Este artigo trata de processos derivacionais da língua Xerente (família Jê). Mostramos que, nessa língua, os morfemas derivacionais são de diferentes naturezas, alguns formam novos lexemas da mesma classe da base, outros formam lexemas de classes distintas. Entre os morfemas derivacionais do Xerente há os que são combináveis com (a) temas nominais, verbais e adverbiais, b) temas nominais, (c) temas verbais, e (d) temas verbais nominalizados. A presente descrição considerou estudos sobre processos derivacionais em outras línguas Jê (cf. Costa 2013; Miranda 2010, 2014; Cotrim 2016) e referenciou-se em Aikhenvald (2015) quanto a natureza funcional de processos derivacionais encontrados nas gramáticas de diferentes línguas, assim como em Rodrigues (1953; 1981) e em Rodrigues e Cabral (2012) sobre nominalizações em línguas Tupí.
{"title":"Morfemas derivacionais Xerente (Jê)","authors":"Rodrigo Guimarães Prudente Marquez Cotrim, Armando Sõpré Xerente","doi":"10.26512/RBLA.V9I1.19528","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I1.19528","url":null,"abstract":"Este artigo trata de processos derivacionais da língua Xerente (família Jê). Mostramos que, nessa língua, os morfemas derivacionais são de diferentes naturezas, alguns formam novos lexemas da mesma classe da base, outros formam lexemas de classes distintas. Entre os morfemas derivacionais do Xerente há os que são combináveis com (a) temas nominais, verbais e adverbiais, b) temas nominais, (c) temas verbais, e (d) temas verbais nominalizados. A presente descrição considerou estudos sobre processos derivacionais em outras línguas Jê (cf. Costa 2013; Miranda 2010, 2014; Cotrim 2016) e referenciou-se em Aikhenvald (2015) quanto a natureza funcional de processos derivacionais encontrados nas gramáticas de diferentes línguas, assim como em Rodrigues (1953; 1981) e em Rodrigues e Cabral (2012) sobre nominalizações em línguas Tupí.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"157 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130663195","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-21DOI: 10.26512/RBLA.V9I1.19529
A. Aguilar
Neste artigo, fundamento uma aproximação do povo Kayabí aos povos Kawahíwa, considerando a expressão Tupí-Kawahíwa (ou Kawahíwa) com referência ao conjunto de povos e línguas indígenas do sub-ramo VI da família linguística Tupí-Guaraní, consoante a classificação de Rodrigues e Cabral (2002, 2012). Faço uso de dados históricos e de dados da literatura etnológica sobre os povos Kawahíwa, os quais, somados aos resultados dos estudos histórico-comparativos sobre a família Tupí-Guaraní, contam importantemente para a inclusão da língua Kayabí naquele agrupamento genético.
{"title":"Kawahíwa como uma unidade linguística","authors":"A. Aguilar","doi":"10.26512/RBLA.V9I1.19529","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I1.19529","url":null,"abstract":"Neste artigo, fundamento uma aproximação do povo Kayabí aos povos Kawahíwa, considerando a expressão Tupí-Kawahíwa (ou Kawahíwa) com referência ao conjunto de povos e línguas indígenas do sub-ramo VI da família linguística Tupí-Guaraní, consoante a classificação de Rodrigues e Cabral (2002, 2012). Faço uso de dados históricos e de dados da literatura etnológica sobre os povos Kawahíwa, os quais, somados aos resultados dos estudos histórico-comparativos sobre a família Tupí-Guaraní, contam importantemente para a inclusão da língua Kayabí naquele agrupamento genético.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131170060","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/RBLA.V9I2.19090
Ricky Seabra
Apresento os resultados de um estudo sobre problemas de natureza paleográfica que têm prejudicado a decodificação do Catecismo da Doutrina Christãa na Língua Brasílica da Nação Kiriri de autoria do padre jesuíta Luiz Vincencio Mamiani (1698). Este estudo é uma contribuição à uma leitura adequada da obra de Mamiani.
{"title":"Contribuições para a leitura adequada da Doutrina Christãa na Língua Brasílica da Nação Kiriri de autoria do padre jesuíta Luiz Vincencio Mamiani (1698)","authors":"Ricky Seabra","doi":"10.26512/RBLA.V9I2.19090","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I2.19090","url":null,"abstract":"Apresento os resultados de um estudo sobre problemas de natureza paleográfica que têm prejudicado a decodificação do Catecismo da Doutrina Christãa na Língua Brasílica da Nação Kiriri de autoria do padre jesuíta Luiz Vincencio Mamiani (1698). Este estudo é uma contribuição à uma leitura adequada da obra de Mamiani.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130747437","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/RBLA.V9I2.19091
A. D. Rodrigues
Este manuscrito, depois de 72 anos, é agora publicado na RBLA. Ele reflete uma fase dos estudos histórico-comparativos do professor Aryon Dall'Igna Rodrigues. É a sua primeira fase de linguista, na qual se serve da glotologia para realizar os seus primeiros estudos históricos comparativos. Era um "rapazote" como ele próprio costumava dizer.
{"title":"Glotologia Tupí-Guaraní I: A Língua Tupí-Guaraní","authors":"A. D. Rodrigues","doi":"10.26512/RBLA.V9I2.19091","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I2.19091","url":null,"abstract":"Este manuscrito, depois de 72 anos, é agora publicado na RBLA. Ele reflete uma fase dos estudos histórico-comparativos do professor Aryon Dall'Igna Rodrigues. É a sua primeira fase de linguista, na qual se serve da glotologia para realizar os seus primeiros estudos históricos comparativos. Era um \"rapazote\" como ele próprio costumava dizer.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125607645","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/RBLA.V9I2.19085
Márcia Pereira de Carvalho, T. F. D. Silva
Tratamos da tradução de nomes de parentesco e, em particular, nomes relacionados a parentes consanguíneos de 1º e 2º graus - pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos, tios, primos e sobrinhos na língua Tembé. A fonte dos dados, base deste estudo, são a Tese de doutorado de Tabita Silva (2010), que apresenta exemplos de nomes desse campo semântico, assim como um quadro comparativo lexical de nomes de parentesco em Tembé e Guajajára, coletados por essa autora, no período de 2006 a 2009; o Dicionário bilíngue Português-Tembé de Max Boudin (1978); e a Dissertação de Marcia Carvalho (2001), que apresenta um registro da fala dos mais velhos. Investigamos nomes de parentesco do Tembé, com vistas a sua tradução para o Português. Mostramos que nomes de parentesco em Tembé, assim como os demais nomes dessa língua, apresentam especificidades quando comparados ao Português, exigindo atenção especial do tradutor.
{"title":"Nomes de Parentesco da Língua Tembé: Problemas de Tradução","authors":"Márcia Pereira de Carvalho, T. F. D. Silva","doi":"10.26512/RBLA.V9I2.19085","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I2.19085","url":null,"abstract":"Tratamos da tradução de nomes de parentesco e, em particular, nomes relacionados a parentes consanguíneos de 1º e 2º graus - pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos, tios, primos e sobrinhos na língua Tembé. A fonte dos dados, base deste estudo, são a Tese de doutorado de Tabita Silva (2010), que apresenta exemplos de nomes desse campo semântico, assim como um quadro comparativo lexical de nomes de parentesco em Tembé e Guajajára, coletados por essa autora, no período de 2006 a 2009; o Dicionário bilíngue Português-Tembé de Max Boudin (1978); e a Dissertação de Marcia Carvalho (2001), que apresenta um registro da fala dos mais velhos. Investigamos nomes de parentesco do Tembé, com vistas a sua tradução para o Português. Mostramos que nomes de parentesco em Tembé, assim como os demais nomes dessa língua, apresentam especificidades quando comparados ao Português, exigindo atenção especial do tradutor. \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"290 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121264093","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/RBLA.V9I2.19087
J. R. C. Júnior, Jayme Rafael Seabra da Silva Ribeiro Carvalho, J. Nunes, R. Rocha, L. Nakayama
Os conhecimentos ecológicos dos pescadores Xikrin-Mẽbêngôkre e sua práxis nos ambientes aquáticos da TITB foram estudados visando obter informações relacionadas à percepção local sobre a dinâmica espaço-temporal dos peixes no rio Bacajá. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas; observações diretas e excursões guiadas. Os peixes foram os recursos aquáticos mais citados como suprimento das necessidades alimentares dos Xikrin. Os pescadores consideram que a alternância entre o ciclo sazonal cria diferentes etnohabitats propícios a uma ictiodiversidade espaço-temporal, associada à pesca de subsistência e comercial. Destaca-se que na descrição de ocorrência e de distribuição dos peixes nos etnohabitats da TITB há especificidades importantes além dos períodos sazonais, tais como aqueles relacionados intrínsecos à pesca e os inerentes aos peixes (tamanho, peso, comportamento alimentar e aspectos ecológicos). O detalhamento na categorização dos etnohabitats aquáticos e na biodiversidade associado a estes locais ressalta a existência de uma ampla relação dos Xikrin com sua área de uso, bem como as acordadas divisões do espaço entre as aldeias, que devem ser mantidos, não apenas para sobrevivência e fortalecimento das comunidades, mas também pelo próprio valor intrínseco de pertencimento e ser Xikrin.
{"title":"Os conhecimentos ecológicos dos pescadores Xikrin-Mẽbêngôkre, Terra Indígena Trincheira Bacajá, Pará, Brasil","authors":"J. R. C. Júnior, Jayme Rafael Seabra da Silva Ribeiro Carvalho, J. Nunes, R. Rocha, L. Nakayama","doi":"10.26512/RBLA.V9I2.19087","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V9I2.19087","url":null,"abstract":"Os conhecimentos ecológicos dos pescadores Xikrin-Mẽbêngôkre e sua práxis nos ambientes aquáticos da TITB foram estudados visando obter informações relacionadas à percepção local sobre a dinâmica espaço-temporal dos peixes no rio Bacajá. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas; observações diretas e excursões guiadas. Os peixes foram os recursos aquáticos mais citados como suprimento das necessidades alimentares dos Xikrin. Os pescadores consideram que a alternância entre o ciclo sazonal cria diferentes etnohabitats propícios a uma ictiodiversidade espaço-temporal, associada à pesca de subsistência e comercial. Destaca-se que na descrição de ocorrência e de distribuição dos peixes nos etnohabitats da TITB há especificidades importantes além dos períodos sazonais, tais como aqueles relacionados intrínsecos à pesca e os inerentes aos peixes (tamanho, peso, comportamento alimentar e aspectos ecológicos). O detalhamento na categorização dos etnohabitats aquáticos e na biodiversidade associado a estes locais ressalta a existência de uma ampla relação dos Xikrin com sua área de uso, bem como as acordadas divisões do espaço entre as aldeias, que devem ser mantidos, não apenas para sobrevivência e fortalecimento das comunidades, mas também pelo próprio valor intrínseco de pertencimento e ser Xikrin.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128494094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/rbla.v9i2.19089
Fábio Pereira Couto
Este artigo trata de dois tipos de predicados em Manxineru (Yine), língua pertencente à família Aruák: predicados verbais e predicados nominais, os quais têm respectivamente verbos e adjetivos como núcleo. Mostramos que, em Manxineru, o alinhamento é ativo-estativo e que a marcação de tempo na língua é feita lexicalmente na estrutura sintática das sentenças. Tecemos também algumas considerações acerca de aspecto, modo e modalidade nessa língua.
{"title":"Notas sobre as estruturas dos predicados em Manxineru","authors":"Fábio Pereira Couto","doi":"10.26512/rbla.v9i2.19089","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v9i2.19089","url":null,"abstract":"Este artigo trata de dois tipos de predicados em Manxineru (Yine), língua pertencente à família Aruák: predicados verbais e predicados nominais, os quais têm respectivamente verbos e adjetivos como núcleo. Mostramos que, em Manxineru, o alinhamento é ativo-estativo e que a marcação de tempo na língua é feita lexicalmente na estrutura sintática das sentenças. Tecemos também algumas considerações acerca de aspecto, modo e modalidade nessa língua.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114607127","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/rbla.v9i2.19083
G. Chamorro
A terminologia de parentesco foi um dos campos semânticos mais ricamente registrados nos dicionários e catecismos escritos pelos jesuítas da América, sobretudo, pela necessidade que eles tinham de situar as pessoas em um grupo familiar, saber se estavam casadas conforme as prescrições da igreja ou não e, se ainda eram solteiros, saber com quem podiam contrair núpcias. A conversão ao cristianismo teve, assim, sua expressão maior no estabelecimento do casamento monogâmico e de uma nova organização familiar. Neste artigo, apresento a terminologia recolhida pelo jesuíta peruano que foi missionário no Paraguai, Antonio Ruiz de Montoya, principalmente nos seus dicionários. Posteriormente comparo esses dados com os termos encontrados nas Phrases Selectas, obra de um jesuíta anônimo, e com etnografias mais contemporâneas escritas com o apoio das comunidades indígenas falantes.de línguas guarani.
{"title":"Terminología de Parentesco: de los jesuitas a los indígenas guaraní hablantes contemporáneos","authors":"G. Chamorro","doi":"10.26512/rbla.v9i2.19083","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v9i2.19083","url":null,"abstract":"A terminologia de parentesco foi um dos campos semânticos mais ricamente registrados nos dicionários e catecismos escritos pelos jesuítas da América, sobretudo, pela necessidade que eles tinham de situar as pessoas em um grupo familiar, saber se estavam casadas conforme as prescrições da igreja ou não e, se ainda eram solteiros, saber com quem podiam contrair núpcias. A conversão ao cristianismo teve, assim, sua expressão maior no estabelecimento do casamento monogâmico e de uma nova organização familiar. Neste artigo, apresento a terminologia recolhida pelo jesuíta peruano que foi missionário no Paraguai, Antonio Ruiz de Montoya, principalmente nos seus dicionários. Posteriormente comparo esses dados com os termos encontrados nas Phrases Selectas, obra de um jesuíta anônimo, e com etnografias mais contemporâneas escritas com o apoio das comunidades indígenas falantes.de línguas guarani.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121026386","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-12DOI: 10.26512/rbla.v9i2.19086
J. Silva, E. D. J. B. Solano
O presente artigo tem como objetivo um breve levantamento dos trabalhos já publicados no âmbito dos estudos sobre gênero gramatical e número Kayabí, língua pertencente ao subramo VI da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí (Rodrigues e Cabral 2002). O Kayabí possui a particularidade de selecionar formas pronominais de terceira pessoa de acordo com o gênero do falante e/ou do ouvinte. Muitas línguas indígenas brasileiras manifestam marcação dos traços de gênero e número em sua morfologia, embora a ocorrência da distinção entre fala masculina e feminina seja bem menos comum. Apesar da relevância deste objeto de estudo para o conhecimento das línguas e culturas existentes em território nacional, nota-se que ainda há pouco material a ele dedicado em língua portuguesa, de onde a pertinência do inventário que ora se propõe.
本文的目的是对语法性别和kayabi数的研究进行简要调查,kayabi数属于图皮-瓜拉尼家族的子分支VI, tupi trunk (Rodrigues e Cabral 2002)。kayabi的特点是根据说话者和/或听者的性别选择第三人称代词形式。许多巴西土著语言在形态上表现出性别和数量特征的标记,尽管男性和女性语言之间的区别并不常见。尽管这一研究对象与国家领土上现有的语言和文化知识的相关性,但值得注意的是,葡萄牙语的专门材料仍然很少,因此现在提出的清单的相关性。
{"title":"Contribuições dos estudos linguísticos para o conhecimento da expressão de gênero e número em Kayabí","authors":"J. Silva, E. D. J. B. Solano","doi":"10.26512/rbla.v9i2.19086","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v9i2.19086","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo um breve levantamento dos trabalhos já publicados no âmbito dos estudos sobre gênero gramatical e número Kayabí, língua pertencente ao subramo VI da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí (Rodrigues e Cabral 2002). O Kayabí possui a particularidade de selecionar formas pronominais de terceira pessoa de acordo com o gênero do falante e/ou do ouvinte. Muitas línguas indígenas brasileiras manifestam marcação dos traços de gênero e número em sua morfologia, embora a ocorrência da distinção entre fala masculina e feminina seja bem menos comum. Apesar da relevância deste objeto de estudo para o conhecimento das línguas e culturas existentes em território nacional, nota-se que ainda há pouco material a ele dedicado em língua portuguesa, de onde a pertinência do inventário que ora se propõe.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115207365","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}