Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.85728
Ronei Clécio Mocellin, Débora Aymoré
A proposta de organização deste número especial do Cadernos PET Filosofia surgiu da demanda de estudantes do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para que fosse ofertada uma disciplina optativa tratando da emergência da noção de Tecnociência no cenário filosófico contemporâneo. Essa demanda foi parcialmente contemplada, com a inclusão do tema nos planos de ensino das disciplinas ofertadas durante o ano de 2021 pelos professores Ronei Clécio Mocellin e Débora Aymoré, iniciativa esta posteriormente replicada no contexto das atividades acadêmicas realizadas nos ambientes virtuais de aprendizagem da Universidade do Estado do Amapá (UEAP).
{"title":"Apontamentos filosóficos sobre as tecnociências","authors":"Ronei Clécio Mocellin, Débora Aymoré","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.85728","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.85728","url":null,"abstract":"A proposta de organização deste número especial do Cadernos PET Filosofia surgiu da demanda de estudantes do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para que fosse ofertada uma disciplina optativa tratando da emergência da noção de Tecnociência no cenário filosófico contemporâneo. Essa demanda foi parcialmente contemplada, com a inclusão do tema nos planos de ensino das disciplinas ofertadas durante o ano de 2021 pelos professores Ronei Clécio Mocellin e Débora Aymoré, iniciativa esta posteriormente replicada no contexto das atividades acadêmicas realizadas nos ambientes virtuais de aprendizagem da Universidade do Estado do Amapá (UEAP).","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89077909","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.81298
Luanne Fagundes Pereira
A proposta inicial desse estudo é mostrar como o vegetarianismo além de ser naturalmente adequado também é eticamente recomendável para sociedade. Os argumentos apresentados focam principalmente no conceito de alma para Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo grego, seguidor de Platão e autor de “De Anima”.Também é utilizado como base o livro “Sobre comer carne” de Plutarco (46 d.C. –120 d.C.), filósofo platônico e historiador grego, para mostrar como o argumento de instinto natural de predador do homem é uma farsa e como na verdade seria melhor não comer proteína animal.O texto é apenas uma pequena introdução a um assunto amplo como o Vegetarianismo, de modo que o objetivo é entender como Aristóteles que não era vegetariano, e defendia que pode ser interpretado como um defensor da superioridade humana em relação aos outros seres naturais, o homem poderia comer carne, e se apossar dos animais, acabou defendendo o vegetarianismo. Ao final mostro porque é antiético o consumo de carne pela humanidade.Palavras chave: vegetarianismo; alma; saúde.
{"title":"O consumo de carne e a ética","authors":"Luanne Fagundes Pereira","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.81298","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.81298","url":null,"abstract":"A proposta inicial desse estudo é mostrar como o vegetarianismo além de ser naturalmente adequado também é eticamente recomendável para sociedade. Os argumentos apresentados focam principalmente no conceito de alma para Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo grego, seguidor de Platão e autor de “De Anima”.Também é utilizado como base o livro “Sobre comer carne” de Plutarco (46 d.C. –120 d.C.), filósofo platônico e historiador grego, para mostrar como o argumento de instinto natural de predador do homem é uma farsa e como na verdade seria melhor não comer proteína animal.O texto é apenas uma pequena introdução a um assunto amplo como o Vegetarianismo, de modo que o objetivo é entender como Aristóteles que não era vegetariano, e defendia que pode ser interpretado como um defensor da superioridade humana em relação aos outros seres naturais, o homem poderia comer carne, e se apossar dos animais, acabou defendendo o vegetarianismo. Ao final mostro porque é antiético o consumo de carne pela humanidade.Palavras chave: vegetarianismo; alma; saúde.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84098150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.83147
Débora Aymoré
Resenha da obra: Bensaude-Vincent, Bernadette (2009). As vertigens da tecnociência: moldar o mundo átomo por átomo. Tradução José Luiz Cazarotto. São Paulo: Idéias & Letras, 2013, 255p. Nosso mundo está materialmente se desfazendo em uma aceleração talvez nunca antes experimentada. Neste momento em que os limites entre as experiências e os experimentos parecem cada vez mais tênues, trata-se de pressentir (ou mesmo sentir) uma sensação de vertigem que, na sintomatologia, pode estar relacionada à labirintite, à enxaqueca ou à cinetose; mas, para os nossos propósitos, que se dirigem não ao diagnóstico médico, mas para a busca de explicação desta experiência compartilhada, dois polos da investigação tornam-se pertinentes: o da relação cada vez mais globalizada com as tecnociências e o da possibilidade de coparticipação engajada por iniciativas de governança.
作品评论:Bensaude-Vincent, Bernadette(2009)。技术科学的眩晕:一个原子一个原子地塑造世界。何塞·路易斯·卡扎罗托(jose luis Cazarotto)翻译。sao保罗:思想与歌词,2013年,255p。我们的世界在物质上正在以一种可能从未经历过的加速解体。在这个时候,实验和实验之间的界限似乎越来越模糊,它是关于预感(甚至感觉)一种眩晕的感觉,在症状学上,可能与迷路炎、偏头痛或晕动病有关;但是,为了我们的目的,不是为了医学诊断,而是为了寻求对这一共同经验的解释,研究的两个极点变得相关:与技术科学日益全球化的关系和治理倡议参与的可能性。
{"title":"Tecnociências: as vertigens na experiência e no experimento","authors":"Débora Aymoré","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.83147","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.83147","url":null,"abstract":"Resenha da obra: Bensaude-Vincent, Bernadette (2009). As vertigens da tecnociência: moldar o mundo átomo por átomo. Tradução José Luiz Cazarotto. São Paulo: Idéias & Letras, 2013, 255p. Nosso mundo está materialmente se desfazendo em uma aceleração talvez nunca antes experimentada. Neste momento em que os limites entre as experiências e os experimentos parecem cada vez mais tênues, trata-se de pressentir (ou mesmo sentir) uma sensação de vertigem que, na sintomatologia, pode estar relacionada à labirintite, à enxaqueca ou à cinetose; mas, para os nossos propósitos, que se dirigem não ao diagnóstico médico, mas para a busca de explicação desta experiência compartilhada, dois polos da investigação tornam-se pertinentes: o da relação cada vez mais globalizada com as tecnociências e o da possibilidade de coparticipação engajada por iniciativas de governança.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85924434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.83238
A. C. Marques
A obra Hacking e dispositivos tecnológicos nos faz compreender que um computador não é somente uma máquina que corresponde aos cliques do mouse, mas uma realidade técnica que permite estar em contato com o universo inteiro. Essa realidade tem na internet um instrumento poderoso dotado de algoritmos por meio dos quais é possível conduzir nossas condutas por um universo grandioso no qual aprendemos a participar de grupos, a sorrir, a odiar, a amar, a trabalhar, comer, acordar, dormir, entre outros. Contudo, é importante nos precavermos contra a tecnofobia, ou sentir que a internet é uma encarnação do mal. Não é isso, a internet abre espaços para ter bons encontros, conhecer os mais variados objetos técnicos e construir uma aprendizagem por meio da experimentação.
{"title":"HACKING E DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS: PRÁTICAS DE LIBERDADE E CRIAÇÃO DE NOVOS MUNDOS","authors":"A. C. Marques","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.83238","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.83238","url":null,"abstract":"A obra Hacking e dispositivos tecnológicos nos faz compreender que um computador não é somente uma máquina que corresponde aos cliques do mouse, mas uma realidade técnica que permite estar em contato com o universo inteiro. Essa realidade tem na internet um instrumento poderoso dotado de algoritmos por meio dos quais é possível conduzir nossas condutas por um universo grandioso no qual aprendemos a participar de grupos, a sorrir, a odiar, a amar, a trabalhar, comer, acordar, dormir, entre outros. Contudo, é importante nos precavermos contra a tecnofobia, ou sentir que a internet é uma encarnação do mal. Não é isso, a internet abre espaços para ter bons encontros, conhecer os mais variados objetos técnicos e construir uma aprendizagem por meio da experimentação.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90279479","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.84365
Caio Alberto Martins, Alex Calazans
RESUMOAs muitas definições de tecnociência são oferecidas como corretivas para um ideal de ciência pura, completamente separada da sociedade. A crítica da pureza nos estudos de ciência e de tecnologia foi precedida por críticas fenomenológicas em Heidegger e em Marcuse. A ideia de pureza não é mais crível. No entanto, o conceito de ciência pura tem desempenhado historicamente um papel na defesa da ciência contra interferências políticas. O conceito de tecnociência corre o risco de abrir a ciência a essa interferência e tem provocado uma defesa renovada e, de certa forma, fútil da sua pureza. O consenso nos Estudos de Ciência e Tecnologia (ECT) de que a ciência é fundamentalmente social parece tornar óbvia a necessidade de um termo como tecnociência. Este artigo sugere uma definição restritiva de tecnociência com base na multiplicação de testes independentes de validade. Esse é um caso extremo da sociabilidade da ciência, porque aqui a ciência e a tecnologia emergem juntas, em vez de a teoria preceder a aplicação. A tecnociência sob essa definição descreveria o trabalho científico, validado cientificamente, que serve simultaneamente em processos comerciais e públicos que têm sua própria lógica e seus testes de validade independentes. De acordo com essa definição, a existência de interações complexas entre ciência e sociedade não obscurece as fronteiras entre esses testes. A tecnociência está inserida na sociedade, como toda ciência, mas é única ao se situar em um “garfo” [ataque duplo no xadrez] entre linguagens e critérios de sucesso distintos. Palavras-chave: Tecnociência. Estudos de Ciência e Tecnologia. Heidegger. Marcuse. Ciência/Sociedade.
{"title":"FEENBERG, Andrew. Tecnociência e a desreificação da natureza","authors":"Caio Alberto Martins, Alex Calazans","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.84365","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.84365","url":null,"abstract":"RESUMOAs muitas definições de tecnociência são oferecidas como corretivas para um ideal de ciência pura, completamente separada da sociedade. A crítica da pureza nos estudos de ciência e de tecnologia foi precedida por críticas fenomenológicas em Heidegger e em Marcuse. A ideia de pureza não é mais crível. No entanto, o conceito de ciência pura tem desempenhado historicamente um papel na defesa da ciência contra interferências políticas. O conceito de tecnociência corre o risco de abrir a ciência a essa interferência e tem provocado uma defesa renovada e, de certa forma, fútil da sua pureza. O consenso nos Estudos de Ciência e Tecnologia (ECT) de que a ciência é fundamentalmente social parece tornar óbvia a necessidade de um termo como tecnociência. Este artigo sugere uma definição restritiva de tecnociência com base na multiplicação de testes independentes de validade. Esse é um caso extremo da sociabilidade da ciência, porque aqui a ciência e a tecnologia emergem juntas, em vez de a teoria preceder a aplicação. A tecnociência sob essa definição descreveria o trabalho científico, validado cientificamente, que serve simultaneamente em processos comerciais e públicos que têm sua própria lógica e seus testes de validade independentes. De acordo com essa definição, a existência de interações complexas entre ciência e sociedade não obscurece as fronteiras entre esses testes. A tecnociência está inserida na sociedade, como toda ciência, mas é única ao se situar em um “garfo” [ataque duplo no xadrez] entre linguagens e critérios de sucesso distintos. Palavras-chave: Tecnociência. Estudos de Ciência e Tecnologia. Heidegger. Marcuse. Ciência/Sociedade.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82377351","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-22DOI: 10.5380/petfilo.v21i1.81115
Leonardo Silveira Maika
O presente artigo toma como base o conceito da Sociedade do Cansaço de Byung Chul Han para tratar das novas síndromes do século XXI. A abordagem buscará problematizar as novas tecnologias e relaciona-las com o diagnóstico de Zigmunt Bauman sobre nossos tempos, de modo a analisar as variáveis técnicas introduzidas pelas novas tecnologias a partir da popularização da internet. O objetivo deste trabalho é demonstrar que os avanços conquistados pela indústria tecnológica e suas técnicas aplicadas ao uso de seus produtos, produziu uma sociedade mais conectada, porém, mais individualizada, onde as relações se tornaram frágeis e novas síndromes passaram a acometer este novo mundo. Deste modo entenderemos os mecanismos de controle e os efeitos desta cultura massificada, onde as fronteiras se estreitaram, as diferenças se achataram e os vínculos e autonomia se perderam.
{"title":"Tecnologia e Patologia um diagnóstico da vida pós-moderna.","authors":"Leonardo Silveira Maika","doi":"10.5380/petfilo.v21i1.81115","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.81115","url":null,"abstract":"O presente artigo toma como base o conceito da Sociedade do Cansaço de Byung Chul Han para tratar das novas síndromes do século XXI. A abordagem buscará problematizar as novas tecnologias e relaciona-las com o diagnóstico de Zigmunt Bauman sobre nossos tempos, de modo a analisar as variáveis técnicas introduzidas pelas novas tecnologias a partir da popularização da internet. O objetivo deste trabalho é demonstrar que os avanços conquistados pela indústria tecnológica e suas técnicas aplicadas ao uso de seus produtos, produziu uma sociedade mais conectada, porém, mais individualizada, onde as relações se tornaram frágeis e novas síndromes passaram a acometer este novo mundo. Deste modo entenderemos os mecanismos de controle e os efeitos desta cultura massificada, onde as fronteiras se estreitaram, as diferenças se achataram e os vínculos e autonomia se perderam.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73188861","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-10DOI: 10.26694/cadpetfil.v12i23.13082
Amanda Sobrinho Costa
O objetivo deste artigo é apresentar a crítica nietzschiana a moral moderna, tal como descrita na Genealogia da moral. Procuramos ainda destacar a crítica de Habermas a Nietzsche presente na obra: Discurso Filosófico da Modernidade, mais precisamente no capítulo IV “Entrada na Pós-Modernidade: Nietzsche como ponto de inflexão”, onde Habermas discute os aspectos que estruturam o pensamento moderno, colocando a filosofia de Nietzsche como uma ruptura entre o moderno e o pós-moderno. Habermas apresenta a Modernidade como um paradigma, um momento ímpar na história do Ocidente. É no interior da filosofia hegeliana, segundo Habermas, que pela primeira vez se toma consciência no plano conceitual do que seja a Modernidade. Habermas acrescenta ainda que, nem Hegel, nem seus discípulos jamais questionaram as conquistas da Modernidade. Contudo, Nietzsche vislumbra nesta Modernidade a continuação de um mesmo mal: a vida reativa continuaria a triunfar, os valores que vem de baixo continuam a vigorar e os antigos valores metafísicos e negadores da vida que vão determinar as ações. Portanto, aquilo que Nietzsche propõe em sua crítica a modernidade é uma transvaloração dos valores, o que implicaria necessariamente a superação dos valores reativos, pois, só assim seria possível a grandeza na terra.Palavras-chaves: Nietzsche. Habermas. Hegel. Modernidade. Transvaloração.
{"title":"NIETZSCHE E O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE","authors":"Amanda Sobrinho Costa","doi":"10.26694/cadpetfil.v12i23.13082","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v12i23.13082","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é apresentar a crítica nietzschiana a moral moderna, tal como descrita na Genealogia da moral. Procuramos ainda destacar a crítica de Habermas a Nietzsche presente na obra: Discurso Filosófico da Modernidade, mais precisamente no capítulo IV “Entrada na Pós-Modernidade: Nietzsche como ponto de inflexão”, onde Habermas discute os aspectos que estruturam o pensamento moderno, colocando a filosofia de Nietzsche como uma ruptura entre o moderno e o pós-moderno. Habermas apresenta a Modernidade como um paradigma, um momento ímpar na história do Ocidente. É no interior da filosofia hegeliana, segundo Habermas, que pela primeira vez se toma consciência no plano conceitual do que seja a Modernidade. Habermas acrescenta ainda que, nem Hegel, nem seus discípulos jamais questionaram as conquistas da Modernidade. Contudo, Nietzsche vislumbra nesta Modernidade a continuação de um mesmo mal: a vida reativa continuaria a triunfar, os valores que vem de baixo continuam a vigorar e os antigos valores metafísicos e negadores da vida que vão determinar as ações. Portanto, aquilo que Nietzsche propõe em sua crítica a modernidade é uma transvaloração dos valores, o que implicaria necessariamente a superação dos valores reativos, pois, só assim seria possível a grandeza na terra.Palavras-chaves: Nietzsche. Habermas. Hegel. Modernidade. Transvaloração.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44665679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-10DOI: 10.26694/cadpetfil.v12i23.13081
Glaucer Ferreira Silva
Resumo: A presente proposta investigativa tem como escopo pensar o elemento agonístico contido nos primeiros escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), a saber: A visão dionisíaca do mundo (1870), Os cinco prefácios para cinco livros não escritos (1872) e O Nascimento da Tragédia (1872); assim como outros textos do autor que se façam necessários. O conceito de ágon como força singular que impulsiona o fazer filosófico é, na filosofia nietzschiana, um termo ímpar, pois propõe rupturas e fissuras no próprio ato de pensar, postura esta, por vezes, extremamente radical com a tradição filosófica: como a ideia de verdade tão cultuada pelos pensadores clássicos da filosofia que encontra em Nietzsche uma leitura diferente. Para tanto, o ágon será tratado como um conceito aberto exatamente por sua natureza polissêmica, eixo de fundamental importância nos escritos nietzschianos de juventude, mas que utilizaremos no sentido de disputa ligada ao embate de ideias. Seguindo esse fio interpretativo, apontaremos para o efeito trágico contido na dicotomia apolíneo/dionisíaco, tão cara ao autor.
{"title":"A AGONÍSTICA NO JOVEM NIETZSCHE E A INTENSIDADE DA DISPUTA COMO CONDIÇÃO DE CRIAÇÃO","authors":"Glaucer Ferreira Silva","doi":"10.26694/cadpetfil.v12i23.13081","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v12i23.13081","url":null,"abstract":"Resumo: A presente proposta investigativa tem como escopo pensar o elemento agonístico contido nos primeiros escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), a saber: A visão dionisíaca do mundo (1870), Os cinco prefácios para cinco livros não escritos (1872) e O Nascimento da Tragédia (1872); assim como outros textos do autor que se façam necessários. O conceito de ágon como força singular que impulsiona o fazer filosófico é, na filosofia nietzschiana, um termo ímpar, pois propõe rupturas e fissuras no próprio ato de pensar, postura esta, por vezes, extremamente radical com a tradição filosófica: como a ideia de verdade tão cultuada pelos pensadores clássicos da filosofia que encontra em Nietzsche uma leitura diferente. Para tanto, o ágon será tratado como um conceito aberto exatamente por sua natureza polissêmica, eixo de fundamental importância nos escritos nietzschianos de juventude, mas que utilizaremos no sentido de disputa ligada ao embate de ideias. Seguindo esse fio interpretativo, apontaremos para o efeito trágico contido na dicotomia apolíneo/dionisíaco, tão cara ao autor. ","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48252773","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-10DOI: 10.26694/cadpetfil.v12i23.12766
Bartolomeu Dos Santos Costa, Vanessa Cristina Silva Neco
O texto é o primeiro capítulo da obra Estado pós-democrático: neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis, no qual Rubens Casara, discorre sobre e aponta uma superação do Estado Democrático de Direito pelo Estado Pós-Democrático; faz uma diferenciação entre ambas as noções e aponta o que venha a ser esse Estado Pós-Democrático, assemelhando-o ao neoliberalismo. Esta resenha se propõe a analisar e discorrer sobre as ideias de Rubens Casara nesse texto sobre Estado Democrático de Direito, Estado Pós-Democrático e a relação do modelo Pós-Democrático com o neoliberalismo.
{"title":"ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, ESTADO PÓS-DEMOCRÁTICO E SUA RELAÇÃO COM O NEOLIBERALISMO","authors":"Bartolomeu Dos Santos Costa, Vanessa Cristina Silva Neco","doi":"10.26694/cadpetfil.v12i23.12766","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v12i23.12766","url":null,"abstract":"O texto é o primeiro capítulo da obra Estado pós-democrático: neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis, no qual Rubens Casara, discorre sobre e aponta uma superação do Estado Democrático de Direito pelo Estado Pós-Democrático; faz uma diferenciação entre ambas as noções e aponta o que venha a ser esse Estado Pós-Democrático, assemelhando-o ao neoliberalismo. Esta resenha se propõe a analisar e discorrer sobre as ideias de Rubens Casara nesse texto sobre Estado Democrático de Direito, Estado Pós-Democrático e a relação do modelo Pós-Democrático com o neoliberalismo.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42028515","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-10DOI: 10.26694/cadpetfil.v12i23.13047
Carlos Javier Lozada Villegas
Neste ensaio, gostaria de esclarecer, por meio da filosofia de Mayz Vallenilla, a estreita relação que existe entre técnica e alienação, como uma filosofia da técnica que se preocupa com o comportamento do homem, portanto, com sua alienação. Como resultado, este ensaio será dividido em três partes: na primeira seção, será desenvolvido um diálogo entre um historiador e um sociólogo, para construir uma breve história da técnica; na segunda seção apresentarei um diálogo sobre o conceito de alienação entre Marx e Heidegger a partir do pensamento do filósofo venezuelano Mayz Vallenilla e na última seção apresentarei a conexão entre ética e meta-técnica como alternativa atraente à alienação técnica.
{"title":"ALIENAÇÃO DA TÉCNICA NA FILOSOFIA DE MAYZ VALLENILLA","authors":"Carlos Javier Lozada Villegas","doi":"10.26694/cadpetfil.v12i23.13047","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v12i23.13047","url":null,"abstract":"Neste ensaio, gostaria de esclarecer, por meio da filosofia de Mayz Vallenilla, a estreita relação que existe entre técnica e alienação, como uma filosofia da técnica que se preocupa com o comportamento do homem, portanto, com sua alienação. Como resultado, este ensaio será dividido em três partes: na primeira seção, será desenvolvido um diálogo entre um historiador e um sociólogo, para construir uma breve história da técnica; na segunda seção apresentarei um diálogo sobre o conceito de alienação entre Marx e Heidegger a partir do pensamento do filósofo venezuelano Mayz Vallenilla e na última seção apresentarei a conexão entre ética e meta-técnica como alternativa atraente à alienação técnica.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48693101","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}