento de luta pela mudança da redação do texto da Lei nº 13.415/17 de estudos e práticas para disciplina. A pesquisa é bibliográfica, documental e com abordagem qualitativa. Além das fontes bibliográficas atualizadas e do referencial teórico na área de ensino de Filosofia, foram consultadas as leis federais e documentos normativos que se relacionam com a temática. Para o levantamento de dados, foi consultado o site do Observatório Movimento pela Base, que conta com informações sobre a implementação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular, a exemplo das matrizes curriculares. Constatou-se que o terceiro ano do Novo Ensino Médio, que possivelmente será implementado no ano de 2024, é o que possui menor carga horária da disciplina de Filosofia semanalmente. No geral, a carga horária da disciplina de Filosofia foi reduzida em 13 estados, nas redes públicas estaduais de ensino.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808407","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3536
Sofia Mondaca
A finales de la década de los ‘80, Matsushita Electric Industrial Co. Ltd. largó a la venta la primera máquina panificadora de uso doméstico. Su lanzamiento gozó de tal éxito, que sociólogos del conocimiento se abocaron a analizar el conocimiento involucrado en su diseño y producción. Para ello, Takeuchi y Nonaka (1995) analizaron detalladamente la noción de conocimiento tácito (POLANYI, 1966/2009). Defendieron que los ingenieros y desarrolladores lograron explicitar y traducir el conocimiento tácito presente en el ejercicio habilidoso del maestro panadero al diseño de la máquina de hacer pan, reproduciendo el mismo resultado práctico. En el presente trabajo, discutiré su interpretación de la noción de conocimiento tácito y defenderé que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio de habilidades prácticas no puede explicitarse y traducirse en el diseño de la máquina de hacer pan sin perder, al menos, una parte sustancial de dichas habilidades. Para ello, me valdré de aportes de la sociología de la ciencia y de la fenomenología para argumentar que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio habilidoso de nuestro maestro panadero depende de una relación de familiaridad con el entorno. Dicha relación es epistémicamente relevante en la medida en que involucra representaciones aspectuales de nuestro entorno, las cuales permiten guiar la acción de nuestro maestro panadero. A diferencia, la máquina de hacer pan no posee tales representaciones y, en consecuencia, no puede implicar, al menos, el mismo tipo de conocimiento tácito como guía de su comportamiento
{"title":"La máquina de hacer pan: un análisis del conocimiento tácito involucrado en el ejercicio de habilidades prácticas y el comportamiento de artefactos","authors":"Sofia Mondaca","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3536","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3536","url":null,"abstract":"A finales de la década de los ‘80, Matsushita Electric Industrial Co. Ltd. largó a la venta la primera máquina panificadora de uso doméstico. Su lanzamiento gozó de tal éxito, que sociólogos del conocimiento se abocaron a analizar el conocimiento involucrado en su diseño y producción. Para ello, Takeuchi y Nonaka (1995) analizaron detalladamente la noción de conocimiento tácito (POLANYI, 1966/2009). Defendieron que los ingenieros y desarrolladores lograron explicitar y traducir el conocimiento tácito presente en el ejercicio habilidoso del maestro panadero al diseño de la máquina de hacer pan, reproduciendo el mismo resultado práctico. En el presente trabajo, discutiré su interpretación de la noción de conocimiento tácito y defenderé que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio de habilidades prácticas no puede explicitarse y traducirse en el diseño de la máquina de hacer pan sin perder, al menos, una parte sustancial de dichas habilidades. Para ello, me valdré de aportes de la sociología de la ciencia y de la fenomenología para argumentar que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio habilidoso de nuestro maestro panadero depende de una relación de familiaridad con el entorno. Dicha relación es epistémicamente relevante en la medida en que involucra representaciones aspectuales de nuestro entorno, las cuales permiten guiar la acción de nuestro maestro panadero. A diferencia, la máquina de hacer pan no posee tales representaciones y, en consecuencia, no puede implicar, al menos, el mismo tipo de conocimiento tácito como guía de su comportamiento","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"67 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808411","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3454
Adilson Feiler
A categoria de Quantidade, em Hegel, é desenvolvida de tal modo a auxiliar na caracterização daquilo que se compreende por ser. Para além da liquidez, fechamento e inflexibilidade, típica de uma compreensão limitada a uma exclusividade unívoca e finalista, o ser se apresenta mediante novos desdobramentos, que lhe confere abertura. A flexibilidade, que assim caracteriza o ser, tem, na quebra da rigidez da univocidade, na interrupção do exclusivismo imediatista e no impedimento da descontinuidade finalista, o estatuto de ser para si suprassumido como Quantidade. Como uni, pluri e contínua, é uma grandeza que descreve os unos para além de uma mera representação superficial. Em que medida é possível conceber o ser, pelo ultrapassamento da mera faculdade de compreensão de substância no entendimento, como Quantidade una, plural e contínua?
{"title":"A quantidade pura, o ser que suprassume em unidade, pluralidade e continuidade: a luta contra a ameaça do estranhamento","authors":"Adilson Feiler","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3454","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3454","url":null,"abstract":"A categoria de Quantidade, em Hegel, é desenvolvida de tal modo a auxiliar na caracterização daquilo que se compreende por ser. Para além da liquidez, fechamento e inflexibilidade, típica de uma compreensão limitada a uma exclusividade unívoca e finalista, o ser se apresenta mediante novos desdobramentos, que lhe confere abertura. A flexibilidade, que assim caracteriza o ser, tem, na quebra da rigidez da univocidade, na interrupção do exclusivismo imediatista e no impedimento da descontinuidade finalista, o estatuto de ser para si suprassumido como Quantidade. Como uni, pluri e contínua, é uma grandeza que descreve os unos para além de uma mera representação superficial. Em que medida é possível conceber o ser, pelo ultrapassamento da mera faculdade de compreensão de substância no entendimento, como Quantidade una, plural e contínua?","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808538","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3610
Milagros Elena Rodríguez
Asumiendo que la decolonialidad planetaria es apodíctica de la complejidad y de la transdisciplinariedad, bajo rupturas asignificantes, en condiciones abiertas para conformar al ser humano a pensar complejamente, sustentamos transepistemes devinientes de las rupturas asignificantes de la decolonialidad planetaria-complejidad como objetivo complejo de indagación; en las líneas de investigación: educación-transepistemologías transcomplejas, Decolonialidad planetaria-complejidad en re-ligaje y transepistemologías de los conocimientos-saberes y transmetodologías transcomplejas. Lo realizamos con el transmétodo la hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica; en los momentos analíticos, empíricos y propositivos. En el momento propositivo los transepistemes decoloniales planetarios – complejos van desmitificando des-ligando los epistemes fijos con pretendidas y vendidas aseveraciones hacia el colonizador. Los transepistemes por su esencia decolonial planetaria ponen en igual grado de importancia todos los saberes ancestrales, y desde el patrimonio histórico de las civilizaciones aportan al conocer desde transmetodologías otras, abiertas, inclusivas; transdisciplinares fuera de los impositores de la destrucción de la naturaleza en una falsa conquista; por ello salvaguardar los saberes ancestrales como transepistemes ricos en amor por la humanidad es aceptar que somos naturaleza en la Tierra como patria. Transepistemes transdisciplinares como ejercicios de liberación, conocedores y promotores de la complejidad de la vida; es una esencia característica de los transepistemes que nos incitan a una nueva civilización de hacer ciencia, de conocer rompiendo las fronteras de las ciencias.
{"title":"Transepistemes devinientes de las rupturas asignificantes: decolonialidad planetaria-complejidad","authors":"Milagros Elena Rodríguez","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3610","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3610","url":null,"abstract":"Asumiendo que la decolonialidad planetaria es apodíctica de la complejidad y de la transdisciplinariedad, bajo rupturas asignificantes, en condiciones abiertas para conformar al ser humano a pensar complejamente, sustentamos transepistemes devinientes de las rupturas asignificantes de la decolonialidad planetaria-complejidad como objetivo complejo de indagación; en las líneas de investigación: educación-transepistemologías transcomplejas, Decolonialidad planetaria-complejidad en re-ligaje y transepistemologías de los conocimientos-saberes y transmetodologías transcomplejas. Lo realizamos con el transmétodo la hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica; en los momentos analíticos, empíricos y propositivos. En el momento propositivo los transepistemes decoloniales planetarios – complejos van desmitificando des-ligando los epistemes fijos con pretendidas y vendidas aseveraciones hacia el colonizador. Los transepistemes por su esencia decolonial planetaria ponen en igual grado de importancia todos los saberes ancestrales, y desde el patrimonio histórico de las civilizaciones aportan al conocer desde transmetodologías otras, abiertas, inclusivas; transdisciplinares fuera de los impositores de la destrucción de la naturaleza en una falsa conquista; por ello salvaguardar los saberes ancestrales como transepistemes ricos en amor por la humanidad es aceptar que somos naturaleza en la Tierra como patria. Transepistemes transdisciplinares como ejercicios de liberación, conocedores y promotores de la complejidad de la vida; es una esencia característica de los transepistemes que nos incitan a una nueva civilización de hacer ciencia, de conocer rompiendo las fronteras de las ciencias.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808403","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3411
Rodrigo Ferreira
Diversos filósofos e matemáticos contemporâneos admitem que existe uma vertente da filosofia matemática denominada “Platonismo”, segundo a qual, em síntese, os entes matemáticos – números, pontos, retas, planos, etc. – são coisas que existem no mundo independentemente de nós. Na literatura especializada é recorrente a compreensão de que essa tese filosófica tem origem na teoria das formas de Platão. Entretanto, a assertiva de que os entes matemáticos existem em si mesmos não é encontrada na filosofia desse filósofo ateniense, observada a passagem 509d, e seguintes, do seu diálogo A República. Na verdade, segundo o pensamento matemático de Platão os entes matemáticos possuem um valor intermediário, como mostramos nas seções a seguir ao “reconstruirmos” o seu raciocínio da “linha dividida”, segundo os trechos da República: (1) Livro V: 477a-b, 477e, 478b, 478c, 478d; (2) Livro VI: 509d-e, 510a, 510b, 510c-d, 510e, 511a, 511 a-b, 511d, 511e; (3) Livro VII: 533 b-c, 534a.
{"title":"O “platonismo” matemático de Platão","authors":"Rodrigo Ferreira","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3411","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3411","url":null,"abstract":"Diversos filósofos e matemáticos contemporâneos admitem que existe uma vertente da filosofia matemática denominada “Platonismo”, segundo a qual, em síntese, os entes matemáticos – números, pontos, retas, planos, etc. – são coisas que existem no mundo independentemente de nós. Na literatura especializada é recorrente a compreensão de que essa tese filosófica tem origem na teoria das formas de Platão. Entretanto, a assertiva de que os entes matemáticos existem em si mesmos não é encontrada na filosofia desse filósofo ateniense, observada a passagem 509d, e seguintes, do seu diálogo A República. Na verdade, segundo o pensamento matemático de Platão os entes matemáticos possuem um valor intermediário, como mostramos nas seções a seguir ao “reconstruirmos” o seu raciocínio da “linha dividida”, segundo os trechos da República: (1) Livro V: 477a-b, 477e, 478b, 478c, 478d; (2) Livro VI: 509d-e, 510a, 510b, 510c-d, 510e, 511a, 511 a-b, 511d, 511e; (3) Livro VII: 533 b-c, 534a.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135871749","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3429
Felipe De Souza Terra
Neste artigo, pretendemos explorar a teoria que Tomás de Aquino desenvolve para explicar o funcionamento da percepção humana. São introduzidas, nessa teoria, as operações realizadas pelo sentido comum, dentre elas, a função de unificação das múltiplas informações que são recebidas a partir dos sentidos externos. Será abordado, precisamente, o seguinte problema: que tipo de critério é mobilizado pelo sentido comum no processo de unificação dessas múltiplas informações? A fim de identificar a resposta a esse problema, tomamos como ponto de partida a investigação sobre os tipos de informações que são apreendidas pelos sentidos externos. Pretendemos mostrar que essas informações se reduzem a dois tipos básicos: informações a respeito das qualidades e da quantidade das coisas ao nosso redor. Na sequência, investigaremos como Tomás de Aquino caracteriza a operação de unificação, principalmente através da capacidade de percepção simultânea das múltiplas informações. Por fim, procuraremos reconstruir o critério da operação de unificação através da tese tomística de que as informações relativas à quantidade das coisas são apreendidas como sujeitos das qualidades. Nessa medida, a unificação das qualidades percebidas pode ser feita em função da identificação do sujeito comum a todas essas qualidades.
{"title":"O critério empregado pelo sentido comum na função de unificação, segundo Tomás de Aquino","authors":"Felipe De Souza Terra","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3429","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3429","url":null,"abstract":"Neste artigo, pretendemos explorar a teoria que Tomás de Aquino desenvolve para explicar o funcionamento da percepção humana. São introduzidas, nessa teoria, as operações realizadas pelo sentido comum, dentre elas, a função de unificação das múltiplas informações que são recebidas a partir dos sentidos externos. Será abordado, precisamente, o seguinte problema: que tipo de critério é mobilizado pelo sentido comum no processo de unificação dessas múltiplas informações? A fim de identificar a resposta a esse problema, tomamos como ponto de partida a investigação sobre os tipos de informações que são apreendidas pelos sentidos externos. Pretendemos mostrar que essas informações se reduzem a dois tipos básicos: informações a respeito das qualidades e da quantidade das coisas ao nosso redor. Na sequência, investigaremos como Tomás de Aquino caracteriza a operação de unificação, principalmente através da capacidade de percepção simultânea das múltiplas informações. Por fim, procuraremos reconstruir o critério da operação de unificação através da tese tomística de que as informações relativas à quantidade das coisas são apreendidas como sujeitos das qualidades. Nessa medida, a unificação das qualidades percebidas pode ser feita em função da identificação do sujeito comum a todas essas qualidades.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3410
João Pedro Andrade de Campos
Neste artigo, buscaremos refletir sobre como Hannah Arendt concebe um certo tipo de educação ao mesmo tempo conservadora e revolucionária. Este será, assim como a indicação de que pensar sobre a questão educacional das crianças e jovens diz respeito a uma crise mais geral na modernidade, um ponto de tensionamento rumo à hipótese segundo a qual é possível refletir sobre como inserir os imigrantes, refugiados ou apátridas em um local ao qual se dirigiram e que lhes é estranho. Para tanto, o fio condutor desta argumentação será o conceito de natalidade, pois consideramos ser a partir dele que Arendt evoca a radicalidade da qual todos os seres humanos são portadores, isto é, a potencialidade de começar algo novo. Assim, articulam-se os tensionamentos entre conservar um mundo que é precedente aos que lhe são recém-chegados, tanto as crianças como os migrantes, ao mesmo tempo em que estes adicionam algo de si mesmo neste mundo para os que ainda estão por vir.
{"title":"Hannah Arendt e a educação dos recém-chegados","authors":"João Pedro Andrade de Campos","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3410","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3410","url":null,"abstract":"Neste artigo, buscaremos refletir sobre como Hannah Arendt concebe um certo tipo de educação ao mesmo tempo conservadora e revolucionária. Este será, assim como a indicação de que pensar sobre a questão educacional das crianças e jovens diz respeito a uma crise mais geral na modernidade, um ponto de tensionamento rumo à hipótese segundo a qual é possível refletir sobre como inserir os imigrantes, refugiados ou apátridas em um local ao qual se dirigiram e que lhes é estranho. Para tanto, o fio condutor desta argumentação será o conceito de natalidade, pois consideramos ser a partir dele que Arendt evoca a radicalidade da qual todos os seres humanos são portadores, isto é, a potencialidade de começar algo novo. Assim, articulam-se os tensionamentos entre conservar um mundo que é precedente aos que lhe são recém-chegados, tanto as crianças como os migrantes, ao mesmo tempo em que estes adicionam algo de si mesmo neste mundo para os que ainda estão por vir.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808676","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3490
Thiago Fortes Ribas
O artigo propõe uma comparação entre as pesquisas de Michel Foucault e de Wendy Brown a partir das críticas e das complementariedades propostas pela pensadora norte-americana derivadas de sua leitura de Nascimento da biopolítica. Inicialmente, a explicação sobre o modo como Foucault escreve suas pesquisas históricas no contexto da sua crítica ao humanismo tem a função de auxiliar a compreensão das diferenças nos papeis intelectuais adotados. A recusa da história dialética aparece ligada, então, às críticas a figura do intelectual universal supostamente capaz de revelar um destino antropológico. É, justamente, no desenvolvimento de um modo arqueológico e genealógico de fazer história que a análise de processos de subjetivação ganha sentido para Foucault. Assim, a interpretação crítica de Brown é contextualizada em relação a metodologia foucaultiana. Além da leitura de Brown da análise foucaultiana dos processos de subjetivação neoliberais, no desenvolvimento do artigo, são analisados os argumentos próprios da autora sobre os impactos da racionalidade neoliberal nas forças políticas do presente. Por fim, busca-se apontar os ganhos e os perigos das duas perspectivas em relação ao papel intelectual que sustentam.
{"title":"Entre Foucault e Brown: a escrita da história e o papel do intelectual na análise dos processos de subjetivação neoliberais","authors":"Thiago Fortes Ribas","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3490","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3490","url":null,"abstract":"O artigo propõe uma comparação entre as pesquisas de Michel Foucault e de Wendy Brown a partir das críticas e das complementariedades propostas pela pensadora norte-americana derivadas de sua leitura de Nascimento da biopolítica. Inicialmente, a explicação sobre o modo como Foucault escreve suas pesquisas históricas no contexto da sua crítica ao humanismo tem a função de auxiliar a compreensão das diferenças nos papeis intelectuais adotados. A recusa da história dialética aparece ligada, então, às críticas a figura do intelectual universal supostamente capaz de revelar um destino antropológico. É, justamente, no desenvolvimento de um modo arqueológico e genealógico de fazer história que a análise de processos de subjetivação ganha sentido para Foucault. Assim, a interpretação crítica de Brown é contextualizada em relação a metodologia foucaultiana. Além da leitura de Brown da análise foucaultiana dos processos de subjetivação neoliberais, no desenvolvimento do artigo, são analisados os argumentos próprios da autora sobre os impactos da racionalidade neoliberal nas forças políticas do presente. Por fim, busca-se apontar os ganhos e os perigos das duas perspectivas em relação ao papel intelectual que sustentam.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808246","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3465
Rui Prates
A obra do filósofo romeno Emil Cioran oferece importantes desafios aos seus investigadores, graças, entre outras coisas, ao seu modelo assistemático de expressão e sua recusa em definir horizontes teóricos claros. Este fato contribui para a dificuldade de associá-lo seguramente a uma tradição de pensamento. O presente artigo pretende fomentar a discussão de como, mesmo com significativas interdições, Cioran contribuiu para o pensamento antidogmático. Para alcançar esse objetivo exordial, o trabalho propõe-se a (a) investigar as mudanças sofridas pelo filósofo entre as obras de juventude e maturidade; (b) apresentar paulatinamente as características antidogmáticas do pensamento cioraniano; além de (c) identificar as idiossincrasias deste suposto antidogmatismo. A hipótese que subjaz à perscrutação é a de que Cioran teria, através de seu peculiar antidogmatismo, aperfeiçoado um “método” que lhe permitia discutir filosoficamente, ainda que persistindo na “tarefa” assumida de nada propor. A partir deste escopo, considera-se possível esclarecer suficientemente pontos obscuros ou ainda não recepcionados daquela obra.
{"title":"Contribuições de Cioran ao pensamento antidogmático","authors":"Rui Prates","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3465","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3465","url":null,"abstract":"A obra do filósofo romeno Emil Cioran oferece importantes desafios aos seus investigadores, graças, entre outras coisas, ao seu modelo assistemático de expressão e sua recusa em definir horizontes teóricos claros. Este fato contribui para a dificuldade de associá-lo seguramente a uma tradição de pensamento. O presente artigo pretende fomentar a discussão de como, mesmo com significativas interdições, Cioran contribuiu para o pensamento antidogmático. Para alcançar esse objetivo exordial, o trabalho propõe-se a (a) investigar as mudanças sofridas pelo filósofo entre as obras de juventude e maturidade; (b) apresentar paulatinamente as características antidogmáticas do pensamento cioraniano; além de (c) identificar as idiossincrasias deste suposto antidogmatismo. A hipótese que subjaz à perscrutação é a de que Cioran teria, através de seu peculiar antidogmatismo, aperfeiçoado um “método” que lhe permitia discutir filosoficamente, ainda que persistindo na “tarefa” assumida de nada propor. A partir deste escopo, considera-se possível esclarecer suficientemente pontos obscuros ou ainda não recepcionados daquela obra.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3543
Bruno Vasconcelos
O texto a seguir está dividido em quatro momentos articulados em torno de um diálogo com a teoria do reconhecimento social. No primeiro momento, procuro revisar os textos políticos de Kant com o objetivo de rediscutir alguns conceitos balizadores do que virá a ser a teoria do reconhecimento social. Conceitos como Natureza, sociabilidade insociável, a noção de liberdade em Kant, serão centrais para repensar o berço da teoria do reconhecimento e as justificações teóricas que amarram a utopia da paz perpétua. No segundo movimento, restauro a crítica da primeira geração da Escola de Frankfurt ao idealismo iluminista, centrando as análises na Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer. É central, a compreensão do iluminismo como totalitarismo sistêmico, e, nossa investigação circulará esse ponto teórico recobrindo a obra e o retrospecto da discussão entre teoria crítica e projeto iluminista. No terceiro momento do texto, pontuo os principais elementos da escrita honnethiana, mais especificamente sua releitura dos escritos hegelianos de Jena, demonstrando como a luta por reconhecimento é herdeira das imagens kantianas da razão pura-prática. Finalmente, elaboramos uma interpretação de The End of Progress de Amy Allen, que estabelece sólido terreno crítico à teoria do reconhecimento social, imaginando mecanismos teóricos para o desenlace dos problemas contidos nessa análise já tão celebradas pelas humanidades.
{"title":"O negativo do reconhecimento: do progresso ao irreconhecimento do progresso","authors":"Bruno Vasconcelos","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3543","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3543","url":null,"abstract":"O texto a seguir está dividido em quatro momentos articulados em torno de um diálogo com a teoria do reconhecimento social. No primeiro momento, procuro revisar os textos políticos de Kant com o objetivo de rediscutir alguns conceitos balizadores do que virá a ser a teoria do reconhecimento social. Conceitos como Natureza, sociabilidade insociável, a noção de liberdade em Kant, serão centrais para repensar o berço da teoria do reconhecimento e as justificações teóricas que amarram a utopia da paz perpétua. No segundo movimento, restauro a crítica da primeira geração da Escola de Frankfurt ao idealismo iluminista, centrando as análises na Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer. É central, a compreensão do iluminismo como totalitarismo sistêmico, e, nossa investigação circulará esse ponto teórico recobrindo a obra e o retrospecto da discussão entre teoria crítica e projeto iluminista. No terceiro momento do texto, pontuo os principais elementos da escrita honnethiana, mais especificamente sua releitura dos escritos hegelianos de Jena, demonstrando como a luta por reconhecimento é herdeira das imagens kantianas da razão pura-prática. Finalmente, elaboramos uma interpretação de The End of Progress de Amy Allen, que estabelece sólido terreno crítico à teoria do reconhecimento social, imaginando mecanismos teóricos para o desenlace dos problemas contidos nessa análise já tão celebradas pelas humanidades.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135871810","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}