Pub Date : 2023-10-04DOI: 10.51359/2357-9986.2023.259052
Daria Zhurkova
The article analyzes how Russian pop music has responded to the coronavirus pandemic and its attendant quarantine and self-isolation. The songs that appeared under the quarantine restrictions and directly devoted to the issue could be divided into three theme blocks: politics, romance, and everyday life. In each of these areas, the author finds plot and music patterns that are consistent with the extreme situation or, conversely, attempt to ignore it. The article also deals with the features of video clips that have emerged under the new conditions. In particular, it discusses the contexts involving material quarantine symbols (mask, toilet paper), as well as different ways of incorporating the image of a doctor in the video clips. The article also specifies what distinguishes home-video clips shot by pop stars. In addition, the author analyzes the reasons for the phenomenal success of the song "Crying at a Techno Party" (performed by "Khleb" and "Cream coda"), which was written long before the pandemic, but suddenly became its music symbol.
{"title":"No more parties”: Russian pop music in the context of self-isolation","authors":"Daria Zhurkova","doi":"10.51359/2357-9986.2023.259052","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259052","url":null,"abstract":"The article analyzes how Russian pop music has responded to the coronavirus pandemic and its attendant quarantine and self-isolation. The songs that appeared under the quarantine restrictions and directly devoted to the issue could be divided into three theme blocks: politics, romance, and everyday life. In each of these areas, the author finds plot and music patterns that are consistent with the extreme situation or, conversely, attempt to ignore it. The article also deals with the features of video clips that have emerged under the new conditions. In particular, it discusses the contexts involving material quarantine symbols (mask, toilet paper), as well as different ways of incorporating the image of a doctor in the video clips. The article also specifies what distinguishes home-video clips shot by pop stars. In addition, the author analyzes the reasons for the phenomenal success of the song \"Crying at a Techno Party\" (performed by \"Khleb\" and \"Cream coda\"), which was written long before the pandemic, but suddenly became its music symbol.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135552237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-04DOI: 10.51359/2357-9986.2023.259051
Pablo Fontoura
This article explores the concept of sight perception from both cognitive and aesthetic perspectives, by examining the limits of visual attention. It discusses how conscious and unconscious mechanisms can influence what individuals see and may experience aesthetically. It also presents empirical research employing eye-tracking to analyze the visual behavior of visitors of an art exhibition viewing a painting of Japanese artist Isson Tanaka (1908-1977). The study demonstrates that indiscernible aspects of vision interact on the limits of perception, which gives birth to new images. Specifically, the eye-tracking records and uncovers the invisible traces of people's eyes as they are observing the painting, providing opportunities for visual poetics based on sensory input and eye movements. Overall, this interdisciplinary approach contributes to a more thorough understanding of the complexities of visual perception in the arts.
{"title":"The limits of aesthetic seeing","authors":"Pablo Fontoura","doi":"10.51359/2357-9986.2023.259051","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259051","url":null,"abstract":"This article explores the concept of sight perception from both cognitive and aesthetic perspectives, by examining the limits of visual attention. It discusses how conscious and unconscious mechanisms can influence what individuals see and may experience aesthetically. It also presents empirical research employing eye-tracking to analyze the visual behavior of visitors of an art exhibition viewing a painting of Japanese artist Isson Tanaka (1908-1977). The study demonstrates that indiscernible aspects of vision interact on the limits of perception, which gives birth to new images. Specifically, the eye-tracking records and uncovers the invisible traces of people's eyes as they are observing the painting, providing opportunities for visual poetics based on sensory input and eye movements. Overall, this interdisciplinary approach contributes to a more thorough understanding of the complexities of visual perception in the arts.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135548898","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251187
L. Lindenmeyer
Este artigo trata da relação entre hermenêutica e transcendentalismo. Em específico, são considerados elementos conceituais de dois hermeneutas, Heidegger e Gadamer, bem como a noção de filosofia transcendental elaborada por Husserl. É claro que a questão do transcendentalismo é anterior ao que hoje nós conhecemos por tradição fenomenológica-hermenêutica, na qual estão inseridos os autores mencionados. A proposta aqui é justamente traçar as correspondências filosóficas entre as hermenêuticas da facticidade heideggeriana e filosófica gadameriana e o novo modelo de transcendentalismo constituinte da fenomenologia husserliana. Considero, portanto, as críticas de Husserl a Descartes e a Kant, filósofos que são associados à filosofia transcendental moderna e com os quais Husserl esteve em confronto teórico. Mesmo que a polêmica virada transcendental de Husserl tenha sido muito criticada, sua fenomenologia transcendental é fundada como uma orientação epistemológica que influenciará as teorias da interpretação de seus sucessores supracitados, na medida em que coloca em questão a constituição de “objetividades” pela perspectiva da significação.
{"title":"Hermenêutica e o \"novo\" transcendentalismo","authors":"L. Lindenmeyer","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251187","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251187","url":null,"abstract":"Este artigo trata da relação entre hermenêutica e transcendentalismo. Em específico, são considerados elementos conceituais de dois hermeneutas, Heidegger e Gadamer, bem como a noção de filosofia transcendental elaborada por Husserl. É claro que a questão do transcendentalismo é anterior ao que hoje nós conhecemos por tradição fenomenológica-hermenêutica, na qual estão inseridos os autores mencionados. A proposta aqui é justamente traçar as correspondências filosóficas entre as hermenêuticas da facticidade heideggeriana e filosófica gadameriana e o novo modelo de transcendentalismo constituinte da fenomenologia husserliana. Considero, portanto, as críticas de Husserl a Descartes e a Kant, filósofos que são associados à filosofia transcendental moderna e com os quais Husserl esteve em confronto teórico. Mesmo que a polêmica virada transcendental de Husserl tenha sido muito criticada, sua fenomenologia transcendental é fundada como uma orientação epistemológica que influenciará as teorias da interpretação de seus sucessores supracitados, na medida em que coloca em questão a constituição de “objetividades” pela perspectiva da significação. ","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123602412","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251916
L. Alves
Neste esforço, dois aspectos fundamentais da ontologia heideggeriana -- a saber, a compreensão de evento como algo intrinsecamente marcado por um caráter apropriador e do Dasein como modo de ser apropriativo por excelência -- serão usados como fio condutor de uma análise interpretativa que buscará evidenciar eventos históricos críticos como sintomas exemplares de sua notável vigência e do ferrenho endosso de sua generalidade na construção histórica do Ocidente. Concretamente, trataremos de dois eventos históricos diretamente ligados à tecelagem: de um lado, a apropriação da produção de tecidos na América Andina, segundo a documentação picto-historiográfica de Waman Puma e as diretrizes hermenêuticas da Sociología de la Imagen de Silvia Rivera Cusicanqui; e, de outro, a apropriação das imagens da tecelagem na construção descritiva e valorativa das noção de político em oposição à de sofista nos diálogos platônicos Sofista e Político. Como conclusão, alegamos que, das três categorias fundamentais para a análise apresentada -- a saber, modo de ser, atividade e produto -- aquela que é relegada ao menor grau de visibilidade nas distintas dinâmicas apropriativas examinadas que caracterizam diferentes regiões sócio-históricas do Ocidente, o modo de ser, é exatamente aquela cuja desvalorização é inevitável e indispensável para a sua ocorrência; e que isso elucida e explicita o caráter de opressão de gênero inerente aos fenômenos analisados.
{"title":"Acontecimentos apropriativos e redução ontológica em termos de modo de ser, atividade e produto: tecendo conexões entre a Atenas de Platão e a América de Waman Puma","authors":"L. Alves","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251916","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251916","url":null,"abstract":"Neste esforço, dois aspectos fundamentais da ontologia heideggeriana -- a saber, a compreensão de evento como algo intrinsecamente marcado por um caráter apropriador e do Dasein como modo de ser apropriativo por excelência -- serão usados como fio condutor de uma análise interpretativa que buscará evidenciar eventos históricos críticos como sintomas exemplares de sua notável vigência e do ferrenho endosso de sua generalidade na construção histórica do Ocidente. Concretamente, trataremos de dois eventos históricos diretamente ligados à tecelagem: de um lado, a apropriação da produção de tecidos na América Andina, segundo a documentação picto-historiográfica de Waman Puma e as diretrizes hermenêuticas da Sociología de la Imagen de Silvia Rivera Cusicanqui; e, de outro, a apropriação das imagens da tecelagem na construção descritiva e valorativa das noção de político em oposição à de sofista nos diálogos platônicos Sofista e Político. Como conclusão, alegamos que, das três categorias fundamentais para a análise apresentada -- a saber, modo de ser, atividade e produto -- aquela que é relegada ao menor grau de visibilidade nas distintas dinâmicas apropriativas examinadas que caracterizam diferentes regiões sócio-históricas do Ocidente, o modo de ser, é exatamente aquela cuja desvalorização é inevitável e indispensável para a sua ocorrência; e que isso elucida e explicita o caráter de opressão de gênero inerente aos fenômenos analisados.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121183827","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251905
Paula Furtado Goulart
O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito e as características da ideia de jogo, de acordo com a hermenêutica filosófica de Gadamer. O jogo, para além de ser uma experiência subjetiva do jogador, também pode ser compreendido como um fenômeno externo aos jogadores e que os abarca. Nisso reside seu caráter medial, isto é, o jogo é expressão de tudo aquilo que pode ser meio. A fim de ilustrar tal entendimento sobre o conceito de jogo, este será articulado com a experiência de verdade da arte, o processo de compreensão e o diálogo nas três seções de Verdade e MétodoI. Dessa forma, será possível colocar em relevo a importância estrutural desse conceito na arquitetura da referida obra.
{"title":"O jogo da hermenêutica filosófica de Gadamer: o jogo da arte, da compreensão e do diálogo","authors":"Paula Furtado Goulart","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251905","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251905","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito e as características da ideia de jogo, de acordo com a hermenêutica filosófica de Gadamer. O jogo, para além de ser uma experiência subjetiva do jogador, também pode ser compreendido como um fenômeno externo aos jogadores e que os abarca. Nisso reside seu caráter medial, isto é, o jogo é expressão de tudo aquilo que pode ser meio. A fim de ilustrar tal entendimento sobre o conceito de jogo, este será articulado com a experiência de verdade da arte, o processo de compreensão e o diálogo nas três seções de Verdade e MétodoI. Dessa forma, será possível colocar em relevo a importância estrutural desse conceito na arquitetura da referida obra.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116244834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251807
J. Silva, Marcius Tadeu Maciel Nahur
O presente texto pretende discutir, baseado em pesquisa bibliográfica e documental, a temática recorrente dos direitos, tendo em vista a banalização do mal e o problema do chamado humanismo jurídico deficiente, a partir de uma fundamentação hermenêutico-fenomenológica em Paul Ricoeur. Nesse sentido, lança a noção fundamental de uma antropologia do “quem”, como ponto referencial para o esforço de reconstrução estrutural do chamado sujeito capaz, enquanto alguém que fala, age, narra e responde, além de ser digno de estima e respeito, com abertura para o horizonte das relações interpessoais e institucionais, em que se manifestam reconhecimento, reciprocidade e justiça, até se alcançar o real sujeito do direito. Não um virtual, mas um real sujeito do direito, notadamente, amparado como pessoa pelos direitos humanos, posto que titular natural e indistinto desses direitos exponenciais e inegociáveis. Afinal, direitos humanos, individuais e sociais, tanto podem ser preservados, quanto correm risco de perecer, se não forem bem cuidados, com liberdade e responsabilidade, tanto por seus titulares, quanto pelas instituições encarregadas das mediações e das garantias desses direitos.
{"title":"A banalização do mal e direitos humanos: uma leitura hermenêutico-fenomenológica em Paul Ricoeur","authors":"J. Silva, Marcius Tadeu Maciel Nahur","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251807","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251807","url":null,"abstract":"O presente texto pretende discutir, baseado em pesquisa bibliográfica e documental, a temática recorrente dos direitos, tendo em vista a banalização do mal e o problema do chamado humanismo jurídico deficiente, a partir de uma fundamentação hermenêutico-fenomenológica em Paul Ricoeur. Nesse sentido, lança a noção fundamental de uma antropologia do “quem”, como ponto referencial para o esforço de reconstrução estrutural do chamado sujeito capaz, enquanto alguém que fala, age, narra e responde, além de ser digno de estima e respeito, com abertura para o horizonte das relações interpessoais e institucionais, em que se manifestam reconhecimento, reciprocidade e justiça, até se alcançar o real sujeito do direito. Não um virtual, mas um real sujeito do direito, notadamente, amparado como pessoa pelos direitos humanos, posto que titular natural e indistinto desses direitos exponenciais e inegociáveis. Afinal, direitos humanos, individuais e sociais, tanto podem ser preservados, quanto correm risco de perecer, se não forem bem cuidados, com liberdade e responsabilidade, tanto por seus titulares, quanto pelas instituições encarregadas das mediações e das garantias desses direitos.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122260184","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251715
Frederico Soares de Almeida
Este artigo tem como objetivo apresentar a interpretação ricoeuriana da hermenêutica filosófica elaborada por Hans-Georg Gadamer, enfatizando como as reflexões desse teórico alemão tornaram-se relevantes pontos de partida para a construção do pensamento de Ricoeur a respeito do “mundo do texto”. Gadamer é reconhecido como o maior pensador da hermenêutica filosófica do século XX. Ele realiza, juntamente com Heidegger, o movimento da epistemologia à ontologia. A experiência fundamental, por meio da qual a obra de Gadamer é estruturada, é a do escândalo que constitui, à escala da consciência moderna, a espécie de distanciamento alienante que lhe parece ser o pressuposto das ciências do espírito. Gadamer desenvolve esse debate nas três esferas, a serem destacadas neste ensaio, pelas quais se reparte a experiência hermenêutica: a esfera estética, a esfera histórica e a esfera da linguagem. Ao final, este artigo menciona como Paul Ricoeur levou em consideração uma série de sugestões fundamentais presentes na hermenêutica de Gadamer, as quais o influenciaram diretamente em sua própria hermenêutica, conduzindo o filósofo francês à compreensão do “mundo do texto”.
{"title":"A interpretação Ricoeuriana da Hermenêutica Filosófica de Hans-Georg Gadamer","authors":"Frederico Soares de Almeida","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251715","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251715","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo apresentar a interpretação ricoeuriana da hermenêutica filosófica elaborada por Hans-Georg Gadamer, enfatizando como as reflexões desse teórico alemão tornaram-se relevantes pontos de partida para a construção do pensamento de Ricoeur a respeito do “mundo do texto”. Gadamer é reconhecido como o maior pensador da hermenêutica filosófica do século XX. Ele realiza, juntamente com Heidegger, o movimento da epistemologia à ontologia. A experiência fundamental, por meio da qual a obra de Gadamer é estruturada, é a do escândalo que constitui, à escala da consciência moderna, a espécie de distanciamento alienante que lhe parece ser o pressuposto das ciências do espírito. Gadamer desenvolve esse debate nas três esferas, a serem destacadas neste ensaio, pelas quais se reparte a experiência hermenêutica: a esfera estética, a esfera histórica e a esfera da linguagem. Ao final, este artigo menciona como Paul Ricoeur levou em consideração uma série de sugestões fundamentais presentes na hermenêutica de Gadamer, as quais o influenciaram diretamente em sua própria hermenêutica, conduzindo o filósofo francês à compreensão do “mundo do texto”.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"121 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133519636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251476
Verônica Ventorini Ferreira, Rodrigo Mesquita da Silva
Este artigo tem por objetivo contribuir para o debate sobre a aplicabilidade da hermenêutica filosófica para os estudos na área da educação. Apresentamos, brevemente, a aproximação entre a hermenêutica filosófica e alguns aspectos da educação, como ética, didática e pesquisa. Posteriormente, são abordados o jogo hermenêutico, o círculo hermenêutico e o diálogo hermenêutico, considerando sua aplicação em uma pesquisa desenvolvida no âmbito das políticas educacionais. Ainda, no terceiro momento destacamos a aplicação da estrutura prévia de compreensão e, como resultado, a elaboração de categorias para o estabelecimento de análise sobre o processo de regulação pelas políticas públicas para educação.
{"title":"Possibilidade de aplicação da Hermenêutica Filosófica ao campo da Educação","authors":"Verônica Ventorini Ferreira, Rodrigo Mesquita da Silva","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251476","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251476","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo contribuir para o debate sobre a aplicabilidade da hermenêutica filosófica para os estudos na área da educação. Apresentamos, brevemente, a aproximação entre a hermenêutica filosófica e alguns aspectos da educação, como ética, didática e pesquisa. Posteriormente, são abordados o jogo hermenêutico, o círculo hermenêutico e o diálogo hermenêutico, considerando sua aplicação em uma pesquisa desenvolvida no âmbito das políticas educacionais. Ainda, no terceiro momento destacamos a aplicação da estrutura prévia de compreensão e, como resultado, a elaboração de categorias para o estabelecimento de análise sobre o processo de regulação pelas políticas públicas para educação.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129494326","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251901
Rodrigo Viana Passos
O presente texto pretende realizar um diálogo introdutório entre o filósofo alemão H.-G. Gadamer e o poeta brasileiro Ferreira Gullar. Apesar de caminhos iniciais distintos, eles confluem para um tema comum a ambos e extremamente central para o humano: a experiência artística como acontecimento da verdade. É um autêntico movimento de defesa contra alguns efeitos nefastos da tecnização do mundo. Nesse caminho, pensar a poesia como verdade nos possibilita reabilitar sua voz para nós, na medida em que nos revela que, para além de puro objeto estético, a arte em geral – e assim a “literatura” também – é, como nos ensina Gadamer, uma [re]presentação (Darstellung) do ser, e sua linguagem é a própria possibilidade de recriarmos o mundo linguisticamente configurado, e, assim, mudarmos a nós mesmos – uma exigência prática. Da parte de Ferreira Gullar, um testemunho categórico disso é sua obra poética engajada, não apenas socialmente, mas antes de mais nada poeticamente – englobando de maneira original tudo aquilo que podemos chamar de mundo –, e que possui como momento áureo o Poema sujo. Nos valeremos do espaço de jogo poético deste poema de Ferreira Gullar para pensarmos com ambos como é possível nos dias atuais fazermos e experimentarmos arte verdadeiramente.
{"title":"Poesia e verdade: um diálogo entre Ferreira Gullar e H.-G. Gadamer","authors":"Rodrigo Viana Passos","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251901","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251901","url":null,"abstract":"O presente texto pretende realizar um diálogo introdutório entre o filósofo alemão H.-G. Gadamer e o poeta brasileiro Ferreira Gullar. Apesar de caminhos iniciais distintos, eles confluem para um tema comum a ambos e extremamente central para o humano: a experiência artística como acontecimento da verdade. É um autêntico movimento de defesa contra alguns efeitos nefastos da tecnização do mundo. Nesse caminho, pensar a poesia como verdade nos possibilita reabilitar sua voz para nós, na medida em que nos revela que, para além de puro objeto estético, a arte em geral – e assim a “literatura” também – é, como nos ensina Gadamer, uma [re]presentação (Darstellung) do ser, e sua linguagem é a própria possibilidade de recriarmos o mundo linguisticamente configurado, e, assim, mudarmos a nós mesmos – uma exigência prática. Da parte de Ferreira Gullar, um testemunho categórico disso é sua obra poética engajada, não apenas socialmente, mas antes de mais nada poeticamente – englobando de maneira original tudo aquilo que podemos chamar de mundo –, e que possui como momento áureo o Poema sujo. Nos valeremos do espaço de jogo poético deste poema de Ferreira Gullar para pensarmos com ambos como é possível nos dias atuais fazermos e experimentarmos arte verdadeiramente. ","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130406388","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-08DOI: 10.51359/2357-9986.2023.251032
Vinicius Oliveira Sanfelice
O objetivo deste artigo é comparar a defesa do discurso poético que Paul Ricœur faz em sua teoria da metáfora “viva” e a crítica de Susan Sontag ao uso de metáforas na descrição de patologias. Ao retirar a produtividade das metáforas do âmbito de análise do discurso poético e colocá-la no âmbito da disputa retórica pela doença, Sontag questiona tal produtividade sem negá-la. Enfatizar a manipulabilidade de metáforas aponta a raiz comum da produtividade que Ricœur e Sontag partilham ao escolher Aristóteles como ponto de partida, respectivamente, para a defesa e para a crítica de figuras poéticas e retóricas do discurso. Este artigo analisa como essas interpretações do poder e uso de metáforas estão relacionadas com um conflito entre ontologia e epistemologia encontrado na obra filosófica de Ricœur e na obra filosófica e literária de Sontag. O artigo também aborda uma modelo de compreensão metafórica que aponta o uso nocivo de metáforas como causa de situações de injustiça hermenêutica.
{"title":"Sontag/Ricœur: metaforicidade, patologia e disputas retóricas","authors":"Vinicius Oliveira Sanfelice","doi":"10.51359/2357-9986.2023.251032","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251032","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é comparar a defesa do discurso poético que Paul Ricœur faz em sua teoria da metáfora “viva” e a crítica de Susan Sontag ao uso de metáforas na descrição de patologias. Ao retirar a produtividade das metáforas do âmbito de análise do discurso poético e colocá-la no âmbito da disputa retórica pela doença, Sontag questiona tal produtividade sem negá-la. Enfatizar a manipulabilidade de metáforas aponta a raiz comum da produtividade que Ricœur e Sontag partilham ao escolher Aristóteles como ponto de partida, respectivamente, para a defesa e para a crítica de figuras poéticas e retóricas do discurso. Este artigo analisa como essas interpretações do poder e uso de metáforas estão relacionadas com um conflito entre ontologia e epistemologia encontrado na obra filosófica de Ricœur e na obra filosófica e literária de Sontag. O artigo também aborda uma modelo de compreensão metafórica que aponta o uso nocivo de metáforas como causa de situações de injustiça hermenêutica.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126966440","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}