Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e93297
A. Vaz, Julyana Sueme Winkler Oshiro Galindo, T. Souza, Christian Muleka Mwewa
Este material diz respeito a uma entrevista concedida pelo Professor Doutor Alexandre Fernandez Vaz sobre a infância em Walter Benjamin (1892-1940) e a importância da experiência para a constituição da subjetividade. Além do mais, focalizou questões sobre a infância, questões étnicas, “raciais” e o papel do adulto (professor/a da educação infantil) nessas relações, pautadas no pensamento do filósofo judeu alemão. Foi dividida em três blocos distribuídos da seguinte forma: no primeiro foram três questões; no segundo mais três e no último apenas uma questão com percepções e comentários gerais do entrevistado e do/as entrevistador/as.
{"title":"Um olhar... uma narração... uma conversa pelo pensamento de Walter Benjamin...","authors":"A. Vaz, Julyana Sueme Winkler Oshiro Galindo, T. Souza, Christian Muleka Mwewa","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e93297","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e93297","url":null,"abstract":"Este material diz respeito a uma entrevista concedida pelo Professor Doutor Alexandre Fernandez Vaz sobre a infância em Walter Benjamin (1892-1940) e a importância da experiência para a constituição da subjetividade. Além do mais, focalizou questões sobre a infância, questões étnicas, “raciais” e o papel do adulto (professor/a da educação infantil) nessas relações, pautadas no pensamento do filósofo judeu alemão. Foi dividida em três blocos distribuídos da seguinte forma: no primeiro foram três questões; no segundo mais três e no último apenas uma questão com percepções e comentários gerais do entrevistado e do/as entrevistador/as.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"2020 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114500107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e91321
K. Agostinho, Carolina Pereira Sousa, Rayssa de Souza
O presente relato narra a experiência de estágio obrigatório na Educação Infantil, realizado na 7ª fase do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Santa Catarina, no ano de 2021. O estágio foi realizado integralmente de forma remota, devido ao distanciamento social causado pela pandemia do novo Corona vírus. No texto narramos os desafios de estagiar sem o contato direto com as crianças, professores(as) e instituições, trazendo inquietudes, inseguranças e indagações no que se refere ao nosso processo formativo nesta conjuntura, articuladas a reflexões e considerações a respeito da possibilidade de resistência, na utilização deste distanciamento, como um tempo tempestivo para, em conjunto, (re)pensar, explorar e escrever sobre as especificidades da Educação Infantil e o tempo da infância como um direito, bem como advogar a importância das ferramentas da ação pedagógica como instrumentos imprescindíveis para uma permanente construção da docência na Educação Infantil.
{"title":"Estagiar na Educação Infantil em tempos de pandemia: travessia entre a tempestade do distanciamento e o distanciamento como tempestividade","authors":"K. Agostinho, Carolina Pereira Sousa, Rayssa de Souza","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e91321","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e91321","url":null,"abstract":"O presente relato narra a experiência de estágio obrigatório na Educação Infantil, realizado na 7ª fase do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Santa Catarina, no ano de 2021. O estágio foi realizado integralmente de forma remota, devido ao distanciamento social causado pela pandemia do novo Corona vírus. No texto narramos os desafios de estagiar sem o contato direto com as crianças, professores(as) e instituições, trazendo inquietudes, inseguranças e indagações no que se refere ao nosso processo formativo nesta conjuntura, articuladas a reflexões e considerações a respeito da possibilidade de resistência, na utilização deste distanciamento, como um tempo tempestivo para, em conjunto, (re)pensar, explorar e escrever sobre as especificidades da Educação Infantil e o tempo da infância como um direito, bem como advogar a importância das ferramentas da ação pedagógica como instrumentos imprescindíveis para uma permanente construção da docência na Educação Infantil.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128337353","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e90785
Aline Aparecida Souza de Veiga, Marta Regina Paulo da Silva
Em defesa de uma educação equitativa, que respeite, acolha e valorize as diferenças étnico-raciais e culturais presentes em nossa sociedade desde a primeira infância, este ensaio tem por objetivo discutir a presença da temática racial na creche. Para tanto, propõe uma reflexão sobre o processo de construção da identidade vivenciado pelas crianças, em especial as crianças negras. Ressalta o papel da creche e de seus educadores e educadoras nesse processo e a construção de práticas pedagógicas que respeitem as diferenças presentes nesses espaços educativos, coadunando uma educação humanizadora aos valores civilizatórios afro-brasileiros. Conclui que as diferenças precisam ser visibilizadas e celebradas para que as creches se tornem espaços de todos(as) e de cada um(a).
{"title":"Relações raciais e a creche: um ensaio sobre a formação da identidade negra e a prática educativa","authors":"Aline Aparecida Souza de Veiga, Marta Regina Paulo da Silva","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e90785","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90785","url":null,"abstract":"Em defesa de uma educação equitativa, que respeite, acolha e valorize as diferenças étnico-raciais e culturais presentes em nossa sociedade desde a primeira infância, este ensaio tem por objetivo discutir a presença da temática racial na creche. Para tanto, propõe uma reflexão sobre o processo de construção da identidade vivenciado pelas crianças, em especial as crianças negras. Ressalta o papel da creche e de seus educadores e educadoras nesse processo e a construção de práticas pedagógicas que respeitem as diferenças presentes nesses espaços educativos, coadunando uma educação humanizadora aos valores civilizatórios afro-brasileiros. Conclui que as diferenças precisam ser visibilizadas e celebradas para que as creches se tornem espaços de todos(as) e de cada um(a).","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115471458","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e86496
Andreia Dos Santos Oliveira, Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto
A literatura infantil contribui para a formação psíquica da criança, por isso proporcionar o encontro dos pequenos e das pequenas com o objeto livro literário torna-se direito fundamental da infância. Na atualidade temos à disposição uma diversidade de obras produzidas por diferentes autores e autoras. Muitas dessas são exemplos de textos intertextuais produzidos a partir de narrativas clássicas. É interessante observar as transformações sociais ocorridas nessas histórias que são contadas ao longo do tempo, nos mais distintos lugares e por diferentes escritores e escritoras. É isso que ocorre no livro ilustrado Uma Chapeuzinho Vermelho escrito e ilustrado pela francesa Marlonaine Leray. Conhecer essa narrativa nos levou a produzir o presente artigo, cujo objetivo é analisar a representação feminina na obra Uma Chapeuzinho Vermelho. Analisamos tanto os elementos verbais quanto não verbais da obra e os resultados apontam uma transformação no modo de representar a figura feminina. Se antes, nas versões clássicas, tínhamos uma menina frágil e necessitada da proteção masculina, agora invertem-se os papéis e Leray nos apresenta uma personagem decidida, forte, corajosa e astuta, capaz de superar por si só os seus problemas.
{"title":"Outra representação de mulher em Uma Chapeuzinho Vermelho","authors":"Andreia Dos Santos Oliveira, Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e86496","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e86496","url":null,"abstract":"A literatura infantil contribui para a formação psíquica da criança, por isso proporcionar o encontro dos pequenos e das pequenas com o objeto livro literário torna-se direito fundamental da infância. Na atualidade temos à disposição uma diversidade de obras produzidas por diferentes autores e autoras. Muitas dessas são exemplos de textos intertextuais produzidos a partir de narrativas clássicas. É interessante observar as transformações sociais ocorridas nessas histórias que são contadas ao longo do tempo, nos mais distintos lugares e por diferentes escritores e escritoras. É isso que ocorre no livro ilustrado Uma Chapeuzinho Vermelho escrito e ilustrado pela francesa Marlonaine Leray. Conhecer essa narrativa nos levou a produzir o presente artigo, cujo objetivo é analisar a representação feminina na obra Uma Chapeuzinho Vermelho. Analisamos tanto os elementos verbais quanto não verbais da obra e os resultados apontam uma transformação no modo de representar a figura feminina. Se antes, nas versões clássicas, tínhamos uma menina frágil e necessitada da proteção masculina, agora invertem-se os papéis e Leray nos apresenta uma personagem decidida, forte, corajosa e astuta, capaz de superar por si só os seus problemas.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124359748","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e90673
Ana Paula Evaristo Russi, Josiele Bené Lahorgue
Este artigo tem como objetivo refletir sobre uma ética das experiências, identificando alguns elementos que operam na relação entre crianças que frequentam um terreiro de Batuque jeje-ijexá educação das entrelinhas, e também com as demais crianças da comunidade do entorno do referido terreiro. Para tanto, partimos das reflexões sobre racismo estrutural a partir de Almeida (2019), Passos (2015) e Munanga (2003), e sobre intolerância religiosa e racismo religioso de Nogueira (2020). Como metodologia, utilizamos a análise do discurso de Bakhtin (2010), apresentando três cenas e tecendo diálogos com as categorias ética e experiência de Benjamin (1994; 2002; 2013) e com a perspectiva da ética Ubuntu de Noguera (2012). Compreende-se que existem intersecções sociais e da ordem étnico-racial que engendram as relações analisadas neste artigo, e que nos dão pistas para compreender uma ética das experiências vivenciadas como condição de possibilidade para pensarmos a educação das entrelinhas por crianças. .
{"title":"“Eles não sacrificam animais que nem aqui”: a ética das crianças e o enfrentamento ao racismo religioso","authors":"Ana Paula Evaristo Russi, Josiele Bené Lahorgue","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e90673","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90673","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo refletir sobre uma ética das experiências, identificando alguns elementos que operam na relação entre crianças que frequentam um terreiro de Batuque jeje-ijexá educação das entrelinhas, e também com as demais crianças da comunidade do entorno do referido terreiro. Para tanto, partimos das reflexões sobre racismo estrutural a partir de Almeida (2019), Passos (2015) e Munanga (2003), e sobre intolerância religiosa e racismo religioso de Nogueira (2020). Como metodologia, utilizamos a análise do discurso de Bakhtin (2010), apresentando três cenas e tecendo diálogos com as categorias ética e experiência de Benjamin (1994; 2002; 2013) e com a perspectiva da ética Ubuntu de Noguera (2012). Compreende-se que existem intersecções sociais e da ordem étnico-racial que engendram as relações analisadas neste artigo, e que nos dão pistas para compreender uma ética das experiências vivenciadas como condição de possibilidade para pensarmos a educação das entrelinhas por crianças.\u0000.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"157 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114802906","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e90911
Diane Valdez, Elis Regina da Silva Oliveira, Danielly Cardoso da Silva
Sob as lentes da história, da literatura e da imprensa, apresenta-se neste artigo a questão da infância negra e o impacto do racismo dialogando com dois contos que têm duas meninas negras como protagonistas, a saber: Negrinha, de Monteiro Lobato (1994), e Nota – De como acabou, em Goiás, o castigo dos cacos quebrado no pescoço, de Cora Coralina (2011). Com essas duas escritas literárias, busca-se dialogar com matérias encontradas em páginas da imprensa que abordam casos de racismo cometidos contra crianças nos sete primeiros meses do ano de 2022. A análise desta temática se sustenta em estudos bibliográficos na literatura, história da infância e da atualidade, uma incursão que possibilitou constatar que, apesar das especificidades de cada conto, assim como a atualidade de parte da realidade, as narrativas se convergem e fornecem ao trabalho historiográfico o retrato da criança negra, vivendo em um espaço marcado pelo vestígio da escravidão, logo, lugar de opressão. Ao confrontar a literatura feita no século XX com os casos de racismo divulgados na imprensa, percebem-se os corpos marcados das crianças pelo racismo e, ainda que os movimentos antirracistas tenham conquistado espaço, são visíveis as marcas que atingem, com sequelas, as vidas das crianças negras.
{"title":"Corpos marcados nos tempos da história: infâncias negras na literatura e na imprensa","authors":"Diane Valdez, Elis Regina da Silva Oliveira, Danielly Cardoso da Silva","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e90911","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90911","url":null,"abstract":"Sob as lentes da história, da literatura e da imprensa, apresenta-se neste artigo a questão da infância negra e o impacto do racismo dialogando com dois contos que têm duas meninas negras como protagonistas, a saber: Negrinha, de Monteiro Lobato (1994), e Nota – De como acabou, em Goiás, o castigo dos cacos quebrado no pescoço, de Cora Coralina (2011). Com essas duas escritas literárias, busca-se dialogar com matérias encontradas em páginas da imprensa que abordam casos de racismo cometidos contra crianças nos sete primeiros meses do ano de 2022. A análise desta temática se sustenta em estudos bibliográficos na literatura, história da infância e da atualidade, uma incursão que possibilitou constatar que, apesar das especificidades de cada conto, assim como a atualidade de parte da realidade, as narrativas se convergem e fornecem ao trabalho historiográfico o retrato da criança negra, vivendo em um espaço marcado pelo vestígio da escravidão, logo, lugar de opressão. Ao confrontar a literatura feita no século XX com os casos de racismo divulgados na imprensa, percebem-se os corpos marcados das crianças pelo racismo e, ainda que os movimentos antirracistas tenham conquistado espaço, são visíveis as marcas que atingem, com sequelas, as vidas das crianças negras.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120965158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e93212
Maria Julieta Weber, P. Matos
Este artigo contribui para o estudo da eugenia e da higiene mental tendo como foco o contexto infantil na família, escola e instituições, no Brasil e em Portugal, na primeira metade do século XX. Partindo da análise sobretudo de fontes documentais, publicadas e não publicadas, as autoras buscaram propostas para o melhoramento da espécie humana desde a infância. No Brasil, foram encontradas várias intervenções de ordem intelectual e política, como aconteceu no Laboratório de Pedagogia Experimental da Escola Normal Secundária de São Paulo (1914) e na Clinica de Euphrenia (1932) no Distrito Federal, Rio de Janeiro. Em Portugal, constatou-se que as formulações do pensamento higiénico e eugénico foram influentes na atuação de várias instituições de acolhimento, como aconteceu na Tutoria de Infância do Porto. As propostas presentes nas fontes analisadas, sobretudo produzidas por figuras ligadas ao poder – médicos, educadores, legisladores e políticos – permitiram identificar preocupações comuns com a saúde física e mental das crianças e, portanto, com a suposta regeneração nacional em ambos os países, mas denunciaram preconceitos sociais, que contribuíram para a disseminação de discriminações.
{"title":"Melhorar a espécie humana desde a infância: eugenia e higiene mental no Brasil e em Portugal (primeira metade do século XX)","authors":"Maria Julieta Weber, P. Matos","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e93212","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e93212","url":null,"abstract":"Este artigo contribui para o estudo da eugenia e da higiene mental tendo como foco o contexto infantil na família, escola e instituições, no Brasil e em Portugal, na primeira metade do século XX. Partindo da análise sobretudo de fontes documentais, publicadas e não publicadas, as autoras buscaram propostas para o melhoramento da espécie humana desde a infância. No Brasil, foram encontradas várias intervenções de ordem intelectual e política, como aconteceu no Laboratório de Pedagogia Experimental da Escola Normal Secundária de São Paulo (1914) e na Clinica de Euphrenia (1932) no Distrito Federal, Rio de Janeiro. Em Portugal, constatou-se que as formulações do pensamento higiénico e eugénico foram influentes na atuação de várias instituições de acolhimento, como aconteceu na Tutoria de Infância do Porto. As propostas presentes nas fontes analisadas, sobretudo produzidas por figuras ligadas ao poder – médicos, educadores, legisladores e políticos – permitiram identificar preocupações comuns com a saúde física e mental das crianças e, portanto, com a suposta regeneração nacional em ambos os países, mas denunciaram preconceitos sociais, que contribuíram para a disseminação de discriminações.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127064327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e90781
Norma Silvia Trindade Lima, Mariana Semião de Lima
O ensaio propõe pensar a educação infantil como um território-terreiro formativo privilegiado, reconhecendo como urgente e necessária a problematização do racismo epistêmico no curso da geopolítica do conhecimento colonial e seus processos de colonialidade nos âmbitos do saber, do ser e do poder. Como sujeitos da experiência em diálogos com o pensamento decolonial e autores contemporâneos que discutem brasilidades, ponderamos que as epistemes macumbísticas, compreendidas como um feixe múltiplo de práticas culturais afrodiaspóricas, como as capoeiras e os candomblés, podem, como potências analíticas, mobilizar e ampliar as fronteiras e gramáticas formativas de novas gerações, na perspectiva inclusiva e antirracista, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e com a Lei 10.639/2003
{"title":"Rasuras e perspectivas macumbísticas para uma educação infantil inclusiva e antirracista","authors":"Norma Silvia Trindade Lima, Mariana Semião de Lima","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e90781","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90781","url":null,"abstract":"O ensaio propõe pensar a educação infantil como um território-terreiro formativo privilegiado, reconhecendo como urgente e necessária a problematização do racismo epistêmico no curso da geopolítica do conhecimento colonial e seus processos de colonialidade nos âmbitos do saber, do ser e do poder. Como sujeitos da experiência em diálogos com o pensamento decolonial e autores contemporâneos que discutem brasilidades, ponderamos que as epistemes macumbísticas, compreendidas como um feixe múltiplo de práticas culturais afrodiaspóricas, como as capoeiras e os candomblés, podem, como potências analíticas, mobilizar e ampliar as fronteiras e gramáticas formativas de novas gerações, na perspectiva inclusiva e antirracista, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e com a Lei 10.639/2003","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130830624","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e89507
Sarita Faustino dos Santos, Alexandre Freitas Marchiori, A. Mello
Este artigo analisa as relações étnico-raciais no contexto da Educação Infantil por meio dos Anais do Congresso de Pesquisadoras/es Negras e Negros (COPENE) no período de 2000 a 2020, abarcando todas as onze edições do evento. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo Estado do Conhecimento, que encontrou 77 trabalhos que dialogam com a temática das relações étnico-raciais na E I. Com base na análise de conteúdo, os dados foram organizados em seis temáticas: práticas pedagógicas, escuta das crianças, formação continuada, legislação, literatura e representações docentes. Os resultados indicam a importância da construção de uma Educação Infantil pautada no respeito às diferenças culturais e étnico-raciais, a necessidade de se romper com um currículo eurocentrado e a valorização das vozes das crianças.
{"title":"As relações étnico-raciais no contexto da educação infantil: uma análise do congresso da associação brasileira de pesquisadoras/es negras/os – COPENE","authors":"Sarita Faustino dos Santos, Alexandre Freitas Marchiori, A. Mello","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e89507","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e89507","url":null,"abstract":"Este artigo analisa as relações étnico-raciais no contexto da Educação Infantil por meio dos Anais do Congresso de Pesquisadoras/es Negras e Negros (COPENE) no período de 2000 a 2020, abarcando todas as onze edições do evento. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo Estado do Conhecimento, que encontrou 77 trabalhos que dialogam com a temática das relações étnico-raciais na E I. Com base na análise de conteúdo, os dados foram organizados em seis temáticas: práticas pedagógicas, escuta das crianças, formação continuada, legislação, literatura e representações docentes. Os resultados indicam a importância da construção de uma Educação Infantil pautada no respeito às diferenças culturais e étnico-raciais, a necessidade de se romper com um currículo eurocentrado e a valorização das vozes das crianças.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134362850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.5007/1980-4512.2023.e90703
J. Baliscei, Emanuelle Dalécio da Costa
Filmes, novelas, brinquedos, publicidades, literatura e demais artefatos da cultura visual, quando elaborados a partir de valores racistas, conferem violências às existências negras. Interessamo-nos, pois, por buscar artefatos que positivem as estéticas e experiências características das negritudes. A partir disso, esse artigo objetiva problematizar os aspectos racistas atrelados à educação conferida pela cultura visual endereçada às infâncias. Para isso, adota, primeiro, uma abordagem bibliográfica e, depois, analítica/documental, ambas respaldadas nos estudos da cultura visual. Num primeiro tópico, sustenta-se em outras elaborações acadêmicas, a partir das quais destacam os aspectos educativos e pedagógicos das imagens. A discussão é direcionada aos significados que, visualmente, são ensinados no que tange às relações étnico-raciais. Em seguida, analisa a obra literária Chapeuzinho Vermelho (2016) de Daniel Wu, a partir de procedimentos metodológicos advindos do mesmo campo de investigação. Considera-se inusitada a caracterização visual feita sobre bem e mal e positivo o protagonismo atribuído à personagem negra.
{"title":"(In)visibilidade negra e cultura visual: chapeuzinho vermelho negra e lobo mau branco","authors":"J. Baliscei, Emanuelle Dalécio da Costa","doi":"10.5007/1980-4512.2023.e90703","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90703","url":null,"abstract":"Filmes, novelas, brinquedos, publicidades, literatura e demais artefatos da cultura visual, quando elaborados a partir de valores racistas, conferem violências às existências negras. Interessamo-nos, pois, por buscar artefatos que positivem as estéticas e experiências características das negritudes. A partir disso, esse artigo objetiva problematizar os aspectos racistas atrelados à educação conferida pela cultura visual endereçada às infâncias. Para isso, adota, primeiro, uma abordagem bibliográfica e, depois, analítica/documental, ambas respaldadas nos estudos da cultura visual. Num primeiro tópico, sustenta-se em outras elaborações acadêmicas, a partir das quais destacam os aspectos educativos e pedagógicos das imagens. A discussão é direcionada aos significados que, visualmente, são ensinados no que tange às relações étnico-raciais. Em seguida, analisa a obra literária Chapeuzinho Vermelho (2016) de Daniel Wu, a partir de procedimentos metodológicos advindos do mesmo campo de investigação. Considera-se inusitada a caracterização visual feita sobre bem e mal e positivo o protagonismo atribuído à personagem negra.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126179019","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}