Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p181-201
Leandro Bohnhoff
En Roland Barthes por Roland Barthes (2018 [1975]), el crítico francés nos exhorta a leer su ensayo autobiográfico como dicho por un personaje de novela. Este es uno de los hitos donde se suele ubicar el comienzo del denominado "último Barthes", etapa marcada por una voluntad expresa de que su obra tienda a la novelización. Unos años después, en la Lección inaugural (2015 [1978]) dictada en 1977, se autofigura como un "sujeto incierto" por no haber escrito más que ensayos. El presente trabajo se propone leer la escritura de La cámara lúcida (2009 [1980]) en el horizonte de esa doble tensión. El polo novelístico de dicha tensión, además de las propias inquietudes de Barthes por el carácter eminentemente realista de toda literatura, nos permite preguntarnos el modo en que el libro barthesiano sobre la fotografía pone en juego la mímesis realista a través de ciertos aportes de Walter Benjamin (Cfr. 2007). Por otro lado, el polo ensayístico, que impulsaría a formular un pensamiento verdaderamente crítico, invoca la inquietud de leer la obra en su dimensión formal (en el sentido adorniano de la expresión [Cfr. 2013]). Ambas líneas de pesquisa iluminan el problema del medio o la mediación como eje central de la tensión entre novela y ensayo.
{"title":"El camino del medio: Barthes entre Benjamin y Adorno","authors":"Leandro Bohnhoff","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p181-201","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p181-201","url":null,"abstract":"En Roland Barthes por Roland Barthes (2018 [1975]), el crítico francés nos exhorta a leer su ensayo autobiográfico como dicho por un personaje de novela. Este es uno de los hitos donde se suele ubicar el comienzo del denominado \"último Barthes\", etapa marcada por una voluntad expresa de que su obra tienda a la novelización. Unos años después, en la Lección inaugural (2015 [1978]) dictada en 1977, se autofigura como un \"sujeto incierto\" por no haber escrito más que ensayos. El presente trabajo se propone leer la escritura de La cámara lúcida (2009 [1980]) en el horizonte de esa doble tensión. El polo novelístico de dicha tensión, además de las propias inquietudes de Barthes por el carácter eminentemente realista de toda literatura, nos permite preguntarnos el modo en que el libro barthesiano sobre la fotografía pone en juego la mímesis realista a través de ciertos aportes de Walter Benjamin (Cfr. 2007). Por otro lado, el polo ensayístico, que impulsaría a formular un pensamiento verdaderamente crítico, invoca la inquietud de leer la obra en su dimensión formal (en el sentido adorniano de la expresión [Cfr. 2013]). Ambas líneas de pesquisa iluminan el problema del medio o la mediación como eje central de la tensión entre novela y ensayo.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114317938","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p120-138
F. Miotto
O artigo em questão se propõe a analisar O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, sob a luz das noções barthesianas presentes na obra O prazer do texto (1973). Mais especificamente, trabalharemos a noção de jouissance (gozo), a fim de verificar a hipótese de que a obra hilstiana se caracterizaria no que Barthes chamou de texte de jouissance (texto de gozo). A porosidade entre os seminários de Lacan e Barthes nos anos 1970 convoca-nos a nos debruçarmos sobre o conceito de gozo para Lacan e também sobre os seus primeiros contornos na obra freudiana. Finalmente, refletiremos sobre como o gozo se configura no texto de Hilst, de modo a questionar de que forma a linguagem erótica/pornográfica de que se utiliza corrobora para a potência da transgressão que visa inaugurar com a obra em questão. A proposta será arregimentada com os pressupostos teóricos de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Georges Bataille, Eliane Robert Moraes, Alcir Pécora, Lúcia Castello Branco, entre outros. A pesquisa pretende-se, portanto, como uma contribuição aos estudos hilstianos e barthesianos no Brasil e na América Latina, revisitando suas obras e suscitando novas (e plurais) leituras acerca desses autores.
{"title":"A fenda do gozo: uma leitura de O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, através da obra Le Plaisir du texte (1973), de Roland Barthes","authors":"F. Miotto","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p120-138","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p120-138","url":null,"abstract":"O artigo em questão se propõe a analisar O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, sob a luz das noções barthesianas presentes na obra O prazer do texto (1973). Mais especificamente, trabalharemos a noção de jouissance (gozo), a fim de verificar a hipótese de que a obra hilstiana se caracterizaria no que Barthes chamou de texte de jouissance (texto de gozo). A porosidade entre os seminários de Lacan e Barthes nos anos 1970 convoca-nos a nos debruçarmos sobre o conceito de gozo para Lacan e também sobre os seus primeiros contornos na obra freudiana. Finalmente, refletiremos sobre como o gozo se configura no texto de Hilst, de modo a questionar de que forma a linguagem erótica/pornográfica de que se utiliza corrobora para a potência da transgressão que visa inaugurar com a obra em questão. A proposta será arregimentada com os pressupostos teóricos de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Georges Bataille, Eliane Robert Moraes, Alcir Pécora, Lúcia Castello Branco, entre outros. A pesquisa pretende-se, portanto, como uma contribuição aos estudos hilstianos e barthesianos no Brasil e na América Latina, revisitando suas obras e suscitando novas (e plurais) leituras acerca desses autores.\u0000 \u0000 ","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116135428","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p62-79
Antonio Alberto Peixoto de Almeida
Este trabalho tem como objetivo investigar a questão do ensino, em Lacan e Barthes, tomando como mote a ideia do enigma que envolve o sonho como um paradigma de experiência de linguagem. Para tanto, visa-se aí apontar como, desde a questão do impossível, é possível produzir algo em relação a isso, a partir da aproximação da noção de discurso analítico de Lacan com os escritos de Barthes sobre o tema. Para o estudo de Barthes, utiliza-se o conteúdo disponível de forma ampla, tanto os livros, quanto os cursos, tal como o material produzido pelos seus alunos e leitores, privilegiando o material que está mais acessível aos pesquisadores de Barthes no Brasil.
{"title":"Do sonho de Barthes ao impossível de ensinar","authors":"Antonio Alberto Peixoto de Almeida","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p62-79","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p62-79","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivo investigar a questão do ensino, em Lacan e Barthes, tomando como mote a ideia do enigma que envolve o sonho como um paradigma de experiência de linguagem. Para tanto, visa-se aí apontar como, desde a questão do impossível, é possível produzir algo em relação a isso, a partir da aproximação da noção de discurso analítico de Lacan com os escritos de Barthes sobre o tema. Para o estudo de Barthes, utiliza-se o conteúdo disponível de forma ampla, tanto os livros, quanto os cursos, tal como o material produzido pelos seus alunos e leitores, privilegiando o material que está mais acessível aos pesquisadores de Barthes no Brasil.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129269238","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p458-482
Julia Bunemer Nojiri
A presente tradução tem por objetivo contribuir para a divulgação de pesquisas acerca da influência germânica no pensamento de Roland Barthes: ainda que se tenha aí um amplo campo de estudos, esse está longe de se esgotar. Isso, pois, como veremos adiante no artigo, tal pesquisa é uma empreitada em muitos sentidos, sendo um deles o mais óbvio – o fato de que Barthes não lia em alemão, coisa que ao passo que atiça a curiosidade do pesquisador é também um problema que pode enredá-lo, já que tal fato dificulta que se rastrei por onde passaram tais leituras, sempre traduzidas e mediadas. Contudo, em certo sentido, pode-se dizer que se tem nesse problema a sua solução: compreender a influência dos escritos germânicos no bojo da cultura e da língua amadas por Barthes, fazendo-se necessárias as leituras de Derrida e Deleuze, especialmente no tocante aos estudos nietzschianos – e talvez o mais importante para sua solução, isso é, sermos barthesiano antes de tentarmos enquadrar Barthes, como o faz Shane Weller a seguir, repensando a relação de Nietzsche com Barthes no cerne do projeto barthesiano de libertação textual, obviamente barrando qualquer possibilidade de rastreamente teórico assertivo. Para tanto, aqui optamos por manter o artigo o mais fidedigno possível ao original, de modo a ajudar o leitor, uma vez que isso se trata de uma tradução brasileira de um artigo inglês sobre a influência germânica no pensamento de um francês. Assim, em português fluente, aqui o leitor terá acesso à leitura de Shane Weller traduzida em léxico mais sóbrio e técnico, reproduzindo-se o original. Sobre as citações e referências feitas pelo autor, aqui se encontra seu equivalente em versão brasileira seguindo este padrão: tudo foi vertido do inglês, salvo as referências bibliográficas sem tradução brasileira. O uso do francês neste artigo foi mantido embora traduzido em notas de rodapé ou no próprio corpo do texto (também de modo a não nos afastarmos do autor nem aumentarmos as notas de rodapé), de maneira que todas as citações e referências que não se encontrarão aqui em português é devido ao fato de não estarem traduzidas, salvo O Prazer do texto, do qual optamos por fazer a nossa própria versão. Ainda sobre as traduções brasileiras de Barthes, aqui usamos as versões de seus mais estabelecidos estudiosos, e quando as obras referenciadas eram inéditas em português ou não se encontravam no rol de seus estudiosos consagrados, optamos por tradução livre, devidamente indicada. E o mesmo vale para as obras de Nietzsche, Derrida e Deleuze.
{"title":"Filologia ativa: Barthes e Nietzsche","authors":"Julia Bunemer Nojiri","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p458-482","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p458-482","url":null,"abstract":"A presente tradução tem por objetivo contribuir para a divulgação de pesquisas acerca da influência germânica no pensamento de Roland Barthes: ainda que se tenha aí um amplo campo de estudos, esse está longe de se esgotar.\u0000Isso, pois, como veremos adiante no artigo, tal pesquisa é uma empreitada em muitos sentidos, sendo um deles o mais óbvio – o fato de que Barthes não lia em alemão, coisa que ao passo que atiça a curiosidade do pesquisador é também um problema que pode enredá-lo, já que tal fato dificulta que se rastrei por onde passaram tais leituras, sempre traduzidas e mediadas.\u0000Contudo, em certo sentido, pode-se dizer que se tem nesse problema a sua solução: compreender a influência dos escritos germânicos no bojo da cultura e da língua amadas por Barthes, fazendo-se necessárias as leituras de Derrida e Deleuze, especialmente no tocante aos estudos nietzschianos – e talvez o mais importante para sua solução, isso é, sermos barthesiano antes de tentarmos enquadrar Barthes, como o faz Shane Weller a seguir, repensando a relação de Nietzsche com Barthes no cerne do projeto barthesiano de libertação textual, obviamente barrando qualquer possibilidade de rastreamente teórico assertivo.\u0000Para tanto, aqui optamos por manter o artigo o mais fidedigno possível ao original, de modo a ajudar o leitor, uma vez que isso se trata de uma tradução brasileira de um artigo inglês sobre a influência germânica no pensamento de um francês. Assim, em português fluente, aqui o leitor terá acesso à leitura de Shane Weller traduzida em léxico mais sóbrio e técnico, reproduzindo-se o original. Sobre as citações e referências feitas pelo autor, aqui se encontra seu equivalente em versão brasileira seguindo este padrão: tudo foi vertido do inglês, salvo as referências bibliográficas sem tradução brasileira. O uso do francês neste artigo foi mantido embora traduzido em notas de rodapé ou no próprio corpo do texto (também de modo a não nos afastarmos do autor nem aumentarmos as notas de rodapé), de maneira que todas as citações e referências que não se encontrarão aqui em português é devido ao fato de não estarem traduzidas, salvo O Prazer do texto, do qual optamos por fazer a nossa própria versão.\u0000Ainda sobre as traduções brasileiras de Barthes, aqui usamos as versões de seus mais estabelecidos estudiosos, e quando as obras referenciadas eram inéditas em português ou não se encontravam no rol de seus estudiosos consagrados, optamos por tradução livre, devidamente indicada. E o mesmo vale para as obras de Nietzsche, Derrida e Deleuze.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129251210","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p324-343
Marlon Augusto Barbosa
O objetivo deste ensaio é mapear alguns territórios da crítica literária francesa e mostrar que, muitas vezes, esses territórios se transformam em verdadeiros campos de batalha. Reconstruir o conflito entre Roland Barthes e Raymond Picard, por exemplo, ajuda-nos a pensar que a crítica traz à tona uma certa resistência, entendida aqui a partir de uma dupla significação: como ato de resistir e como ato de reagir. Por um lado, o discurso crítico que deseja preservar uma continuidade a ser estabelecida entre as obras e os seus comentários e, por outro, uma tentativa de se refletir sobre a continuidade entre obra e comentário.
{"title":"Uma arqueologia da impostura","authors":"Marlon Augusto Barbosa","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p324-343","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p324-343","url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é mapear alguns territórios da crítica literária francesa e mostrar que, muitas vezes, esses territórios se transformam em verdadeiros campos de batalha. Reconstruir o conflito entre Roland Barthes e Raymond Picard, por exemplo, ajuda-nos a pensar que a crítica traz à tona uma certa resistência, entendida aqui a partir de uma dupla significação: como ato de resistir e como ato de reagir. Por um lado, o discurso crítico que deseja preservar uma continuidade a ser estabelecida entre as obras e os seus comentários e, por outro, uma tentativa de se refletir sobre a continuidade entre obra e comentário.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123071270","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p202-224
Judith Cohen
L’œuvre de Roland Barthes oscille entre modernité et classicisme, pour autant, loin de considérer qu’il faille prendre parti et choisir sa propre conception de Roland Barthes, il s’agit de penser ce lien dans un rapport dynamique entre ces deux pôles au prisme de la notion d’utopie elle-même oscillant entre une forme de retour à un état antérieur et à la construction d’un programme idéal à venir. En effet, on peut penser avec Diana Knight dans son ouvrage Roland Barthes and Utopia : Space, Travel, Writting, que l’utopie est une thématique centrale au sein de l’œuvre de Roland Barthes ce qui rend son écriture ancrée dans sa propre modernité mais aussi dans la nôtre. L’utopie constitue un concept à deux jambes : l’une pratique et politique et l’autre théorique. À ce titre, on peut considérer que cette dualité propre à cette notion dès l’ouvrage de Thomas More construit en deux parties inséparables l’une de l’autre, explique en partie l’oscillation qui anime l’œuvre du critique français. On s’interrogera tout au long de cet article sur les liens que l’utopie noue entre le théâtre, la sexualité et l’amour au sein de l’œuvre de Roland Barthes en en suivant les « phases » tout en tentant d’en dégager des structures transversales et linéaires qui cherchent à remettre en question la dimension hétérogène et monolithique de ces « phases ». utopie – théâtre – sexualité - amour.
罗兰巴特的作品介于现代和古典主义,非但不认为只要采取偏袒的断层和罗兰·巴特的选择自己的设计思维,这是两者之间的这种联系在一个动态的报告在棱镜乌托邦概念本身之间摇摆不定,回到前一个状态的一种形式,并计划建造一个理想的未来。事实上,我们可以像戴安娜·奈特(Diana Knight)在她的《罗兰·巴特与乌托邦:空间、旅行、写作》(Roland Barthes and Utopia: Space, Travel, Writting)一书中所说的那样,认为乌托邦是罗兰·巴特作品的中心主题,这使得他的写作植根于他自己的现代性,也植根于我们的现代性。乌托邦是一个两条腿的概念:一条是实践的、政治的,另一条是理论的。从这个意义上说,这个概念的二元性可以被认为是托马斯·莫尔的作品中固有的二元性,它是由两个不可分割的部分组成的,这在一定程度上解释了驱使法国评论家工作的振荡。终身本文就会有人对乌托邦的联系,与戏剧、性行为和爱情之间的罗兰·巴特在作品内根据«»阶段交叉和线性结构的同时试图从中找出那些质疑异质的层面,这些阶段«»的新石器时代。乌托邦-戏剧-性-爱。
{"title":"Théâtres utopiques de Roland Barthes","authors":"Judith Cohen","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p202-224","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p202-224","url":null,"abstract":"L’œuvre de Roland Barthes oscille entre modernité et classicisme, pour autant, loin de considérer qu’il faille prendre parti et choisir sa propre conception de Roland Barthes, il s’agit de penser ce lien dans un rapport dynamique entre ces deux pôles au prisme de la notion d’utopie elle-même oscillant entre une forme de retour à un état antérieur et à la construction d’un programme idéal à venir. En effet, on peut penser avec Diana Knight dans son ouvrage Roland Barthes and Utopia : Space, Travel, Writting, que l’utopie est une thématique centrale au sein de l’œuvre de Roland Barthes ce qui rend son écriture ancrée dans sa propre modernité mais aussi dans la nôtre. L’utopie constitue un concept à deux jambes : l’une pratique et politique et l’autre théorique. À ce titre, on peut considérer que cette dualité propre à cette notion dès l’ouvrage de Thomas More construit en deux parties inséparables l’une de l’autre, explique en partie l’oscillation qui anime l’œuvre du critique français. On s’interrogera tout au long de cet article sur les liens que l’utopie noue entre le théâtre, la sexualité et l’amour au sein de l’œuvre de Roland Barthes en en suivant les « phases » tout en tentant d’en dégager des structures transversales et linéaires qui cherchent à remettre en question la dimension hétérogène et monolithique de ces « phases ». \u0000 \u0000utopie – théâtre – sexualité - amour.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126429931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p447-451
Katerina Blasques Kaspar
Resenha do livro Roland Barthes (2019), por Mathieu Messager, publicado na coleção Que sais-je ?, da editora francesa Presses Universitaires de France. Aliando aspectos biográficos e bibliográficos, Messager logra oferecer aos leitores possibilidades de diálogo entre Barthes e a contemporaneidade.
《罗兰·巴特》(Roland Barthes, 2019)的书评,由马修·梅塞格(Mathieu Messager)撰写,发表在法国大学出版社(Presses Universitaires de France)的Que sais-je合集中。结合传记和书目方面,信使设法为读者提供巴特和当代之间对话的可能性。
{"title":"Engajado, distanciado, deslocado, escritor: Roland Barthes por Mathieu Messager","authors":"Katerina Blasques Kaspar","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p447-451","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p447-451","url":null,"abstract":"Resenha do livro Roland Barthes (2019), por Mathieu Messager, publicado na coleção Que sais-je ?, da editora francesa Presses Universitaires de France. Aliando aspectos biográficos e bibliográficos, Messager logra oferecer aos leitores possibilidades de diálogo entre Barthes e a contemporaneidade.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"123 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133510929","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p160-180
Katerina Blasques Kaspar
A parodia do cogito cartesiano “tenho medo, logo vivo” é enunciada por Roland Barthes em “L’image”, no colóquio Prétexte : Roland Barthes. A frase é emprestada por Paloma Vidal, no desfecho de seu livro cartonero Não escrever, em que Barthes é simultaneamente personagem e referência para a composição da narrativa. Acompanharemos como o medo presente em Não escrever é alimentado pela leitura de Vidal da obra barthesiana e por seu interesse em eventos biográficos da vida de Barthes. Nossa discussão aportará reflexões do ensaio “La Peur”, de Tiphaine Samoyault, e apontamentos de uma seleção de escritos de Barthes, notadamente Diário de luto, Roland Barthes por Roland Barthes e “L’image”.
罗兰·巴特(Roland Barthes)在《形象》(L’image)中对笛卡尔的“我害怕,所以我活着”(i ' m forgotti, i ' m forgotti, i ' m forgotti, i ' m forgotti, i ' m forgotti, i ' m forgotti)进行了模仿。这个短语是帕洛玛·维达尔(Paloma Vidal)在她的书《cartonero no escrever》(cartonero no escrever)的结尾借用的,在这本书中,巴特既是一个人物,也是叙事构成的参考。我们将跟随对不写作的恐惧是如何被维达尔对巴特作品的阅读和他对巴特生活中的传记事件的兴趣所助长的。我们的讨论将对蒂芬·萨摩约的文章《La Peur》进行反思,并对巴特的一些作品进行笔记,特别是《哀悼日记》、罗兰·巴特的《罗兰·巴特》和《L’image》。
{"title":"“Tenho medo, logo vivo”: Roland Barthes em \"Não escrever\", de Paloma Vidal","authors":"Katerina Blasques Kaspar","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p160-180","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p160-180","url":null,"abstract":"A parodia do cogito cartesiano “tenho medo, logo vivo” é enunciada por Roland Barthes em “L’image”, no colóquio Prétexte : Roland Barthes. A frase é emprestada por Paloma Vidal, no desfecho de seu livro cartonero Não escrever, em que Barthes é simultaneamente personagem e referência para a composição da narrativa. Acompanharemos como o medo presente em Não escrever é alimentado pela leitura de Vidal da obra barthesiana e por seu interesse em eventos biográficos da vida de Barthes. Nossa discussão aportará reflexões do ensaio “La Peur”, de Tiphaine Samoyault, e apontamentos de uma seleção de escritos de Barthes, notadamente Diário de luto, Roland Barthes por Roland Barthes e “L’image”.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125192305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p269-295
Jorge Antonio Berndt, Paula Grinko Pezzini
Ambas as escritas crítico-ensaísticas e ficcionais de Jorge Luis Borges questionam noções como cópia, originalidade, fonte e influência: em essência, a mitologia constituída em torno da Autoria. Publicado pela primeira vez em 1939, o conto “Pierre Menard, autor do Quixote” (2007) desmi(s)tifica o mito do autor ao arquitetar uma personagem que se propõe a reescrever Dom Quixote, o maior romance em língua espanhola. Contemporâneos, Borges na América Latina e Barthes na Europa, a separação geográfica, política e social não impediu correspondências interpretativas entre os autores no que se refere ao Texto. Em 1968, com a eclosão de “A morte do autor” (2012), Roland Barthes abala a concepção individualista do campo teórico ao tecer a personagem do escritor como uma criação moderna; e declara ser a morte do Autor o único subterfúgio que possibilita o nascimento do leitor. Visto que a acepção de Autoria é construída por um roubo de linguagem, é possível categorizá-la como mito, perpetuado e naturalizado ao longo da História. Sob essa perspectiva, e com base na metodologia de Mitologias (1972), o presente artigo explora se a morte de Cervantes, supostamente assassinado pelo Texto menardiano, produz um fenômeno artístico contramítico.
博尔赫斯的批评散文和小说作品都对复制、原创性、来源和影响等概念提出了质疑:本质上,围绕作者身份构成的神话。1939年首次出版的短篇小说《皮埃尔·梅纳德,堂吉诃德的作者》(2007)desmi(s)通过塑造一个打算改写西班牙语中最伟大的小说《堂吉诃德》的人物,证明了作者的神话。拉丁美洲的博尔赫斯和欧洲的巴特,地理、政治和社会的分离并没有阻止作者对文本的解释对应。1968年,随着《作者之死》(a morte do autor, 2012)的出版,罗兰·巴特(Roland Barthes)将作家的性格编织成现代创作,颠覆了个人主义理论领域的概念;并宣称作者的死亡是读者诞生的唯一借口。由于作者身份的意义是通过语言盗窃建立起来的,因此有可能将其归类为神话,在整个历史中延续和归化。在这一视角下,本文以神话方法论(1972)为基础,探讨塞万提斯的死是否产生了一种反神话的艺术现象。
{"title":"Aproximações semiológicas entre Barthes e Borges: o mito artificial em \"Pierre Menard, autor do Quixote\"","authors":"Jorge Antonio Berndt, Paula Grinko Pezzini","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p269-295","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p269-295","url":null,"abstract":"Ambas as escritas crítico-ensaísticas e ficcionais de Jorge Luis Borges questionam noções como cópia, originalidade, fonte e influência: em essência, a mitologia constituída em torno da Autoria. Publicado pela primeira vez em 1939, o conto “Pierre Menard, autor do Quixote” (2007) desmi(s)tifica o mito do autor ao arquitetar uma personagem que se propõe a reescrever Dom Quixote, o maior romance em língua espanhola. Contemporâneos, Borges na América Latina e Barthes na Europa, a separação geográfica, política e social não impediu correspondências interpretativas entre os autores no que se refere ao Texto. Em 1968, com a eclosão de “A morte do autor” (2012), Roland Barthes abala a concepção individualista do campo teórico ao tecer a personagem do escritor como uma criação moderna; e declara ser a morte do Autor o único subterfúgio que possibilita o nascimento do leitor. Visto que a acepção de Autoria é construída por um roubo de linguagem, é possível categorizá-la como mito, perpetuado e naturalizado ao longo da História. Sob essa perspectiva, e com base na metodologia de Mitologias (1972), o presente artigo explora se a morte de Cervantes, supostamente assassinado pelo Texto menardiano, produz um fenômeno artístico contramítico.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"3 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114121110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p399-413
M. S. F. Carneiro, Lauren Silva Nascimento
Em seus cursos e textos, Roland Barthes descortinava a “cena da escritura”: a partir de uma seleção de textos apresentava a forma como determinadas figuras, palavras e vocabulários se atualizavam a cada texto, a cada contexto. Conhecido como o crítico que matou o Autor, Barthes também se inscreve como personagem de uma narrativa intelectual fascinante: nos últimos anos de vida, seu luto público pela morte da mãe e a disseminação de elementos de si em textos e aulas reverberaram como a escrita de um romance real, um romance perdido ou escondido que se confunde com seu pensamento crítico da literatura.
{"title":"Roland Barthes, adorável: disseminações de uma voz de autor","authors":"M. S. F. Carneiro, Lauren Silva Nascimento","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p399-413","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p399-413","url":null,"abstract":"Em seus cursos e textos, Roland Barthes descortinava a “cena da escritura”: a partir de uma seleção de textos apresentava a forma como determinadas figuras, palavras e vocabulários se atualizavam a cada texto, a cada contexto. Conhecido como o crítico que matou o Autor, Barthes também se inscreve como personagem de uma narrativa intelectual fascinante: nos últimos anos de vida, seu luto público pela morte da mãe e a disseminação de elementos de si em textos e aulas reverberaram como a escrita de um romance real, um romance perdido ou escondido que se confunde com seu pensamento crítico da literatura.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114562592","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}