O presente artigo apresenta uma investigação acerca do papel que a identidade dos indivíduos representa na construção e manutenção do fenômeno social do racismo com foco na importância do processo educacional na concretização deste diálogo, considerando os ideais religiosos que direcionaram na educação durante séculos e, mesmo contemporaneamente, continuam a apresentar alguns efeitos. Para tanto, o método adotado é o de revisão bibliográfica qualitativa e a estrutura dispõe na primeira seção os vínculos entre processo educacional e formação da identidade, enquanto na segunda seção encontra-se uma análise desta dinâmica frente ao desenvolvimento da educação religiosa brasileira.
{"title":"Ensino religioso: conhecer a historicidade para valorizar e construir caminhos mais inclusivos","authors":"Joana Silva, C. B. Ulrich","doi":"10.23925/rct.i102.58743","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i102.58743","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma investigação acerca do papel que a identidade dos indivíduos representa na construção e manutenção do fenômeno social do racismo com foco na importância do processo educacional na concretização deste diálogo, considerando os ideais religiosos que direcionaram na educação durante séculos e, mesmo contemporaneamente, continuam a apresentar alguns efeitos. Para tanto, o método adotado é o de revisão bibliográfica qualitativa e a estrutura dispõe na primeira seção os vínculos entre processo educacional e formação da identidade, enquanto na segunda seção encontra-se uma análise desta dinâmica frente ao desenvolvimento da educação religiosa brasileira.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"64 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122751608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Natã Luís Raphael Vicente Gomiero, Paulo Sérgio Lopes Gonçalves
Objetiva-se neste artigo, analisar teoricamente a religião cristã em perspectiva pós-moderna, presente no diálogo realizado entre o pensador Gianni Vattimo e René Girard. Justifica-se o nosso objetivo, a categoria pós-moderna cunhada a partir das considerações de Gianni Vattimo, em que “pensiero debole” e cristianismo não religioso, delineiam um novo cenário epistemológico. Pós-modernidade então, não se configura em desenlace com a fé cristã, mas é a autorrealização desta religião. O pensamento de Vattimo é recepcionado pelo francês René Girard, que a partir de sua teoria mimética e estudo acerca do sentido do sacrifício nas grandes culturas humanas, desenvolve novas considerações para a religião cristã, realçando sua originalidade de cunho antropológico. Não obstante, a caridade cristã, para ambos autores, se sobrepõe a qualquer interpretação institucional da fé e é o elemento nuclear do processo revelatório de Deus em Jesus Cristo. Por isso, nos cabe a pergunta: basta ao cristianismo ser uma religião de caridade para configurar-se como verdadeira religião. Para responder essa pergunta e visando atingir o objetivo proposto, tomar-se-á como objeto material o diálogo entre esses pensadores, presente na obra Cristianismo e Relativismo, a obra Crer que se crê de Gianni Vattimo, a obra O Bode expiatório de René Girard e comentadores do assunto.
本文的目的是在思想家詹尼·瓦提莫与rene吉拉德的对话中,从后现代的角度对基督教进行理论分析。我们的目标是合理的,后现代范畴创造了詹尼瓦提莫的考虑,在其中“pensiero debole”和非宗教基督教,概述了一个新的认识论场景。因此,后现代主义并不是基督教信仰的结果,而是这种宗教的自我实现。瓦提莫的思想受到法国人rene吉拉德的欢迎,吉拉德从他的模仿理论和对伟大人类文化中牺牲意义的研究中,对基督教提出了新的思考,强调了基督教人类学的原创性。然而,对两位作者来说,基督教的慈善凌驾于任何对信仰的制度解释之上,是上帝在耶稣基督里启示过程的核心元素。因此,我们有一个问题:基督教仅仅是一种慈善的宗教,就足以成为一种真正的宗教。为了回答这个问题,并达到提出的目标,我们将把这些思想家之间的对话作为物质对象,存在于基督教和相对主义的作品中,詹尼·瓦提莫的作品Crer que se cre, rene Girard的作品o替罪羊和该主题的评论家。
{"title":"religião cristã em perspectiva pós-moderna","authors":"Natã Luís Raphael Vicente Gomiero, Paulo Sérgio Lopes Gonçalves","doi":"10.23925/rct.i101.55523","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55523","url":null,"abstract":"Objetiva-se neste artigo, analisar teoricamente a religião cristã em perspectiva pós-moderna, presente no diálogo realizado entre o pensador Gianni Vattimo e René Girard. Justifica-se o nosso objetivo, a categoria pós-moderna cunhada a partir das considerações de Gianni Vattimo, em que “pensiero debole” e cristianismo não religioso, delineiam um novo cenário epistemológico. Pós-modernidade então, não se configura em desenlace com a fé cristã, mas é a autorrealização desta religião. O pensamento de Vattimo é recepcionado pelo francês René Girard, que a partir de sua teoria mimética e estudo acerca do sentido do sacrifício nas grandes culturas humanas, desenvolve novas considerações para a religião cristã, realçando sua originalidade de cunho antropológico. Não obstante, a caridade cristã, para ambos autores, se sobrepõe a qualquer interpretação institucional da fé e é o elemento nuclear do processo revelatório de Deus em Jesus Cristo. Por isso, nos cabe a pergunta: basta ao cristianismo ser uma religião de caridade para configurar-se como verdadeira religião. Para responder essa pergunta e visando atingir o objetivo proposto, tomar-se-á como objeto material o diálogo entre esses pensadores, presente na obra Cristianismo e Relativismo, a obra Crer que se crê de Gianni Vattimo, a obra O Bode expiatório de René Girard e comentadores do assunto.\u0000 ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"97 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123190514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sono state rilevate alcune fatiche della sistematica tomista in materia eucaristica nel reggere come intrinseci elementi che pur appartengono all’esperienza cristiana del sacramento: è dunque urgente che il pensiero teologico contemporaneo elabori dei sistemi che li custodiscano in modo più deciso. Nel far questo ci si può confrontare con sistemi di autori della tradizione precedenti alla scolastica ed avvalersene come di radici feconde. Nella fattispecie, per rivitalizzare il nesso eucaristia-antropologia è a mio avviso degno di interesse il quadro emergente da talune pagine dell’Adversus Haereses di Ireneo di Lione.
{"title":"Eucaristia ed antropologia: dalla tradizione una possibilità altra.","authors":"Zeno Carra","doi":"10.23925/rct.i101.55695","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55695","url":null,"abstract":"Sono state rilevate alcune fatiche della sistematica tomista in materia eucaristica nel reggere come intrinseci elementi che pur appartengono all’esperienza cristiana del sacramento: è dunque urgente che il pensiero teologico contemporaneo elabori dei sistemi che li custodiscano in modo più deciso. Nel far questo ci si può confrontare con sistemi di autori della tradizione precedenti alla scolastica ed avvalersene come di radici feconde. Nella fattispecie, per rivitalizzare il nesso eucaristia-antropologia è a mio avviso degno di interesse il quadro emergente da talune pagine dell’Adversus Haereses di Ireneo di Lione. \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"2013 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114554509","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A pesquisa assume como hipótese que a eucaristia para garantir sua atualidade na economia do cristianismo, enquanto presença real de Cristo, precisa ser interpretada de modo relacional e intersubjetivo. Como afirmar a presença real de Cristo na eucaristia através do pão e do vinho em sentido eclesiológico e pneumatólogico? Explicita-se, em primeiro lugar, com base em Zeno Carra as insuficiências do modelo tomista-tridentino para a explicação do fato eucarístico, mostrando os problemas metafísicos da assunção da categoria de substância aristotélica por Tomás de Aquino e as dificuldades teológicas oriundas desta escolha por ele. Ao apresentar os limites da leitura substancialista, estática e dualista, o texto recorre, depois, a Hegel para articular uma leitura ontológica da eucaristia desde bases intersubjetivas e relacionais. Enfim, apresenta-se a ontologia eucarística intersubjetiva como ação pneumatológica que une, ao mesmo tempo, o evento da presença real de Cristo e o ato litúrgico eclesiológico realizado em comunidade.
{"title":"ontologia eucarística intersubjetiva","authors":"Agemir Bavaresco, D. V. R. M. Costa","doi":"10.23925/rct.i101.55692","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55692","url":null,"abstract":"A pesquisa assume como hipótese que a eucaristia para garantir sua atualidade na economia do cristianismo, enquanto presença real de Cristo, precisa ser interpretada de modo relacional e intersubjetivo. Como afirmar a presença real de Cristo na eucaristia através do pão e do vinho em sentido eclesiológico e pneumatólogico? Explicita-se, em primeiro lugar, com base em Zeno Carra as insuficiências do modelo tomista-tridentino para a explicação do fato eucarístico, mostrando os problemas metafísicos da assunção da categoria de substância aristotélica por Tomás de Aquino e as dificuldades teológicas oriundas desta escolha por ele. Ao apresentar os limites da leitura substancialista, estática e dualista, o texto recorre, depois, a Hegel para articular uma leitura ontológica da eucaristia desde bases intersubjetivas e relacionais. Enfim, apresenta-se a ontologia eucarística intersubjetiva como ação pneumatológica que une, ao mesmo tempo, o evento da presença real de Cristo e o ato litúrgico eclesiológico realizado em comunidade.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125864550","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo tem como objetivo apresentar o Concílio Vaticano II como grande motivação para a transformação da igreja no mundo. O evento, iniciado em 1962 e encerrado em 1965, continua sendo um desafio para a aproximação e diálogo com a sociedade deste tempo. O método usado no artigo é o dedutivo com uma metodologia qualitativa bibliográfica. O artigo apresentará como chave de leitura para esta compreensão três elementos fundamentais. O primeiro deles é o aggiornamento proposto por João XXIII, que interroga o ser humano diante de uma nova antropologia. Esse aggiornamento é muito necessário diante de uma nova compreensão de cultura, estruturada em uma nova ótica eclesial. O segundo elemento é a cultura, é esta que marca a intenção do Magistério da Igreja para a compreensão do tempo presente. O terceiro elemento é a educação, um tópico muito necessário e desafiador nestes tempos. A educação continua sendo uma base fundamental para o diálogo, para a promoção humana e à solidariedade. O artigo sugere esses três elementos e desenvolve-os, a fim de possibilitar a compreensão do Vaticano II que precisa de progressiva atualização diante dos desafios que a cada dia o ser humano enfrenta. Nesse cenário, cabe à Igreja dar as respostas necessárias, fundamentadas na fé e na verdade.
{"title":"Vaticano II e as aspirações para a compreensão do ser humano em um mundo transformado","authors":"Waldir Souza, Rivael de Jesus Nacimento","doi":"10.23925/rct.i101.54407","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.54407","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo apresentar o Concílio Vaticano II como grande motivação para a transformação da igreja no mundo. O evento, iniciado em 1962 e encerrado em 1965, continua sendo um desafio para a aproximação e diálogo com a sociedade deste tempo. O método usado no artigo é o dedutivo com uma metodologia qualitativa bibliográfica. O artigo apresentará como chave de leitura para esta compreensão três elementos fundamentais. O primeiro deles é o aggiornamento proposto por João XXIII, que interroga o ser humano diante de uma nova antropologia. Esse aggiornamento é muito necessário diante de uma nova compreensão de cultura, estruturada em uma nova ótica eclesial. O segundo elemento é a cultura, é esta que marca a intenção do Magistério da Igreja para a compreensão do tempo presente. O terceiro elemento é a educação, um tópico muito necessário e desafiador nestes tempos. A educação continua sendo uma base fundamental para o diálogo, para a promoção humana e à solidariedade. O artigo sugere esses três elementos e desenvolve-os, a fim de possibilitar a compreensão do Vaticano II que precisa de progressiva atualização diante dos desafios que a cada dia o ser humano enfrenta. Nesse cenário, cabe à Igreja dar as respostas necessárias, fundamentadas na fé e na verdade.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129324750","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karol Wojtila, primeiro Papa não italiano em 456 anos, esteve à frente da Igreja Católica de 1978-2005. Eleito pelo seu perfil conciliador, ao assumir o papado apresentou um projeto que se baseou no que aqui se denomina de “retorno à grande disciplina”. Na sua primeira viagem à América Latina (1979) teve contato com os novos modelos de Igreja que estavam surgindo no continente, frutos da interação entre vários movimentos religiosos, tais como as CEBs e a Teologia da Libertação. Na contramão desta nova perspectiva eclesial, o projeto eclesial, social e político do Papa João Paulo II para o Brasil foi marcado por uma série de medidas que dificultaram a consolidação e pleno desenvolvimento das novas faces da Igreja brasileira. Dentre tais medidas destacam-se a divisão da Arquidiocese de São Paulo, para limitar o poder do seu cardeal, à época, Paulo Evaristo Arns; mudanças nos critérios de escolha dos novos arcebispos e bispos; combate à Teologia da Libertação, que fora acusada de proximidade com o marxismo e punição, por Roma, aos seus idealizadores. O presente artigo busca compreender as formas e significados dessa intervenção papal através do aporte interpretativo da história, sociologia e teologia, apresentando a dinâmica daquilo que aqui se denomina “o retorno à grande disciplina” durante o pontificado de João Paulo II.
{"title":"retorno à grande disciplina","authors":"Rodrigo Portella, Nilmar de Sousa Carvalho","doi":"10.23925/rct.i101.55312","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55312","url":null,"abstract":"Karol Wojtila, primeiro Papa não italiano em 456 anos, esteve à frente da Igreja Católica de 1978-2005. Eleito pelo seu perfil conciliador, ao assumir o papado apresentou um projeto que se baseou no que aqui se denomina de “retorno à grande disciplina”. Na sua primeira viagem à América Latina (1979) teve contato com os novos modelos de Igreja que estavam surgindo no continente, frutos da interação entre vários movimentos religiosos, tais como as CEBs e a Teologia da Libertação. Na contramão desta nova perspectiva eclesial, o projeto eclesial, social e político do Papa João Paulo II para o Brasil foi marcado por uma série de medidas que dificultaram a consolidação e pleno desenvolvimento das novas faces da Igreja brasileira. Dentre tais medidas destacam-se a divisão da Arquidiocese de São Paulo, para limitar o poder do seu cardeal, à época, Paulo Evaristo Arns; mudanças nos critérios de escolha dos novos arcebispos e bispos; combate à Teologia da Libertação, que fora acusada de proximidade com o marxismo e punição, por Roma, aos seus idealizadores. O presente artigo busca compreender as formas e significados dessa intervenção papal através do aporte interpretativo da história, sociologia e teologia, apresentando a dinâmica daquilo que aqui se denomina “o retorno à grande disciplina” durante o pontificado de João Paulo II. ","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127150619","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo apresenta um percurso de uma nova reflexão em torno da Eucaristia, conforme o pensamento de Ghislain Lafont. Trata-se de uma síntese que tematiza a exigência de uma suposta ‘nova’ teologia eucarística. O autor identifica o espaço para uma nova teologia eucarística, resgatando o Concílio Vaticano II e suas três constituições, em uma ‘desconstrução’ da teologia clássica, para libertá-la de uma leitura muito marcada por uma interpretação do sacramento do altar como ‘remédio para o pecado’. Uma ‘Eucaristia no Paraíso’ torna-se a provocação e desafio teológico para uma ressistematização do saber clássico sobre a comunhão, sobre o sacramento e sobre o sacrifício. Isso não deve ser perdido, mas só pode ser conservado às custas de um profundo e iluminador repensamento. Ghislain Lafont também utilizou o texto de Massimo Recalcati sobre o sacrifício e recuperou deste a definição de “sacrifício simbólico” como noção capaz de esclarecer a verdade da comunhão eucarística, outra passagem na “tradução da tradição”. Finalmente ele retoma a intuição de uma “Eucaristia no Paraíso” e a interpreta como “chave hermenêutica” de toda a história da salvação, até a plenitude de Cristo e a missão da Igreja. Antes de abordar o estudo da proposta de G. Lafont, este artigo traz o significado semântico da eucaristia e também das exigências eucarísticas de Jesus com seus discípulos como a Nova Aliança e o seu Memorial. A partir de então realiza-se uma análise da “desconstrução” de Lafont e de seus conceitos de Eucaristia como sacrifício, sacramento, comunhão e louvor espiritual. A partir do conceito de que a Eucaristia é uma aliança de amor e comunhão, conclui-se com uma análise crítica sobre esta nova proposta hermenêutica de Ghislain Lafont.
{"title":"Nova Hermenêutica da Eucaristia","authors":"Jaime Lorandi, Isidoro Mazzarolo","doi":"10.23925/rct.i101.55772","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55772","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um percurso de uma nova reflexão em torno da Eucaristia, conforme o pensamento de Ghislain Lafont. Trata-se de uma síntese que tematiza a exigência de uma suposta ‘nova’ teologia eucarística. O autor identifica o espaço para uma nova teologia eucarística, resgatando o Concílio Vaticano II e suas três constituições, em uma ‘desconstrução’ da teologia clássica, para libertá-la de uma leitura muito marcada por uma interpretação do sacramento do altar como ‘remédio para o pecado’. Uma ‘Eucaristia no Paraíso’ torna-se a provocação e desafio teológico para uma ressistematização do saber clássico sobre a comunhão, sobre o sacramento e sobre o sacrifício. Isso não deve ser perdido, mas só pode ser conservado às custas de um profundo e iluminador repensamento. Ghislain Lafont também utilizou o texto de Massimo Recalcati sobre o sacrifício e recuperou deste a definição de “sacrifício simbólico” como noção capaz de esclarecer a verdade da comunhão eucarística, outra passagem na “tradução da tradição”. Finalmente ele retoma a intuição de uma “Eucaristia no Paraíso” e a interpreta como “chave hermenêutica” de toda a história da salvação, até a plenitude de Cristo e a missão da Igreja. Antes de abordar o estudo da proposta de G. Lafont, este artigo traz o significado semântico da eucaristia e também das exigências eucarísticas de Jesus com seus discípulos como a Nova Aliança e o seu Memorial. A partir de então realiza-se uma análise da “desconstrução” de Lafont e de seus conceitos de Eucaristia como sacrifício, sacramento, comunhão e louvor espiritual. A partir do conceito de que a Eucaristia é uma aliança de amor e comunhão, conclui-se com uma análise crítica sobre esta nova proposta hermenêutica de Ghislain Lafont.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129157610","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
De que forma Jesus Cristo se faz presente no sacramento da Eucaristia? Essa é a questão central que o teólogo italiano Zeno Carra investiga em seu estudo de teologia fundamental sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Carra propõe a forma processual do rito litúrgico como locus da presença de Cristo. Já o filósofo francês Fabrice Hadjadj enxerga no acontecimento da Ressurreição a inauguração de um espaço escatológico onde estaria o Corpo ressuscitado de Cristo, ao qual se tem acesso por meio da Eucaristia. Enquanto Hadjadj elabora princípios de uma física eucarística para enfatizar a presença escatológica de Cristo, Carra, contrapondo-se a uma concepção metafísica da realidade, propõe a forma relacional e vetorizada do Cristo histórico e do Cristo pascal como origem de sua presença sacramental. Em um esforço de convergência entre o conceito de forma adotado por Zeno Carra e o enfoque escatológico de Fabrice Hadjadj, o artigo reflete sobre a presença de Cristo na Eucaristia e sobre o processo de configuração a Cristo como forma eucarística de vida cristã. Em sua conclusão, o artigo propõe o alargamento do modelo de Carra para inclusão da perspectiva escatológica de Hadjadj e reconhece no relato de Emaús (Lc 24, 13-35) tanto a presença processada pelas formas de mediação, quanto a presença dada e revelada do Cristo ressuscitado.
{"title":"forma escatológica do corpo de Cristo","authors":"Vinicius da Silva Paiva, Rafael Martins Fernandes","doi":"10.23925/rct.i101.55880","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55880","url":null,"abstract":"De que forma Jesus Cristo se faz presente no sacramento da Eucaristia? Essa é a questão central que o teólogo italiano Zeno Carra investiga em seu estudo de teologia fundamental sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Carra propõe a forma processual do rito litúrgico como locus da presença de Cristo. Já o filósofo francês Fabrice Hadjadj enxerga no acontecimento da Ressurreição a inauguração de um espaço escatológico onde estaria o Corpo ressuscitado de Cristo, ao qual se tem acesso por meio da Eucaristia. Enquanto Hadjadj elabora princípios de uma física eucarística para enfatizar a presença escatológica de Cristo, Carra, contrapondo-se a uma concepção metafísica da realidade, propõe a forma relacional e vetorizada do Cristo histórico e do Cristo pascal como origem de sua presença sacramental. Em um esforço de convergência entre o conceito de forma adotado por Zeno Carra e o enfoque escatológico de Fabrice Hadjadj, o artigo reflete sobre a presença de Cristo na Eucaristia e sobre o processo de configuração a Cristo como forma eucarística de vida cristã. Em sua conclusão, o artigo propõe o alargamento do modelo de Carra para inclusão da perspectiva escatológica de Hadjadj e reconhece no relato de Emaús (Lc 24, 13-35) tanto a presença processada pelas formas de mediação, quanto a presença dada e revelada do Cristo ressuscitado.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132009207","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A aproximação ecumênica entre luteranos e católicos-romanos se intensifica na medida em que a teologia sistemática e a teologia pastoral dialogam. O “estado da arte” neste âmbito está na investigação da possibilidade da comunhão eucarística pelo fiél protestante em um matrimônio interconfessional. O presente artigo aborda a temática e apresenta, na crítica do conceito de transubstanciação, utilizado pela teologia católica, uma forma de aproximação da mútua compreensão de Eucaristia por essas duas denominações. A partir do documento gerado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos (PCPUC) e a Federação Luterana Mundial (FLM), intitulado “Do Conflito à Comunhão”, se analisará historicamente as compreensões católica e luterana sobre a presença eucarística. Serão expostas algumas considerações sobre o subsídio pastoral gerado pelos bispos alemães, chamado de 'ajuda orientadora’ (Handreichung), intitulado Caminhar com Cristo: nas pegadas da unidade, sobre matrimônios interconfessionais e participação comum na Eucaristia. Finalmente abordar o tema a partir do livro Hoc Facite, de Zeno Carra, que apresenta uma crítica à transubstanciação como modelo e apresenta uma proposta original de explicar a presença de Cristo na eucaristia. Esta abordagem pretende aproximar a compreensão luterana e católica da presença real e colaborar para o avanço do diálogo ecumênico.
{"title":"nova teologia eucarística católica de Zeno Carra como colaboração para o discernimento sobre a intercomunhão do cônjuge protestante","authors":"D. Zatti, É. Hammes","doi":"10.23925/rct.i101.55701","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/rct.i101.55701","url":null,"abstract":"A aproximação ecumênica entre luteranos e católicos-romanos se intensifica na medida em que a teologia sistemática e a teologia pastoral dialogam. O “estado da arte” neste âmbito está na investigação da possibilidade da comunhão eucarística pelo fiél protestante em um matrimônio interconfessional. O presente artigo aborda a temática e apresenta, na crítica do conceito de transubstanciação, utilizado pela teologia católica, uma forma de aproximação da mútua compreensão de Eucaristia por essas duas denominações. A partir do documento gerado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos (PCPUC) e a Federação Luterana Mundial (FLM), intitulado “Do Conflito à Comunhão”, se analisará historicamente as compreensões católica e luterana sobre a presença eucarística. Serão expostas algumas considerações sobre o subsídio pastoral gerado pelos bispos alemães, chamado de 'ajuda orientadora’ (Handreichung), intitulado Caminhar com Cristo: nas pegadas da unidade, sobre matrimônios interconfessionais e participação comum na Eucaristia. Finalmente abordar o tema a partir do livro Hoc Facite, de Zeno Carra, que apresenta uma crítica à transubstanciação como modelo e apresenta uma proposta original de explicar a presença de Cristo na eucaristia. Esta abordagem pretende aproximar a compreensão luterana e católica da presença real e colaborar para o avanço do diálogo ecumênico.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"176 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120954202","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Tiago De Fraga Gomes, Everton Ricardo Berny Machado
Na tradição cristã a celebração eucarística sempre ocupou um lugar central. O Concílio Vaticano II reconhece-a como fonte e cume de toda a vida cristã. Embora a Eucaristia ocupe um lugar de grande relevância na fé cristã, a sua compreensão não está isenta de questionamentos propostos pela cultura moderna. Uma reflexão atualizada da teologia da Eucaristia é uma tarefa necessária e permanente para manter viva a fé sacramental da Igreja e expressar de forma atual o que de fato se crê. Contudo, essa reflexão não pode ignorar as contribuições da Sacrosanctum Concilium e a renovação litúrgica das últimas décadas. O presente estudo visa confrontar a contribuição do Concílio Vaticano II com a teologia litúrgico-eucarística do jesuíta Teilhard de Chardin que contribuiu consideravelmente para um diálogo entre ciência e fé. Parte-se da tese de que é possível encontrar pontos afins capazes de propor uma compreensão da Eucaristia na sua dimensão cósmica.
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