Analisa como os temas gênero e sexualidade de criança e adolescente foram discutidos/concebidos na produção científica dos periódicos da área do Serviço Social entre 2011 e 2020. Realizou-se um levantamento dos artigos no Portal de Periódicos da Capes com base nos descritores gênero, sexualidade, criança, adolescente e infância, tendo sido mapeados 54 artigos em língua portuguesa e, dentre esses, selecionados 10 para análise. As produções estudadas centram-se, principalmente, nas regiões Sudeste e Sul, em periódicos qualis B1 e B2 cujos autores estão vinculados, sobretudo, a instituições acadêmicas universitárias. A maioria dos artigos registra uma crítica ao viés estritamente biológico de sexualidade infantil e de gênero, uma vez que seus autores compreendem essa questão como construção histórico-cultural. Conclui-se que ainda são poucas as produções sobre a temática, observando-se, entretanto, um aumento expressivo de 2019 para 2020.
{"title":"Gênero, sexualidade e infância: produção acadêmica em debate","authors":"Cristiane Bonfim Fernandez, Eunice Beatris Soares Martins","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.39009","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.39009","url":null,"abstract":"Analisa como os temas gênero e sexualidade de criança e adolescente foram discutidos/concebidos na produção científica dos periódicos da área do Serviço Social entre 2011 e 2020. Realizou-se um levantamento dos artigos no Portal de Periódicos da Capes com base nos descritores gênero, sexualidade, criança, adolescente e infância, tendo sido mapeados 54 artigos em língua portuguesa e, dentre esses, selecionados 10 para análise. As produções estudadas centram-se, principalmente, nas regiões Sudeste e Sul, em periódicos qualis B1 e B2 cujos autores estão vinculados, sobretudo, a instituições acadêmicas universitárias. A maioria dos artigos registra uma crítica ao viés estritamente biológico de sexualidade infantil e de gênero, uma vez que seus autores compreendem essa questão como construção histórico-cultural. Conclui-se que ainda são poucas as produções sobre a temática, observando-se, entretanto, um aumento expressivo de 2019 para 2020.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88500210","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.40501
Claudio Katz
La nueva derecha canaliza el descontento con la globalización neoliberal encubriendo su complicidad con los atropellos patronales. Disfraza su conservadurismo con mensajes de rebeldía y culpa a las minorías desprotegidas por las desgracias que genera el capitalismo. Las vertientes europeas no logran conciliar su discurso soberano con el sostenimiento del euro y la subordinación a la OTAN. El liderazgo trumpista de la oleada reaccionaria es coherente con el comando estadounidense del sistema imperial, pero arrastra varios fracasos. En América Latina confrontan con las sublevaciones populares y el ciclo progresista. Repiten todas las imposturas de la demagogia punitiva y abjuran de sus antecesores desarrollistas, para defender el neoliberalismo y la sumisión a los dictados de Washington. Su gravitación confirma que la derecha no se apaciguó, ni modernizó. Este artículo tiene como objetivo discutir la naturaleza de la actual derecha en Latinoamérica. Retoma la discusión sobre fascismo y populismo, y, al trabajar con la hipótesis de la ultraderecha, analiza sus principales características.
{"title":"FASCISMO, POPULISMO O ULTRADERECHA?","authors":"Claudio Katz","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.40501","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.40501","url":null,"abstract":"La nueva derecha canaliza el descontento con la globalización neoliberal encubriendo su complicidad con los atropellos patronales. Disfraza su conservadurismo con mensajes de rebeldía y culpa a las minorías desprotegidas por las desgracias que genera el capitalismo. Las vertientes europeas no logran conciliar su discurso soberano con el sostenimiento del euro y la subordinación a la OTAN. El liderazgo trumpista de la oleada reaccionaria es coherente con el comando estadounidense del sistema imperial, pero arrastra varios fracasos. En América Latina confrontan con las sublevaciones populares y el ciclo progresista. Repiten todas las imposturas de la demagogia punitiva y abjuran de sus antecesores desarrollistas, para defender el neoliberalismo y la sumisión a los dictados de Washington. Su gravitación confirma que la derecha no se apaciguó, ni modernizó. Este artículo tiene como objetivo discutir la naturaleza de la actual derecha en Latinoamérica. Retoma la discusión sobre fascismo y populismo, y, al trabajar con la hipótesis de la ultraderecha, analiza sus principales características.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"84 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79030455","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.40204
Sergio Schargel
A ascensão de Jair Bolsonaro no Brasil trouxe consigo uma série de discussões e livros na tentativa de compreender a multiplicidade do fenômeno e de suas repercussões. Um deles é Antissemitismo, uma obsessão, organizado por Eliane Pszczol e Hliete Vaitsman, uma coletânea de artigos de pesquisadores que trabalham com a intolerância à comunidade judaica e suas repercussões. Um livro fundamental para compreender um aspecto do autoritarismo bolsonarista que, ainda que secundário frente a outros como a homofobia ou mesmo o racismo, também se faz presente.
雅伊尔·博尔索纳罗在巴西的崛起带来了一系列的讨论和书籍,试图理解这一现象的多样性及其影响。其中之一是Eliane Pszczol和Hliete Vaitsman组织的《反犹太主义,一种痴迷》(antissemitism, a ob执),这是一组研究犹太社区不宽容及其影响的研究人员的文章。这本书对于理解博尔索纳威权主义的一个方面至关重要,尽管与恐同症甚至种族主义等其他方面相比,它是次要的,但它也存在。
{"title":"Antissemitismo, uma obsessão","authors":"Sergio Schargel","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.40204","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.40204","url":null,"abstract":"A ascensão de Jair Bolsonaro no Brasil trouxe consigo uma série de discussões e livros na tentativa de compreender a multiplicidade do fenômeno e de suas repercussões. Um deles é Antissemitismo, uma obsessão, organizado por Eliane Pszczol e Hliete Vaitsman, uma coletânea de artigos de pesquisadores que trabalham com a intolerância à comunidade judaica e suas repercussões. Um livro fundamental para compreender um aspecto do autoritarismo bolsonarista que, ainda que secundário frente a outros como a homofobia ou mesmo o racismo, também se faz presente.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78566564","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.39001
Dalila Maria de Fátima Lisbôa, Lucélia Luiz Pereira
O artigo tem como objetivo discutir a saúde sexual e reprodutiva de mulheres quilombolas. A pesquisa, de caráter qualitativo, foi realizada no Quilombo Mesquita- Goiás, e realizou-se 10 entrevistas semiestruturadas com mulheres quilombolas. Como principais resultados destaca-se que as entrevistadas avaliam positivamente o acompanhamento do pré-natal, mas apontam limitações e/ou inexistência de outros serviços de saúde sexual e reprodutiva como o planejamento reprodutivo, os métodos contraceptivos, as ações de educação em saúde, a infraestrutura da UBS, os serviços de contra referência para a realização do parto etc. É importante fomentar estratégias para garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres quilombolas, respeitando a diversidade e buscando combater discriminações de gênero e raça intensificadas no Brasil devido à onda conservadora contemporânea.
{"title":"Saúde Sexual e Reprodutiva de mulheres quilombolas do Goiás","authors":"Dalila Maria de Fátima Lisbôa, Lucélia Luiz Pereira","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.39001","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.39001","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo discutir a saúde sexual e reprodutiva de mulheres quilombolas. A pesquisa, de caráter qualitativo, foi realizada no Quilombo Mesquita- Goiás, e realizou-se 10 entrevistas semiestruturadas com mulheres quilombolas. Como principais resultados destaca-se que as entrevistadas avaliam positivamente o acompanhamento do pré-natal, mas apontam limitações e/ou inexistência de outros serviços de saúde sexual e reprodutiva como o planejamento reprodutivo, os métodos contraceptivos, as ações de educação em saúde, a infraestrutura da UBS, os serviços de contra referência para a realização do parto etc. É importante fomentar estratégias para garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres quilombolas, respeitando a diversidade e buscando combater discriminações de gênero e raça intensificadas no Brasil devido à onda conservadora contemporânea. ","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"2012 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73512342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.39418
R. Gonçalves, A. Lourenço
O artigo aborda a contribuição de duas intelectuais negras brasileiras: Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro. Duas rosas negras fundamentais na construção do movimento negro nos anos 1970 e nas discussões feministas pautadas pelas mulheres negras. Muitos conceitos hoje apresentados como novidade foram elaborados por estas estudiosas e militantes, que nos fornecem elementos teórico-políticos para compreender e superar a intrínseca e atual relação entre capitalismo, patriarcado e racismo.
{"title":"Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, duas rosas negras semeando a primavera","authors":"R. Gonçalves, A. Lourenço","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.39418","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.39418","url":null,"abstract":"O artigo aborda a contribuição de duas intelectuais negras brasileiras: Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro. Duas rosas negras fundamentais na construção do movimento negro nos anos 1970 e nas discussões feministas pautadas pelas mulheres negras. Muitos conceitos hoje apresentados como novidade foram elaborados por estas estudiosas e militantes, que nos fornecem elementos teórico-políticos para compreender e superar a intrínseca e atual relação entre capitalismo, patriarcado e racismo.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75148675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.38931
S. P. Paiva, E. Brandão
O artigo objetiva contrastar dados relativos aos abusos sexuais sofridos por crianças e adolescentes brasileiras/os, considerando o contexto da pandemia de COVID-19, com as políticas públicas para seu enfrentamento, do governo J. Bolsonaro (2019-2022). Para tal, utiliza fontes documentais e bibliográficas, extraídas de endereços eletrônicos públicos, governamentais e não governamentais. Os dados nacionais recentes demonstram que os casos ocorrem precipuamente entre 10 e 14 anos de idade, em suas próprias casas, provocados por pessoas próximas. Não há registros seguros estratificados por raça/cor. Em contraste, o Plano Nacional de Enfrentamento às Violências contra Crianças e Adolescentes (2022) fundamenta-se em uma perspectiva familista, privatista, ultraneoliberal e teocrática, além de não prever ações estruturais de enfrentamento às desigualdades raciais, de classe social e de gênero.
{"title":"Abusos sexuais de crianças e adolescentes: não podemos ‘aguentar mais um pouquinho’!","authors":"S. P. Paiva, E. Brandão","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.38931","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.38931","url":null,"abstract":"O artigo objetiva contrastar dados relativos aos abusos sexuais sofridos por crianças e adolescentes brasileiras/os, considerando o contexto da pandemia de COVID-19, com as políticas públicas para seu enfrentamento, do governo J. Bolsonaro (2019-2022). Para tal, utiliza fontes documentais e bibliográficas, extraídas de endereços eletrônicos públicos, governamentais e não governamentais. Os dados nacionais recentes demonstram que os casos ocorrem precipuamente entre 10 e 14 anos de idade, em suas próprias casas, provocados por pessoas próximas. Não há registros seguros estratificados por raça/cor. Em contraste, o Plano Nacional de Enfrentamento às Violências contra Crianças e Adolescentes (2022) fundamenta-se em uma perspectiva familista, privatista, ultraneoliberal e teocrática, além de não prever ações estruturais de enfrentamento às desigualdades raciais, de classe social e de gênero.\u0000 \u0000 ","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81671900","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.40730
Nathália Diórgenes Ferreira Lima
Em posse de informações ilegais, uma pequena multidão se empilhava como helmintos em frente à porta da maternidade pública para onde a criança de 10 anos, grávida em decorrência de estupro precisou se deslocar para interromper a gestação. Rezavam, oravam, suplicavam para que a criança não tivesse direito a interromper a gestação. Obstruíram o funcionamento do serviço, impedindo outras mulheres, muitas gestantes, de entrarem na unidade. Como descrito por Debora Diniz, mesmo recoberta pela legislação, já era uma clandestina, que após viajar do seu estado para outro, precisou entrar no serviço no porta-malas de um carro. A pequena multidão que orava para a criança não ter direito à própria vida fora organizada por políticos locais e ameaçava contra a vida da criança.
{"title":"Meninas negras, violência e aborto: um diálogo com Debora Diniz","authors":"Nathália Diórgenes Ferreira Lima","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.40730","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.40730","url":null,"abstract":"Em posse de informações ilegais, uma pequena multidão se empilhava como helmintos em frente à porta da maternidade pública para onde a criança de 10 anos, grávida em decorrência de estupro precisou se deslocar para interromper a gestação. Rezavam, oravam, suplicavam para que a criança não tivesse direito a interromper a gestação. Obstruíram o funcionamento do serviço, impedindo outras mulheres, muitas gestantes, de entrarem na unidade. Como descrito por Debora Diniz, mesmo recoberta pela legislação, já era uma clandestina, que após viajar do seu estado para outro, precisou entrar no serviço no porta-malas de um carro. A pequena multidão que orava para a criança não ter direito à própria vida fora organizada por políticos locais e ameaçava contra a vida da criança.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86675466","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.39008
M. Matos, Franciele Silva dos Santos, Tatianny de Souza de Araújo
Objetiva traçar um paralelo entre as realidades da Argentina e do Uruguai com a do Brasil acerca da descriminalização e da legalização do aborto enquanto direito das mulheres e pessoas que gestam, com destaque para discussão sobre o tema nos contextos de campanhas eleitorais. Nos primeiros, a legalização se deu a partir de um compromisso de determinadas candidaturas presidenciais em sancionarem a lei, após aprovação do Congresso Nacional. No Brasil, inexiste essa realidade, frente ao tenso e polarizado debate sobre a temática no Congresso Nacional, além de forte presença de onda conservadora em diversos setores do país. Para tanto, debruça-se em pesquisas bibliográficas e dados das mídias, com abordagem qualitativa. Tais realidades distintas expressam um desencontro do Brasil com a Argentina e o Uruguai, pois mesmo sendo países com realidades parecidas, o Brasil se apresenta distante na efetivação da legalização do aborto. Palavras-chave: Legalização do aborto. Campanhas eleitorais. Direitos das mulheres. Cone Sul.
{"title":"O aborto nas eleições: Brasil na contracorrente do Uruguai e da Argentina","authors":"M. Matos, Franciele Silva dos Santos, Tatianny de Souza de Araújo","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.39008","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.39008","url":null,"abstract":"Objetiva traçar um paralelo entre as realidades da Argentina e do Uruguai com a do Brasil acerca da descriminalização e da legalização do aborto enquanto direito das mulheres e pessoas que gestam, com destaque para discussão sobre o tema nos contextos de campanhas eleitorais. Nos primeiros, a legalização se deu a partir de um compromisso de determinadas candidaturas presidenciais em sancionarem a lei, após aprovação do Congresso Nacional. No Brasil, inexiste essa realidade, frente ao tenso e polarizado debate sobre a temática no Congresso Nacional, além de forte presença de onda conservadora em diversos setores do país. Para tanto, debruça-se em pesquisas bibliográficas e dados das mídias, com abordagem qualitativa. Tais realidades distintas expressam um desencontro do Brasil com a Argentina e o Uruguai, pois mesmo sendo países com realidades parecidas, o Brasil se apresenta distante na efetivação da legalização do aborto.\u0000Palavras-chave: Legalização do aborto. Campanhas eleitorais. Direitos das mulheres. Cone Sul.","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89412602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.40647
Luciana Boiteux
O texto de Debora Diniz intitulado: “A casa de uma menina: estupro, aborto e a pandemia de COVID-19 no Brasil” nos traz reflexões essenciais e sensíveis sobre o conhecido caso da menina de dez anos do Espírito Santo que engravidou vítima de um estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal),[1] praticado por um parente dentro de casa e sua via-crúcis para ter acesso ao aborto legal e seguro. Em especial diante do conjunto de experiências terríveis que ela teve que passar até finalmente conseguir realizá-lo em um serviço localizado a mais de 1.480 km de sua casa. Isso garantiu a dignidade, o direito à vida e a um futuro, depois desse acesso ter-lhe sido negado no hospital universitário de seu estado sob a justificativa de “recusa consciente” pelos médicos. [1] O crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal prevê como crime: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”, ou seja, presume a violência nesses casos.
{"title":"Aborto Legal e Seguro para meninas brasileiras em tempos de barbárie: um diálogo com Debora Diniz","authors":"Luciana Boiteux","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.40647","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.40647","url":null,"abstract":"O texto de Debora Diniz intitulado: “A casa de uma menina: estupro, aborto e a pandemia de COVID-19 no Brasil” nos traz reflexões essenciais e sensíveis sobre o conhecido caso da menina de dez anos do Espírito Santo que engravidou vítima de um estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal),[1] praticado por um parente dentro de casa e sua via-crúcis para ter acesso ao aborto legal e seguro. Em especial diante do conjunto de experiências terríveis que ela teve que passar até finalmente conseguir realizá-lo em um serviço localizado a mais de 1.480 km de sua casa. Isso garantiu a dignidade, o direito à vida e a um futuro, depois desse acesso ter-lhe sido negado no hospital universitário de seu estado sob a justificativa de “recusa consciente” pelos médicos. \u0000 \u0000[1] O crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal prevê como crime: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”, ou seja, presume a violência nesses casos. \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"74 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82043385","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-24DOI: 10.47456/argumentum.v15i1.40646
D. Diniz
À medida que a pandemia do COVID-19 atingiu o mundo, muitos atores globais da saúde conceberam o lar como um espaço de proteção por excelência e interpretaram as vidas humanas como corpos biológicos abstratos sob o cerco do vírus. Diante das ordens de ficar em casa, uma menina de dez anos que enfrentava uma intensificação da violência sexual doméstica emergiu de sua existência anônima para buscar um aborto, quebrando essa imposição biológica ao exigir outro tipo de corpo habitável. Este ensaio aborda etnograficamente sua jornada para fora do confinamento pandêmico, a travessia de seu corpo para novas zonas de inteligibilidade e a interface entre sua história, o público e a lei na determinação de sua “cidadania biológica”. Na interseção desses atores, novas definições de pertencimento e sobrevivência foram colocadas e contestadas no contexto da política pandêmica.
{"title":"Uma menina na casa: estupro, aborto e a pandemia de COVID-19 no Brasil","authors":"D. Diniz","doi":"10.47456/argumentum.v15i1.40646","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i1.40646","url":null,"abstract":"À medida que a pandemia do COVID-19 atingiu o mundo, muitos atores globais da saúde conceberam o lar como um espaço de proteção por excelência e interpretaram as vidas humanas como corpos biológicos abstratos sob o cerco do vírus. Diante das ordens de ficar em casa, uma menina de dez anos que enfrentava uma intensificação da violência sexual doméstica emergiu de sua existência anônima para buscar um aborto, quebrando essa imposição biológica ao exigir outro tipo de corpo habitável. Este ensaio aborda etnograficamente sua jornada para fora do confinamento pandêmico, a travessia de seu corpo para novas zonas de inteligibilidade e a interface entre sua história, o público e a lei na determinação de sua “cidadania biológica”. Na interseção desses atores, novas definições de pertencimento e sobrevivência foram colocadas e contestadas no contexto da política pandêmica. ","PeriodicalId":56196,"journal":{"name":"Argumentum Journal of the Seminar of Discursive Logic Argumentation Theory and Rhetoric","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80375978","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}