Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e91802
E. Simões, Romilson Martins Siqueira, R. Pacheco
O livro ora resenhado é o segundo volume da obra Sociologia da Infância no Brasil, e foi publicado com o intuito de comemorar os 25 anos do GEPEDISC – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diferenciação Sociocultural, e festeja também o centenário de Florestan Fernandes e sua construção em torno do significado do conceito de culturais infantis. Os escritos reunidos neste volume, publicado pela Editora Pedro & João, promovem um debate em torno do conceito de necropolítica, ancorado em uma perspectiva descolonizadora. O tema da necropolítica constitui-se como eixo analítico e nos possibilita ampliar o sentido político que permeia os tempos, espaços e práticas políticas. Da mesma forma, acredita-se que as pedagogias descolonizadoras são chaves analíticas importantes para atravessar o momento da pandemia de COVID-19. A publicação e a leitura dessa obra são essenciais para repensar a questão da infância e seus processos educativos a partir de uma perspectiva crítica e emancipatória das crianças em diferentes contextos.
{"title":"Sociologia da Infância à brasileira","authors":"E. Simões, Romilson Martins Siqueira, R. Pacheco","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e91802","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e91802","url":null,"abstract":"O livro ora resenhado é o segundo volume da obra Sociologia da Infância no Brasil, e foi publicado com o intuito de comemorar os 25 anos do GEPEDISC – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diferenciação Sociocultural, e festeja também o centenário de Florestan Fernandes e sua construção em torno do significado do conceito de culturais infantis. Os escritos reunidos neste volume, publicado pela Editora Pedro & João, promovem um debate em torno do conceito de necropolítica, ancorado em uma perspectiva descolonizadora. O tema da necropolítica constitui-se como eixo analítico e nos possibilita ampliar o sentido político que permeia os tempos, espaços e práticas políticas. Da mesma forma, acredita-se que as pedagogias descolonizadoras são chaves analíticas importantes para atravessar o momento da pandemia de COVID-19. A publicação e a leitura dessa obra são essenciais para repensar a questão da infância e seus processos educativos a partir de uma perspectiva crítica e emancipatória das crianças em diferentes contextos.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124179970","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e87381
Cristina Teodoro
O artigo objetiva analisar ocorrências de violência sexual contra crianças e adolescentes, considerando a intersecção de gênero, classe, raça e idade. Para tanto, em um primeiro momento, buscou-se compreender o conceito de violência sexual e seus impactos, posteriormente, foram utilizados como base os dados produzidos sobre violência e abuso sexual, com o recorde de gênero, raça e idade, divulgados pela Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para o período entre 2011 e 2017. Para a análise foram utilizadas, como referência teórica, a literatura sobre gênero, raça, classe e infância e, ainda, o conceito de interseccionalidade, cunhado, além de outras autoras, por Kimberlé Williams Crenshaw. Como resultado, ficou evidente que as meninas negras, na faixa etária entre um e nove anos, sofrem violência sexual mais prevalentemente e que, o índice entre aquelas que têm até cinco anos vem aumentando significativamente no período entre 2011 e 2017. Do ponto de vista deste artigo, além da necessidade de divulgação dos dados com o recorte dos marcadores sociais mencionados – gênero, raça, classe e idade – é premente o desenvolvimento de estratégias e a formulação de políticas que assegurem os direitos das meninas negras, como crianças e sujeitos de direito.
本文旨在分析针对儿童和青少年的性暴力事件,考虑到性别、阶级、种族和年龄的交叉。这么长,在一分之一的时候,寻求去理解性暴力的概念及其影响,随后被用来作为基础数据由暴力和性侵犯,与性别、种族和年龄的记录,监测医疗卫生部公布的2011 - 2017年期间。本文以金伯尔·威廉姆斯·克伦肖(kimberle Williams Crenshaw)的性别、种族、阶级和童年等文献为理论参考,并提出了交叉性的概念。因此,很明显,1至9岁的黑人女孩遭受性暴力的比例更高,5岁以下女孩的比例在2011年至2017年期间显著上升。的角度来看这篇文章,除了需要发布的数据与前面提到的社会有标记——性别、种族、阶级和年龄是问题的发展策略和政策制定,确保权利的黑人女孩,喜欢孩子和法学学科。
{"title":"Violência sexual na infância: gênero, raça e classe em perspectiva interseccional","authors":"Cristina Teodoro","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e87381","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87381","url":null,"abstract":"O artigo objetiva analisar ocorrências de violência sexual contra crianças e adolescentes, considerando a intersecção de gênero, classe, raça e idade. Para tanto, em um primeiro momento, buscou-se compreender o conceito de violência sexual e seus impactos, posteriormente, foram utilizados como base os dados produzidos sobre violência e abuso sexual, com o recorde de gênero, raça e idade, divulgados pela Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para o período entre 2011 e 2017. Para a análise foram utilizadas, como referência teórica, a literatura sobre gênero, raça, classe e infância e, ainda, o conceito de interseccionalidade, cunhado, além de outras autoras, por Kimberlé Williams Crenshaw. Como resultado, ficou evidente que as meninas negras, na faixa etária entre um e nove anos, sofrem violência sexual mais prevalentemente e que, o índice entre aquelas que têm até cinco anos vem aumentando significativamente no período entre 2011 e 2017. Do ponto de vista deste artigo, além da necessidade de divulgação dos dados com o recorte dos marcadores sociais mencionados – gênero, raça, classe e idade – é premente o desenvolvimento de estratégias e a formulação de políticas que assegurem os direitos das meninas negras, como crianças e sujeitos de direito.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131056251","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e87206
Marcos Pires Leodoro, C. R. Souza
Nos dias atuais, é possível nos referirmos a uma desherança (no original espanhol, desherencia) das Ciências, sendo necessário reconhecer que o saber é transmitido como herança de uma geração para àquela que a sucede. O presente trabalho, baseado em abordagens: filosófica, sociológica e cultural da infância, e em argumentos dos movimentos feministas sobre as Ciências, por meio de estilo ensaístico de escrita, se propõe a refletir acerca das contribuições que as infâncias e as feminidades podem dar ao processo de renovação do conhecimento científico e da Educação em Ciências, num momento de crise produzida pela pandemia da COVID-19. Nossa perspectiva é a de que as infâncias e as feminidades inspiram um “devir-ciência”, uma oportunidade de reexistir no mundo pós-pandemia COVID-19, a partir de saberes científicos mais integrativos e de vivências mais intensivas que não sejam militarizadas, excessivamente formais e academicamente esotéricas.
{"title":"Infâncias e feminidades nas ciências pós-pandêmicas: novos modos de re-existência","authors":"Marcos Pires Leodoro, C. R. Souza","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e87206","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87206","url":null,"abstract":"Nos dias atuais, é possível nos referirmos a uma desherança (no original espanhol, desherencia) das Ciências, sendo necessário reconhecer que o saber é transmitido como herança de uma geração para àquela que a sucede. O presente trabalho, baseado em abordagens: filosófica, sociológica e cultural da infância, e em argumentos dos movimentos feministas sobre as Ciências, por meio de estilo ensaístico de escrita, se propõe a refletir acerca das contribuições que as infâncias e as feminidades podem dar ao processo de renovação do conhecimento científico e da Educação em Ciências, num momento de crise produzida pela pandemia da COVID-19. Nossa perspectiva é a de que as infâncias e as feminidades inspiram um “devir-ciência”, uma oportunidade de reexistir no mundo pós-pandemia COVID-19, a partir de saberes científicos mais integrativos e de vivências mais intensivas que não sejam militarizadas, excessivamente formais e academicamente esotéricas.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129466750","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e92063
Andrea Braga Moruzzi
apresentaçao dossie
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{"title":"Infância(s), gênero e sexualidades: sobre resistências e (re)existências","authors":"Andrea Braga Moruzzi","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e92063","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e92063","url":null,"abstract":"apresentaçao dossie","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114340537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e87379
Ayodele Floriano Silva, Maria Fernanda Luiz, Anete Abramowicz
Na perspectiva de tensionar o campo da literatura infantojuvenil que, mesmo consagrada, favoreceu a folclorização e a estereotipização das personagens negras, o presente artigo discute a constituição de uma literatura infantil e juvenil negra que apresenta personagens negras. Analisaram-se livros de literatura negra infantil e juvenil e, a partir das ilustrações e do texto, refletiu-se sobre o lugar da menina negra nessa literatura e na produção da literatura infantojuvenil brasileira. Discutiu-se a importância da literatura negra para a ampliação do campo científico da literatura e analisaram-se algumas obras sobre o lugar da menina negra na literatura negra infantil e juvenil. Concluiu-se que a menina negra emergiu na literatura negra por meio das escritoras negras, devido à história que carregam de subalternização social e literária.
{"title":"Literatura infantil e juvenil negra: o lugar da menina negra","authors":"Ayodele Floriano Silva, Maria Fernanda Luiz, Anete Abramowicz","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e87379","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87379","url":null,"abstract":"Na perspectiva de tensionar o campo da literatura infantojuvenil que, mesmo consagrada, favoreceu a folclorização e a estereotipização das personagens negras, o presente artigo discute a constituição de uma literatura infantil e juvenil negra que apresenta personagens negras. Analisaram-se livros de literatura negra infantil e juvenil e, a partir das ilustrações e do texto, refletiu-se sobre o lugar da menina negra nessa literatura e na produção da literatura infantojuvenil brasileira. Discutiu-se a importância da literatura negra para a ampliação do campo científico da literatura e analisaram-se algumas obras sobre o lugar da menina negra na literatura negra infantil e juvenil. Concluiu-se que a menina negra emergiu na literatura negra por meio das escritoras negras, devido à história que carregam de subalternização social e literária.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133461095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e87712
C. Alvarenga, Thuanny Aparecida Nogueira, M. Cardona
E Este trabalho é parte de uma pesquisa que teve como objetivo compreender as estratégias e os desafios no processo de construção do Guião de Educação – Gênero e cidadania – pré-escolar, um guião de cidadania e igualdade de gênero para a educação pré-escolar portuguesa. A partir de um olhar histórico, teve como suporte teórico os conceitos de configuração e relações de interdependência, de Norbert Elias; e gênero, de Joan Scott. A partir da abordagem metodológica do ciclo de políticas, de Stephen Ball, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com sete mulheres-professoras, que participaram do processo de construção do Guião. Partindo do pressuposto de que para a compreensão de uma política pública é necessário analisarmos tanto o contexto social, como a participação dos indivíduos, ressaltamos que a participação de cada uma dessas profissionais foi imprescindível para a solidificação dessa política, na articulação entre as políticas de Igualdade e as políticas de Educação.
{"title":"A construção de uma política pública de gênero e cidadania na educação de infância portuguesa","authors":"C. Alvarenga, Thuanny Aparecida Nogueira, M. Cardona","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e87712","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87712","url":null,"abstract":"E\u0000Este trabalho é parte de uma pesquisa que teve como objetivo compreender as estratégias e os desafios no processo de construção do Guião de Educação – Gênero e cidadania – pré-escolar, um guião de cidadania e igualdade de gênero para a educação pré-escolar portuguesa. A partir de um olhar histórico, teve como suporte teórico os conceitos de configuração e relações de interdependência, de Norbert Elias; e gênero, de Joan Scott. A partir da abordagem metodológica do ciclo de políticas, de Stephen Ball, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com sete mulheres-professoras, que participaram do processo de construção do Guião. Partindo do pressuposto de que para a compreensão de uma política pública é necessário analisarmos tanto o contexto social, como a participação dos indivíduos, ressaltamos que a participação de cada uma dessas profissionais foi imprescindível para a solidificação dessa política, na articulação entre as políticas de Igualdade e as políticas de Educação. ","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123099094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-27DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e81953
Jaime Eduardo Zanette, Aline Ferraz da Silva, Jane Felipe
Neste texto, inspirado pela nossa participação em um cine debate sobre a produção “Party Girl”, pretendemos problematizar questões referentes à generificação, à sexualização e ao envelhecimento dos corpos. Para cumprir com esse objetivo, nos apoiaremos nos Estudos de Gênero, nos Estudos Culturais e em teorizações do filósofo Michel Foucault, bem como de outros/as autores/as vinculados/as à perspectiva de análise pós-estruturalista. Consideramos que o controle dos corpos se dá de diversas maneiras e, nesse artigo, abordaremos as estratégias de poder que buscam conduzir os sujeitos através de certos scripts normalizadores de comportamento. Ao mesmo tempo, destacaremos formas de resistência da personagem principal às tentativas de controlar sua conduta. Tal resistência, que compõe o dispositivo da sexualidade, se dá na criação de uma vida como obra de arte que inventa scripts alternativos.
{"title":"A vida como resistência: considerações sobre gênero, sexualidade e envelhecimento a partir do filme Party Girl","authors":"Jaime Eduardo Zanette, Aline Ferraz da Silva, Jane Felipe","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e81953","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e81953","url":null,"abstract":"Neste texto, inspirado pela nossa participação em um cine debate sobre a produção “Party Girl”, pretendemos problematizar questões referentes à generificação, à sexualização e ao envelhecimento dos corpos. Para cumprir com esse objetivo, nos apoiaremos nos Estudos de Gênero, nos Estudos Culturais e em teorizações do filósofo Michel Foucault, bem como de outros/as autores/as vinculados/as à perspectiva de análise pós-estruturalista. Consideramos que o controle dos corpos se dá de diversas maneiras e, nesse artigo, abordaremos as estratégias de poder que buscam conduzir os sujeitos através de certos scripts normalizadores de comportamento. Ao mesmo tempo, destacaremos formas de resistência da personagem principal às tentativas de controlar sua conduta. Tal resistência, que compõe o dispositivo da sexualidade, se dá na criação de uma vida como obra de arte que inventa scripts alternativos.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116143258","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-27DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e87073
Dione Arenhart, Ingrid Dittrich Wiggers
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado, que teve por objetivo analisar como as crianças produzem o nadar, a partir de suas interações, em práticas educativas da natação. O estudo se fundamentou nas teorias da Sociologia da Infância, que reconhece as crianças como sujeitos ativos de sua própria história e geração, pois produzem e partilham cultura nas interações com seus pares, outrossim, a Sociologia do Corpo, que entende a corporeidade como linguagem de comunicação entre os pares. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL e o Colégio Dehon, pertencente ao campus universitário, na cidade de Tubarão, Santa Catarina. Os sujeitos desta investigação foram crianças de 6 a 9 anos, praticantes de natação do Programa de Extensão desta universidade e da Educação de Tempo Integral do Colégio Dehon. Os dados foram produzidos por meio de registro em diário de campo, gravação de vídeos, fotografias e conversas das crianças. As análises indicaram que as crianças constroem estratégias próprias da cultura infantil, bem como, negociam com os adultos o direito ao tempo para brincar, com a água e com o outro, nas aulas de natação. A água se revelou como brinquedo nas experiências aquáticas, sobrepondo-se em relação aos materiais pedagógicos disponíveis na piscina. O corpo se manifestou como um vetor de comunicação entre as crianças, por meio das emoções, dos gestos, mímicas e das brincadeiras. Nas experiências vividas pelas crianças com seus pares, a pesquisa sinalizou que elas aprendem e ensinam acerca do nadar e a brincadeira é o fio condutor nesses processos. Sendo assim, as evidências indicam a importância da valorização da cultura de pares nas práticas educativas da natação.
{"title":"A produção do nadar nas interações sociais das crianças: “olha o que eu sei fazer!”","authors":"Dione Arenhart, Ingrid Dittrich Wiggers","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e87073","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87073","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado, que teve por objetivo analisar como as crianças produzem o nadar, a partir de suas interações, em práticas educativas da natação. O estudo se fundamentou nas teorias da Sociologia da Infância, que reconhece as crianças como sujeitos ativos de sua própria história e geração, pois produzem e partilham cultura nas interações com seus pares, outrossim, a Sociologia do Corpo, que entende a corporeidade como linguagem de comunicação entre os pares. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL e o Colégio Dehon, pertencente ao campus universitário, na cidade de Tubarão, Santa Catarina. Os sujeitos desta investigação foram crianças de 6 a 9 anos, praticantes de natação do Programa de Extensão desta universidade e da Educação de Tempo Integral do Colégio Dehon. Os dados foram produzidos por meio de registro em diário de campo, gravação de vídeos, fotografias e conversas das crianças. As análises indicaram que as crianças constroem estratégias próprias da cultura infantil, bem como, negociam com os adultos o direito ao tempo para brincar, com a água e com o outro, nas aulas de natação. A água se revelou como brinquedo nas experiências aquáticas, sobrepondo-se em relação aos materiais pedagógicos disponíveis na piscina. O corpo se manifestou como um vetor de comunicação entre as crianças, por meio das emoções, dos gestos, mímicas e das brincadeiras. Nas experiências vividas pelas crianças com seus pares, a pesquisa sinalizou que elas aprendem e ensinam acerca do nadar e a brincadeira é o fio condutor nesses processos. Sendo assim, as evidências indicam a importância da valorização da cultura de pares nas práticas educativas da natação. ","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"80 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121395060","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-27DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e85481
Adriano do Neunfeldt, Waléria Fortes de Oliveira, Meraci Claudieli de Miranda Moraes
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e discutir atividades desenvolvidas em um projeto que aborda a temática dos medos das crianças, dos seus familiares e da Educadora. Esse projeto foi construído por uma Educadora de uma turma de pré-escola de uma escola pública de Educação Básica, no município de Ijuí/RS, com a participação de vinte crianças de 4 a 5 anos. Nesta investigação, coletamos, organizamos e analisamos as anotações da Educadora em seu diário de aula, os trabalhos das crianças, bem como as fotos e as filmagens, os quais foram organizados em portfólios. Como resultados, destacam-se as interações e brincadeiras que fizeram com que as crianças compartilhassem os seus medos, participando das atividades junto com seus familiares e, desse modo, aproximando escola e comunidade. Isso contribuiu para que crianças e adultos brincassem e aprendessem uns com os outros enquanto aprendizes.
{"title":"“Quem tem medo? Eu tenho! Então vamos brincar”: a construção de um projeto com crianças da educação infantil","authors":"Adriano do Neunfeldt, Waléria Fortes de Oliveira, Meraci Claudieli de Miranda Moraes","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e85481","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e85481","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e discutir atividades desenvolvidas em um projeto que aborda a temática dos medos das crianças, dos seus familiares e da Educadora. Esse projeto foi construído por uma Educadora de uma turma de pré-escola de uma escola pública de Educação Básica, no município de Ijuí/RS, com a participação de vinte crianças de 4 a 5 anos. Nesta investigação, coletamos, organizamos e analisamos as anotações da Educadora em seu diário de aula, os trabalhos das crianças, bem como as fotos e as filmagens, os quais foram organizados em portfólios. Como resultados, destacam-se as interações e brincadeiras que fizeram com que as crianças compartilhassem os seus medos, participando das atividades junto com seus familiares e, desse modo, aproximando escola e comunidade. Isso contribuiu para que crianças e adultos brincassem e aprendessem uns com os outros enquanto aprendizes.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"112 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127999902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-27DOI: 10.5007/1980-4512.2022.e85440
Flávia Martinelli Ferreira
Nas últimas décadas, a formação continuada de professores tem sido objeto de discussão e análise. Somadas à estas questões, consolidam-se cada vez mais estudos que apontam para um olhar a respeito da infância a partir da leitura que as próprias crianças constroem sobre seus cotidianos. Este trabalho teve como objetivo reunir e apresentar reflexões circunscritas no desafio de contribuir com a formação continuada à luz da Sociologia da Infância. O percurso metodológico adotado é de natureza qualitativa e propositiva, incluindo-se revisão bibliográfica não sistemática e ações consolidadas a partir da formação continuada de professores de educação física da Prefeitura Municipal de Jundiaí, São Paulo, com a participação das crianças. Ao anunciarem as crianças que há pouco espaço e tempo para brincar na escola, é urgente considerarmos políticas educacionais que estabeleçam metas para assegurar tempos de brincar e, ainda, critérios para estabelecer a qualidade destes momentos nas creches, pré-escolas e escolas.
{"title":"Itinerários e desafios acerca da participação das crianças na formação continuada de professores de Educação Física","authors":"Flávia Martinelli Ferreira","doi":"10.5007/1980-4512.2022.e85440","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e85440","url":null,"abstract":"Nas últimas décadas, a formação continuada de professores tem sido objeto de discussão e análise. Somadas à estas questões, consolidam-se cada vez mais estudos que apontam para um olhar a respeito da infância a partir da leitura que as próprias crianças constroem sobre seus cotidianos. Este trabalho teve como objetivo reunir e apresentar reflexões circunscritas no desafio de contribuir com a formação continuada à luz da Sociologia da Infância. O percurso metodológico adotado é de natureza qualitativa e propositiva, incluindo-se revisão bibliográfica não sistemática e ações consolidadas a partir da formação continuada de professores de educação física da Prefeitura Municipal de Jundiaí, São Paulo, com a participação das crianças. Ao anunciarem as crianças que há pouco espaço e tempo para brincar na escola, é urgente considerarmos políticas educacionais que estabeleçam metas para assegurar tempos de brincar e, ainda, critérios para estabelecer a qualidade destes momentos nas creches, pré-escolas e escolas.","PeriodicalId":294123,"journal":{"name":"Zero-a-seis","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134003491","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}