Luciano Santos Xavier, Denise Dias de Carvalho Sousa
No seio da Literatura, a poesia oral, ou as poéticas da oralidade como um todo, abarcam metodologias de análise que se diferem daquelas da Crítica e Teoria Literárias conservadoras e tradicionalistas, uma vez que seu amplo suporte teórico e conceitual relaciona o escopo literário com muitos outros campos epistêmicos, como o do teatro, da música, da antropologia, da sociologia, da etnologia, entre outros. Em vista disso, este trabalho aspira discutir alguns pontos teóricos no que concerne à poesia oral e sua genealogia nas culturas populares, incursionando em suas interfaces metodológicas e epistemológicas. Para tanto, nos pautamos em uma revisão de literatura de textos e pesquisas de autores como: Zumthor (1993), Fernandes (2007), Culler (1999), Santos (1994), Burke (1989), entre outros.
{"title":"Veredas epistêmicas e metodológicas da poesia oral","authors":"Luciano Santos Xavier, Denise Dias de Carvalho Sousa","doi":"10.35499/tl.v16i1.13743","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13743","url":null,"abstract":"No seio da Literatura, a poesia oral, ou as poéticas da oralidade como um todo, abarcam metodologias de análise que se diferem daquelas da Crítica e Teoria Literárias conservadoras e tradicionalistas, uma vez que seu amplo suporte teórico e conceitual relaciona o escopo literário com muitos outros campos epistêmicos, como o do teatro, da música, da antropologia, da sociologia, da etnologia, entre outros. Em vista disso, este trabalho aspira discutir alguns pontos teóricos no que concerne à poesia oral e sua genealogia nas culturas populares, incursionando em suas interfaces metodológicas e epistemológicas. Para tanto, nos pautamos em uma revisão de literatura de textos e pesquisas de autores como: Zumthor (1993), Fernandes (2007), Culler (1999), Santos (1994), Burke (1989), entre outros.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126044594","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste escrito é resenhar a obra em epígrafe. O livro de Francisco Bento da Silva, que é professor da Universidade Federal do Acre (UFAC), nos cursos de Graduação em História, Mestrado em Ensino de História e Mestrado e Doutorado em Letras, possui quatro capítulos e é proveniente de sua pesquisa de Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concluída em 2020. Na obra, Silva analisa muitas obras literárias sobre a região do Acre, escritas nos séculos XIX e XX, bem como muitos autores dessas obras e muitas personagens. Analisa poemas, charges e imagens (fotografias) publicadas em jornais brasileiros no/do referido período. Não me aterei a citar tais obras, autores e personagens porque são em grande quantidade. Ater-me-ei à essência da obra de Silva, ao tema por ela tratado.
{"title":"Desexplicações e lampejos de Francisco Bento da Silva sobre o Acre","authors":"T. R. Teles","doi":"10.35499/tl.v16i1.13787","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13787","url":null,"abstract":"O objetivo deste escrito é resenhar a obra em epígrafe. O livro de Francisco Bento da Silva, que é professor da Universidade Federal do Acre (UFAC), nos cursos de Graduação em História, Mestrado em Ensino de História e Mestrado e Doutorado em Letras, possui quatro capítulos e é proveniente de sua pesquisa de Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concluída em 2020. Na obra, Silva analisa muitas obras literárias sobre a região do Acre, escritas nos séculos XIX e XX, bem como muitos autores dessas obras e muitas personagens. Analisa poemas, charges e imagens (fotografias) publicadas em jornais brasileiros no/do referido período. Não me aterei a citar tais obras, autores e personagens porque são em grande quantidade. Ater-me-ei à essência da obra de Silva, ao tema por ela tratado.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130273054","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho apresenta considerações sobre a produção literária dos Maraguá. Essa etnia se configura na atualidade como a maior produtora de literatura indígena do Estado do Amazonas, com cinco escritores em atuação. Nossas considerações abrangem o processo de produção dessas narrativas, oriundas da oralidade e dos saberes ancestrais e a publicação dessas obras. Nosso estudo apresenta ainda um mapeamento das obras publicadas por essa etnia e discussões sobre os incentivos e os desafios enfrentados, que vão desde o não reconhecimento dessa literatura pelo campo literário, até questões concernentes à situação histórico-sociais desses escritores. O referencial teórico foi constituído, sobretudo, pelas concepções de Almeida e Queiroz (2004), Thiél (2012), Souza (2006) e outros estudiosos que compreendem essa literatura como um espaço fecundo para se pensar as questões de representatividade na contemporaneidade.
{"title":"A literatura indígena dos Maraguá: da produção à publicação","authors":"Francisco Bezerra dos Santos","doi":"10.35499/tl.v16i1.13839","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13839","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta considerações sobre a produção literária dos Maraguá. Essa etnia se configura na atualidade como a maior produtora de literatura indígena do Estado do Amazonas, com cinco escritores em atuação. Nossas considerações abrangem o processo de produção dessas narrativas, oriundas da oralidade e dos saberes ancestrais e a publicação dessas obras. Nosso estudo apresenta ainda um mapeamento das obras publicadas por essa etnia e discussões sobre os incentivos e os desafios enfrentados, que vão desde o não reconhecimento dessa literatura pelo campo literário, até questões concernentes à situação histórico-sociais desses escritores. O referencial teórico foi constituído, sobretudo, pelas concepções de Almeida e Queiroz (2004), Thiél (2012), Souza (2006) e outros estudiosos que compreendem essa literatura como um espaço fecundo para se pensar as questões de representatividade na contemporaneidade.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"315 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133304840","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
La novela Sistema nervioso (2018), de la escritora chilena Lina Meruane (1970) establece la presencia de la enfermedad como una manifestación heterotópica de la realidad, que conecta la vida presente y pasada de la protagonista; acaparando toda su atención respecto a las preocupaciones vitales que giran en torno a su trabajo como profesora y a la falta de tiempo requerido para terminar su tesis doctoral inconclusa. De tal forma que el sentimiento de culpa y de fracaso de Ella, la protagonista, va desencadenando una interesante reflexión sobre cómo los trastornos y enfermedades de uno u otro integrante del grupo familiar inciden de manera sistémica en sus devenires.Es así como los recuerdos de la infancia, de la vida familiar, su actual trabajo, la vida en pareja y sus proyecciones de futuro se perciben y se explican a través de ciertas enfermedades como el cáncer, los tumores, las fracturas o las úlceras, que también son parte del álbum de fotos familiar que cada cierto tiempo se hojea, como lo hace la protagonista, para recordar y constatar cuán similares pueden ser entre sí, no solo por rasgos físicos o por los lazos afectivos adoptados, sino también por enfermedades que se transmiten por herencia o se adquieren por costumbre.
{"title":"La enfermedad como heterotopía: un lugar de aceptación de la culpa y el fracaso en la novela \"Sistema nervioso\" (2018), de la escritora chilena Lina Meruane","authors":"M. Ramos","doi":"10.35499/tl.v16i1.13853","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13853","url":null,"abstract":"La novela Sistema nervioso (2018), de la escritora chilena Lina Meruane (1970) establece la presencia de la enfermedad como una manifestación heterotópica de la realidad, que conecta la vida presente y pasada de la protagonista; acaparando toda su atención respecto a las preocupaciones vitales que giran en torno a su trabajo como profesora y a la falta de tiempo requerido para terminar su tesis doctoral inconclusa. De tal forma que el sentimiento de culpa y de fracaso de Ella, la protagonista, va desencadenando una interesante reflexión sobre cómo los trastornos y enfermedades de uno u otro integrante del grupo familiar inciden de manera sistémica en sus devenires.Es así como los recuerdos de la infancia, de la vida familiar, su actual trabajo, la vida en pareja y sus proyecciones de futuro se perciben y se explican a través de ciertas enfermedades como el cáncer, los tumores, las fracturas o las úlceras, que también son parte del álbum de fotos familiar que cada cierto tiempo se hojea, como lo hace la protagonista, para recordar y constatar cuán similares pueden ser entre sí, no solo por rasgos físicos o por los lazos afectivos adoptados, sino también por enfermedades que se transmiten por herencia o se adquieren por costumbre.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"144 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116375197","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo: Este artigo objetiva analisar o silenciamento feminino representado no conto de fadas tradicional “A Pequena Sereia”, de Hans Christian Andersen, publicado inicialmente em 1837, em comparação com o conto de fadas moderno “Uma voz entre os arbustos”, de Marina Colasanti, publicado pela primeira vez em 1992. Neles, é possível estudar como a sociedade patriarcal mantém as mulheres no espaço privado, enquanto aos homens pertence o espaço público. Assim, limitadas à esfera doméstica por muito tempo, as mulheres não podiam se expressar, discursar ou escrever publicamente, uma vez que essas eram consideradas atividades masculinas. Nesse contexto, o silêncio das mulheres era uma forma de mantê-las submissas aos homens. Desse modo, comparamos esses dois contos de fadas a fim de identificar os sentidos do silêncio das protagonistas produzidos em momentos históricos diferentes: romantismo e contemporaneidade. Para isso, adotamos conceitos da teoria feminista de gênero, conforme autoras como Mary Del Priore (2020), Chimamanda Ngozi Adichie (2015), Adriana Piscitelli (2009), Heleieth Saffioti (2004); a ideia de poder segundo Michel Foucault (2011), e conceitos sobre os contos de fadas de acordo com Luís da Câmara Cascudo (2012), Mariza Mendes (2000), Nelly Novaes Coelho (1991), entre outros. Palavras-chave: Patriarcado; Mulheres; Silenciamento; Contos de fadas.
摘要:本文旨在分析安徒生1837年首次出版的传统童话《小美人鱼》与1992年首次出版的玛丽娜·科拉桑蒂的现代童话《灌木丛中的声音》中女性的沉默。在这些作品中,我们可以研究男权社会如何让女性留在私人空间,而男性则属于公共空间。因此,由于长期被限制在家庭领域,女性不能公开表达、演讲或写作,因为这些被认为是男性的活动。在这种情况下,女性的沉默是一种让她们屈从于男性的方式。因此,我们比较了这两个童话故事,以确定主人公在不同的历史时刻产生的沉默的意义:浪漫主义和当代。为此,我们采用了女权主义性别理论的概念,如Mary Del Priore (2020), Chimamanda Ngozi Adichie (2015), Adriana Piscitelli (2009), Heleieth Saffioti (2004);米歇尔·福柯(2011)的权力概念,以及luis da camara Cascudo(2012)、Mariza Mendes(2000)、Nelly Novaes Coelho(1991)等人的童话概念。关键词:父权制;女人;那次;童话故事。
{"title":"O silenciamento das mulheres em \"A pequena sereia\", de Hans Christian Andersen, e \"Uma voz entre os arbustos\", de Marina Colasanti","authors":"Cinthia Freitas de Souza","doi":"10.35499/tl.v16i1.13989","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13989","url":null,"abstract":"Resumo: \u0000Este artigo objetiva analisar o silenciamento feminino representado no conto de fadas tradicional “A Pequena Sereia”, de Hans Christian Andersen, publicado inicialmente em 1837, em comparação com o conto de fadas moderno “Uma voz entre os arbustos”, de Marina Colasanti, publicado pela primeira vez em 1992. Neles, é possível estudar como a sociedade patriarcal mantém as mulheres no espaço privado, enquanto aos homens pertence o espaço público. Assim, limitadas à esfera doméstica por muito tempo, as mulheres não podiam se expressar, discursar ou escrever publicamente, uma vez que essas eram consideradas atividades masculinas. Nesse contexto, o silêncio das mulheres era uma forma de mantê-las submissas aos homens. Desse modo, comparamos esses dois contos de fadas a fim de identificar os sentidos do silêncio das protagonistas produzidos em momentos históricos diferentes: romantismo e contemporaneidade. Para isso, adotamos conceitos da teoria feminista de gênero, conforme autoras como Mary Del Priore (2020), Chimamanda Ngozi Adichie (2015), Adriana Piscitelli (2009), Heleieth Saffioti (2004); a ideia de poder segundo Michel Foucault (2011), e conceitos sobre os contos de fadas de acordo com Luís da Câmara Cascudo (2012), Mariza Mendes (2000), Nelly Novaes Coelho (1991), entre outros. \u0000Palavras-chave: Patriarcado; Mulheres; Silenciamento; Contos de fadas.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"21 4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125871368","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pensando sobre os meios de comunicação indígena nas plataformas sociais (Facebook) em meio à pandemia do Sars-CoV-2 (o vírus que causa a doença Covid-19), neste artigo estudo duas narrativas que versam sobre as interações entre humanos e mais- que-humanos em dois textos publicados por um locutor Kayapó. O primeiro post, O pensamento das moscas, é apresentado em forma de diálogo e o segundo, O júpiter para os Kaiapo, narra uma mitologia contada por antepassados Kayapó. Essa pesquisa faz parte de uma etnografia digital em que estudo os universos textuais Kayapó produzidos por falantes bilíngues (Mebêngôkre-Português) nas redes sociais. O que me chama à atenção nessas postagens são as formas como as interações entre as multiespécies têm alcançado às plataformas virtuais através de mediadores/lideranças indígenas, que usam seus perfis públicos para falar sobre as histórias de seu povo, combinando suas narrativas às ações políticas indígenas a partir de diferentes sujeites discursivos.
{"title":"O pensamento das moscas e o júpiter para os kayapó: refletindo sobre narrativas e as interações entre humanos e mais-que-humanos nas redes sociais","authors":"Michelly Silva Machado","doi":"10.35499/tl.v16i1.14062","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.14062","url":null,"abstract":"Pensando sobre os meios de comunicação indígena nas plataformas sociais (Facebook) em meio à pandemia do Sars-CoV-2 (o vírus que causa a doença Covid-19), neste artigo estudo duas narrativas que versam sobre as interações entre humanos e mais- que-humanos em dois textos publicados por um locutor Kayapó. O primeiro post, O pensamento das moscas, é apresentado em forma de diálogo e o segundo, O júpiter para os Kaiapo, narra uma mitologia contada por antepassados Kayapó. Essa pesquisa faz parte de uma etnografia digital em que estudo os universos textuais Kayapó produzidos por falantes bilíngues (Mebêngôkre-Português) nas redes sociais. O que me chama à atenção nessas postagens são as formas como as interações entre as multiespécies têm alcançado às plataformas virtuais através de mediadores/lideranças indígenas, que usam seus perfis públicos para falar sobre as histórias de seu povo, combinando suas narrativas às ações políticas indígenas a partir de diferentes sujeites discursivos.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"112 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122665257","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
As produções artísticas de testemunho e de teor testemunhal ganharam notoriedade na segunda metade do século XX como uma forma de refletir sobre as experiências traumáticas oriundas desse período. Nesse sentido, pretende-se analisar, neste artigo, a produção quadrinística Encruzilhada (2011, 2016), de Marcelo D’Salete, como um produto artístico de teor testemunhal que tratou das experiências que atravessam a vida de pessoas negras que vivem na periferia. Por ser produzida a partir de experiências que são comuns a uma coletividade, o quadrinho também pode ser compreendido como um quadrinho-denúncia capaz de reelaborar, como testemunho, a realidade de violência e de racismo que ameaça a vida de mulheres negras e de homens negros no Brasil contemporâneo.
{"title":"Encruzilhada: uma história em quadrinhos sobre as vivências das pessoas negras no Brasil contemporâneo","authors":"Jaqueline Dos Santos Cunha","doi":"10.35499/tl.v16i1.13100","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13100","url":null,"abstract":"As produções artísticas de testemunho e de teor testemunhal ganharam notoriedade na segunda metade do século XX como uma forma de refletir sobre as experiências traumáticas oriundas desse período. Nesse sentido, pretende-se analisar, neste artigo, a produção quadrinística Encruzilhada (2011, 2016), de Marcelo D’Salete, como um produto artístico de teor testemunhal que tratou das experiências que atravessam a vida de pessoas negras que vivem na periferia. Por ser produzida a partir de experiências que são comuns a uma coletividade, o quadrinho também pode ser compreendido como um quadrinho-denúncia capaz de reelaborar, como testemunho, a realidade de violência e de racismo que ameaça a vida de mulheres negras e de homens negros no Brasil contemporâneo.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"183 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115798698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
“Aperfeiçoando o imperfeito” de Carla Luma, conto escolhido como objeto de estudo do presente artigo, é um texto literário situado no espaço virtual. Publicado no blog Escritoras Suicidas, o conto instigou a seguinte proposta: uma leitura pela ótica de alguns conceitos acerca do texto (BARTHES, 2004; KARVALHAL, 2012; CARVALHAL, 1992; SAMOYAULT, 2008), da memória (NORA, 1993; BERGSON, 1999; HALBWACHS, 2015; POLLAK, 1989, 1992) e da subjetividade (GIDDENS, 1991; HALL, 2015; CASTORIADIS, 1999). A abordagem do aporte teórico é colocada em prática a partir da nossa análise do conto de Luma. Percebemos, assim, que o texto literário estudado dialoga com outros textos por meio de uma pluralidade de memórias e da subjetividade fragmentada da voz que narra.
{"title":"Texto, memória e subjetividade: uma leitura de \"Aperfeiçoamento o imperfeito\", de Carla Luma","authors":"Isabelle Maria Soares","doi":"10.35499/tl.v16i1.13912","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13912","url":null,"abstract":" “Aperfeiçoando o imperfeito” de Carla Luma, conto escolhido como objeto de estudo do presente artigo, é um texto literário situado no espaço virtual. Publicado no blog Escritoras Suicidas, o conto instigou a seguinte proposta: uma leitura pela ótica de alguns conceitos acerca do texto (BARTHES, 2004; KARVALHAL, 2012; CARVALHAL, 1992; SAMOYAULT, 2008), da memória (NORA, 1993; BERGSON, 1999; HALBWACHS, 2015; POLLAK, 1989, 1992) e da subjetividade (GIDDENS, 1991; HALL, 2015; CASTORIADIS, 1999). A abordagem do aporte teórico é colocada em prática a partir da nossa análise do conto de Luma. Percebemos, assim, que o texto literário estudado dialoga com outros textos por meio de uma pluralidade de memórias e da subjetividade fragmentada da voz que narra.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"93 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133138633","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Claúdia Norete Novais Luz, Sandra Carneiro de Oliveira
Este trabalho objetivou verificar crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa do ensino médio de uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil, no tocante às convenções linguísticas institucionalizadas, de modo a compreender a valorização ou a rejeição das variedades da língua em uso e refletir sobre o ensino de língua portuguesa materna. A pesquisa norteou-se na abordagem teórica da Sociolinguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]; GÓMEZ MOLINA, 1998; MORENO FERNÁNDEZ, 2008), optando pela análise qualitativa e descritiva, a partir de testes de atitudes de abordagem direta. Esses testes revelaram crenças dos professores na superioridade da norma padrão e na dualidade certo/ errado, negando a variabilidade própria das línguas. Percebemos que as crenças sobre a língua portuguesa guiam as atitudes dos professores que, ao avaliar textos de alunos, os consideram insuficientes e cheios de erros por não atingirem um ideal de língua. Os docentes também demonstraram conhecimento da diversidade linguística, de gêneros textuais e da tipologia dissertativo-argumentativa. Observamos que enquanto o ensino tradicional tem metodologia clara, considerar a diversidade linguística exige metodologias diversas, o que depende da formação de professores pesquisadores autônomos, que ressignificam seu fazer docente na indissociabilidade da teoria e da prática pedagógica.
{"title":"Crenças e atitudes linguísticas de professores do ensino médio sobre a retomada anafórica de terceira pessoa","authors":"Claúdia Norete Novais Luz, Sandra Carneiro de Oliveira","doi":"10.35499/tl.v16i1.13530","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13530","url":null,"abstract":"Este trabalho objetivou verificar crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa do ensino médio de uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil, no tocante às convenções linguísticas institucionalizadas, de modo a compreender a valorização ou a rejeição das variedades da língua em uso e refletir sobre o ensino de língua portuguesa materna. A pesquisa norteou-se na abordagem teórica da Sociolinguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]; GÓMEZ MOLINA, 1998; MORENO FERNÁNDEZ, 2008), optando pela análise qualitativa e descritiva, a partir de testes de atitudes de abordagem direta. Esses testes revelaram crenças dos professores na superioridade da norma padrão e na dualidade certo/ errado, negando a variabilidade própria das línguas. Percebemos que as crenças sobre a língua portuguesa guiam as atitudes dos professores que, ao avaliar textos de alunos, os consideram insuficientes e cheios de erros por não atingirem um ideal de língua. Os docentes também demonstraram conhecimento da diversidade linguística, de gêneros textuais e da tipologia dissertativo-argumentativa. Observamos que enquanto o ensino tradicional tem metodologia clara, considerar a diversidade linguística exige metodologias diversas, o que depende da formação de professores pesquisadores autônomos, que ressignificam seu fazer docente na indissociabilidade da teoria e da prática pedagógica.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130549180","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Um dos desafios do ensino de português como língua materna é o de articular as práticas de linguagem preconizadas nos documentos oficiais (leitura, produção de texto, oralidade e análise linguística/semiótica) de modo contextualizado e significativo para o aluno. Neste texto, apresentamos uma proposta de sequência didática baseada nos pressupostos teórico-metodológicos de Dolz, Noverraz e Shneuwly (2004), na perspectiva da pedagogia culturalmente sensível (ERICKSON, 1987; BORTONI-RICARDO, 2003) e nas orientações da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Propomos uma sequência didática relacionada aos impactos da pandemia de Covid-19 no mundo do trabalho à medida em que são desenvolvidas habilidades relativas ao componente curricular Língua Portuguesa, especificamente a relação entre oralidade e escrita, a partir da retextualização de entrevistas orais para a modalidade escrita. Apresentamos, detalhadamente, a sequência didática e analisamos sua aplicação em uma turma de 7° ano do Ensino Fundamental da rede municipal de Água Branca, no interior do estado de Alagoas, durante a pandemia de Covid-19. A partir disso, evidenciamos a produtividade da proposta e apontamos para a possibilidade de replicação em outros contextos educacionais.
{"title":"Da entrevista oral à entrevista escrita: uma proposta de sequência didática na perspectiva da pedagogia culturalmente sensível","authors":"G. Carvalho, Josênia Vieira da Silva, V. Souza","doi":"10.35499/tl.v16i1.13591","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13591","url":null,"abstract":"Um dos desafios do ensino de português como língua materna é o de articular as práticas de linguagem preconizadas nos documentos oficiais (leitura, produção de texto, oralidade e análise linguística/semiótica) de modo contextualizado e significativo para o aluno. Neste texto, apresentamos uma proposta de sequência didática baseada nos pressupostos teórico-metodológicos de Dolz, Noverraz e Shneuwly (2004), na perspectiva da pedagogia culturalmente sensível (ERICKSON, 1987; BORTONI-RICARDO, 2003) e nas orientações da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Propomos uma sequência didática relacionada aos impactos da pandemia de Covid-19 no mundo do trabalho à medida em que são desenvolvidas habilidades relativas ao componente curricular Língua Portuguesa, especificamente a relação entre oralidade e escrita, a partir da retextualização de entrevistas orais para a modalidade escrita. Apresentamos, detalhadamente, a sequência didática e analisamos sua aplicação em uma turma de 7° ano do Ensino Fundamental da rede municipal de Água Branca, no interior do estado de Alagoas, durante a pandemia de Covid-19. A partir disso, evidenciamos a produtividade da proposta e apontamos para a possibilidade de replicação em outros contextos educacionais.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125369555","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}