Pub Date : 2021-04-30DOI: 10.34019/1981-4070.2021.V15.30277
Estíbaliz García-Taboada, A. Larrondo-Ureta, Simón Peña-Fernández
With the expansion of connected devices (tablets, smartphones, etc.), a leap in multiplatform technologies is occurring, bringing about changes in many areas of the communications professions. In this context, values based on flexible, multiplatform, cooperative work that takes the audience into consideration are increasingly important. Professional photography coexists with — and is even rivaled by — images taken by citizens, which are often used by the mass media. For that reason the need is greater than ever for photographers and graphic professionals who, in one way or another, adapt to the new media Using a multiple case study method, this article examines the digital resources used by photographers who have won a World Press Photo Award. It studies the ways in which they exploit the medium, extending the photographic narrative beyond the website, to promote themselves and their personal brand. The results show photographers’ preference for unidirectional communication models and superimposed strategies that have limited engagement and viralisation. The acquisition of digital expertise by photojournalists is at an intermediary stage, since the cases analyzed reveal that these professionals’ web 2.0 activity is limited or underexploited.
{"title":"Multiplatform storytelling: Are photojournalists taking advantage?","authors":"Estíbaliz García-Taboada, A. Larrondo-Ureta, Simón Peña-Fernández","doi":"10.34019/1981-4070.2021.V15.30277","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.V15.30277","url":null,"abstract":"With the expansion of connected devices (tablets, smartphones, etc.), a leap in multiplatform technologies is occurring, bringing about changes in many areas of the communications professions. In this context, values based on flexible, multiplatform, cooperative work that takes the audience into consideration are increasingly important. Professional photography coexists with — and is even rivaled by — images taken by citizens, which are often used by the mass media. For that reason the need is greater than ever for photographers and graphic professionals who, in one way or another, adapt to the new media Using a multiple case study method, this article examines the digital resources used by photographers who have won a World Press Photo Award. It studies the ways in which they exploit the medium, extending the photographic narrative beyond the website, to promote themselves and their personal brand. The results show photographers’ preference for unidirectional communication models and superimposed strategies that have limited engagement and viralisation. The acquisition of digital expertise by photojournalists is at an intermediary stage, since the cases analyzed reveal that these professionals’ web 2.0 activity is limited or underexploited.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"31 1","pages":"205-220"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82319624","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-04-30DOI: 10.34019/1981-4070.2021.v15.31161
D. Rios
As séries televisivas estadunidenses circulam no Brasil há bastante tempo. Contudo, nos últimos vinte anos, observa-se uma mudança no status de legitimidade dessas produções estrangeiras. Em decorrência disso, há a emergência de inúmeras comunidades de fãs voltadas para essas produções. Assim como em outros fandoms, os fãs de narrativas seriadas produzem variados tipos de materiais, como fanfics, fanarts e memes de internet. A partir disso, este artigo tem como objetivo investigar quais são as semelhanças e as diferenças que memes circulados em fandoms de narrativas seriadas distintas carregam entre si. Para isso, foi realizada uma pesquisa de inspiração etnográfica em três comunidades de fãs, cada uma voltada para uma série diferente. Entre junho de 2018 e maio de 2019, os memes circulados pelos sujeitos dentro dos fandoms foram observados, buscando identificar aqueles que apresentavam referências intertextuais com elementos de outras narrativas seriadas. Argumenta-se que os memes seriam uma importante ferramenta para a circulação das ficções seriadas estadunidenses no Brasil e para as dinâmicas de sociabilidade dos fãs brasileiros, contribuindo para a expansão do universo narrativo e influenciando a experiência do consumo midiático. Por fim, constata-se um intenso uso de intertextualidade, embora as produções midiáticas referenciadas nas três comunidades sejam distintas.
{"title":"Referências em série: memes e intertextualidade em fandoms de narrativas seriadas","authors":"D. Rios","doi":"10.34019/1981-4070.2021.v15.31161","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.v15.31161","url":null,"abstract":"As séries televisivas estadunidenses circulam no Brasil há bastante tempo. Contudo, nos últimos vinte anos, observa-se uma mudança no status de legitimidade dessas produções estrangeiras. Em decorrência disso, há a emergência de inúmeras comunidades de fãs voltadas para essas produções. Assim como em outros fandoms, os fãs de narrativas seriadas produzem variados tipos de materiais, como fanfics, fanarts e memes de internet. A partir disso, este artigo tem como objetivo investigar quais são as semelhanças e as diferenças que memes circulados em fandoms de narrativas seriadas distintas carregam entre si. Para isso, foi realizada uma pesquisa de inspiração etnográfica em três comunidades de fãs, cada uma voltada para uma série diferente. Entre junho de 2018 e maio de 2019, os memes circulados pelos sujeitos dentro dos fandoms foram observados, buscando identificar aqueles que apresentavam referências intertextuais com elementos de outras narrativas seriadas. Argumenta-se que os memes seriam uma importante ferramenta para a circulação das ficções seriadas estadunidenses no Brasil e para as dinâmicas de sociabilidade dos fãs brasileiros, contribuindo para a expansão do universo narrativo e influenciando a experiência do consumo midiático. Por fim, constata-se um intenso uso de intertextualidade, embora as produções midiáticas referenciadas nas três comunidades sejam distintas.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"310 1","pages":"143-164"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75788460","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.31862
Julherme José Pires, Suzana Kilpp
O tema deste artigo é a atualização da memória tecnocultural na imagem cinematográfica. Partimos do conceito de memória de Bergson (2010) e investigamos a sua incidência em objetos tecnoculturais. Pensar em termos tecnoculturais é reconhecer a estrutura projetual, o design dos objetos investigados, relativizando a separação premeditada entre arte e técnica, e entender os objetos enquanto expressões de inúmeros tempos e espaços, dotados de sentidos fluidos. Nossa costura teórica também evidencia como imagens de diferentes naturezas técnicas se contagiam de forma independente entre si. Abordamos esse processo comunicativo a partir do filme Aquarius (2016), de Kleber Mendonça Filho. Demonstramos como e quais devires tecnoculturais se atualizam nas técnicas e nas estéticas, nas montagens e nos planos narrativos de Aquarius, que transforma o arquivo em seu próprio tema, propondo uma espécie de “prática da memória”. O filme faz remissões aos Anos 70, propondo duas dimensões narrativas, e um conflito geral entre as utopias da Era de Aquário e do neoliberalismo. O modo como estabelece essa montagem dá continuidade a um devir tecnotropical, coalescendo e tensionando utopias, imagens e formas de uma corrente artística brasileira de vanguarda.
{"title":"Memória tecnocultural em Aquarius","authors":"Julherme José Pires, Suzana Kilpp","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.31862","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.31862","url":null,"abstract":"O tema deste artigo é a atualização da memória tecnocultural na imagem cinematográfica. Partimos do conceito de memória de Bergson (2010) e investigamos a sua incidência em objetos tecnoculturais. Pensar em termos tecnoculturais é reconhecer a estrutura projetual, o design dos objetos investigados, relativizando a separação premeditada entre arte e técnica, e entender os objetos enquanto expressões de inúmeros tempos e espaços, dotados de sentidos fluidos. Nossa costura teórica também evidencia como imagens de diferentes naturezas técnicas se contagiam de forma independente entre si. Abordamos esse processo comunicativo a partir do filme Aquarius (2016), de Kleber Mendonça Filho. Demonstramos como e quais devires tecnoculturais se atualizam nas técnicas e nas estéticas, nas montagens e nos planos narrativos de Aquarius, que transforma o arquivo em seu próprio tema, propondo uma espécie de “prática da memória”. O filme faz remissões aos Anos 70, propondo duas dimensões narrativas, e um conflito geral entre as utopias da Era de Aquário e do neoliberalismo. O modo como estabelece essa montagem dá continuidade a um devir tecnotropical, coalescendo e tensionando utopias, imagens e formas de uma corrente artística brasileira de vanguarda.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"287 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75335651","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.28888
K. Urbano, Mayara Araujo
O artigo busca refletir sobre a importância do conceito de autenticidade na construção da experiência contemporânea dos reality shows produzidos no Japão, em particular, na franquia Terrace House (TV Fuji, 2012 - Presente). Utilizando uma metodologia baseada em uma observação sistemática dos episódios da segunda temporada de Terrace House: Boys & Girls in the city (2015 - 2016) disponível no catálogo da Netflix Brasil, argumentamos que as condições de convivência criadas pela produção do programa, que manifesta-se de maneira mais contundente na suposta ausência de um “roteiro” a ser seguido, seriam as ideais para a revelação da autenticidade dos participantes desse reality show, numa perspectiva moral e filosófica não-ocidental. Nossa hipótese central é que a ausência estratégica de regras de convivência previamente estabelecidas pela produção do programa para os participantes de Terrace House: Boys & Girls in the city interagirem entre si, seriam capazes de reforçar ainda mais a noção de “bem comum”, bastante valorizada na sociedade japonesa, além de favorecer a adoção de “máscaras sociais” condizentes às expectativas morais e sociais nos modos de agir dessa mesma sociedade.
{"title":"“Konbanwa, Terrace House Wa”: a moral contemporânea e a busca por autenticidade num reality show japonês","authors":"K. Urbano, Mayara Araujo","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.28888","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.28888","url":null,"abstract":"O artigo busca refletir sobre a importância do conceito de autenticidade na construção da experiência contemporânea dos reality shows produzidos no Japão, em particular, na franquia Terrace House (TV Fuji, 2012 - Presente). Utilizando uma metodologia baseada em uma observação sistemática dos episódios da segunda temporada de Terrace House: Boys & Girls in the city (2015 - 2016) disponível no catálogo da Netflix Brasil, argumentamos que as condições de convivência criadas pela produção do programa, que manifesta-se de maneira mais contundente na suposta ausência de um “roteiro” a ser seguido, seriam as ideais para a revelação da autenticidade dos participantes desse reality show, numa perspectiva moral e filosófica não-ocidental. Nossa hipótese central é que a ausência estratégica de regras de convivência previamente estabelecidas pela produção do programa para os participantes de Terrace House: Boys & Girls in the city interagirem entre si, seriam capazes de reforçar ainda mais a noção de “bem comum”, bastante valorizada na sociedade japonesa, além de favorecer a adoção de “máscaras sociais” condizentes às expectativas morais e sociais nos modos de agir dessa mesma sociedade.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"456 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79763373","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.21472
Paulo Ferracioli, C. C. Rizzotto
O presente artigo busca compreender quais foram os enquadramentos utilizados pelos veículos jornalísticos brasileiros de alcance nacional em sua cobertura sobre a possibilidade de publicação de biografias não-autorizadas. A análise de enquadramento é uma modalidade de pesquisa que busca descobrir de que maneira os textos jornalísticos salientaram certos aspectos dos acontecimentos em detrimento de outros (ENTMAN, 1993). Após uma revisão das classificações presentes na literatura sobre as pesquisa de enquadramento, são apresentados os enquadramentos genéricos, ou seja, aplicáveis a qualquer cobertura, que conduzirão essa pesquisa: conflito, interesse humano, consequências econômicas, moralidade e responsabilidade (SEMETKO; VALKENBURG, 2000). O corpus a ser analisado consiste nas 56 matérias publicadas pelos três jornais de maior circulação nacional considerados quality papers: Folha de S. Paulo (21 notícias), O Globo (16) e O Estado de S. Paulo (19), ao longo do mês de outubro de 2013. Os dados encontrados demonstram que o conflito foi o enquadramento mais recorrente na cobertura dos veículos,com 20 aparições, seguido pelos frames responsabilidade e interesse humano. Houve poucas ocorrências dos enquadramentos econômico e moralidade. O destaque do frame conflito confirmou uma tendência já apontada pela literatura de que o jornalismo prefere abordar os temas pelo embate entre os personagens envolvidos.
本文旨在了解巴西全国新闻媒体在报道未经授权出版传记的可能性时使用的框架。框架分析是一种研究方式,旨在发现新闻文本如何突出事件的某些方面而损害其他方面(ENTMAN, 1993)。在回顾了框架研究文献中的分类后,提出了适用于任何覆盖范围的一般框架,这些覆盖范围将进行这项研究:冲突、人类利益、经济后果、道德和责任(SEMETKO, 2009)。VALKENBURG, 2000)。要分析的语料库包括2013年10月三家全国发行量最大的报纸《圣保罗页报》(21条新闻)、《环球报》(16条新闻)和《圣保罗Estado de S. Paulo》(19条新闻)发表的56篇文章。数据显示,冲突是车辆报道中最常见的框架,出现了20次,其次是责任和人类利益框架。经济和道德框架很少出现。框架冲突的突出证实了文献中已经指出的一种趋势,即新闻更喜欢通过涉及的人物之间的冲突来解决问题。
{"title":"Entre a responsabilidade, o conflito e o interesse humano: análise de enquadramento da cobertura sobre biografias","authors":"Paulo Ferracioli, C. C. Rizzotto","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.21472","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.21472","url":null,"abstract":"O presente artigo busca compreender quais foram os enquadramentos utilizados pelos veículos jornalísticos brasileiros de alcance nacional em sua cobertura sobre a possibilidade de publicação de biografias não-autorizadas. A análise de enquadramento é uma modalidade de pesquisa que busca descobrir de que maneira os textos jornalísticos salientaram certos aspectos dos acontecimentos em detrimento de outros (ENTMAN, 1993). Após uma revisão das classificações presentes na literatura sobre as pesquisa de enquadramento, são apresentados os enquadramentos genéricos, ou seja, aplicáveis a qualquer cobertura, que conduzirão essa pesquisa: conflito, interesse humano, consequências econômicas, moralidade e responsabilidade (SEMETKO; VALKENBURG, 2000). O corpus a ser analisado consiste nas 56 matérias publicadas pelos três jornais de maior circulação nacional considerados quality papers: Folha de S. Paulo (21 notícias), O Globo (16) e O Estado de S. Paulo (19), ao longo do mês de outubro de 2013. Os dados encontrados demonstram que o conflito foi o enquadramento mais recorrente na cobertura dos veículos,com 20 aparições, seguido pelos frames responsabilidade e interesse humano. Houve poucas ocorrências dos enquadramentos econômico e moralidade. O destaque do frame conflito confirmou uma tendência já apontada pela literatura de que o jornalismo prefere abordar os temas pelo embate entre os personagens envolvidos.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"87 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83799324","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.31486
Jairo Ferreira, Luísa Schenato Staldoni
Este artigo desenvolve hipótese sobre o meio e objeto música para a investigação na perspectiva da midiatização. Na primeira parte, apresentamos a hipótese geral sobre a midiatização acionada, referenciada em Verón (2014) e Ferreira (2018). Localizamos nesse lugar epistemológico o objeto e meio musical inseridos em contextos de produção e recepção, emergência e mutações do campo da música. Finalizamos essa parte com proposições sobre a singularidade da música na semiose midiatizada. Na segunda parte, essa abordagem epistemológica é referência para inferências dedutivas, indutivas e abdutivas sobre o funkproibidão. As inferências são apresentadas como proposições e questões relativamente à linguagem do proibidão – enquanto meio-música e narrativas – e usos e apropriações dos meios na configuração de circuitos, coletivos, táticas e outras linguagens. A singularidade da inserção do funk proibidão no espaço público ampliado é colocar em cena rupturas em relação às hegemonias dos meios musicais da modernidade – referenciados na racionalidade da partitura, na música enquanto sublimação do real e das poéticas não menos sublimadoras. Certamente, o funk proibidão não é único a ocupar esse espaço, pois se diferencia em relação ao conjunto do hip-hop (através do rap e do trap). Porém, a sua existência material – enquanto linguagem instrumental, narrativas, usos e apropriações dos meios em rede e reapropriações por atores que participam de seus circuitos – traz aos outros contextos sociais – musicais ou não – o imperativo comunicacional de interagir, com empatia ou repressão.
{"title":"O Lugar da Música na Semiose Midiatizada: O Funk Proibidão investigado como caso","authors":"Jairo Ferreira, Luísa Schenato Staldoni","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.31486","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.31486","url":null,"abstract":"Este artigo desenvolve hipótese sobre o meio e objeto música para a investigação na perspectiva da midiatização. Na primeira parte, apresentamos a hipótese geral sobre a midiatização acionada, referenciada em Verón (2014) e Ferreira (2018). Localizamos nesse lugar epistemológico o objeto e meio musical inseridos em contextos de produção e recepção, emergência e mutações do campo da música. Finalizamos essa parte com proposições sobre a singularidade da música na semiose midiatizada. Na segunda parte, essa abordagem epistemológica é referência para inferências dedutivas, indutivas e abdutivas sobre o funkproibidão. As inferências são apresentadas como proposições e questões relativamente à linguagem do proibidão – enquanto meio-música e narrativas – e usos e apropriações dos meios na configuração de circuitos, coletivos, táticas e outras linguagens. A singularidade da inserção do funk proibidão no espaço público ampliado é colocar em cena rupturas em relação às hegemonias dos meios musicais da modernidade – referenciados na racionalidade da partitura, na música enquanto sublimação do real e das poéticas não menos sublimadoras. Certamente, o funk proibidão não é único a ocupar esse espaço, pois se diferencia em relação ao conjunto do hip-hop (através do rap e do trap). Porém, a sua existência material – enquanto linguagem instrumental, narrativas, usos e apropriações dos meios em rede e reapropriações por atores que participam de seus circuitos – traz aos outros contextos sociais – musicais ou não – o imperativo comunicacional de interagir, com empatia ou repressão.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89767442","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.21484
S. Anaz
Notícias negativas ocupam espaço significativo no jornalismo impresso, televisivo e on-line. Muitas são ilustradas por fotografias e vídeos que contribuem para reforçar a negatividade. Diferentes hipóteses nos campos da comunicação, psicologia, sociologia e antropologia buscam explicar o fenômeno da predominância das más notícias. Para contribuir nessa discussão, este artigo desenvolve a análise dos significados potenciais de trinta das mais icônicas imagens veiculadas pelo jornalismo em âmbito global, entre 2001 e 2017, a partir da perspectiva da teoria geral do imaginário e da matriz arquetipológica, desenvolvidas por Gilbert Durand. A análise desenvolvida utiliza o método mitocrítico e a classificação dos regimes de imagens. Os resultados revelam que 80% dessas imagens são associadas a notícias com conotações negativas. As más notícias são ilustradas por imagens predominantemente diurnas, isto é, que materializam uma visão de mundo pautada pela lógica do combate, cisão, purificação e hipóstase das dificuldades existenciais. Destaca-se nesse âmbito a redundância do arquétipo da oposição alto vs. baixo, presente em 80% delas, sendo o aspecto da queda – que junto com a ascensão compõem duas faces do mesmo arquétipo – o mais frequente.
{"title":"Trivialidade do mal e excepcionalidade do bem nas imagens jornalísticas","authors":"S. Anaz","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.21484","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.21484","url":null,"abstract":"Notícias negativas ocupam espaço significativo no jornalismo impresso, televisivo e on-line. Muitas são ilustradas por fotografias e vídeos que contribuem para reforçar a negatividade. Diferentes hipóteses nos campos da comunicação, psicologia, sociologia e antropologia buscam explicar o fenômeno da predominância das más notícias. Para contribuir nessa discussão, este artigo desenvolve a análise dos significados potenciais de trinta das mais icônicas imagens veiculadas pelo jornalismo em âmbito global, entre 2001 e 2017, a partir da perspectiva da teoria geral do imaginário e da matriz arquetipológica, desenvolvidas por Gilbert Durand. A análise desenvolvida utiliza o método mitocrítico e a classificação dos regimes de imagens. Os resultados revelam que 80% dessas imagens são associadas a notícias com conotações negativas. As más notícias são ilustradas por imagens predominantemente diurnas, isto é, que materializam uma visão de mundo pautada pela lógica do combate, cisão, purificação e hipóstase das dificuldades existenciais. Destaca-se nesse âmbito a redundância do arquétipo da oposição alto vs. baixo, presente em 80% delas, sendo o aspecto da queda – que junto com a ascensão compõem duas faces do mesmo arquétipo – o mais frequente.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"51 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79136698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.26116
Danielle Brasiliense, Victor Antonio Araújo
Este trabalho busca entender como são construídas as representações do gênero masculino no site pornográfico Hotboys. A partir de uma perspectiva de análise do discurso com base foucaultiana buscaremos demonstrar como determinadas estratégias enunciativas utilizadas na produção das publicações em Hotboys contribuem para um processo de afirmação da performance masculina. Mais especificamente, o artigo investiga a construção e reprodução de estereótipos historicamente construídos sobre o papel do masculino a partir de uma matriz cultural heteronormativa que marca diferenciações entreo homem ativo e o passivo. Nos interessa compreender como um site, que tem como alvo o público gay, produz discursos de virilidade, através do qual valorizam atributos corporais e comportamentais que reiteram o modelo cultural de masculinidade hegemônica. E, ainda, reforçam padrões normativos sobre o masculino colocando o homem afeminado num plano inferior e submisso. Isso acontece porque a heteronormatividade rege o afeto e o sexo, independentemente da orientação sexual. É como se essa norma fosse um guarda- chuva e nós estivéssemos abrigados debaixo dele. É algo mais amplo e mais definidor, uma regra, portanto, vertical que iremos questionar.
{"title":"As representações do masculino nas páginas pornográficas do site Hotboys","authors":"Danielle Brasiliense, Victor Antonio Araújo","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.26116","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.26116","url":null,"abstract":"Este trabalho busca entender como são construídas as representações do gênero masculino no site pornográfico Hotboys. A partir de uma perspectiva de análise do discurso com base foucaultiana buscaremos demonstrar como determinadas estratégias enunciativas utilizadas na produção das publicações em Hotboys contribuem para um processo de afirmação da performance masculina. Mais especificamente, o artigo investiga a construção e reprodução de estereótipos historicamente construídos sobre o papel do masculino a partir de uma matriz cultural heteronormativa que marca diferenciações entreo homem ativo e o passivo. Nos interessa compreender como um site, que tem como alvo o público gay, produz discursos de virilidade, através do qual valorizam atributos corporais e comportamentais que reiteram o modelo cultural de masculinidade hegemônica. E, ainda, reforçam padrões normativos sobre o masculino colocando o homem afeminado num plano inferior e submisso. Isso acontece porque a heteronormatividade rege o afeto e o sexo, independentemente da orientação sexual. É como se essa norma fosse um guarda- chuva e nós estivéssemos abrigados debaixo dele. É algo mais amplo e mais definidor, uma regra, portanto, vertical que iremos questionar.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84382094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.27322
Clotilde Perez, Clóvis Teixeira Filho, Eduardo Correa de Godoy
Diferentes expressões comunicacionais em mediação com o consumo cultural dos sujeitos são apresentadas pelo carnaval, em um deslocamento na cidade de São Paulo para a ocupação das ruas pelos jovens. Aqui, consideramos os memes em uma proposta ampliada entre a comunicação digital e as vivências urbanas. Assim, este artigo objetiva analisar as manifestações meméticas dos megablocos do carnaval de rua de São Paulo, presentes tanto em suas mídias sociais, quanto nas derivações colocadas em circulação pelos consumidores a partir das marcações (hashtags) com os nomes dos blocos e em suas performances durante as saídas no carnaval de 2019. Para tanto, foram estudados seis casos, que possuíam perfis próprios nas mídias sociais, por meio de análise de conteúdo e análise semiótica peirciana, orientadas à comunicação e consumo. Dentre os resultados, além da forte presença das marcas patrocinadoras dos segmentos de bebidas, alimentos e vestuário e os temas ligados à política e à crítica social, destacam-se a presença de memes marcários expressos por meio de personagens, celebridades, transgressões de gênero e nudez. Cada uma dessas categorias foi articulada com o referencial teórico para aprofundar as relações entre sujeitos consumidores e carnaval.
{"title":"Comunicação, consumo e memes do carnaval: os blocos de rua na imersão sígnica da juventude urbana em São Paulo","authors":"Clotilde Perez, Clóvis Teixeira Filho, Eduardo Correa de Godoy","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.27322","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.27322","url":null,"abstract":"Diferentes expressões comunicacionais em mediação com o consumo cultural dos sujeitos são apresentadas pelo carnaval, em um deslocamento na cidade de São Paulo para a ocupação das ruas pelos jovens. Aqui, consideramos os memes em uma proposta ampliada entre a comunicação digital e as vivências urbanas. Assim, este artigo objetiva analisar as manifestações meméticas dos megablocos do carnaval de rua de São Paulo, presentes tanto em suas mídias sociais, quanto nas derivações colocadas em circulação pelos consumidores a partir das marcações (hashtags) com os nomes dos blocos e em suas performances durante as saídas no carnaval de 2019. Para tanto, foram estudados seis casos, que possuíam perfis próprios nas mídias sociais, por meio de análise de conteúdo e análise semiótica peirciana, orientadas à comunicação e consumo. Dentre os resultados, além da forte presença das marcas patrocinadoras dos segmentos de bebidas, alimentos e vestuário e os temas ligados à política e à crítica social, destacam-se a presença de memes marcários expressos por meio de personagens, celebridades, transgressões de gênero e nudez. Cada uma dessas categorias foi articulada com o referencial teórico para aprofundar as relações entre sujeitos consumidores e carnaval.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82158928","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.25819
I. Lopes
O “campo público” de comunicação é formado por atores heterogêneos, entre eles, as emissoras universitárias. Este artigo problematiza a noção de campo público, denominação incorporada pela academia do movimento pela democratização da comunicação. O referido campo tem sua diferenciação na especificidade da programação, modelo de gestão, financiamento e propriedade dessas emissoras. A partir da noção de campo social de Bourdieu, questiona-se a existência do campo público de comunicação noBrasil. O trabalho apresenta também o resultado da pesquisa com as TV Universitárias de Minas Gerais. A análise focaliza na atuação de 5 emissoras mantidas por Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, sendo uma estadual e quatro federais. A pesquisa de caráter exploratório aponta um cenário bastante crítico para o setor. Das 16 TVs Universitárias (TVUs) mineiras encontradas em mapeamento feito em 2017, 5 delas foram fechadas dois anos depois. Entre as emissoras mantidas por universidades públicas, 3 foram desativadas no mesmo período. Aquelas que continuam em atividade possuem programação local bastante restrita devido à escassez de recursos financeiros. A terceirização da grade tem sido uma estratégia adotada para aumentar a grade local como também injetar algum dinheiro no orçamento. A pesquisa aponta a necessidade de se ampliar o debate sobre a gestão indireta das emissoras, por meio de fundações.
{"title":"TVs Universitárias mineiras: A atuação dos canais vinculados às IES públicas","authors":"I. Lopes","doi":"10.34019/1981-4070.2020.v14.25819","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.25819","url":null,"abstract":"O “campo público” de comunicação é formado por atores heterogêneos, entre eles, as emissoras universitárias. Este artigo problematiza a noção de campo público, denominação incorporada pela academia do movimento pela democratização da comunicação. O referido campo tem sua diferenciação na especificidade da programação, modelo de gestão, financiamento e propriedade dessas emissoras. A partir da noção de campo social de Bourdieu, questiona-se a existência do campo público de comunicação noBrasil. O trabalho apresenta também o resultado da pesquisa com as TV Universitárias de Minas Gerais. A análise focaliza na atuação de 5 emissoras mantidas por Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, sendo uma estadual e quatro federais. A pesquisa de caráter exploratório aponta um cenário bastante crítico para o setor. Das 16 TVs Universitárias (TVUs) mineiras encontradas em mapeamento feito em 2017, 5 delas foram fechadas dois anos depois. Entre as emissoras mantidas por universidades públicas, 3 foram desativadas no mesmo período. Aquelas que continuam em atividade possuem programação local bastante restrita devido à escassez de recursos financeiros. A terceirização da grade tem sido uma estratégia adotada para aumentar a grade local como também injetar algum dinheiro no orçamento. A pesquisa aponta a necessidade de se ampliar o debate sobre a gestão indireta das emissoras, por meio de fundações.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79107516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}