Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.44040
T. Santos, M. Azevedo
O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, que visa mapear a utilização de software nas pesquisas de Pós-Graduação em Educação, descrevendo quais as diferentes formas de contribuição que os softwares oferecem para a pesquisa que o utilizou. Para a coleta de dados, foi consultado o Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no qual foi utilizado, para a busca, o descritor "utilização de software", que retornou com 118 ocorrências. Ao aplicar o filtro por área de conhecimento com a opção Educação, foram encontrados 11 títulos, sendo 10 dissertações e 1 tese. Esta pesquisa apresenta uma categorização das formas de uso e contribuições de softwares para as pesquisas em Educação. Tem-se a pretensão de, com este estudo, fornecer informações sobre o uso de tecnologias da informação e da comunicação em pesquisa na área da educação e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para a forma com que as palavras-chave são referidas na produção acadêmica.
本研究是一项文献研究,采用定性的方法,旨在绘制软件在教育研究生研究中的使用,描述软件为使用它的研究提供的不同形式的贡献。为了收集数据,我们查阅了coordenacao de aperfeicoamento de Pessoal de nivel Superior (CAPES)的论文和学位论文目录,其中使用了描述符“uso de software”进行搜索,返回118次。当应用知识领域过滤与教育选项,发现11个标题,10篇论文和1篇论文。本研究对软件在教育研究中的使用方式和贡献进行了分类。本研究旨在提供信息和通信技术在教育领域研究中的使用信息,同时提请人们注意关键词在学术生产中被提及的方式。
{"title":"UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE NO DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS NA PÓS-GRADUAÇÃO DA ÁREA DE EDUCAÇÃO NO BRASIL (2006-2017)","authors":"T. Santos, M. Azevedo","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.44040","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.44040","url":null,"abstract":"O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, que visa mapear a utilização de software nas pesquisas de Pós-Graduação em Educação, descrevendo quais as diferentes formas de contribuição que os softwares oferecem para a pesquisa que o utilizou. Para a coleta de dados, foi consultado o Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no qual foi utilizado, para a busca, o descritor \"utilização de software\", que retornou com 118 ocorrências. Ao aplicar o filtro por área de conhecimento com a opção Educação, foram encontrados 11 títulos, sendo 10 dissertações e 1 tese. Esta pesquisa apresenta uma categorização das formas de uso e contribuições de softwares para as pesquisas em Educação. Tem-se a pretensão de, com este estudo, fornecer informações sobre o uso de tecnologias da informação e da comunicação em pesquisa na área da educação e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para a forma com que as palavras-chave são referidas na produção acadêmica.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753481","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46060
Amurabi Oliveira, M. Cigales
A sociologia é marcada por uma trajetória de presenças e ausências no currículo escolar no Brasil, o que se relaciona diretamente com os projetos educacionais implementadas. Em 2008 a sociologia tornou-se disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio, o que perdurou até 2017, quando houve uma perda desta obrigatoriedade pela Reforma do ensino médio. Por meio de uma análise bibliográfica descrevemos os avanços ocorridos no âmbito do ensino de sociologia entre 2008 e 2017, período de sua obrigatoriedade, a partir de três aspectos: a) o debate intelectual; b) a formação de professores; c) a produção de livros didáticos. Os resultados apontam para o fortalecimento da sociologia nesse nível de ensino, ainda que a Reforma do ensino médio seja um empecilho para sua efetiva consolidação.
{"title":"O ENSINO DE SOCIOLOGIA NO BRASIL: UM BALANÇO DOS AVANÇOS GALGADOS ENTRE 2008 E 2017","authors":"Amurabi Oliveira, M. Cigales","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46060","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46060","url":null,"abstract":" A sociologia é marcada por uma trajetória de presenças e ausências no currículo escolar no Brasil, o que se relaciona diretamente com os projetos educacionais implementadas. Em 2008 a sociologia tornou-se disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio, o que perdurou até 2017, quando houve uma perda desta obrigatoriedade pela Reforma do ensino médio. Por meio de uma análise bibliográfica descrevemos os avanços ocorridos no âmbito do ensino de sociologia entre 2008 e 2017, período de sua obrigatoriedade, a partir de três aspectos: a) o debate intelectual; b) a formação de professores; c) a produção de livros didáticos. Os resultados apontam para o fortalecimento da sociologia nesse nível de ensino, ainda que a Reforma do ensino médio seja um empecilho para sua efetiva consolidação. ","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753613","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.41552
Maria Josely De Figueirêdo Gomes
Este artigo objetiva analisar a diversidade e a sobrecarga do trabalho docente no IFRN campus Natal - Cidade Alta. Trata-se de uma pesquisa descritiva e inferencial, à luz da perspectiva quantitativa, iniciada em 2016. Os participantes são 44 docentes efetivos e substitutos e o instrumento para coleta de dados foi o questionário online. Tais dados quantitativos foram submetidos a análises no pacote estatístico SPSS 23. Para tanto, utilizou-se estatística descritiva e inferencial (testes U Mann-Whitney, Rho de Spearman e o Qui quadrado). Nas inferências empreendidas, notou-se que os docentes que já percebem a sobrecarga de trabalho sentem: o elo com o mal-estar no ambiente laboral; a jornada mais extenuante (,025-54,84%); a falta tempo para dedicar-se a atividade que mais gosta (,015- 80%) e para organizar as atividades de ensino (,023- 61,29%). Os docentes que tem a percepção mais negativa da sobrecarga de trabalho são: os doutores (r=-,487 p<0,001); quem está há mais tempo no campus (r=-,329 p<0,029); os efetivos (r=,376 p<0,012); os que lecionam em mais cursos e os da área do Lazer e polivalentes (r=,316 p<0,044). Identificados alguns aspectos que sobrecarregam os docentes e quem são esses profissionais, urge ações e intervenções que harmonizem o ambiente laboral e previnam situações de risco.
{"title":"ASPECTOS QUANTITATIVOS DA DIVERSIDADE E DA SOBRECARGA DOCENTE NO IFRN CAMPUS NATAL - CIDADE ALTA","authors":"Maria Josely De Figueirêdo Gomes","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.41552","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.41552","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar a diversidade e a sobrecarga do trabalho docente no IFRN campus Natal - Cidade Alta. Trata-se de uma pesquisa descritiva e inferencial, à luz da perspectiva quantitativa, iniciada em 2016. Os participantes são 44 docentes efetivos e substitutos e o instrumento para coleta de dados foi o questionário online. Tais dados quantitativos foram submetidos a análises no pacote estatístico SPSS 23. Para tanto, utilizou-se estatística descritiva e inferencial (testes U Mann-Whitney, Rho de Spearman e o Qui quadrado). Nas inferências empreendidas, notou-se que os docentes que já percebem a sobrecarga de trabalho sentem: o elo com o mal-estar no ambiente laboral; a jornada mais extenuante (,025-54,84%); a falta tempo para dedicar-se a atividade que mais gosta (,015- 80%) e para organizar as atividades de ensino (,023- 61,29%). Os docentes que tem a percepção mais negativa da sobrecarga de trabalho são: os doutores (r=-,487 p<0,001); quem está há mais tempo no campus (r=-,329 p<0,029); os efetivos (r=,376 p<0,012); os que lecionam em mais cursos e os da área do Lazer e polivalentes (r=,316 p<0,044). Identificados alguns aspectos que sobrecarregam os docentes e quem são esses profissionais, urge ações e intervenções que harmonizem o ambiente laboral e previnam situações de risco.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753723","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A história intercultural e suas abordagens, a partir dos campos da elaboração teórica, epistêmica e metodológica, nos levam a pensar na necessidade de caminhar na ação de estabelecer um diálogo entre historiadores, humanistas e sujeitos interessados em diálogos entre culturas, em geral .De nossa geografia e necessidades, a necessidade de uma história intercultural surge com os imperativos de construir uma história de grupos tradicionalmente invisibilizados pelo esquema da história universal, a mando de Hegel.
{"title":"UNA REFLEXIÓN PRELIMINAR SOBRE LA CONSTRUCCIÓN DE UNA HISTORIA INTERCULTURAL Y LA INTERCULTURALIDAD EN LA HISTORIA","authors":"Gerardo Pompeu Ribeiro Neto, Alfredo Guillermo Rajo Serventich","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.45754","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.45754","url":null,"abstract":"A história intercultural e suas abordagens, a partir dos campos da elaboração teórica, epistêmica e metodológica, nos levam a pensar na necessidade de caminhar na ação de estabelecer um diálogo entre historiadores, humanistas e sujeitos interessados em diálogos entre culturas, em geral .De nossa geografia e necessidades, a necessidade de uma história intercultural surge com os imperativos de construir uma história de grupos tradicionalmente invisibilizados pelo esquema da história universal, a mando de Hegel.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48727018","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2019v28n2.47869
Daniel Valério Martins
Prezadas e prezados leitores, é com grande satisfação que divulgamos o novo dossiê da Revista Temas em Educação (RTE), que mostra o compromisso de publicar produções científicas qualificadas na área da Educação. Convidamos os(as) leitores(as) a acessarem os artigos que compõem o volume 28, número 02, de 2019. Esta edição está composta de oito artigos de pesquisadoras e pesquisadores de várias instituições nacionais e internacionais, com diversas temáticas e perspectivas complexas sobre a Educação Intercultural.
亲爱的读者们,我们非常满意地发布了《Temas em educacao》(RTE)杂志的新档案,该杂志显示了在教育领域发表合格科学成果的承诺。我们邀请读者访问2019年第28卷第02期的文章。本期由来自不同国家和国际机构的研究人员撰写的八篇文章组成,涉及跨文化教育的不同主题和复杂视角。
{"title":"Dossiê - EDITORIAL","authors":"Daniel Valério Martins","doi":"10.22478/ufpb.2359-7003.2019v28n2.47869","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2019v28n2.47869","url":null,"abstract":"Prezadas e prezados leitores, é com grande satisfação que divulgamos o novo dossiê da Revista Temas em Educação (RTE), que mostra o compromisso de publicar produções científicas qualificadas na área da Educação. Convidamos os(as) leitores(as) a acessarem os artigos que compõem o volume 28, número 02, de 2019. Esta edição está composta de oito artigos de pesquisadoras e pesquisadores de várias instituições nacionais e internacionais, com diversas temáticas e perspectivas complexas sobre a Educação Intercultural. ","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753760","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46123
M. Sousa, Daniel Valério Martins
O presente trabalho tem como objetivo investigar os percursos traçados pelos povos originários para o surgimento da educação escolar indígena no Estado do Ceará, as origens da escola diferenciada e intercultural, além de pesquisar sobre políticas e ações desenvolvidas neste ambiente escolar que visem respeitar a identidade e o autoreconhecimento desta população. O Estado do Ceará atualmente conta com 38 escolas indígenas da rede estadual e municipal, distribuídas em 15 municípios para 14 etnias cearenses. Ao pensar sobre o movimento indígena, especialmente sobre o surgimento da educação escolar indígena no Ceará e suas escolas, apareceram algumas inquietações e questões: quais foram os caminhos traçados nesta luta de resistência para que viesse a existir uma escola pensada pelos povos originários e para estes, garantindo seus direitos a esta escola diferenciada e intercultural, visando preservar sua identidade e ao mesmo tempo dando acesso a ciência e a tecnologia, dentro dos padrões das escolas asseguradas pelo Ministério da Educação e suas secretarias? Como são desenvolvidas as políticas e as ações para estas escolas e seus atores? Como referencial teórico, elencamos como principais pensadores sobre a questão indígena: Martins (2015), Aires (2009), Nascimento (2006), e outros, além de fontes oriundas do site da Secretaria de Educação e sua célula responsável. A metodologia adotada foi a pesquisa etnográfica, além de pesquisa bibliográfica, através de livros, artigos, documentos e sites. Realizou-se uma entrevista com a liderança indígena (cacique) da aldeia Tremembé. Os resultados revelam uma história traçada por luta, resistência, com perdas, negociações, mas também vitórias sobre os aspectos ligados à valorização da identidade indígena e autoreconhecimento. As considerações deixam reflexões a respeito da emergência da continuidade sobre a luta do movimento social indígena e da educação escolar indígena, sobre o qual deverá ser proporcionado mais visibilidade e investimentos. PALAVRAS-CHAVE: Povos originários, Identidade, Interculturalidade; Educação Escolar Indígena, Políticas Públicas.
{"title":"AS ESCOLAS INDÍGENAS NO ESTADO DO CEARÁ: UMA HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA","authors":"M. Sousa, Daniel Valério Martins","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46123","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46123","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo investigar os percursos traçados pelos povos originários para o surgimento da educação escolar indígena no Estado do Ceará, as origens da escola diferenciada e intercultural, além de pesquisar sobre políticas e ações desenvolvidas neste ambiente escolar que visem respeitar a identidade e o autoreconhecimento desta população. O Estado do Ceará atualmente conta com 38 escolas indígenas da rede estadual e municipal, distribuídas em 15 municípios para 14 etnias cearenses. Ao pensar sobre o movimento indígena, especialmente sobre o surgimento da educação escolar indígena no Ceará e suas escolas, apareceram algumas inquietações e questões: quais foram os caminhos traçados nesta luta de resistência para que viesse a existir uma escola pensada pelos povos originários e para estes, garantindo seus direitos a esta escola diferenciada e intercultural, visando preservar sua identidade e ao mesmo tempo dando acesso a ciência e a tecnologia, dentro dos padrões das escolas asseguradas pelo Ministério da Educação e suas secretarias? Como são desenvolvidas as políticas e as ações para estas escolas e seus atores? Como referencial teórico, elencamos como principais pensadores sobre a questão indígena: Martins (2015), Aires (2009), Nascimento (2006), e outros, além de fontes oriundas do site da Secretaria de Educação e sua célula responsável. A metodologia adotada foi a pesquisa etnográfica, além de pesquisa bibliográfica, através de livros, artigos, documentos e sites. Realizou-se uma entrevista com a liderança indígena (cacique) da aldeia Tremembé. Os resultados revelam uma história traçada por luta, resistência, com perdas, negociações, mas também vitórias sobre os aspectos ligados à valorização da identidade indígena e autoreconhecimento. As considerações deixam reflexões a respeito da emergência da continuidade sobre a luta do movimento social indígena e da educação escolar indígena, sobre o qual deverá ser proporcionado mais visibilidade e investimentos. PALAVRAS-CHAVE: Povos originários, Identidade, Interculturalidade; Educação Escolar Indígena, Políticas Públicas.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47973295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42199
Carla Moura Lima
Neste artigo são partilhadas descobertas advindas de diálogos com quilombolas: benzedeiras, curandeiros, parteiras e sacerdotes de religiões de matriz africana. Estes diálogos com cuidadores quilombolas aconteceram em quatro estados: Belém; Maranhão; Minas Gerais e Bahia, em sete quilombos, no Brasil. Estes diálogos ocorreram no âmbito do Projeto Protagonismo Quilombola na Luta por Saúde e Direitos Sociais, que teve como um de seus objetivos identificar práticas tradicionais de Cuidado, Promoção da Saúde e manifestações culturais. As práticas empreendidas por esses atores sociais mesclam-se muito mais profundamente com as suas convicções e práticas no campo da espiritualidade e religiosidade do que com a transmissão oral de conhecimentos por parte de seus ancestrais, diferentemente do esperado inicialmente. Uma outra conclusão foi a de que esses atores também são líderes comunitários considerados importantes por suas comunidades, e que também, a despeito das manifestações de intolerância religiosa dentro e fora dos quilombos, demonstram consciência da sua importância na luta pelos direitos quilombolas.
{"title":"A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO RELIGIOSIDADE E SAÚDE NAS PRÁTICAS DE CUIDADORES TRADICIONAIS QUILOMBOLAS","authors":"Carla Moura Lima","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42199","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42199","url":null,"abstract":"Neste artigo são partilhadas descobertas advindas de diálogos com quilombolas: benzedeiras, curandeiros, parteiras e sacerdotes de religiões de matriz africana. Estes diálogos com cuidadores quilombolas aconteceram em quatro estados: Belém; Maranhão; Minas Gerais e Bahia, em sete quilombos, no Brasil. Estes diálogos ocorreram no âmbito do Projeto Protagonismo Quilombola na Luta por Saúde e Direitos Sociais, que teve como um de seus objetivos identificar práticas tradicionais de Cuidado, Promoção da Saúde e manifestações culturais. As práticas empreendidas por esses atores sociais mesclam-se muito mais profundamente com as suas convicções e práticas no campo da espiritualidade e religiosidade do que com a transmissão oral de conhecimentos por parte de seus ancestrais, diferentemente do esperado inicialmente. Uma outra conclusão foi a de que esses atores também são líderes comunitários considerados importantes por suas comunidades, e que também, a despeito das manifestações de intolerância religiosa dentro e fora dos quilombos, demonstram consciência da sua importância na luta pelos direitos quilombolas.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753257","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42353
Nivaldo Aureliano Léo Neto, S. R. M. Souza
Ao olharmos os processos civilizatórios ocorridos na América Latina, em uma perspectiva autocrítica, poderemos constatar que formas outras de produção do conhecimento foram violentadas pelos colonizadores. A busca de uma razão intelectualista fez com que as afetividades fossem evitadas, ocasionando processos de violência epistêmica e racial que se estruturaram em diversas instituições produtoras de conhecimento. A instituição escolar, nesse sentido, (re)produz relações assimétricas de poder baseadas em representações enviesadas sobre os povos indígenas, por exemplo. Dessa forma, o Ensino de Ciências e Biologia, no pressuposto de um conhecimento neutro e imparcial que busca se distanciar das emoções, pode colaborar, em algumas situações, para relações racistas. Mas ao reconhecermos esse outro que se nos apresenta em sua diversidade e buscando uma educação intercultural, quais seriam as contribuições que os conhecimentos dos povos indígenas poderiam nos fornecer em relação às emoções para uma educação antirracista? Ao partir de uma perspectiva da descolonização, o presente trabalho busca refletir sobre possíveis contribuições para aspectos éticos que se relacionam às condições de possibilidade para que a vida floresça.
{"title":"FLORES E DORES: EMOÇÕES E A ÉTICA DA VIDA PARA UM ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA INTERCULTURAL E ANTIRRACISTA","authors":"Nivaldo Aureliano Léo Neto, S. R. M. Souza","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42353","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42353","url":null,"abstract":"Ao olharmos os processos civilizatórios ocorridos na América Latina, em uma perspectiva autocrítica, poderemos constatar que formas outras de produção do conhecimento foram violentadas pelos colonizadores. A busca de uma razão intelectualista fez com que as afetividades fossem evitadas, ocasionando processos de violência epistêmica e racial que se estruturaram em diversas instituições produtoras de conhecimento. A instituição escolar, nesse sentido, (re)produz relações assimétricas de poder baseadas em representações enviesadas sobre os povos indígenas, por exemplo. Dessa forma, o Ensino de Ciências e Biologia, no pressuposto de um conhecimento neutro e imparcial que busca se distanciar das emoções, pode colaborar, em algumas situações, para relações racistas. Mas ao reconhecermos esse outro que se nos apresenta em sua diversidade e buscando uma educação intercultural, quais seriam as contribuições que os conhecimentos dos povos indígenas poderiam nos fornecer em relação às emoções para uma educação antirracista? Ao partir de uma perspectiva da descolonização, o presente trabalho busca refletir sobre possíveis contribuições para aspectos éticos que se relacionam às condições de possibilidade para que a vida floresça. ","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753329","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42906
Emanuela Oliveira Carvalho Dourado, Edilania DE Paiva Silva
Resumo: Este artigo aborda a diversidade cultural, ao apresentar contribuições da perspectiva intercultural do campo educacional na pós-modernidade, entrelaçado aos pressupostos pós-críticos em educação, em diálogos contemporâneos sobre a juventude e suas identidades culturais, a partir da investigação no/do cotidiano escolar. O interesse da pesquisa surgiu da prática profissional de uma das autoras que, ao atuar como coordenadora pedagógica em uma escola de Ensino Médio, observa insegurança e dificuldades da maioria dos/as profissionais para o trabalho com a diversidade presente nesse espaço. A opção metodológica da pesquisa considerou a abordagem qualitativa e o contato direto com a situação estudada, através da Etnopesquisa, buscando compreender a realidade vivenciada pelos/as participantes, em seus contextos socioculturais. Para o levantamento e a construção das informações, utilizaram-se questionário, tertúlias dialógicas culturais e observação participante. O estudo aponta que os/as jovens estudantes, participantes da pesquisa, são sujeitos fragmentados e híbridos, que buscam por maiores espaços de expressão e afirmação de suas identidades culturais, passando por tensões, conflitos e negociações. Ao mesmo tempo, apontam a necessidade de repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola, a fim de valorizar suas expectativas e necessidades. Palavras-chave: Juventude. Interculturalidade. Identidade. Hibridização cultural.
{"title":"INTERCULTURALIDADE NA ESCOLA URBANA: A DIVERSIDADE TECIDA POR JOVENS ESTUDANTES DO CAMPO.","authors":"Emanuela Oliveira Carvalho Dourado, Edilania DE Paiva Silva","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42906","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.42906","url":null,"abstract":" Resumo: Este artigo aborda a diversidade cultural, ao apresentar contribuições da perspectiva intercultural do campo educacional na pós-modernidade, entrelaçado aos pressupostos pós-críticos em educação, em diálogos contemporâneos sobre a juventude e suas identidades culturais, a partir da investigação no/do cotidiano escolar. O interesse da pesquisa surgiu da prática profissional de uma das autoras que, ao atuar como coordenadora pedagógica em uma escola de Ensino Médio, observa insegurança e dificuldades da maioria dos/as profissionais para o trabalho com a diversidade presente nesse espaço. A opção metodológica da pesquisa considerou a abordagem qualitativa e o contato direto com a situação estudada, através da Etnopesquisa, buscando compreender a realidade vivenciada pelos/as participantes, em seus contextos socioculturais. Para o levantamento e a construção das informações, utilizaram-se questionário, tertúlias dialógicas culturais e observação participante. O estudo aponta que os/as jovens estudantes, participantes da pesquisa, são sujeitos fragmentados e híbridos, que buscam por maiores espaços de expressão e afirmação de suas identidades culturais, passando por tensões, conflitos e negociações. Ao mesmo tempo, apontam a necessidade de repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola, a fim de valorizar suas expectativas e necessidades. Palavras-chave: Juventude. Interculturalidade. Identidade. Hibridização cultural.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753397","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-03DOI: 10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46338
Rodrigo dos Santos Crepalde
Trata-se de uma resenha da obra Enhancing school science with indigenous knowledge: what we know from teachers and research, de Aikenhead e outros autores. A obra é uma contribuição valiosa a partir de uma experiência concreta em uma rede de ensino canadense e que se torna leitura obrigatória para aqueles interessados nas contribuições da interculturalidade, especialmente ao modo como é tratado o conhecimento tradicional, para o ensino e aprendizagem de ciências. O texto é organizado por meio de narrativas de professores da rede de ensino sobre suas experiências no processo de implementação do novo currículo. Essas narrativas oferecem o contexto, ou melhor, nas palavras dos autores, as histórias ajudam a aproximar o texto da vida, isto é, das práticas pedagógicas, das vivências e dos desafios enfrentados pelos docentes em direção da construção de uma proposta de ensino de ciências responsivo culturalmente (CReST – Culturally Responsive Science Teacher). A grande síntese que essa obra pode nos oferecer, coerente com a perspectiva intercultural, é que a ciência escolar, estendendo também à formação de professores, à didática e ao próprio currículo de ciências, tem como expectativa que os estudantes indígenas aprendam as explicações científicas, ao mesmo tempo que possam ter reconhecidas e fortalecidas suas identidades. Além disso, para os estudantes não-indígenas, a ciência escolar espera que eles também aprendam as explicações científicas, ao mesmo tempo que possam ampliar seus repertórios e visões de mundo ao compreender as perspectivas indígenas.
{"title":"RESENHA DE ENHANCING SCHOOL SCIENCE WITH INDIGENOUS KNOWLEDGE: WHAT WE KNOW FROM TEACHERS AND RESEARCH","authors":"Rodrigo dos Santos Crepalde","doi":"10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46338","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2359-7003.2019V28N2.46338","url":null,"abstract":"Trata-se de uma resenha da obra Enhancing school science with indigenous knowledge: what we know from teachers and research, de Aikenhead e outros autores. A obra é uma contribuição valiosa a partir de uma experiência concreta em uma rede de ensino canadense e que se torna leitura obrigatória para aqueles interessados nas contribuições da interculturalidade, especialmente ao modo como é tratado o conhecimento tradicional, para o ensino e aprendizagem de ciências. O texto é organizado por meio de narrativas de professores da rede de ensino sobre suas experiências no processo de implementação do novo currículo. Essas narrativas oferecem o contexto, ou melhor, nas palavras dos autores, as histórias ajudam a aproximar o texto da vida, isto é, das práticas pedagógicas, das vivências e dos desafios enfrentados pelos docentes em direção da construção de uma proposta de ensino de ciências responsivo culturalmente (CReST – Culturally Responsive Science Teacher). A grande síntese que essa obra pode nos oferecer, coerente com a perspectiva intercultural, é que a ciência escolar, estendendo também à formação de professores, à didática e ao próprio currículo de ciências, tem como expectativa que os estudantes indígenas aprendam as explicações científicas, ao mesmo tempo que possam ter reconhecidas e fortalecidas suas identidades. Além disso, para os estudantes não-indígenas, a ciência escolar espera que eles também aprendam as explicações científicas, ao mesmo tempo que possam ampliar seus repertórios e visões de mundo ao compreender as perspectivas indígenas.","PeriodicalId":33996,"journal":{"name":"Revista Temas em Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68753919","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}