Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344rns
Ruan Nunes Silva
ABSTRACT This paper aims to offer an understanding of the body as an archive while analysing poems written by queer and non-binary poet and performer Danez Smith. Seen as a conflicting field for power and control disputes, the archive can be read in different ways and this paper approaches it in order to theorise what a queer archival practice may signal when elements such as gender, sexuality and desire are interrogated in Smith’s poems. Taking into consideration theoretical contributions from Celia Pedrosa et al. (2018), Julietta Singh (2018), David Lapoujade (2017), Ann Cvetkovich (2003) and others, it is concluded that Smith’s poems display a complex negotiation of feeling and the world, allowing new meanings to erupt from the archive.
{"title":"The body as an archive","authors":"Ruan Nunes Silva","doi":"10.1590/2596-304x20212344rns","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344rns","url":null,"abstract":"ABSTRACT This paper aims to offer an understanding of the body as an archive while analysing poems written by queer and non-binary poet and performer Danez Smith. Seen as a conflicting field for power and control disputes, the archive can be read in different ways and this paper approaches it in order to theorise what a queer archival practice may signal when elements such as gender, sexuality and desire are interrogated in Smith’s poems. Taking into consideration theoretical contributions from Celia Pedrosa et al. (2018), Julietta Singh (2018), David Lapoujade (2017), Ann Cvetkovich (2003) and others, it is concluded that Smith’s poems display a complex negotiation of feeling and the world, allowing new meanings to erupt from the archive.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74529863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344dt
Djalma Thürler
RESUMO Este artigo se debruça sobre o texto de teatro And Tell Sad Stories of the Deaths of Queens, de Tennessee Williams, e procura demonstrar a consciência do autor sobre o camp e intenta discutir a tradução da expressão queen e suas implicações no casting da personagem Candy na cena contemporânea. Este ensaio baseia-se em perspectivas críticas queer e em saberes de desaprendizagem para enfatizar as formas como Williams encena a homossexualidade como um elemento estético da peça.
{"title":"And tell sad stories of the death of queens: o camp e a metáfora da vida como teatro","authors":"Djalma Thürler","doi":"10.1590/2596-304x20212344dt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344dt","url":null,"abstract":"RESUMO Este artigo se debruça sobre o texto de teatro And Tell Sad Stories of the Deaths of Queens, de Tennessee Williams, e procura demonstrar a consciência do autor sobre o camp e intenta discutir a tradução da expressão queen e suas implicações no casting da personagem Candy na cena contemporânea. Este ensaio baseia-se em perspectivas críticas queer e em saberes de desaprendizagem para enfatizar as formas como Williams encena a homossexualidade como um elemento estético da peça.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"14 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72540861","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
RESUMO Este artigo apresenta duas seções que, apesar de distintas, estão conectadas pelo objeto comum, o romance A Senhora de Pangim, do autor integralista brasileiro Gustavo Barroso, publicado, no Brasil, em 1932, e, em Portugal em 1940. Na primeira sessão são analisados estudos de fundo histórico e literário, publicado entre 1932 e 1965. Na segunda seção são analisadas representações gráficas da personagem histórica de Baltasar do Couto Cardoso/Maria Úrsula de Abreu e Lencastro (1682-1730), com especial interesse para duas revistas em quadrinhos, uma brasileira Edição Maravilhosa, n. 116, publicada em 1956, e uma mexicana Mujeres Célebres, n. 57, publicada em 1965. Estamos interessados não só em pensar as reiterações e rupturas entre o discurso histórico e o discurso literário, mas também a discussão sobre donzelas-guerreiras e a maneira como essas representações consideraram a instabilidade de gênero da personagem.
{"title":"De volta À Senhora de Pangim: outras fontes e outras representações","authors":"Mário César Lugarinho, Helder Thiago Cordeiro Maia","doi":"10.1590/2596-304x20212344mlhm","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344mlhm","url":null,"abstract":"RESUMO Este artigo apresenta duas seções que, apesar de distintas, estão conectadas pelo objeto comum, o romance A Senhora de Pangim, do autor integralista brasileiro Gustavo Barroso, publicado, no Brasil, em 1932, e, em Portugal em 1940. Na primeira sessão são analisados estudos de fundo histórico e literário, publicado entre 1932 e 1965. Na segunda seção são analisadas representações gráficas da personagem histórica de Baltasar do Couto Cardoso/Maria Úrsula de Abreu e Lencastro (1682-1730), com especial interesse para duas revistas em quadrinhos, uma brasileira Edição Maravilhosa, n. 116, publicada em 1956, e uma mexicana Mujeres Célebres, n. 57, publicada em 1965. Estamos interessados não só em pensar as reiterações e rupturas entre o discurso histórico e o discurso literário, mas também a discussão sobre donzelas-guerreiras e a maneira como essas representações consideraram a instabilidade de gênero da personagem.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85108095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344ajrs
Andrio J. R. dos Santos
ABSTRACT In The Lazarus Heart, the trans author Poppy Z. Brite sets a brutal anatomy of gender and sexuality, and examines the violence and abjection frequently imposed on queer subjects, especially on trans people. Body, gender, and sexuality occupy a central role in the novel, which allows Brite’s work to be read as queer Gothic, a type of fiction understood as an interstice between Gothic studies and queer studies. Berenice Bento states that transsexual bodies are fabrications engendered by particular technologies, and Butler defines gender as performance; these are the central issues to the analysis I propose here. My main goal is to discuss the thematic development towards the body. I pay particular attention to the violence inflicted upon, as well as the restoration of the body, also observing the character development of Lucrece.
{"title":"Dissolution and apotheosis of the queer body in The Lazarus Heart, by the trans author Poppy Z. Brite","authors":"Andrio J. R. dos Santos","doi":"10.1590/2596-304x20212344ajrs","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344ajrs","url":null,"abstract":"ABSTRACT In The Lazarus Heart, the trans author Poppy Z. Brite sets a brutal anatomy of gender and sexuality, and examines the violence and abjection frequently imposed on queer subjects, especially on trans people. Body, gender, and sexuality occupy a central role in the novel, which allows Brite’s work to be read as queer Gothic, a type of fiction understood as an interstice between Gothic studies and queer studies. Berenice Bento states that transsexual bodies are fabrications engendered by particular technologies, and Butler defines gender as performance; these are the central issues to the analysis I propose here. My main goal is to discuss the thematic development towards the body. I pay particular attention to the violence inflicted upon, as well as the restoration of the body, also observing the character development of Lucrece.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"42 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90195514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344crl
Christini Roman de Lima
RESUMO O livro de Maria José de Queiroz, Amor cruel, amor vingador, reeditado em 2021, é composto por cinco contos em que a perspectiva de leitura pode ser pautada pela Literatura policial ou, de forma mais abrangente, pela Ficção de crime.
Maria jose de Queiroz的书《残忍的爱,复仇的爱》于2021年再版,由五个故事组成,其中的阅读视角可以以警察文学或更广泛的犯罪小说为指导。
{"title":"A Ficção de crime em Amor cruel, amor vingador, de Maria José de Queiroz","authors":"Christini Roman de Lima","doi":"10.1590/2596-304x20212344crl","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344crl","url":null,"abstract":"RESUMO O livro de Maria José de Queiroz, Amor cruel, amor vingador, reeditado em 2021, é composto por cinco contos em que a perspectiva de leitura pode ser pautada pela Literatura policial ou, de forma mais abrangente, pela Ficção de crime.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79207278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344srsf
Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira
RESUMO O que custa dizer a verdade? Neste artigo discutimos o processo de se afirmar como sujeito transgênero tendo em vista as possibilidades tecnológicas (médicas, de escrita, de comunicação) e normativas de cada período histórico e cultural. Ao considerar o dizer-a-verdade-sobre-si, é preciso levar em conta os modos como o regime de verdade atua sobre os sujeitos, ora afirmando sobre suas subjetividades por saberes avalizados, ora pelos modos como individualmente faz ressoar tais verdades sobre suas experiências de vida, os movendo a inventar modos de vivenciá-la, reafirmando ou subvertendo tecnologias e discursos. Na primeira parte, discutimos o atravessamento das tecnologias na ação de dizer-a-verdade-sobre-si de sujeitos trans e, na segunda, a influência da normatividade de gênero nos regimes de verdade, arguindo favoravelmente ao uso do termo “transgênero” por centrar-se nas relações poder a partir da categoria gênero.
{"title":"Ousar dizer a “verdade” sobre o próprio gênero (apesar da cis-heteronorma): questões tecnológicas e normativas para dizer-a-verdade-sobre-si de sujeitos transgêneros","authors":"Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira","doi":"10.1590/2596-304x20212344srsf","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344srsf","url":null,"abstract":"RESUMO O que custa dizer a verdade? Neste artigo discutimos o processo de se afirmar como sujeito transgênero tendo em vista as possibilidades tecnológicas (médicas, de escrita, de comunicação) e normativas de cada período histórico e cultural. Ao considerar o dizer-a-verdade-sobre-si, é preciso levar em conta os modos como o regime de verdade atua sobre os sujeitos, ora afirmando sobre suas subjetividades por saberes avalizados, ora pelos modos como individualmente faz ressoar tais verdades sobre suas experiências de vida, os movendo a inventar modos de vivenciá-la, reafirmando ou subvertendo tecnologias e discursos. Na primeira parte, discutimos o atravessamento das tecnologias na ação de dizer-a-verdade-sobre-si de sujeitos trans e, na segunda, a influência da normatividade de gênero nos regimes de verdade, arguindo favoravelmente ao uso do termo “transgênero” por centrar-se nas relações poder a partir da categoria gênero.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"22 4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83828041","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344es
Emerson Silvestre
RESUMO Partindo da ideia de corpo-trans como metáfora para se compreender as diversas possibilidades de transgeneridade, este artigo tem como objetivo explorar como a personagem transgênera tem sido representada em narrativas literárias brasileiras. Para tanto, faz-se necessário comparar o modelo representacional de autores cisgêneros com a representação empreendida por autores e autoras transgêneros. Nessa empreitada, é importante encarar os textos de autoria trans a partir de uma visada transfeminista, isto é, de um escopo teórico criador por, e destinado às próprias pessoas trans. Nesse contexto, este artigo busca responder perguntas como: onde estão as personagens transgêneras criadas pela autoria trans? Quais padrões representacionais são observados na construção de tais personagens na autoria cis e na autoria trans? Por que quase nunca se fala em autoria trans mesmo quando o assunto é a representação de personagens transgêneras? As respostas sugeridas indicam um apagamento da autoria trans como consequência da cisheteronormatividade que influencia o campo literário editorial e acadêmico.
{"title":"Representação de personagens transgêneras em narrativas literárias brasileiras: um problema de gênero","authors":"Emerson Silvestre","doi":"10.1590/2596-304x20212344es","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344es","url":null,"abstract":"RESUMO Partindo da ideia de corpo-trans como metáfora para se compreender as diversas possibilidades de transgeneridade, este artigo tem como objetivo explorar como a personagem transgênera tem sido representada em narrativas literárias brasileiras. Para tanto, faz-se necessário comparar o modelo representacional de autores cisgêneros com a representação empreendida por autores e autoras transgêneros. Nessa empreitada, é importante encarar os textos de autoria trans a partir de uma visada transfeminista, isto é, de um escopo teórico criador por, e destinado às próprias pessoas trans. Nesse contexto, este artigo busca responder perguntas como: onde estão as personagens transgêneras criadas pela autoria trans? Quais padrões representacionais são observados na construção de tais personagens na autoria cis e na autoria trans? Por que quase nunca se fala em autoria trans mesmo quando o assunto é a representação de personagens transgêneras? As respostas sugeridas indicam um apagamento da autoria trans como consequência da cisheteronormatividade que influencia o campo literário editorial e acadêmico.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"329 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76583640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344hraaatam
Hector Domínguez-Ruvalcaba, A. Alós, A. Taufer, A. Moira
{"title":"“Lo que me importa subrayar es la configuración social del ódio”: uma entrevista com Hector Domínguez-Ruvalcaba","authors":"Hector Domínguez-Ruvalcaba, A. Alós, A. Taufer, A. Moira","doi":"10.1590/2596-304x20212344hraaatam","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344hraaatam","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"27 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73944597","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344npvp
Natália Salomé Poubel, Vinícius Carvalho Pereira
RESUMO Diante das inúmeras possibilidades de performances de gênero na linguagem, discutimos, neste artigo, a obra da escritora norte-americana Joy Ladin, mulher trans, judia, poetisa premiada e professora universitária, em cuja escrita observamos uma constante reelaboração do performar-se mulher, num continuum feminino. Na leitura dos poemas “It Like Me”, “The Poem and Me” e “Not Unlike” (LADIN, 2017), atentamos para a ocorrência do que a própria autora chama de trans poética e adotamos diferentes noções da teoria literária feminista e dos estudos de gênero, com destaque para o conceito de eu lírica (POUBEL, 2020). Nessa discussão, entendemos a escrita como espaço para acolher e expressar identidades que não são estáveis e nem semelhantes, demonstrando como as performances das eu líricas na poesia de Joy Ladin podem moldar variadas mulheres - autoproclamadas mulheres - no discurso e, a partir disso, mudar a direção na qual estas são vistas dentro e fora da linguagem.
{"title":"Poesia e transpoética nas performances da eu lírica dos poemas de Joy Ladin","authors":"Natália Salomé Poubel, Vinícius Carvalho Pereira","doi":"10.1590/2596-304x20212344npvp","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344npvp","url":null,"abstract":"RESUMO Diante das inúmeras possibilidades de performances de gênero na linguagem, discutimos, neste artigo, a obra da escritora norte-americana Joy Ladin, mulher trans, judia, poetisa premiada e professora universitária, em cuja escrita observamos uma constante reelaboração do performar-se mulher, num continuum feminino. Na leitura dos poemas “It Like Me”, “The Poem and Me” e “Not Unlike” (LADIN, 2017), atentamos para a ocorrência do que a própria autora chama de trans poética e adotamos diferentes noções da teoria literária feminista e dos estudos de gênero, com destaque para o conceito de eu lírica (POUBEL, 2020). Nessa discussão, entendemos a escrita como espaço para acolher e expressar identidades que não são estáveis e nem semelhantes, demonstrando como as performances das eu líricas na poesia de Joy Ladin podem moldar variadas mulheres - autoproclamadas mulheres - no discurso e, a partir disso, mudar a direção na qual estas são vistas dentro e fora da linguagem.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"59 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88985028","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.1590/2596-304x20212344rmaf
Régis Mikail Abud Filho
RESUMO Como a identidade trans era representada na ficção durante a passagem do século XIX para o século XX? A literatura científica e os modelos de sexualidade sequer a reconheciam, limitando-a à categoria de “homossexual”. O romance La Fille manquée (1903), de Han Ryner, questiona essas teorias ao ressaltar a complexidade da natureza e da sexualidade humanas. Sob esse escopo, propomos uma interpretação da protagonista François (“a menina falhada” do título, termo atribuído ao homossexual masculino) e de seu sofrimento como incapacidade em assumir plenamente sua identidade feminina, indicada em vários pontos da narrativa. Para tal, recorremos aos discursos (pseudo)científicos do século XIX, então em voga, e a estudos de Freud, notadamente sobre Da Vinci e o conceito de narcisismo, considerando a estrutura do romance, a construção da personagem e o contexto literário da época.
在19世纪到20世纪的过渡过程中,跨性别身份在小说中是如何表现的?科学文献和性模型甚至不承认她,把她限制在“同性恋”的范畴内。汉·赖纳的小说《La Fille manquee》(1903)通过强调人类本性和性行为的复杂性,对这些理论提出了质疑。在这个范围内,我们提出了主人公francois(标题中的“失败的女孩”,指的是男性同性恋)的解释,以及她无法完全接受自己的女性身份的痛苦,这在叙事的各个点都有体现。为此,我们求助于19世纪流行的(伪)科学话语,以及弗洛伊德的研究,特别是关于达芬奇和自恋的概念,考虑小说的结构,人物的构建和当时的文学背景。
{"title":"Esboço de uma identidade trans no século XIX: La Fille manquée, de Han Ryner","authors":"Régis Mikail Abud Filho","doi":"10.1590/2596-304x20212344rmaf","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20212344rmaf","url":null,"abstract":"RESUMO Como a identidade trans era representada na ficção durante a passagem do século XIX para o século XX? A literatura científica e os modelos de sexualidade sequer a reconheciam, limitando-a à categoria de “homossexual”. O romance La Fille manquée (1903), de Han Ryner, questiona essas teorias ao ressaltar a complexidade da natureza e da sexualidade humanas. Sob esse escopo, propomos uma interpretação da protagonista François (“a menina falhada” do título, termo atribuído ao homossexual masculino) e de seu sofrimento como incapacidade em assumir plenamente sua identidade feminina, indicada em vários pontos da narrativa. Para tal, recorremos aos discursos (pseudo)científicos do século XIX, então em voga, e a estudos de Freud, notadamente sobre Da Vinci e o conceito de narcisismo, considerando a estrutura do romance, a construção da personagem e o contexto literário da época.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73689479","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}