Pub Date : 2022-01-26DOI: 10.23925/rct.iarns.57028
Luiz Carlos Mariano da Rosa
Baseado no pensamento teológico de Bultmann e na sua hermenêutica existencialista, o artigo se detém na justificação e na sua relação com a fé como evento escatológico enquanto obediência e decisão fundada no ato da graça de Deus segundo a teologia do Apóstolo Paulo. Dessa forma, o artigo assinala que, consistindo a justiça de Deus em uma possibilidade para os ouvintes da pregação diante do caráter absoluto do domínio exercido pelo poder do pecado em um processo que subjuga todos os seres humanos à escravidão e implica a impossibilidade de justificação diante de Deus por intermédio das obras da Lei, a fé enquanto obediência e decisão constitui o evento escatológico em uma construção que a encerra como o novo caminho salvífico que, emergindo como a lei da fé, se contrapõe à lei das obras, convergindo para a justificação enquanto justiça de Deus. Assim, se a fé é uma concessão de Deus em um movimento que encerra a ideia de predestinação, tal caraterização não implica, contudo, uma operação que dispense o ser humano da responsabilidade do ato de decisão, mas consiste no fato de que a referida possibilidade mantém dependência absoluta da graça de Deus e, dessa forma, constitui um evento no qual a decisão não pode emergir senão como dádiva de Deus.
{"title":"Da justificação e a fé como evento escatológico enquanto obediência e decisão fundada no ato da graça de deus segundo A Teologia do apóstolo Paulo em Rudolf Bultmann","authors":"Luiz Carlos Mariano da Rosa","doi":"10.23925/rct.iarns.57028","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.iarns.57028","url":null,"abstract":"Baseado no pensamento teológico de Bultmann e na sua hermenêutica existencialista, o artigo se detém na justificação e na sua relação com a fé como evento escatológico enquanto obediência e decisão fundada no ato da graça de Deus segundo a teologia do Apóstolo Paulo. Dessa forma, o artigo assinala que, consistindo a justiça de Deus em uma possibilidade para os ouvintes da pregação diante do caráter absoluto do domínio exercido pelo poder do pecado em um processo que subjuga todos os seres humanos à escravidão e implica a impossibilidade de justificação diante de Deus por intermédio das obras da Lei, a fé enquanto obediência e decisão constitui o evento escatológico em uma construção que a encerra como o novo caminho salvífico que, emergindo como a lei da fé, se contrapõe à lei das obras, convergindo para a justificação enquanto justiça de Deus. Assim, se a fé é uma concessão de Deus em um movimento que encerra a ideia de predestinação, tal caraterização não implica, contudo, uma operação que dispense o ser humano da responsabilidade do ato de decisão, mas consiste no fato de que a referida possibilidade mantém dependência absoluta da graça de Deus e, dessa forma, constitui um evento no qual a decisão não pode emergir senão como dádiva de Deus.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124885640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-26DOI: 10.23925/rct.iarns.54575
L. F. C. Marques
Observando a questão ministerial a partir do Concílio Vaticano II, somos convictos da necessidade de uma séria renovação. O horizonte paradigmático da reforma foi paradoxal. Por um lado, a prospectiva observou alguns aspectos relacionados aos sinais dos tempos; por outro, apresentou prospectivas de atualização baseadas em princípios e valores da modernidade. O resultado deste movimento consiste numa crise eclesiológica e ministerial inevitável. Diante disso, é preciso rever a teologia fundamental do ministério ordenado sabendo remediar pensamentos unilaterais e palavras distorcidas. Essa revisão deve ser parte essencial de uma reforma da Igreja, pois um novo paradigma precisa de reflexões fundamentais.
{"title":"forma ministerial “quase” repensada pelo Vaticano II","authors":"L. F. C. Marques","doi":"10.23925/rct.iarns.54575","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.iarns.54575","url":null,"abstract":"Observando a questão ministerial a partir do Concílio Vaticano II, somos convictos da necessidade de uma séria renovação. O horizonte paradigmático da reforma foi paradoxal. Por um lado, a prospectiva observou alguns aspectos relacionados aos sinais dos tempos; por outro, apresentou prospectivas de atualização baseadas em princípios e valores da modernidade. O resultado deste movimento consiste numa crise eclesiológica e ministerial inevitável. Diante disso, é preciso rever a teologia fundamental do ministério ordenado sabendo remediar pensamentos unilaterais e palavras distorcidas. Essa revisão deve ser parte essencial de uma reforma da Igreja, pois um novo paradigma precisa de reflexões fundamentais.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127986637","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-26DOI: 10.23925/rct.iarns.57042
J. H. Hansen, Antônio Sagrado Bogaz
No final do itinerário das lutas para vencer as investidas do poder ditatorial que se instalara no país, como de resto em vários outros países da América Latina, um grupo de líderes religiosos e humanitários, que se dedicara à resistência contra os torturadores do sistema ditatorial e à proteção às vítimas do golpe de estado, maquiado por seus agentes como revolução, escreve uma obra de impressionante valor. A obra Brasil, nunca mais foi um marco neste período dramático de nossa história. Este artigo, Jamais outra vez, recupera o objetivo, conteúdo, autores e protagonistas destes acontecimentos, para que não fiquem impunes seus algozes e a memória de suas vítimas seja perpétua. A referência eleita para homenagear é a figura de Dom Paulo, Cardeal Arns, que figura como modelo para nossos pastores e nossa Igreja.
{"title":"Jamais outra vez - Revisitando a obra Brasil nunca mais, uma ode a Dom Paulo, cardeal dos maltratados","authors":"J. H. Hansen, Antônio Sagrado Bogaz","doi":"10.23925/rct.iarns.57042","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.iarns.57042","url":null,"abstract":"No final do itinerário das lutas para vencer as investidas do poder ditatorial que se instalara no país, como de resto em vários outros países da América Latina, um grupo de líderes religiosos e humanitários, que se dedicara à resistência contra os torturadores do sistema ditatorial e à proteção às vítimas do golpe de estado, maquiado por seus agentes como revolução, escreve uma obra de impressionante valor. A obra Brasil, nunca mais foi um marco neste período dramático de nossa história. Este artigo, Jamais outra vez, recupera o objetivo, conteúdo, autores e protagonistas destes acontecimentos, para que não fiquem impunes seus algozes e a memória de suas vítimas seja perpétua. A referência eleita para homenagear é a figura de Dom Paulo, Cardeal Arns, que figura como modelo para nossos pastores e nossa Igreja. ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124127510","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-26DOI: 10.23925/rct.iarns.56039
João Décio Passos
O Vaticano II abriu uma temporada de renovação que exigiu reconstruções dos perfis e funções dos diversos sujeitos eclesiais. A identidade episcopal foi reconstruída no interior das construções implicadas do aggiornamento conciliar. Como negociação entre modelos instituídos do passado e novas orientações do presente, foi uma identidade nova assumida pelos que aderiam de modo radical à eclesiologia conciliar. Na medida em que a recepção do Concilio avançava novos modos de viver e exercer o ministério episcopal podiam ser visibilizados na América Latina. O arcebispo de São Paulo, Paulo Evaristo Arns, notabilizou-se como uma das figuras emblemáticas dessa renovação.
{"title":"Renovação conciliar e identidade episcopal","authors":"João Décio Passos","doi":"10.23925/rct.iarns.56039","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.iarns.56039","url":null,"abstract":"O Vaticano II abriu uma temporada de renovação que exigiu reconstruções dos perfis e funções dos diversos sujeitos eclesiais. A identidade episcopal foi reconstruída no interior das construções implicadas do aggiornamento conciliar. Como negociação entre modelos instituídos do passado e novas orientações do presente, foi uma identidade nova assumida pelos que aderiam de modo radical à eclesiologia conciliar. Na medida em que a recepção do Concilio avançava novos modos de viver e exercer o ministério episcopal podiam ser visibilizados na América Latina. O arcebispo de São Paulo, Paulo Evaristo Arns, notabilizou-se como uma das figuras emblemáticas dessa renovação.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122600535","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-26DOI: 10.23925/rct.iarns.57039
Alzirinha Souza
Sob o impulso do Concílio Vaticano II, o profetismo “renasceu” na América Latina. A tomada de conciência da realidade LA aliada ao nascimento de uma teologia autóctona que viria a ser a TdLib impulsiona novas formas de fazer e viver o cristianismo no continente. Entre tantos nomes que entraram nessa nova dinâmica pastoral e teológica, certamente encontra-se D. Paulo Evaristo, Cardeal Arns, e sua característica inegavelmente profética traduzida em sua defesa ampla da dignidade humana. Contudo, atualmente tem-se a impressão de que a profecia desapareceu na América Latina. Por essa razão, mais que falar de D. Paulo, porém mantendo-o como paradigma de profeta, temos por objetivo nesse artigo retomar os elementos essenciais e re-situar os principais elementos da Profecia cristã alinhados ao momento atual. Iniciaremos pela reflexão filosófica para, posteriormente, apresentar as razões teológicas do profetismo. Seguramente a pessoa e a vida de D. Paulo serão identificadas nessa reflexão.
{"title":"profecia na Contemporaneidade","authors":"Alzirinha Souza","doi":"10.23925/rct.iarns.57039","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.iarns.57039","url":null,"abstract":"Sob o impulso do Concílio Vaticano II, o profetismo “renasceu” na América Latina. A tomada de conciência da realidade LA aliada ao nascimento de uma teologia autóctona que viria a ser a TdLib impulsiona novas formas de fazer e viver o cristianismo no continente. Entre tantos nomes que entraram nessa nova dinâmica pastoral e teológica, certamente encontra-se D. Paulo Evaristo, Cardeal Arns, e sua característica inegavelmente profética traduzida em sua defesa ampla da dignidade humana. Contudo, atualmente tem-se a impressão de que a profecia desapareceu na América Latina. Por essa razão, mais que falar de D. Paulo, porém mantendo-o como paradigma de profeta, temos por objetivo nesse artigo retomar os elementos essenciais e re-situar os principais elementos da Profecia cristã alinhados ao momento atual. Iniciaremos pela reflexão filosófica para, posteriormente, apresentar as razões teológicas do profetismo. Seguramente a pessoa e a vida de D. Paulo serão identificadas nessa reflexão.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123716382","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo tem como objetivo apresentar o Papa Francisco e seu projeto de renovação interna na Igreja, como chave em saída. Desde o início de seu pontificado, em 2013, ele revelou-se um grande reformador, seu objetivo principal é o de conclamar a todos para um novo rosto da igreja, esta que sai ao encontro da humanidade. O termo não é novo, pois já havia sido mencionado por João Paulo II, porém, na ocasião, ficou apenas no campo dos anseios. O papa argentino defende incansavelmente a ideia que a igreja precisa acompanhar esse processo de renovação. Para se entender essa nova concepção, os elementos serão aqui apresentados através de quatro eixos básicos. O primeiro abordará a necessidade da “igreja em saída”, chave para uma conversão pastoral e mudança de mentalidade, uma esperança do Concílio Vaticano II nestes seus quase 60 anos. O segundo elemento tratará sobre a misericórdia de Deus, para os não batizados que não estão presentes na igreja. O terceiro é a referência à cultura do encontro, este é uma ideia essencial no pensamento de Francisco. E, o último aponta uma igreja em saída que sempre está se reformando. O método usado no artigo é o dedutivo com uma metodologia qualitativa bibliográfica. O pontificado de Francisco é marcado pelo anuncio do Reino de Deus e sua atualização no mundo, no cenário urbano, indicando novas ações pastorais e revelando a esperança no meio das fragilidades.
{"title":"Papa Francisco e suas reformas para uma Igreja em saída diante de novos apelos da humanidade","authors":"Waldir Souza, Rivael de Jesus Nacimento","doi":"10.23925/rct.i100.55377","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i100.55377","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo apresentar o Papa Francisco e seu projeto de renovação interna na Igreja, como chave em saída. Desde o início de seu pontificado, em 2013, ele revelou-se um grande reformador, seu objetivo principal é o de conclamar a todos para um novo rosto da igreja, esta que sai ao encontro da humanidade. O termo não é novo, pois já havia sido mencionado por João Paulo II, porém, na ocasião, ficou apenas no campo dos anseios. O papa argentino defende incansavelmente a ideia que a igreja precisa acompanhar esse processo de renovação. Para se entender essa nova concepção, os elementos serão aqui apresentados através de quatro eixos básicos. O primeiro abordará a necessidade da “igreja em saída”, chave para uma conversão pastoral e mudança de mentalidade, uma esperança do Concílio Vaticano II nestes seus quase 60 anos. O segundo elemento tratará sobre a misericórdia de Deus, para os não batizados que não estão presentes na igreja. O terceiro é a referência à cultura do encontro, este é uma ideia essencial no pensamento de Francisco. E, o último aponta uma igreja em saída que sempre está se reformando. O método usado no artigo é o dedutivo com uma metodologia qualitativa bibliográfica. O pontificado de Francisco é marcado pelo anuncio do Reino de Deus e sua atualização no mundo, no cenário urbano, indicando novas ações pastorais e revelando a esperança no meio das fragilidades.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129920882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Roberto Nentwig, Diogo Marangon Pessotto, Regis Soczek Bandil
Nosso tempo é marcado pela ambiguidade, cujas implicações para o sujeito e instituições são sentidas na absolutização das individualidades e ausência de sentidos. A experiência cristã é desafiada por esse contexto, sendo motivada a revisitar, discernir e repropor seus referenciais. O objetivo deste trabalho é analisar as noções de vocação, liberdade e evangelização à luz da experiência do discernimento, segundo Francisco, tendo em vista a identificação de possíveis articulações entre tais pautas da experiência cristã e a realidade atual. As referidas noções nos auxiliam na compreensão da importância do discernimento em face dos pluralismos contemporâneos.
{"title":"Vocação, liberdade e evangelização","authors":"Roberto Nentwig, Diogo Marangon Pessotto, Regis Soczek Bandil","doi":"10.23925/rct.i100.54326","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i100.54326","url":null,"abstract":"Nosso tempo é marcado pela ambiguidade, cujas implicações para o sujeito e instituições são sentidas na absolutização das individualidades e ausência de sentidos. A experiência cristã é desafiada por esse contexto, sendo motivada a revisitar, discernir e repropor seus referenciais. O objetivo deste trabalho é analisar as noções de vocação, liberdade e evangelização à luz da experiência do discernimento, segundo Francisco, tendo em vista a identificação de possíveis articulações entre tais pautas da experiência cristã e a realidade atual. As referidas noções nos auxiliam na compreensão da importância do discernimento em face dos pluralismos contemporâneos.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123585621","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Os intelectuais que conviveram com Zubiri relatam a ausência de menções sobre a situação política espanhola ou internacional em seu discurso. Essa lacuna foi indevidamente projetada em sua teoria, produzindo a crença de que seu sistema filosófico não contempla a política. Este artigo pretende apresentar o equívoco da questão, demonstrando que Zubiri teoricamente escreveu sobre política através de entidades da sociedade civil como a instituição escolar.
{"title":"publicidade da verdade enquanto ato político zubiriano","authors":"Giovani Meinhardt","doi":"10.23925/rct.i100.55097","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i100.55097","url":null,"abstract":"Os intelectuais que conviveram com Zubiri relatam a ausência de menções sobre a situação política espanhola ou internacional em seu discurso. Essa lacuna foi indevidamente projetada em sua teoria, produzindo a crença de que seu sistema filosófico não contempla a política. Este artigo pretende apresentar o equívoco da questão, demonstrando que Zubiri teoricamente escreveu sobre política através de entidades da sociedade civil como a instituição escolar. ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132711697","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marcos Vieira das Neves, Valeriano Dos Santos Costa
Analisamos o conceito zubiriano “dar de sí” (dar de si) para mostrar que sua expressão verbal “dar”, unida ao de si, tem um peso hermenêutico de grande valor na filosofia de Xavier Zubiri. O objetivo não é esgotar todas as nuanças que o conceito tem na vastíssima gama de textos que compõem as obras do nosso filósofo basco, mas sim de sistematizar alguns matizes que nos ajudariam a compreender o que Zubiri entende por “dar de sí” e como ele aplica esse conceito na sua obra.
{"title":"dar de si em Xavier Zubiri e sua dimensão teológica","authors":"Marcos Vieira das Neves, Valeriano Dos Santos Costa","doi":"10.23925/rct.i100.55519","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i100.55519","url":null,"abstract":"Analisamos o conceito zubiriano “dar de sí” (dar de si) para mostrar que sua expressão verbal “dar”, unida ao de si, tem um peso hermenêutico de grande valor na filosofia de Xavier Zubiri. O objetivo não é esgotar todas as nuanças que o conceito tem na vastíssima gama de textos que compõem as obras do nosso filósofo basco, mas sim de sistematizar alguns matizes que nos ajudariam a compreender o que Zubiri entende por “dar de sí” e como ele aplica esse conceito na sua obra.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"353 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132104825","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artículo es sobre un curso Ellacuría dado en 1973 sobre Hegel e intenta indicar, en primer lugar, que este autor tenía sus propias teorías filosóficas, en las cuales Hegel es tan importante cuanto Zubiri. He intentado ilustrar como la labor filosófica surge de la necesidad de pensar críticamente sobre el momento histórico de la realidad para conceptuarlo y, en ese sentido, evitar que se cierre en sí mismo y se convierta en un ejercicio académico estéril.
{"title":"La verdad como proceso histórico","authors":"Á. González","doi":"10.23925/rct.i100.55457","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i100.55457","url":null,"abstract":"Este artículo es sobre un curso Ellacuría dado en 1973 sobre Hegel e intenta indicar, en primer lugar, que este autor tenía sus propias teorías filosóficas, en las cuales Hegel es tan importante cuanto Zubiri. He intentado ilustrar como la labor filosófica surge de la necesidad de pensar críticamente sobre el momento histórico de la realidad para conceptuarlo y, en ese sentido, evitar que se cierre en sí mismo y se convierta en un ejercicio académico estéril.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115495289","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}