Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.64167
Leonardo Lemos De Souza, Jader Janer Moreira Lopes, Ana Cecilia Marotta Méndez
Introdução
介绍
{"title":"PARENTALIDADES, INFÂNCIAS E JUVENTUDES NA AMÉRICA LATINA: PRÁTICAS, RELAÇÕES E DISCURSOS EM POLÍTICAS DE CUIDADO E PROTEÇÃO","authors":"Leonardo Lemos De Souza, Jader Janer Moreira Lopes, Ana Cecilia Marotta Méndez","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.64167","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.64167","url":null,"abstract":"Introdução","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48333248","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.48002
Hélen Rimet Alves de Almeida, C. D. F. Melo, Danielle Feitosa Araújo, Karla Patrícia Martins Ferreira, A. Pichelli, Marina Braga Teófilo
Objetivou-se apreender a percepção e os significados expressos por pacientes oncológicos em cuidados paliativos exclusivos sobre a morte, o câncer e sua experiência do processo de finitude. Contou-se com a participação de dez pacientes com câncer: cinco em atendimento domiciliar e cinco em internação hospitalar. Utilizaram-se de diferentes instrumentos e técnicas, em etapas distintas. Para a realização da Etapa 1, realizaram-se observações, por meio de visitas sistemáticas e escuta livre, guiadas por um roteiro de observação, com registro em diário de campo. Para a Etapa 2, utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), com estímulos indutores ‘Câncer’ e ‘Morte’. Os dados foram compreendidos por meio de análise descritiva (Diário de campo) e categorização (TALP). Os resultados mostram que o câncer e o seu tratamento estão associados à dor e ao medo. Os participantes apresentam dualidades entre a esperança de cura e a certeza de prognóstico reservado, e entre a aceitação e a negação da morte. A família tem papel fundamental no acolhimento e na oferta de autonomia e dignidade do paciente em processo de morte, embora também sofram com o coadoecimento. A espiritualidade/religiosidade é uma estratégia de enfrentamento utilizada pelos pacientes, reduzindo a angústia espiritual, apesar de também poder sustentar a esperança de cura e negação da morte, dificultando o processo de terminalidade. A autonomia também é um fator que contribui para a dignidade do paciente. Conclui-se que a aceitação da morte, suporte familiar e espiritual/religioso e respeito à autonomia contribuem para a ortotanásia e permitem a morte com mais dignidade.
{"title":"DIGNIDADE DE VIDA E MORTE: TERMINALIDADE DE PACIENTES COM CÂNCER EM ORTOTANÁSIA","authors":"Hélen Rimet Alves de Almeida, C. D. F. Melo, Danielle Feitosa Araújo, Karla Patrícia Martins Ferreira, A. Pichelli, Marina Braga Teófilo","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.48002","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.48002","url":null,"abstract":"Objetivou-se apreender a percepção e os significados expressos por pacientes oncológicos em cuidados paliativos exclusivos sobre a morte, o câncer e sua experiência do processo de finitude. Contou-se com a participação de dez pacientes com câncer: cinco em atendimento domiciliar e cinco em internação hospitalar. Utilizaram-se de diferentes instrumentos e técnicas, em etapas distintas. Para a realização da Etapa 1, realizaram-se observações, por meio de visitas sistemáticas e escuta livre, guiadas por um roteiro de observação, com registro em diário de campo. Para a Etapa 2, utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), com estímulos indutores ‘Câncer’ e ‘Morte’. Os dados foram compreendidos por meio de análise descritiva (Diário de campo) e categorização (TALP). Os resultados mostram que o câncer e o seu tratamento estão associados à dor e ao medo. Os participantes apresentam dualidades entre a esperança de cura e a certeza de prognóstico reservado, e entre a aceitação e a negação da morte. A família tem papel fundamental no acolhimento e na oferta de autonomia e dignidade do paciente em processo de morte, embora também sofram com o coadoecimento. A espiritualidade/religiosidade é uma estratégia de enfrentamento utilizada pelos pacientes, reduzindo a angústia espiritual, apesar de também poder sustentar a esperança de cura e negação da morte, dificultando o processo de terminalidade. A autonomia também é um fator que contribui para a dignidade do paciente. Conclui-se que a aceitação da morte, suporte familiar e espiritual/religioso e respeito à autonomia contribuem para a ortotanásia e permitem a morte com mais dignidade.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42487432","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.48185
Eliana Marcello De Felice
Este estudo objetiva levantar os fatores de risco da Depressão Pós-Parto por meio de uma revisão da literatura científica dos últimos 10 anos disponíveis nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Para isto, foram adotados os descritores “depressão pós-parto” e “fatores de risco”. A partir deles, foram selecionados 48 artigos e encontrados 25 fatores, classificados em três categorias: relacionados ao histórico físico, psicológico e educacional da mulher; ao ambiente atual; e às condições da gravidez, parto e puerpério. Os fatores mais mencionados foram: “histórico de depressão e/ou de outros transtornos psiquiátricos”, “falta de suporte social e/ou familiar” e “depressão, ansiedade e/ou afetos negativos na gravidez”. Entre as categorias, os fatores relacionados às condições da gestação, parto e puerpério foram os mais citados. Os resultados apontaram que as condições favoráveis ao desenvolvimento do transtorno possuem um caráter multifatorial e que aspectos intrapsíquicos se aliam a fatores ambientais na exposição da mulher ao risco de desenvolvimento do quadro clínico. Alguns fatores de risco revelaram que o transtorno atinge primordialmente os grupos sociais menos privilegiados, apontando para a importância de medidas profiláticas dirigidas a esses grupos.
{"title":"FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DEPRESSÃO PUERPERAL: REVISÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA","authors":"Eliana Marcello De Felice","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.48185","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.48185","url":null,"abstract":"Este estudo objetiva levantar os fatores de risco da Depressão Pós-Parto por meio de uma revisão da literatura científica dos últimos 10 anos disponíveis nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Para isto, foram adotados os descritores “depressão pós-parto” e “fatores de risco”. A partir deles, foram selecionados 48 artigos e encontrados 25 fatores, classificados em três categorias: relacionados ao histórico físico, psicológico e educacional da mulher; ao ambiente atual; e às condições da gravidez, parto e puerpério. Os fatores mais mencionados foram: “histórico de depressão e/ou de outros transtornos psiquiátricos”, “falta de suporte social e/ou familiar” e “depressão, ansiedade e/ou afetos negativos na gravidez”. Entre as categorias, os fatores relacionados às condições da gestação, parto e puerpério foram os mais citados. Os resultados apontaram que as condições favoráveis ao desenvolvimento do transtorno possuem um caráter multifatorial e que aspectos intrapsíquicos se aliam a fatores ambientais na exposição da mulher ao risco de desenvolvimento do quadro clínico. Alguns fatores de risco revelaram que o transtorno atinge primordialmente os grupos sociais menos privilegiados, apontando para a importância de medidas profiláticas dirigidas a esses grupos.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44137427","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.50272
Carolina De Campos Borges
Na última década, o Brasil tem vivido o desafio de acolher e integrar pessoas que migraram por razões forçadas, vindas principalmente do Haiti, da Venezuela e da Síria. Este artigo discute, a partir de um enfoque teórico, o acolhimento de imigrantes refugiados. Discorre-se, primeiramente, sobre a condição de vulnerabilidade psíquica constituída na migração, decorrente da quebra no quadro de referências culturais interiorizado pelo indivíduo deslocado, e ressalta-se a relevância de atividades de acolhimento para a promoção de saúde mental nesta população. Em seguida, reflete-se sobre alguns efeitos indesejáveis que podem ser produzidos na prática de acolhimento devido à dimensão intercultural da relação entre agentes e sujeitos das ações. São eles a desculturação e a estigmatização, fenômenos que ameaçam a integridade e a saúde mental dos imigrantes, devendo, portanto, ser evitados em um contexto de acolhimento. A construção de laços de solidariedade e reciprocidade apresentam-se como efeitos desejáveis do contato estabelecido entre imigrantes e voluntários na prática de acolhimento. Este artigo foi inspirado na experiência de realização de aulas de português para haitianos na cidade de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul.
{"title":"PENSANDO SOBRE O ACOLHIMENTO DE IMIGRANTES REFUGIADOS: DESCULTURAÇÃO, ESTIGMA E SOLIDARIEDADE","authors":"Carolina De Campos Borges","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.50272","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.50272","url":null,"abstract":"Na última década, o Brasil tem vivido o desafio de acolher e integrar pessoas que migraram por razões forçadas, vindas principalmente do Haiti, da Venezuela e da Síria. Este artigo discute, a partir de um enfoque teórico, o acolhimento de imigrantes refugiados. Discorre-se, primeiramente, sobre a condição de vulnerabilidade psíquica constituída na migração, decorrente da quebra no quadro de referências culturais interiorizado pelo indivíduo deslocado, e ressalta-se a relevância de atividades de acolhimento para a promoção de saúde mental nesta população. Em seguida, reflete-se sobre alguns efeitos indesejáveis que podem ser produzidos na prática de acolhimento devido à dimensão intercultural da relação entre agentes e sujeitos das ações. São eles a desculturação e a estigmatização, fenômenos que ameaçam a integridade e a saúde mental dos imigrantes, devendo, portanto, ser evitados em um contexto de acolhimento. A construção de laços de solidariedade e reciprocidade apresentam-se como efeitos desejáveis do contato estabelecido entre imigrantes e voluntários na prática de acolhimento. Este artigo foi inspirado na experiência de realização de aulas de português para haitianos na cidade de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43001031","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-19DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.49795
Cintia Bragheto Ferreira, Caroline da Silva Ferreira
No Brasil, o funcionamento das residências terapêuticas tende a apresentar desafios, tais como a falta de apoio social, que podem dificultar a produção do cuidado em saúde e afetar os trabalhadores do serviço. Por isso, a presente pesquisa tem como objetivo relatar a experiência de realização de oficinas com profissionais de uma residência terapêutica, além de descrever os desafios e potencialidades enfrentados pelos profissionais ao produzirem o cuidado em saúde. Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo-descritivo, do tipo relato de experiência, embasado na abordagem metodológica do construcionismo social. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas, gravadas, com cinco profissionais de uma residência terapêutica, seguidas por quatro oficinas, adaptadas a partir da Metodologia ‘Ritmos da Vida’, e diários de campo da pesquisadora. A partir dos relatos apresentados percebe-se que as participantes do estudo relataram muito mais desafios do que potencialidades para a produção do cuidado em saúde mental. Contudo, os espaços de fala e de escuta ofertados às profissionais parecem ter disponibilizado reflexões que possibilitaram a construção de sentidos positivos relacionados ao trabalho em saúde mental. Palavras-chave: Serviços de saúde mental; pessoal da saúde mental; grupos.
{"title":"RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS NAS PRÁTICAS DE TRABALHO","authors":"Cintia Bragheto Ferreira, Caroline da Silva Ferreira","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.49795","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.49795","url":null,"abstract":"No Brasil, o funcionamento das residências terapêuticas tende a apresentar desafios, tais como a falta de apoio social, que podem dificultar a produção do cuidado em saúde e afetar os trabalhadores do serviço. Por isso, a presente pesquisa tem como objetivo relatar a experiência de realização de oficinas com profissionais de uma residência terapêutica, além de descrever os desafios e potencialidades enfrentados pelos profissionais ao produzirem o cuidado em saúde. Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo-descritivo, do tipo relato de experiência, embasado na abordagem metodológica do construcionismo social. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas, gravadas, com cinco profissionais de uma residência terapêutica, seguidas por quatro oficinas, adaptadas a partir da Metodologia ‘Ritmos da Vida’, e diários de campo da pesquisadora. A partir dos relatos apresentados percebe-se que as participantes do estudo relataram muito mais desafios do que potencialidades para a produção do cuidado em saúde mental. Contudo, os espaços de fala e de escuta ofertados às profissionais parecem ter disponibilizado reflexões que possibilitaram a construção de sentidos positivos relacionados ao trabalho em saúde mental. \u0000Palavras-chave: Serviços de saúde mental; pessoal da saúde mental; grupos.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45674599","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-19DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.48503
R. S. Guimarães, Felipe Cazeiro, D. Galindo, Leonardo Lemos de Souza
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada no Tratamento Fora de Domicílio, na cidade de Cuiabá-MT, Brasil, que objetivou levantar reflexões sobre os itinerários terapêuticos de pessoas trans, na busca pelo Processo Transexualizador. Participaram três homens trans, duas mulheres trans e uma mulher travesti, com faixa etária de 21 a 32 anos. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas e analisados mediante análise de conteúdo. Os resultados mostram que essas pessoas trans seguem trajetórias diversas, procurando serviços institucionalizados ou informais (redes de socialidade trans), para a afirmação de suas identidades de gênero. Destacam-se entraves atinentes à patologização, ao acolhimento, à continuidade do cuidado, à resolutividade e à referência na rede de atenção do processo transexualizador. Observaram-se importantes pontos críticos na assistência social, endocrinológica e para a psicologia, sendo a peregrinação pelos serviços de saúde demarcada por constantes discriminações institucionais, permitindo a compreensão de como o sistema de saúde se organiza em relação ao atendimento dessas pessoas, elencando questões para o trabalho da psicologia, nesse campo, a partir de uma perspectiva da experiência e materialidade do gênero.
{"title":"PROCESSO TRANSEXUALIZADOR NO SUS: QUESTÕES PARA A PSICOLOGIA A PARTIR DE ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS E DESPATOLOGIZAÇÃO","authors":"R. S. Guimarães, Felipe Cazeiro, D. Galindo, Leonardo Lemos de Souza","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.48503","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.48503","url":null,"abstract":"Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada no Tratamento Fora de Domicílio, na cidade de Cuiabá-MT, Brasil, que objetivou levantar reflexões sobre os itinerários terapêuticos de pessoas trans, na busca pelo Processo Transexualizador. Participaram três homens trans, duas mulheres trans e uma mulher travesti, com faixa etária de 21 a 32 anos. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas e analisados mediante análise de conteúdo. Os resultados mostram que essas pessoas trans seguem trajetórias diversas, procurando serviços institucionalizados ou informais (redes de socialidade trans), para a afirmação de suas identidades de gênero. Destacam-se entraves atinentes à patologização, ao acolhimento, à continuidade do cuidado, à resolutividade e à referência na rede de atenção do processo transexualizador. Observaram-se importantes pontos críticos na assistência social, endocrinológica e para a psicologia, sendo a peregrinação pelos serviços de saúde demarcada por constantes discriminações institucionais, permitindo a compreensão de como o sistema de saúde se organiza em relação ao atendimento dessas pessoas, elencando questões para o trabalho da psicologia, nesse campo, a partir de uma perspectiva da experiência e materialidade do gênero.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42670498","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-19DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.49866
Ayla Bianca Silva Chaves, Laura Cristina Eiras Coelho Soares, Camilla Felix Barbosa de Oliveira, Fábio Henrique Albuquerque Corrêa
A Mediação Familiar é um método não-adversarial de resolução de conflitos, que pode ser realizada por diversos profissionais, em especial de Psicologia, de Direito e de Serviço Social. Neste trabalho, foi verificado como essa prática tem sido aplicada no Brasil em interlocução com o campo da Psicologia. Para tal, foi realizado levantamento bibliográfico de artigos publicados por psicólogos sobre Mediação Familiar nas bases de dados: SciElo, PePSIC, Periódicos Capes e Index-Psi, utilizando sete descritores: Mediação, Conflito Conjugal, Divórcio, Separação Conjugal, Psicologia Forense, Família e Psicologia Jurídica. Procedeu-se à análise temática de conteúdo em articulação com textos legais e outros marcos regulatórios da práxis no Brasil. As análises indicaram que os psicólogos têm atuado na mediação de conflitos, e que a Psicologia, enquanto área de conhecimento, tem contribuído e participado diretamente de sua construção. Deste modo, buscou-se estimular o debate e a reflexão, problematizando o posicionamento técnico e ético dos psicólogos nessa atividade, bem como a relação da Psicologia com tal campo, considerando as possíveis implicações com o movimento de judicialização das famílias.
{"title":"MEDIAÇÃO FAMILIAR E PSICOLOGIA: ARTICULAÇÕESTEÓRICO-PRÁTICAS NA REALIDADE BRASILEIRA","authors":"Ayla Bianca Silva Chaves, Laura Cristina Eiras Coelho Soares, Camilla Felix Barbosa de Oliveira, Fábio Henrique Albuquerque Corrêa","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.49866","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.49866","url":null,"abstract":"A Mediação Familiar é um método não-adversarial de resolução de conflitos, que pode ser realizada por diversos profissionais, em especial de Psicologia, de Direito e de Serviço Social. Neste trabalho, foi verificado como essa prática tem sido aplicada no Brasil em interlocução com o campo da Psicologia. Para tal, foi realizado levantamento bibliográfico de artigos publicados por psicólogos sobre Mediação Familiar nas bases de dados: SciElo, PePSIC, Periódicos Capes e Index-Psi, utilizando sete descritores: Mediação, Conflito Conjugal, Divórcio, Separação Conjugal, Psicologia Forense, Família e Psicologia Jurídica. Procedeu-se à análise temática de conteúdo em articulação com textos legais e outros marcos regulatórios da práxis no Brasil. As análises indicaram que os psicólogos têm atuado na mediação de conflitos, e que a Psicologia, enquanto área de conhecimento, tem contribuído e participado diretamente de sua construção. Deste modo, buscou-se estimular o debate e a reflexão, problematizando o posicionamento técnico e ético dos psicólogos nessa atividade, bem como a relação da Psicologia com tal campo, considerando as possíveis implicações com o movimento de judicialização das famílias.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46534646","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-19DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.49076
I. Ferreira, Janaína Bianca Barletta, Marcela Mansur-Alves, C. B. Neufeld
O objetivo deste trabalho foi identificar o que há na literatura sobre o autoconhecimento e encontrar instrumentos disponíveis para avaliar tal construto voltado para o público de crianças e adolescentes, embasados na Terapia Cognitivo-Comportamental. Como método, foi desenvolvida uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, PsycINFO, Lilacs e Scielo. Durante a escolha dos descritores notou-se uma justaposição entre os conceitos autoconhecimento e autoconceito. A partir disso, ambos os conceitos foram tratados como sinônimos, adotando o termo autoconceito para se referir aos dois conceitos. A busca resultou em 11 artigos que atenderam aos critérios de seleção. Sobre os estudos, os anos de publicação variaram de 2008 a 2018, com objetivos variados, englobando desde problemas envolvidos com a saúde até sintomas e transtornos psíquicos na infância e/ou adolescência. O autoconceito mostrou se relacionar ao maior bem-estar e qualidade de vida. Além disso, foram encontrados sete instrumentos que avaliam o autoconceito na infância e/ou adolescência, sendo dois com adaptação para a população brasileira. Concluiu-se que ainda há poucos estudos na literatura sobre esse assunto, como também uma lacuna de instrumentos para avaliá-lo na população brasileira infanto-juvenil. Dessa forma, este estudo confirmou que o autoconhecimento é construto complexo e multidimensional e que há a necessidade de mais estudos na área.
{"title":"DO AUTOCONHECIMENTO AO AUTOCONCEITO: REVISÃO SOBRE CONSTRUTOS E INSTRUMENTOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES","authors":"I. Ferreira, Janaína Bianca Barletta, Marcela Mansur-Alves, C. B. Neufeld","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.49076","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.49076","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho foi identificar o que há na literatura sobre o autoconhecimento e encontrar instrumentos disponíveis para avaliar tal construto voltado para o público de crianças e adolescentes, embasados na Terapia Cognitivo-Comportamental. Como método, foi desenvolvida uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, PsycINFO, Lilacs e Scielo. Durante a escolha dos descritores notou-se uma justaposição entre os conceitos autoconhecimento e autoconceito. A partir disso, ambos os conceitos foram tratados como sinônimos, adotando o termo autoconceito para se referir aos dois conceitos. A busca resultou em 11 artigos que atenderam aos critérios de seleção. Sobre os estudos, os anos de publicação variaram de 2008 a 2018, com objetivos variados, englobando desde problemas envolvidos com a saúde até sintomas e transtornos psíquicos na infância e/ou adolescência. O autoconceito mostrou se relacionar ao maior bem-estar e qualidade de vida. Além disso, foram encontrados sete instrumentos que avaliam o autoconceito na infância e/ou adolescência, sendo dois com adaptação para a população brasileira. Concluiu-se que ainda há poucos estudos na literatura sobre esse assunto, como também uma lacuna de instrumentos para avaliá-lo na população brasileira infanto-juvenil. Dessa forma, este estudo confirmou que o autoconhecimento é construto complexo e multidimensional e que há a necessidade de mais estudos na área.","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43692901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-19DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.49028
Pedro Henrique Costa de Resende, Walter Melo
G. Jung e William James compartilhavam uma série de interesses de pesquisa. Por ocasião da Conferência realizada na Universidade de Clark, no ano de 1909, os dois autores tiveram a oportunidade de se encontrar e conversar. Os debates abordaram temas que não estavam na pauta da conferência, especialmente pesquisas psíquicas, também chamadas modernamente de experiências anomalísticas ou relacionadas à ‘psi’. Desde seu período como estudante de medicina, Jung se interessou pelos fenômenos anômalos da consciência, tendo pesquisado os principais autores associados ao espiritualismo dos séculos XVIII e XIX. William James foi pesquisador reconhecido dos chamados fenômenos psíquicos, tendo participado de sociedades como a Society for Psychical Research e a American Society for Psychical Research. Através de seus estudos, James e Jung buscavam contribuir para a psicologia dinâmica, também chamada de psicologia profunda. O objetivo deste artigo foi ampliar os diálogos estabelecidos na universidade de Clark, resgatando informações importantes acerca da teoria dos dois autores.
{"title":"DIÁLOGOS ENTRE C. G. JUNG E WILLIAM JAMES: AS PESQUISAS PSÍQUICAS","authors":"Pedro Henrique Costa de Resende, Walter Melo","doi":"10.4025/psicolestud.v27i0.49028","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/psicolestud.v27i0.49028","url":null,"abstract":"\u0000G. Jung e William James compartilhavam uma série de interesses de pesquisa. Por ocasião da Conferência realizada na Universidade de Clark, no ano de 1909, os dois autores tiveram a oportunidade de se encontrar e conversar. Os debates abordaram temas que não estavam na pauta da conferência, especialmente pesquisas psíquicas, também chamadas modernamente de experiências anomalísticas ou relacionadas à ‘psi’. Desde seu período como estudante de medicina, Jung se interessou pelos fenômenos anômalos da consciência, tendo pesquisado os principais autores associados ao espiritualismo dos séculos XVIII e XIX. William James foi pesquisador reconhecido dos chamados fenômenos psíquicos, tendo participado de sociedades como a Society for Psychical Research e a American Society for Psychical Research. Através de seus estudos, James e Jung buscavam contribuir para a psicologia dinâmica, também chamada de psicologia profunda. O objetivo deste artigo foi ampliar os diálogos estabelecidos na universidade de Clark, resgatando informações importantes acerca da teoria dos dois autores. \u0000","PeriodicalId":35369,"journal":{"name":"Psicologia em Estudo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43785334","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-01DOI: 10.4025/psicolestud.v27i0.49067
Mariana Pombo, J. Birman
Baseado nas teorias de Foucault e de Butler sobre poder, norma e sujeito, este artigo pretende problematizar o recurso dos sujeitos à identidade na atualidade e os seus desdobramentos para a clínica psicanalítica. Defenderemos que, por um lado, a identidade representa uma sujeição às normas e tem um efeito encarcerador e mascarador de desejos, mas, por outro, pode ser importante enquanto proteção contra o desamparo. Diferenciaremos, a partir de Butler, precariedade (condição universal, compartilhada) de precarização (condição produzida pela distribuição social diferencial da condição de precariedade) e apresentaremos a hipótese de que, quanto maior o grau de precarização de um sujeito, mais importantes o apego e o reconhecimento identitários. Abordaremos especificamente o tema das identidades trans, por sua radicalidade no que diz respeito à condição precária e à busca de reconhecimento. Por fim, recorreremos ao conceito de feminilidade do final da obra de Freud enquanto dispositivo de escuta clínica que permita a transformação de cristalizações identitárias no sentido do novo, do singular e das múltiplas identificações.
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