Pub Date : 2024-07-20DOI: 10.26694/cadpetfilo.v15i29.5674
Eduardo Marandola Jr.
É conhecida a crítica heideggeriana à Metafísica, a qual resultou na decretação do fim da Filosofia. Para o autor, o pensamento se anuncia poeticamente, pela pena de poetas que intuíram e sentiram o que deveria ser pensado. Esta nova época do Ser, no futuro, estaria em preparação, e é para esta tarefa que seu pensamento pós-viragem se direciona, na senda confluente da Poesia e da Filosofia. Neste artigo, retomamos um texto raro na bibliografia heideggeriana, composto em versos e aforismos, de 1947, “Da experiência do Pensar” (“Aus der Erfahrung des Denkens”), buscando refletir como a compreensão de experiência presente neste texto articula-se ao direcionamento para o poetar e os poetas presente em muitos dos textos heideggerianos nos anos seguintes, sugerindo que o pensamento (como poetar e filosofar) evoca uma experiência radical em relação à Metafísica: a passividade, como espera e escuta em uma topologia do ser.
海德格尔对形而上学的批判导致了哲学的终结,这是众所周知的。在作者看来,思想是通过诗人的笔,以诗意的方式展现出来的,他们直觉地感受到了应该思考的东西。未来存在的新时代正在准备之中,而他转折后的思考正是指向这一任务,走在诗歌与哲学的汇合之路上。在这篇文章中,我们将回到海德格尔书目中一篇罕见的、以诗句和箴言构成的1947年文本《论思维的经验》("Aus der Erfahrung des Denkens"),试图反思这篇文本中对经验的理解如何与海德格尔随后几年的许多文本中对诗歌和诗人的关注相衔接,从而表明思维(作为诗歌和哲学)唤起了一种与形而上学相关的激进经验:被动性,作为存在拓扑学中的等待与倾听。
{"title":"O PENSAR POÉTICO EM HEIDEGGER","authors":"Eduardo Marandola Jr.","doi":"10.26694/cadpetfilo.v15i29.5674","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5674","url":null,"abstract":"É conhecida a crítica heideggeriana à Metafísica, a qual resultou na decretação do fim da Filosofia. Para o autor, o pensamento se anuncia poeticamente, pela pena de poetas que intuíram e sentiram o que deveria ser pensado. Esta nova época do Ser, no futuro, estaria em preparação, e é para esta tarefa que seu pensamento pós-viragem se direciona, na senda confluente da Poesia e da Filosofia. Neste artigo, retomamos um texto raro na bibliografia heideggeriana, composto em versos e aforismos, de 1947, “Da experiência do Pensar” (“Aus der Erfahrung des Denkens”), buscando refletir como a compreensão de experiência presente neste texto articula-se ao direcionamento para o poetar e os poetas presente em muitos dos textos heideggerianos nos anos seguintes, sugerindo que o pensamento (como poetar e filosofar) evoca uma experiência radical em relação à Metafísica: a passividade, como espera e escuta em uma topologia do ser.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"113 40","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141820273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-20DOI: 10.26694/cadpetfilo.v15i29.5966
Dayana Paes de Araújo
Este artigo tematiza os limites da concepção moderna de Ciência advindos da fratura estabelecida entre conhecimentos científico e filosófico. Por muito tempo, as Ciências mantiveram-se alheias às reflexões de cunho ontológico por conta do abismo presumido entre Ciência e Filosofia. Nesse âmago, o trabalho inicia-se pela descrição do problema do conhecimento na Modernidade para demonstrar sua impertinência ontológica por meio da adoção do referencial fenomenológico mobilizado por Martin Heidegger. As Ciências Modernas, por se basearem no modelo científico e visão de mundo cartesianos, leram a realidade como um dado externo, de modo que a vivência inerente à experiencia de mundo não foi considerada. Parte-se então da interpretação de que a causa primeira dessa negligência está no trajeto de redução gnosiológica da ontologia. Para que as Ciências contemplem a vivência humana, mostra-se fundamental des-encobrir seu fundamento ontológico inescapável. O pensamento filosófico, nesse percurso, detém papel fundamental na (re)construção das Ciências, pois busca as causas e os princípios do conhecimento do real. Elege-se, para tanto, o tópico mundanidade do mundo, de acordo com a leitura heideggeriana, passível de ser discutido por meio da necessária incursão à ontologia. A abertura fenomenológica da esfera da vivência, contida na noção de mundanidade por supor a compreensão de mundo circundante, possibilita redimensionar o modo de se conceber as ciências.
{"title":"A ABERTURA FENOMENOLÓGICA DA ESFERA DA VIVÊNCIA CONTIDA NA ANALÍTICA DA EXISTÊNCIA DE MARTIN HEIDEGGER","authors":"Dayana Paes de Araújo","doi":"10.26694/cadpetfilo.v15i29.5966","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5966","url":null,"abstract":"Este artigo tematiza os limites da concepção moderna de Ciência advindos da fratura estabelecida entre conhecimentos científico e filosófico. Por muito tempo, as Ciências mantiveram-se alheias às reflexões de cunho ontológico por conta do abismo presumido entre Ciência e Filosofia. Nesse âmago, o trabalho inicia-se pela descrição do problema do conhecimento na Modernidade para demonstrar sua impertinência ontológica por meio da adoção do referencial fenomenológico mobilizado por Martin Heidegger. As Ciências Modernas, por se basearem no modelo científico e visão de mundo cartesianos, leram a realidade como um dado externo, de modo que a vivência inerente à experiencia de mundo não foi considerada. Parte-se então da interpretação de que a causa primeira dessa negligência está no trajeto de redução gnosiológica da ontologia. Para que as Ciências contemplem a vivência humana, mostra-se fundamental des-encobrir seu fundamento ontológico inescapável. O pensamento filosófico, nesse percurso, detém papel fundamental na (re)construção das Ciências, pois busca as causas e os princípios do conhecimento do real. Elege-se, para tanto, o tópico mundanidade do mundo, de acordo com a leitura heideggeriana, passível de ser discutido por meio da necessária incursão à ontologia. A abertura fenomenológica da esfera da vivência, contida na noção de mundanidade por supor a compreensão de mundo circundante, possibilita redimensionar o modo de se conceber as ciências.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"64 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141819025","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-20DOI: 10.26694/cadpetfilo.v15i29.5937
Josimar Binace de Oliveira
Este artigo objetiva compreender o conceito de democracia deliberativa elaborado por Jürgen Habermas, bem como observar suas potencialidades e carências apontadas pela filósofa Iris Young. Habermas propõe o modelo de democracia deliberativa como alternativa aos modelos liberal e republicano. Para Habermas os liberais se excedem nas bases normativas com fins éticos individualistas prescindindo de direitos sociais; enquanto os republicanos suprimem liberdades individuais em função de um ideal comunitarista. Nesse contexto, ele propõe a deliberação como um elo entre os poderes constituídos e a formação democrática da vontade, apontando uma saída para os extremos liberais e comunitários a fim de conciliar indivíduo e comunidade, autonomia privada e soberania popular. Apesar do avanço de Habermas, sua teoria tem sido alvo de muitas críticas. Young, por exemplo, vê a necessidade de aprimoramentos na democracia deliberativa, fazendo críticas a possíveis vieses culturais excludentes e erro em suposições de um elemento comum de entendimento.
{"title":"A DEMOCRACIA DELIBERATIVA HABERMASIANA E SEU COMPLEMENTO NA DEMOCRACIA COMUNICATIVA DE IRIS YOUNG","authors":"Josimar Binace de Oliveira","doi":"10.26694/cadpetfilo.v15i29.5937","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5937","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva compreender o conceito de democracia deliberativa elaborado por Jürgen Habermas, bem como observar suas potencialidades e carências apontadas pela filósofa Iris Young. Habermas propõe o modelo de democracia deliberativa como alternativa aos modelos liberal e republicano. Para Habermas os liberais se excedem nas bases normativas com fins éticos individualistas prescindindo de direitos sociais; enquanto os republicanos suprimem liberdades individuais em função de um ideal comunitarista. Nesse contexto, ele propõe a deliberação como um elo entre os poderes constituídos e a formação democrática da vontade, apontando uma saída para os extremos liberais e comunitários a fim de conciliar indivíduo e comunidade, autonomia privada e soberania popular. Apesar do avanço de Habermas, sua teoria tem sido alvo de muitas críticas. Young, por exemplo, vê a necessidade de aprimoramentos na democracia deliberativa, fazendo críticas a possíveis vieses culturais excludentes e erro em suposições de um elemento comum de entendimento.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"1 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141819421","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-20DOI: 10.26694/cadpetfilo.v15i29.5555
Hésla Marques da Silva Mota
O presente artigo aborda algumas concepções morais presentes no texto Rule-Consequencialism (2013), do filósofo contemporâneo Brad Hooker, que é especialista em filosofia moral e defensor do consequencialismo de regra. Texto este que é uma resposta a objeções feitas a essa teoria e ao mesmo tempo uma crítica a determinadas categorias consequencialistas, como é o caso do utilitarismo. De maneira geral, ambas se diferenciam entre si pelo resultado das escolhas dos atos, o primeiro pelas consequências baseadas em regras e o segundo pela felicidade e prazer. Veremos ainda que as concepções morais de bem-estar, de justiça, de distribuição, de consequências e de idéias morais, como a mentira, por exemplo, são expostas como uma crítica ao compararmos com a visão da doutrina utilitarista, principalmente a clássica. O artigo em questão não tem a pretensão de aprofundar nas raízes dessas doutrinas, porém, visa compreender quais são essas formulações e como podemos identificá-las pelo viés desse filósofo e como resultado iremos ter a possibilidade de refletir sobre essas construções críticas na nossa prática e na nossa vivência tanto individual quanto coletiva, olhando para uma dimensão ético-filosófica entre teoria e prática.
{"title":"CONCEPÇÕES MORAIS A PARTIR DO CONSEQUENCIALISMO DE REGRA","authors":"Hésla Marques da Silva Mota","doi":"10.26694/cadpetfilo.v15i29.5555","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5555","url":null,"abstract":"O presente artigo aborda algumas concepções morais presentes no texto Rule-Consequencialism (2013), do filósofo contemporâneo Brad Hooker, que é especialista em filosofia moral e defensor do consequencialismo de regra. Texto este que é uma resposta a objeções feitas a essa teoria e ao mesmo tempo uma crítica a determinadas categorias consequencialistas, como é o caso do utilitarismo. De maneira geral, ambas se diferenciam entre si pelo resultado das escolhas dos atos, o primeiro pelas consequências baseadas em regras e o segundo pela felicidade e prazer. Veremos ainda que as concepções morais de bem-estar, de justiça, de distribuição, de consequências e de idéias morais, como a mentira, por exemplo, são expostas como uma crítica ao compararmos com a visão da doutrina utilitarista, principalmente a clássica. O artigo em questão não tem a pretensão de aprofundar nas raízes dessas doutrinas, porém, visa compreender quais são essas formulações e como podemos identificá-las pelo viés desse filósofo e como resultado iremos ter a possibilidade de refletir sobre essas construções críticas na nossa prática e na nossa vivência tanto individual quanto coletiva, olhando para uma dimensão ético-filosófica entre teoria e prática.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"125 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141819557","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-20DOI: 10.26694/cadpetfilo.v15i29.4745
M. Lorenzon, Luiz Marcelo Darroz, R. Maraschin
Neste ensaio realiza-se ponderações acerca do texto A Incapacidade para o diálogo de Hans-Georg Gadamer ([1972] 2011), discutindo-o e analisando-o à luz das configurações sociais e antropológicas contemporâneas. Para tanto, propõe-se um duplo movimento em que discorre-se sobre a dimensão formativa do diálogo na perspectiva hermenêutica e, posteriormente, analisam-se alguns elementos que caracterizam a sociedade contemporânea, entre as quais destaca-se a consolidação de uma racionalidade neoliberal e a siliciocolonização do mundo. Observa-se que as mudanças antropológicas, ontológicas e sociológicas decorrentes das reconfigurações nas esferas mercantis e produtivas acentuam um processo de instrumentalização da linguagem que, consequentemente, torna os indivíduos menos propensos a relações dialógicas. Tal inferência possui implicações éticas e, sobretudo, sociais, à medida que um indivíduo não propenso ao diálogo tende a tornar-se solipsista e incapaz de estabelecer laços sociais duradouros. Assim, a incapacidade para o diálogo comporta em si a gênese da morte do homem público e a ruína civilizacional.
本文探讨了汉斯-格奥尔格-伽达默尔(Hans-Georg Gadamer)([1972] 2011)的著作《无法对话》(The Inability to Dialogue),并结合当代社会和人类学格局对其进行了讨论和分析。为此,我们提出了一个双循环,即从诠释学的角度讨论对话的形成维度,然后分析当代社会的一些特征因素,包括新自由主义理性的巩固和世界的硅语殖民化。我们注意到,重构商业和生产领域所带来的人类学、本体论和社会学变化,突出了语言工具化的过程,从而使个人更少地参与对话关系。这一推论具有伦理意义,尤其是社会意义,因为一个不喜欢对话的人往往会变得唯我独尊,无法建立持久的社会联系。因此,无法进行对话是公众死亡和文明毁灭的根源。
{"title":"A INCAPACIDADE PARA O DIÁLOGO","authors":"M. Lorenzon, Luiz Marcelo Darroz, R. Maraschin","doi":"10.26694/cadpetfilo.v15i29.4745","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.4745","url":null,"abstract":"Neste ensaio realiza-se ponderações acerca do texto A Incapacidade para o diálogo de Hans-Georg Gadamer ([1972] 2011), discutindo-o e analisando-o à luz das configurações sociais e antropológicas contemporâneas. Para tanto, propõe-se um duplo movimento em que discorre-se sobre a dimensão formativa do diálogo na perspectiva hermenêutica e, posteriormente, analisam-se alguns elementos que caracterizam a sociedade contemporânea, entre as quais destaca-se a consolidação de uma racionalidade neoliberal e a siliciocolonização do mundo. Observa-se que as mudanças antropológicas, ontológicas e sociológicas decorrentes das reconfigurações nas esferas mercantis e produtivas acentuam um processo de instrumentalização da linguagem que, consequentemente, torna os indivíduos menos propensos a relações dialógicas. Tal inferência possui implicações éticas e, sobretudo, sociais, à medida que um indivíduo não propenso ao diálogo tende a tornar-se solipsista e incapaz de estabelecer laços sociais duradouros. Assim, a incapacidade para o diálogo comporta em si a gênese da morte do homem público e a ruína civilizacional. ","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"123 33","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141819778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.5380/petfilo.v22i1.85899
Rafaela Pasqualin
Através dos parâmetros pós-estruturalistas, busca-se uma prática crítica e humanizada da clínica e que esteja aberta para repensar seus próprios acordos conceituais, ao abrirem-se para métodos que concedam em alguma medida reconhecimento aos pacientes psicóticos que não são capazes de realizar transferência em terapia. A loucura, sendo um fenômeno de dissociação com o nexo dos regimes de verdade estabelecidos, é uma tecnologia de defesa da psique contra a ultra identificação cultural com o Ego da sociedade contemporânea neoliberal. É através das noções descritas por Michael Pollak, sociólogo que escreve sobre identidade social e memória, em que diversas instituições como o Estado e a ciência difundem uma linha histórica progressiva e linear, que não passa de uma construção narrativa ideológica que atualiza o seu poder e domina o corpo social. Neste artigo identifica-se em alguma medida o caráter transgressivo da loucura que pode impulsionar a crítica das normas sociais, em defesa da autonomia do sujeito e da produção livre de seus próprios métodos artísticos, políticos e místicos da psicose. Em relação à epistemologia formadora das instituições, verifica-se o processo crítico necessário à psicanálise tradicional.
{"title":"Potencial Crítico da Loucura Contra os Regimes de Verdade","authors":"Rafaela Pasqualin","doi":"10.5380/petfilo.v22i1.85899","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.85899","url":null,"abstract":"Através dos parâmetros pós-estruturalistas, busca-se uma prática crítica e humanizada da clínica e que esteja aberta para repensar seus próprios acordos conceituais, ao abrirem-se para métodos que concedam em alguma medida reconhecimento aos pacientes psicóticos que não são capazes de realizar transferência em terapia. A loucura, sendo um fenômeno de dissociação com o nexo dos regimes de verdade estabelecidos, é uma tecnologia de defesa da psique contra a ultra identificação cultural com o Ego da sociedade contemporânea neoliberal. É através das noções descritas por Michael Pollak, sociólogo que escreve sobre identidade social e memória, em que diversas instituições como o Estado e a ciência difundem uma linha histórica progressiva e linear, que não passa de uma construção narrativa ideológica que atualiza o seu poder e domina o corpo social. Neste artigo identifica-se em alguma medida o caráter transgressivo da loucura que pode impulsionar a crítica das normas sociais, em defesa da autonomia do sujeito e da produção livre de seus próprios métodos artísticos, políticos e místicos da psicose. Em relação à epistemologia formadora das instituições, verifica-se o processo crítico necessário à psicanálise tradicional.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"87 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73620513","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.5380/petfilo.v22i1.85496
Guilherme Almeida de Lima
Investigar a substância epistemológica da psicanálise pressupõe o atravessamento de um conjunto de autores que navegam por essas marés, e que nos convidam a nós leitores a desbravar os mares agitados e taciturnos da jornada psicanalítica. A aventura sobre a qual o leitor é convidado a atravessar em psicanálise certamente é bordeada por um percurso incerto, arriscado, e naturalmente angustiante. No entanto, vez ou outra, as circunstâncias do Real fazem emergir alguns personagens que tornam essa jornada mais fluida e encorajadora, oferecendo-nos alguns resíduos conceituais e operacionais que nos despertam interesse e curiosidade, servindo como um guia de viagem, ou seja, há livros que caem em nossas mãos como um mapa, e assim como todo mapa em uma aventura fictícia: nos conduz a um valioso tesouro. O mapa sobre a qual o leitor possui a possibilidade de se aventurar, se trata do livro publicado em 2018 pela editora Blucher, “A Bruxa Metapsicologia e seus Destinos”, organizado por um dos grandes nomes da Filosofia da Psicanálise no Brasil, Leopoldo Fulgencio, além de outros nomes caricaturais, como Richard Simanke, Antonio Imasciati e Martine Girard. O livro é resultado de inúmeras pesquisas que vêm sendo realizadas há mais de décadas pelos autores, direcionando-nos às indagações não somente em um caráter histórico e epistemológico da psicanálise, mas despertando possibilidades de reconfigurações epistemológicas, dando novos formatos de existência às novas práticas científicas do século XXI. O valioso tesouro sobre o qual o mapa conduz a nós leitores, refere-se não somente à leve e agradável compreensão em relação a epistemologia da psicanálise e seus elementos associados, assim como as propostas apresentadas pelos autores em nos guiar imperceptivelmente ao núcleo da filosofia da psicanálise, endereçando-nos como que espontaneamente em um percurso conceitual que atravessa a natureza da metapsicologia, a sua função no panorama do desenvolvimento da psicanálise e suas repercussões epistemológicas dentro do cenário da filosofia da psicanálise. Além de navegarem conceitual e historicamente pela natureza da metapsicologia dentro da atmosfera intelectual do início do século XX, também apontam elementos que nos fazem pensar sobre qual é o destino da metapsicologia a partir do século XXI, considerando novas formatações epistemológicas e filosóficas. Como sabemos que é impossível abarcar a experiência em sua totalidade, me arrisco aqui em exprimir em palavras um recorte parcial dessa experiência, buscando expressar em forma de uma resenha quais foram as impressões teóricas, epistemológicas e filosóficas designadas ao leitor que se propõe a ler o livro “A Bruxa Metapsicologia e seus Destinos”. Destaco, sobretudo, que a metáfora utilizada sobre o livro como um mapa e seu conteúdo como um tesouro, não possui qualidade unicamente estilística, mas sobretudo, conceitual, uma vez que a metáfora e a ficção possuem um valor epistemológ
{"title":"A Bruxa Metapsicologia e seus Destinos","authors":"Guilherme Almeida de Lima","doi":"10.5380/petfilo.v22i1.85496","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.85496","url":null,"abstract":"Investigar a substância epistemológica da psicanálise pressupõe o atravessamento de um conjunto de autores que navegam por essas marés, e que nos convidam a nós leitores a desbravar os mares agitados e taciturnos da jornada psicanalítica. A aventura sobre a qual o leitor é convidado a atravessar em psicanálise certamente é bordeada por um percurso incerto, arriscado, e naturalmente angustiante. No entanto, vez ou outra, as circunstâncias do Real fazem emergir alguns personagens que tornam essa jornada mais fluida e encorajadora, oferecendo-nos alguns resíduos conceituais e operacionais que nos despertam interesse e curiosidade, servindo como um guia de viagem, ou seja, há livros que caem em nossas mãos como um mapa, e assim como todo mapa em uma aventura fictícia: nos conduz a um valioso tesouro. O mapa sobre a qual o leitor possui a possibilidade de se aventurar, se trata do livro publicado em 2018 pela editora Blucher, “A Bruxa Metapsicologia e seus Destinos”, organizado por um dos grandes nomes da Filosofia da Psicanálise no Brasil, Leopoldo Fulgencio, além de outros nomes caricaturais, como Richard Simanke, Antonio Imasciati e Martine Girard. O livro é resultado de inúmeras pesquisas que vêm sendo realizadas há mais de décadas pelos autores, direcionando-nos às indagações não somente em um caráter histórico e epistemológico da psicanálise, mas despertando possibilidades de reconfigurações epistemológicas, dando novos formatos de existência às novas práticas científicas do século XXI. O valioso tesouro sobre o qual o mapa conduz a nós leitores, refere-se não somente à leve e agradável compreensão em relação a epistemologia da psicanálise e seus elementos associados, assim como as propostas apresentadas pelos autores em nos guiar imperceptivelmente ao núcleo da filosofia da psicanálise, endereçando-nos como que espontaneamente em um percurso conceitual que atravessa a natureza da metapsicologia, a sua função no panorama do desenvolvimento da psicanálise e suas repercussões epistemológicas dentro do cenário da filosofia da psicanálise. Além de navegarem conceitual e historicamente pela natureza da metapsicologia dentro da atmosfera intelectual do início do século XX, também apontam elementos que nos fazem pensar sobre qual é o destino da metapsicologia a partir do século XXI, considerando novas formatações epistemológicas e filosóficas. Como sabemos que é impossível abarcar a experiência em sua totalidade, me arrisco aqui em exprimir em palavras um recorte parcial dessa experiência, buscando expressar em forma de uma resenha quais foram as impressões teóricas, epistemológicas e filosóficas designadas ao leitor que se propõe a ler o livro “A Bruxa Metapsicologia e seus Destinos”. Destaco, sobretudo, que a metáfora utilizada sobre o livro como um mapa e seu conteúdo como um tesouro, não possui qualidade unicamente estilística, mas sobretudo, conceitual, uma vez que a metáfora e a ficção possuem um valor epistemológ","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90140218","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.5380/petfilo.v22i1.84291
José Jefferson Da Costa Ferreira
Há uma questão que paira na história das sociedades e que tem reverberado nos escritos de diversos autores. O problema que se coloca é por que indivíduos se submetem a determinadas situações, por que se sujeitam. O problema da sujeição chamou a atenção de La Boétie quando indagou por que “tantos homens suportam às vezes um tirano só”. Essa problemática repercutiu em Marx, Engels e Althusser que pensaram a sujeição pela ideologia (um “poder estranho”). A noção pós-marxista ampliou o conceito designando a ideologia como “parte integrante do imaginário social”. Essas correntes, contudo, atribuem à ideologia uma primazia de compreensão da sujeição, fato criticado por Freud e Reich. Assim como estes (que pensaram a problemática da dominação pela ótica da psicologia das massas), Deleuze e Guattari analisaram o problema da dominação pelo socius e pelo inconsciente, indicando uma via individual e outra social (interesse x desejo). Assim sendo, neste texto analisar-se-á como o capitalismo utiliza-se de políticas de desejo para produzir um inconsciente-colonial. Ampliar-se-á a análise da sujeição à psicanálise para fornecer uma resposta ao problema por uma outra via, a do desejo.
{"title":"Sujeição e dominação: políticas de desejo no capitalismo","authors":"José Jefferson Da Costa Ferreira","doi":"10.5380/petfilo.v22i1.84291","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.84291","url":null,"abstract":"Há uma questão que paira na história das sociedades e que tem reverberado nos escritos de diversos autores. O problema que se coloca é por que indivíduos se submetem a determinadas situações, por que se sujeitam. O problema da sujeição chamou a atenção de La Boétie quando indagou por que “tantos homens suportam às vezes um tirano só”. Essa problemática repercutiu em Marx, Engels e Althusser que pensaram a sujeição pela ideologia (um “poder estranho”). A noção pós-marxista ampliou o conceito designando a ideologia como “parte integrante do imaginário social”. Essas correntes, contudo, atribuem à ideologia uma primazia de compreensão da sujeição, fato criticado por Freud e Reich. Assim como estes (que pensaram a problemática da dominação pela ótica da psicologia das massas), Deleuze e Guattari analisaram o problema da dominação pelo socius e pelo inconsciente, indicando uma via individual e outra social (interesse x desejo). Assim sendo, neste texto analisar-se-á como o capitalismo utiliza-se de políticas de desejo para produzir um inconsciente-colonial. Ampliar-se-á a análise da sujeição à psicanálise para fornecer uma resposta ao problema por uma outra via, a do desejo.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"182 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89151805","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.5380/petfilo.v22i1.85891
Cezar Prado
Este texto é uma interpretação do primeiro capítulo d’O Anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, mais como uma escrita do que como uma leitura. Ou seja, não há aqui intenção de descobrir uma verdade escondida para um texto que, de início, se propõe um “processo esquizofrênico”. De todo modo, divido esta minha escrita em quatro momentos: primeiramente, com uma análise do filme Incêndios (2010), tentando mostrar como um enredo aparentemente edipiano (no sentido psicanalítico) é muito mais rico que o Édipo; em segundo lugar, com uma exposição das três sínteses maquínico-desejantes, ou do inconsciente, desenvolvidas por Deleuze e Guattari; em terceiro lugar, com uma apresentação da ofensiva promovida pela “psiquiatria materialista” deleuzeguattariana em relação a certos autores psicanalistas como Reich, Lacan e Melanie Klein; por fim, com um aprofundamento das questões éticas e teóricas implicadas neste primeiro capítulo do livro, sobretudo aquelas ligadas ao projeto geral da obra: uma crítica econômico-libidinal do capitalismo, tendo em conta seus aspectos “esquizofrênicos” e mostrando a contribuição inestimável da psicanálise para este mesmo sistema econômico-libidinal.
{"title":"Máquinas, sínteses e crítica da psicanálise: O capítulo 1 d'O Anti-Édipo","authors":"Cezar Prado","doi":"10.5380/petfilo.v22i1.85891","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.85891","url":null,"abstract":"Este texto é uma interpretação do primeiro capítulo d’O Anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, mais como uma escrita do que como uma leitura. Ou seja, não há aqui intenção de descobrir uma verdade escondida para um texto que, de início, se propõe um “processo esquizofrênico”. De todo modo, divido esta minha escrita em quatro momentos: primeiramente, com uma análise do filme Incêndios (2010), tentando mostrar como um enredo aparentemente edipiano (no sentido psicanalítico) é muito mais rico que o Édipo; em segundo lugar, com uma exposição das três sínteses maquínico-desejantes, ou do inconsciente, desenvolvidas por Deleuze e Guattari; em terceiro lugar, com uma apresentação da ofensiva promovida pela “psiquiatria materialista” deleuzeguattariana em relação a certos autores psicanalistas como Reich, Lacan e Melanie Klein; por fim, com um aprofundamento das questões éticas e teóricas implicadas neste primeiro capítulo do livro, sobretudo aquelas ligadas ao projeto geral da obra: uma crítica econômico-libidinal do capitalismo, tendo em conta seus aspectos “esquizofrênicos” e mostrando a contribuição inestimável da psicanálise para este mesmo sistema econômico-libidinal.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89423979","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.5380/petfilo.v22i1.85513
Peterson Razente Camparotto
A presente tradução resultou do esforço e trabalho de coleta de fontes de pesquisa em Filosofia Antiga no contexto de projeto de iniciação científica (PIC-CNPq), desenvolvido entre os anos de 2019 e 2020 perante o Departamento de Filosofia/CCH/UEM. Os gregos fundaram a matemática, sob o ponto de vista filosófico e científico, muito embora os egípcios já a desenvolviam há muito tempo. O objetivo consistiu em traduzir esse artigo no idioma francês pela relevância do tema e pela sua repercussão nos meios acadêmicos até hoje. A contribuição é altamente relevante para os estudiosos da matemática em Platão, bem como acerca da teoria platônica sobre o Uno e a Díade nos diálogos em questão.Palavras-chave: Platão, matemática, fontes, filosofia antiga.
{"title":"A Teoria de Platão acerca do Uno e da Díade Indefinida e seus traços segundo a Matemática Grega","authors":"Peterson Razente Camparotto","doi":"10.5380/petfilo.v22i1.85513","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.85513","url":null,"abstract":"A presente tradução resultou do esforço e trabalho de coleta de fontes de pesquisa em Filosofia Antiga no contexto de projeto de iniciação científica (PIC-CNPq), desenvolvido entre os anos de 2019 e 2020 perante o Departamento de Filosofia/CCH/UEM. Os gregos fundaram a matemática, sob o ponto de vista filosófico e científico, muito embora os egípcios já a desenvolviam há muito tempo. O objetivo consistiu em traduzir esse artigo no idioma francês pela relevância do tema e pela sua repercussão nos meios acadêmicos até hoje. A contribuição é altamente relevante para os estudiosos da matemática em Platão, bem como acerca da teoria platônica sobre o Uno e a Díade nos diálogos em questão.Palavras-chave: Platão, matemática, fontes, filosofia antiga.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":"278 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134967499","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}