Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260719
Stefano Domingues Stival
This text will be generated by contraposition (in the broadest sense) of two concepts, which I will call “externalist conception of knowledge”, on one side, and “internalist conception of knowledge” (as a kind of psychologist evidentialism), on the other. Through this contrast, I try to reach some new insights into the relationship between the notions of “knowledge” and “self-knowledge”.
{"title":"Knowledge and Self-Knowledge","authors":"Stefano Domingues Stival","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260719","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260719","url":null,"abstract":"This text will be generated by contraposition (in the broadest sense) of two concepts, which I will call “externalist conception of knowledge”, on one side, and “internalist conception of knowledge” (as a kind of psychologist evidentialism), on the other. Through this contrast, I try to reach some new insights into the relationship between the notions of “knowledge” and “self-knowledge”.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"93 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139774765","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.259997
Federico Sanguinetti, Ranah Duarte, Mestre Pedro de Lima, Daniela Fernandes, Itaiara Iza Simplício da Silva
Entrevista ao Mestre Pedro de Lima.
采访佩德罗-德-利马大师。
{"title":"Entrevista ao Mestre Pedro de Lima, Bambelô Cajueiro Abalou de Pium (Nísia Floresta, RN)","authors":"Federico Sanguinetti, Ranah Duarte, Mestre Pedro de Lima, Daniela Fernandes, Itaiara Iza Simplício da Silva","doi":"10.51359/2357-9986.2023.259997","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259997","url":null,"abstract":"Entrevista ao Mestre Pedro de Lima.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"214 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139834524","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260704
E. O. Brito
Via de regra, a maior parte das análises da tese da intencionalidade, a qual foi introduzida na origem da filosofia contemporânea por Franz Brentano em sua obra Psicologia a partir de um ponto de vista empírico (1874), adota as perspectivas estabelecidas pelos filósofos da tradição fenomenológica. Certamente tais abordagens encontram boas justificativas no fato de que a fenomenologia figura entre as principais correntes de pensamento desenvolvidas a partir do projeto inaugurado por Brentano em 1874. No entanto, vários outros pensadores pertencentes a outras correntes de pensamento, as quais certamente não foram menos relevantes para o atual estágio da filosofia contemporânea, analisaram a tese brentaniana da intencionalidade e desenvolveram seus respectivos programas de pesquisa a partir de perspectivas diversas àquelas dos filósofos da tradição fenomenológica. Entre eles figuraram Kasimir Twardowski, Alois Höfler, Alexius Meinong, Carl Stumpf, Anton Marty, Sigmund Freud, entre outros. Além disso, a partir da segunda metade do século passado e na esteira de uma tradição não fenomenológica, alguns pensadores pertencentes à nova corrente definida como filosofia da mente, desenvolvida no ceio da tradição analítica, recolocaram a tese brentaniana da intencionalidade no centro de suas análises filosóficas. A questão fundamental estabelecida por essa tradição foi aberta ao debate nos seguintes termos: a intencionalidade é a marca do mental? Desde então, o modo como essa questão fundamental vem sendo interpretada, bem como as diferentes respostas que ela tem recebido, diverge radicalmente em função dos pressupostos (ontológicos e epistemológicos) assumidos pelos programas de pesquisas dos filósofos da mente envolvidos no debate. Em função deste horizonte aberto, este trabalho está divido em três partes: (i) apresenta de modo sistemático os pontos fundamentais da análise de Fréchette (2021), a qual descreve o distanciamento da interpretação Standard de orientação fenomenológica ao traçar a rota da recepção do programa brentaniano pela tradição analítica da filosofia da mente; (ii) descreve o modo como Jaegwon Kim, em seu livro Philosophy of mind (2011/2019), analisa a tese brentaniana da intencionalidade com o propósito de apresentar uma suposta resposta consensual da filosofia da mente para a pergunta “a intencionalidade é a marca do mental?” O desenvolvimento das partes (i) e (ii) explicitará o pano de fundo para a sustentação da seguinte hipótese: Brentano teria bons argumentos para refutar a análise de Kim acerca da sua tese da intencionalidade, pois ao menos um pressuposto fundamental na definição de intencionalidade é tomado por Kim em sentido equivocado, a saber, presentação (Vorstellung), tal como sustentou Boccaccini (2023). Finalmente, (iii) a minha tese defendida na última parte deste trabalho assume, portanto, que Kim incorre na cilada da multiplicidade de sentidos do termo Vorstellung e, por isso, apresenta uma análise equivocada da tese bre
{"title":"Jaegwon Kim e a herança brentaniana na filosofia analítica da mente","authors":"E. O. Brito","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260704","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260704","url":null,"abstract":"Via de regra, a maior parte das análises da tese da intencionalidade, a qual foi introduzida na origem da filosofia contemporânea por Franz Brentano em sua obra Psicologia a partir de um ponto de vista empírico (1874), adota as perspectivas estabelecidas pelos filósofos da tradição fenomenológica. Certamente tais abordagens encontram boas justificativas no fato de que a fenomenologia figura entre as principais correntes de pensamento desenvolvidas a partir do projeto inaugurado por Brentano em 1874. No entanto, vários outros pensadores pertencentes a outras correntes de pensamento, as quais certamente não foram menos relevantes para o atual estágio da filosofia contemporânea, analisaram a tese brentaniana da intencionalidade e desenvolveram seus respectivos programas de pesquisa a partir de perspectivas diversas àquelas dos filósofos da tradição fenomenológica. Entre eles figuraram Kasimir Twardowski, Alois Höfler, Alexius Meinong, Carl Stumpf, Anton Marty, Sigmund Freud, entre outros. Além disso, a partir da segunda metade do século passado e na esteira de uma tradição não fenomenológica, alguns pensadores pertencentes à nova corrente definida como filosofia da mente, desenvolvida no ceio da tradição analítica, recolocaram a tese brentaniana da intencionalidade no centro de suas análises filosóficas. A questão fundamental estabelecida por essa tradição foi aberta ao debate nos seguintes termos: a intencionalidade é a marca do mental? Desde então, o modo como essa questão fundamental vem sendo interpretada, bem como as diferentes respostas que ela tem recebido, diverge radicalmente em função dos pressupostos (ontológicos e epistemológicos) assumidos pelos programas de pesquisas dos filósofos da mente envolvidos no debate. Em função deste horizonte aberto, este trabalho está divido em três partes: (i) apresenta de modo sistemático os pontos fundamentais da análise de Fréchette (2021), a qual descreve o distanciamento da interpretação Standard de orientação fenomenológica ao traçar a rota da recepção do programa brentaniano pela tradição analítica da filosofia da mente; (ii) descreve o modo como Jaegwon Kim, em seu livro Philosophy of mind (2011/2019), analisa a tese brentaniana da intencionalidade com o propósito de apresentar uma suposta resposta consensual da filosofia da mente para a pergunta “a intencionalidade é a marca do mental?” O desenvolvimento das partes (i) e (ii) explicitará o pano de fundo para a sustentação da seguinte hipótese: Brentano teria bons argumentos para refutar a análise de Kim acerca da sua tese da intencionalidade, pois ao menos um pressuposto fundamental na definição de intencionalidade é tomado por Kim em sentido equivocado, a saber, presentação (Vorstellung), tal como sustentou Boccaccini (2023). Finalmente, (iii) a minha tese defendida na última parte deste trabalho assume, portanto, que Kim incorre na cilada da multiplicidade de sentidos do termo Vorstellung e, por isso, apresenta uma análise equivocada da tese bre","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"22 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139776640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260715
Flávio Vieira Curvello
Este ensaio consiste em um comentário à preleção de Husserl de 1900, “Sobre a Fundamentação Psicológica da Lógica”, que nos oferece uma breve síntese da crítica ao Psicologismo nos Prolegomena zur reinen Logik. Meu propósito é acompanhar passo a passo o resumo que Husserl faz de sua crítica e analisá-lo de modo sistemático, explicitando as relações entre as sumárias linhas da preleção e a argumentação robusta dos Prolegomena.
本文是对胡塞尔 1900 年演讲 "论逻辑学的心理学基础 "的评论,该演讲为我们提供了《新逻辑学绪论》(Prolegomena zur reinen Logik)中对心理主义批判的简要总结。我的目的是按照胡塞尔对其批判的总结一步一步地进行系统分析,明确讲演的简短行文与《序言》的有力论证之间的关系。
{"title":"Comentário à Preleção “Sobre a Fundamentação Psicológica da Lógica” [1900]","authors":"Flávio Vieira Curvello","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260715","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260715","url":null,"abstract":"Este ensaio consiste em um comentário à preleção de Husserl de 1900, “Sobre a Fundamentação Psicológica da Lógica”, que nos oferece uma breve síntese da crítica ao Psicologismo nos Prolegomena zur reinen Logik. Meu propósito é acompanhar passo a passo o resumo que Husserl faz de sua crítica e analisá-lo de modo sistemático, explicitando as relações entre as sumárias linhas da preleção e a argumentação robusta dos Prolegomena.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"5 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139774345","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260714
V. Fontana
O objetivo desse artigo é fazer uma breve análise histórica da influência de alguns conceitos apresentados na fenomenologia de Husserl e como se desenvolveram na filosofia de seus herdeiros. Aborda-se os conceitos de intencionalidade, idealismo e a redução fenomenológica de Husserl e como esses conceitos foram trabalhados e criticados por alguns filósofos da tradição fenomenológica, em especial, Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. Usa-se ainda alguns filósofos reconhecidos na vertente fenomenológica para pensar os conceitos citados, entre eles destaca-se Gadamer e Patoĉka.
{"title":"Husserl e a tradição fenomenológica","authors":"V. Fontana","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260714","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260714","url":null,"abstract":"O objetivo desse artigo é fazer uma breve análise histórica da influência de alguns conceitos apresentados na fenomenologia de Husserl e como se desenvolveram na filosofia de seus herdeiros. Aborda-se os conceitos de intencionalidade, idealismo e a redução fenomenológica de Husserl e como esses conceitos foram trabalhados e criticados por alguns filósofos da tradição fenomenológica, em especial, Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. Usa-se ainda alguns filósofos reconhecidos na vertente fenomenológica para pensar os conceitos citados, entre eles destaca-se Gadamer e Patoĉka.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"118 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139836108","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260704
E. O. Brito
Via de regra, a maior parte das análises da tese da intencionalidade, a qual foi introduzida na origem da filosofia contemporânea por Franz Brentano em sua obra Psicologia a partir de um ponto de vista empírico (1874), adota as perspectivas estabelecidas pelos filósofos da tradição fenomenológica. Certamente tais abordagens encontram boas justificativas no fato de que a fenomenologia figura entre as principais correntes de pensamento desenvolvidas a partir do projeto inaugurado por Brentano em 1874. No entanto, vários outros pensadores pertencentes a outras correntes de pensamento, as quais certamente não foram menos relevantes para o atual estágio da filosofia contemporânea, analisaram a tese brentaniana da intencionalidade e desenvolveram seus respectivos programas de pesquisa a partir de perspectivas diversas àquelas dos filósofos da tradição fenomenológica. Entre eles figuraram Kasimir Twardowski, Alois Höfler, Alexius Meinong, Carl Stumpf, Anton Marty, Sigmund Freud, entre outros. Além disso, a partir da segunda metade do século passado e na esteira de uma tradição não fenomenológica, alguns pensadores pertencentes à nova corrente definida como filosofia da mente, desenvolvida no ceio da tradição analítica, recolocaram a tese brentaniana da intencionalidade no centro de suas análises filosóficas. A questão fundamental estabelecida por essa tradição foi aberta ao debate nos seguintes termos: a intencionalidade é a marca do mental? Desde então, o modo como essa questão fundamental vem sendo interpretada, bem como as diferentes respostas que ela tem recebido, diverge radicalmente em função dos pressupostos (ontológicos e epistemológicos) assumidos pelos programas de pesquisas dos filósofos da mente envolvidos no debate. Em função deste horizonte aberto, este trabalho está divido em três partes: (i) apresenta de modo sistemático os pontos fundamentais da análise de Fréchette (2021), a qual descreve o distanciamento da interpretação Standard de orientação fenomenológica ao traçar a rota da recepção do programa brentaniano pela tradição analítica da filosofia da mente; (ii) descreve o modo como Jaegwon Kim, em seu livro Philosophy of mind (2011/2019), analisa a tese brentaniana da intencionalidade com o propósito de apresentar uma suposta resposta consensual da filosofia da mente para a pergunta “a intencionalidade é a marca do mental?” O desenvolvimento das partes (i) e (ii) explicitará o pano de fundo para a sustentação da seguinte hipótese: Brentano teria bons argumentos para refutar a análise de Kim acerca da sua tese da intencionalidade, pois ao menos um pressuposto fundamental na definição de intencionalidade é tomado por Kim em sentido equivocado, a saber, presentação (Vorstellung), tal como sustentou Boccaccini (2023). Finalmente, (iii) a minha tese defendida na última parte deste trabalho assume, portanto, que Kim incorre na cilada da multiplicidade de sentidos do termo Vorstellung e, por isso, apresenta uma análise equivocada da tese bre
{"title":"Jaegwon Kim e a herança brentaniana na filosofia analítica da mente","authors":"E. O. Brito","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260704","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260704","url":null,"abstract":"Via de regra, a maior parte das análises da tese da intencionalidade, a qual foi introduzida na origem da filosofia contemporânea por Franz Brentano em sua obra Psicologia a partir de um ponto de vista empírico (1874), adota as perspectivas estabelecidas pelos filósofos da tradição fenomenológica. Certamente tais abordagens encontram boas justificativas no fato de que a fenomenologia figura entre as principais correntes de pensamento desenvolvidas a partir do projeto inaugurado por Brentano em 1874. No entanto, vários outros pensadores pertencentes a outras correntes de pensamento, as quais certamente não foram menos relevantes para o atual estágio da filosofia contemporânea, analisaram a tese brentaniana da intencionalidade e desenvolveram seus respectivos programas de pesquisa a partir de perspectivas diversas àquelas dos filósofos da tradição fenomenológica. Entre eles figuraram Kasimir Twardowski, Alois Höfler, Alexius Meinong, Carl Stumpf, Anton Marty, Sigmund Freud, entre outros. Além disso, a partir da segunda metade do século passado e na esteira de uma tradição não fenomenológica, alguns pensadores pertencentes à nova corrente definida como filosofia da mente, desenvolvida no ceio da tradição analítica, recolocaram a tese brentaniana da intencionalidade no centro de suas análises filosóficas. A questão fundamental estabelecida por essa tradição foi aberta ao debate nos seguintes termos: a intencionalidade é a marca do mental? Desde então, o modo como essa questão fundamental vem sendo interpretada, bem como as diferentes respostas que ela tem recebido, diverge radicalmente em função dos pressupostos (ontológicos e epistemológicos) assumidos pelos programas de pesquisas dos filósofos da mente envolvidos no debate. Em função deste horizonte aberto, este trabalho está divido em três partes: (i) apresenta de modo sistemático os pontos fundamentais da análise de Fréchette (2021), a qual descreve o distanciamento da interpretação Standard de orientação fenomenológica ao traçar a rota da recepção do programa brentaniano pela tradição analítica da filosofia da mente; (ii) descreve o modo como Jaegwon Kim, em seu livro Philosophy of mind (2011/2019), analisa a tese brentaniana da intencionalidade com o propósito de apresentar uma suposta resposta consensual da filosofia da mente para a pergunta “a intencionalidade é a marca do mental?” O desenvolvimento das partes (i) e (ii) explicitará o pano de fundo para a sustentação da seguinte hipótese: Brentano teria bons argumentos para refutar a análise de Kim acerca da sua tese da intencionalidade, pois ao menos um pressuposto fundamental na definição de intencionalidade é tomado por Kim em sentido equivocado, a saber, presentação (Vorstellung), tal como sustentou Boccaccini (2023). Finalmente, (iii) a minha tese defendida na última parte deste trabalho assume, portanto, que Kim incorre na cilada da multiplicidade de sentidos do termo Vorstellung e, por isso, apresenta uma análise equivocada da tese bre","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"92 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139836221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.260694
Luis Niel
El artículo se centra en la fenomenología del tiempo de Husserl, como medio para abordar los conceptos de flujo absoluto de la conciencia y su intencionalidad "peculiar", a saber, la intencionalidad del flujo. En primer lugar, como introducción al tema principal, analizo brevemente la noción de acto-intencionalidad, es decir, la intencionalidad de los actos, tal como la presenta Husserl en sus Investigaciones lógicas; esto permitirá comparar y contrastar su significado conceptual con el de la intencionalidad del flujo. En segundo lugar, introduzco algunos conceptos y cuestiones clave de la fenomenología del tiempo, que son necesarios para la comprensión general del tema principal. En tercer lugar, tras presentar la distinción entre niveles de constitución, me centro en el más básico y fundamental, a saber, el nivel del flujo absoluto, que describo en detalle para explicar el significado de esta "otra" y peculiar intencionalidad: la intencionalidad del flujo, también llamada, intencionalidad-flujo.
{"title":"La Fenomenología del Tiempo","authors":"Luis Niel","doi":"10.51359/2357-9986.2023.260694","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.260694","url":null,"abstract":"El artículo se centra en la fenomenología del tiempo de Husserl, como medio para abordar los conceptos de flujo absoluto de la conciencia y su intencionalidad \"peculiar\", a saber, la intencionalidad del flujo. En primer lugar, como introducción al tema principal, analizo brevemente la noción de acto-intencionalidad, es decir, la intencionalidad de los actos, tal como la presenta Husserl en sus Investigaciones lógicas; esto permitirá comparar y contrastar su significado conceptual con el de la intencionalidad del flujo. En segundo lugar, introduzco algunos conceptos y cuestiones clave de la fenomenología del tiempo, que son necesarios para la comprensión general del tema principal. En tercer lugar, tras presentar la distinción entre niveles de constitución, me centro en el más básico y fundamental, a saber, el nivel del flujo absoluto, que describo en detalle para explicar el significado de esta \"otra\" y peculiar intencionalidad: la intencionalidad del flujo, también llamada, intencionalidad-flujo.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"33 26","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139775883","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.259047
Scheila Cristiane Thomé
Discutirei neste artigo o que conduziu Husserl a ampliar o seu primeiro modelo de intencionalidade, o modelo apreensão-conteúdo de apreensão (modelo da intencionalidade de ato), exposto inicialmente em Investigações lógicas. Procurarei mostrar que o conceito de intencionalidade de fluxo (Stromintentionalität) amplia o próprio conceito de intencionalidade, incialmente compreendido apenas como intencionalidade de ato. Mostrarei também que esta ampliação do conceito de intencionalidade implica em uma mudança de descrição fenomenológica da consciência, de uma análise estática à uma análise genética da consciência. Com isso, procurarei trazer uma contribuição à discussão feita por intérpretes de Husserl quanto ao abandono do modelo de constituição apreensão-conteúdo de apreensão. A posição que defendo é que Husserl abandona tal modelo intencional apenas para descrever as camadas mais profundas da constituição intencional, mas ainda utiliza tal modelo de intencionalidade de ato para descrever as camadas superficiais da constituição intencional (operadas por atos como recordação e expectativa).
{"title":"A ampliação do conceito de intencionalidade","authors":"Scheila Cristiane Thomé","doi":"10.51359/2357-9986.2023.259047","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259047","url":null,"abstract":"Discutirei neste artigo o que conduziu Husserl a ampliar o seu primeiro modelo de intencionalidade, o modelo apreensão-conteúdo de apreensão (modelo da intencionalidade de ato), exposto inicialmente em Investigações lógicas. Procurarei mostrar que o conceito de intencionalidade de fluxo (Stromintentionalität) amplia o próprio conceito de intencionalidade, incialmente compreendido apenas como intencionalidade de ato. Mostrarei também que esta ampliação do conceito de intencionalidade implica em uma mudança de descrição fenomenológica da consciência, de uma análise estática à uma análise genética da consciência. Com isso, procurarei trazer uma contribuição à discussão feita por intérpretes de Husserl quanto ao abandono do modelo de constituição apreensão-conteúdo de apreensão. A posição que defendo é que Husserl abandona tal modelo intencional apenas para descrever as camadas mais profundas da constituição intencional, mas ainda utiliza tal modelo de intencionalidade de ato para descrever as camadas superficiais da constituição intencional (operadas por atos como recordação e expectativa). ","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"35 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139776035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.258432
Brenda Cardoso Soares
Esse artigo tem o objetivo de explicitar o contexto em que surge o debate sobre a expressão (Ausdruck) presente na Fenomenologia da Percepção de Maurice Merleau-Ponty. Não se trata de debater a noção dentro dessa obra, mas de esclarecer sua origem na fenomenologia e seu diálogo com outros filósofos. Para isso vamos dividir a proposta em quatro partes: primeiramente entender como Husserl em Investigações Lógicas inaugura esse termo na fenomenologia, posteriormente entender como Gurwitsch retoma e ressignifica a expressão na fenomenologia husserliana utilizando a Teoria Gestalt; abordar o possível paralelo entre a expressão e a noção de “pregnância simbólica” (symbolische Prägnanz) de Cassirer; e por último iniciar uma descrição da proposta em Merleau-Ponty.
{"title":"Notas sobre a origem do debate acerca da expressão em Merleau-Ponty","authors":"Brenda Cardoso Soares","doi":"10.51359/2357-9986.2023.258432","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.258432","url":null,"abstract":"Esse artigo tem o objetivo de explicitar o contexto em que surge o debate sobre a expressão (Ausdruck) presente na Fenomenologia da Percepção de Maurice Merleau-Ponty. Não se trata de debater a noção dentro dessa obra, mas de esclarecer sua origem na fenomenologia e seu diálogo com outros filósofos. Para isso vamos dividir a proposta em quatro partes: primeiramente entender como Husserl em Investigações Lógicas inaugura esse termo na fenomenologia, posteriormente entender como Gurwitsch retoma e ressignifica a expressão na fenomenologia husserliana utilizando a Teoria Gestalt; abordar o possível paralelo entre a expressão e a noção de “pregnância simbólica” (symbolische Prägnanz) de Cassirer; e por último iniciar uma descrição da proposta em Merleau-Ponty.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"11 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139776166","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.51359/2357-9986.2023.258487
Daniel Ramos dos Santos
Esse artigo tem como objetivo fazer uma apresentação introdutória do debate sobre asserção. Para tanto, em um primeiro momento, farei uma breve visita às clássicas teorias dos atos de fala, mostrando a asserção como um tipo de ato de fala. Em seguida, mostrarei as variadas tentativas, em filosofia da linguagem e epistemologia, de encontrar os elementos definidores da asserção e as quatro teorias mais destacadas sobre asserção.
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